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Leia com atenção o que segue. Trabalhe sempre com o objetivo de entender e jamais decorar. As provas hoje em dia irão cobrar você as relações em Geografia. Os conhecimentos apresentados têm como objetivo básico permitir a compreensão da gênese e das transformações das diferentes organizações territoriais e os múltiplos fatores que neles intervêm, como produto das relações de poder. O domínio dos saberes fundamentais da Geografia deve contribuir para analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre a preservação e degradação da vida na Terra, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a globalização dos fenômenos nas diferentes escalas. As competências em Geografia são alinhadas a partir de três perspectivas: representação e comunicação, investigação; compreensão e a contextualização sociocultural. Dessa forma, o vestibulando deverá demonstrar capacidade de observação, de análise e interpretação dos códigos específicos da Geografia e ao mesmo tempo possuir uma visão interdisciplinar, global e diferenciada de realidades distintas da geopolítica mundial, dos espaços brasileiro e catarinense, identificando generalidades e singularidades. 
1.O Globo Terrestre e a Situação Geográfica do Brasil e de Santa Catarina: O planeta Terra: movimentos e projeções cartográficas; Orientação e coordenadas geográficas; Posição geográfica, fronteiras e limites do Brasil e de Santa Catarina.
 
O Globo terrestre é um modelo tridimensional do planeta Terra, sendo a única representação geográfica que não sofre distorção. O primeiro globo terrestre, chamado Globo Terrestre de Nürnberg, foi fabricado durante os anos 1490-1492 pelo cartógrafo alemão Martin Behaim.
A maior parte dos globos terrestres modernos incluem também paralelos e meridianos, de modo que se possa localizar uma localização na superfície do planeta. A superfície da Terra é de 510 milhões de quilômetros quadrados, sendo 29,7% ocupados pelos continentes: Europa, Ásia, África, América, Oceania e Antártida. A América possui 42.160 quilômetros quadrados, onde 6,4% é constituído por penínsulas e 6,1% é constituído por ilhas.
A rosa-dos-ventos é um instrumento de orientação formada pelos pontos cardeais, pontos colaterais e pontos subcolaterais. Pontos colaterais: Ficam sempre entre os pontos cardeais. Nordeste-NE: está entre os pontos norte e este. ... Noroeste-NO: está entre os pontos norte e oeste
Coordenadas Geográficas são linhas imaginárias que cortam o planeta Terra nos sentidos horizontal e vertical, servindo para a localização de qualquer ponto na superfície terrestre.
Latitude: São as linhas que tracejam a Terra no sentido horizontal, também conhecidas como paralelas. O círculo máximo da esfera terrestre, na horizontal, é chamado de Equador. O Equador corresponde à latitude 0°, dividindo o planeta em hemisférios Norte e Sul. As latitudes variam de 0 a 90°, tanto ao Norte quanto ao Sul. A latitude, além de servir para localização geográfica, é uma variável importante para estudar os tipos de clima da Terra, pois a incidência de raios solares no planeta é maior nos lugares com latitudes menores, isto é, mais próximas à linha do Equador.
Longitude: São as coordenadas geográficas que cortam a Terra no sentido vertical, também conhecidas como Meridianos. A distância das longitudes varia de 0° a 180°, nos sentidos Leste e Oeste. Como padronização internacional, adotou-se o Meridiano de Greenwich como ponto de partida, a longitude de 0°. Assim, tal meridiano divide a Terra em Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). Foi a partir das longitudes que se criaram os fusos horários. Todos os meridianos se encontram e se cruzam nos polos Norte e Sul.
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DO BRASIL
O Brasil é um país que integra a América do Sul e apresenta extensão territorial de 8.514.876 km². É o quinto maior país do planeta, só é menor que os territórios da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. A abundância territorial faz com que o Brasil tenha quatro fusos, uma vez que no sentido leste-oeste é bastante extenso. Por esses aspectos é considerado um país com dimensão continental.
A grande extensão territorial proporciona ao país fronteira com quase todas as nações sul-americanas. Apenas Chile e Equador não fazem fronteira com o Brasil.
Para a realização precisa da localização geográfica do Brasil e de outros países, independentemente do ponto do planeta, faz-se necessária a utilização das coordenadas geográficas (latitude e longitude).
As latitudes explicitam os pontos em graus de um determinado lugar ao longo da superfície terrestre, tomando como referência a Linha do Equador, no sentido norte e sul.
Já as longitudes mostram a posição em graus de um determinado ponto da Terra que tem como referência principal o Meridiano de Greenwich no sentido leste ou oeste.
No sentido leste-oeste, o Brasil apresenta 4.319,4 km de distância. Os extremos são a Serra Contamana, onde está localizada a nascente do rio Moa (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”, e a Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394,7 km de distância e são representados pelo Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”, e Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03".
 
Os extremos do território brasileiro
O território brasileiro está localizado, em sua totalidade, a oeste do meridiano de Greenwich, portanto sua área está situada no hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo norte do Brasil, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério setentrional e 93% esteja localizado no hemisfério meridional. Cortado ao sul pelo trópico de Capricórnio, apresenta 92% do território na zona intertropical (entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio); os 8% restantes estão na zona temperada do sul (entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico).
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DE SANTA CATARINA
Área e localização geográfica: LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE SANTA CATARINA EM RELAÇÃO A AMÉRICA DO SUL. O território catarinense situa-se entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste,na Região Sul do Brasil.
A superfície do Estado é de 95.442,9 km². Essa área corresponde a 1,12 % do território brasileiro e a 16,57% da área da Região Sul.
A linha litorânea catarinense inicia na foz do rio Saí-Guaçu, na divisa com o estado do Paraná, seguindo até a foz do rio Mampituba, na divisa com,  o estado do Rio Grande do Sul, numa extensão de 561,4 Km. A costa catarinense corresponde a 7% do litoral brasileiro.
Ao Norte - Com o estado do Paraná : a partir do marco divisório entre Santa Catarina, Paraná e República Argentina, na nascente do rio Peperi-Guaçu, segue pelo divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Iguaçu e Uruguai, rumo leste, até a nascente do rio Jangada, desce por este até encontrar a BR- 153; continua por esta rodovia, pelo traçado antigo de 1917, até encontrar o cruzamento da estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, segue por esta ferrovia até a ponte sobre o rio Iguaçu acima até a foz do rio Negro e por este acima  até a foz do rio Cachoeira; por este acima até a foz do rio Campo de Cima; por este acima até sua nascente; a partir daí segue pelos marcos divisórios, em linha geodésica, até encontrar o rio Saí-Guaçu e por ele até o marco próximo a sua foz no oceano Atlântico e daí segue, em linha geodésica, até o marco na ilha de Saí-Guaçu.
Leste - com o oceano Atlântico: a partir do marco da ilha de Saí-Guaçu, em direção sul, até a foz do rio Mampituba.
Sul - com o estado do Rio Grande do Sul: a partir da foz do rio Mampituba, no oceano Atlântico, segue por aquele até acima até a foz do arroio Josafá e por este acima até a sua nascente; daí segue pelos taimbés da Serra Geral, até a nascente do rio Contas, pelo mesmo baixo até a foz do rio Pelotas e por este abaixo até o rio Uruguai; segue por este até a foz do rio Peperi-Guaçuna fronteira com a República Argentina.
 Oeste- com a República Argentina : iniciando na foz do rio Peperi-Guaçu, no rio Uruguai, segue o rio Peperi-Guaçu acima até a sua nascente, no marco divisório entre os estados de Santa Catarina e do Paraná e a República Argentina.
MOVIMENTOS PRATICADOS PELA TERRA
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
A Terra realiza, ao todo, catorze movimentos, incluindo aqueles que ocorrem com o Sistema Solar, a Via Láctea e o universo, que está sempre em movimento e expansão. No entanto, para nós, um dos mais importantes movimentos é a rotação, que nada mais é do que o “giro” que a Terra executa em torno de si mesma.
O movimento de rotação terrestre ocorre no sentido anti-horário, isto é, se observássemos a Terra do lado de fora sobre o polo norte, veríamos seu giro no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio. Isso quer dizer que a Terra gira no sentido oeste-leste, o que faz com que o movimento aparente do sol, para nós, seja do leste para o oeste.
A duração da rotação da Terra é de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 0,9 décimos, originando a sucessão dos dias e das noites. A velocidade desse movimento é de cerca de 1666 km/h, ou 465 m/s, que é bastante elevada, porém muito inferior à de outros astros do universo. É interessante observar que, nas áreas próximas à Linha do Equador, a velocidade é maior, pois nessa área o raio terrestre é mais longo.
CONSEQUÊNCIAS
• A sucessão dos dias e das noites (se a Terra não girasse, era sempre de dia, na parte virada para o Sol, e sempre de noite, na parte escura).
• O movimento aparente do Sol, durante o dia (Nós falamos em nascer e pôr do Sol, observando o seu movimento ao longo do dia - movimento este que não existe, pois o Sol está fixo no centro do Sistema Solar e a Terra é que roda).
• O movimento aparente das estrelas, durante a noite (pela mesma razão acima).
• A variação da obliquidade dos raios solares, num mesmo lugar, ao longo do dia (ao longo do dia, os raios solares apresentam diferentes inclinações, em relação à superfície da Terra).Sem o movimento da Rotação não haveria vida na Terra, já que este movimento desempenha um papel primordial no equilíbrio de temperatura e composição química da atmosfera.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
Translação é um movimento que a Terra executa em torno do Sol de forma elíptica. Durante o deslocamento desse movimento, a Terra viaja a uma velocidade de cerca de 108 mil quilômetros por hora.
Para a conclusão do movimento de translação, são necessários - segundo os astrônomos - 365 dias e 6 horas (um ano). Portanto, tal movimento é responsável pela sucessão dos anos, além de influenciar diretamente na composição das estações do ano (primavera, verão, outono e inverno), pois em alguns períodos do movimento, a Terra modifica sua posição em relação ao Sol, alterando a intensidade de luz e calor que incide no planeta.
Voltando para a sucessão dos anos, o movimento em questão permitiu que a humanidade se organizasse a partir das referências estipuladas pelos astrônomos e construísse calendários que favoreceram a padronização do tempo, facilitando o desenvolvimento das atividades humanas.
Existem anos com uma duração diferenciada, que são conhecidos de anos bissextos, compostos por 366 dias. Como um ano possui 365 dias e 6 horas, o homem passou a acumular as horas que restaram, a cada quatro anos soma-se 24 horas (tendo em vista que 6.4 = 24) ou 1 dia.
Vale ressaltar que esse dia extra é acrescentado no mês de fevereiro.
CONSEQUÊNCIAS
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
A projeção cartográfica é definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.
Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo correspondência entre elas. O uso deste artifício geométrico das projeções consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las.
Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que é o mapa, são:
a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.
b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.
c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados.
PROJEÇÕES CILÍNDRICAS
Projeção de Mercator
Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
Projeção de Peters
Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos, como podemos observar no mapa a seguir.
Projeção de Mollweide
Nesta projeção os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.
Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide
É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.
Projeção cônica
Nesta projeção os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados a igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.
Projeção Azimutal Equidistante
Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção.
2. A Dinâmica da Natureza e Sua Importância na Organização do Espaço: Litosfera; Atmosfera; Hidrosfera; Biosfera: As grandes paisagens naturais e a globalização dos problemas ambientais.
BIOSFERA, HIDROSFERA, ATMOSFERA E LITOSFERA
Biosfera: é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. É um conceito da Ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta.
Hidrosfera: camada da Terra formada por água.
Esse ambiente abrange cerca de 70% da superfície do planeta, agregando os estados físicos, sólido e líquido da substância água, desde os oceanos, os rios, os lagos e aquíferos subterrâneos até as geleiras polares.
Atmosfera: camada da Terra formada por gases.
O ar é o componente principal desse ambiente, composto basicamente por dois tipos de gases (o oxigênio e o nitrogênio), contendo também pequenas frações de vapor d’água, nitrogênio e outros gases como, por exemplo, o dióxido de carbono (importante regulador do clima da Terra, mesmo em pequeno volume).
Litosfera: camada da Terra formada pelas rochas e pelo solo.
Também denominada de crosta terrestre, é um ambiente que constitui a superfície sólida do planeta, formada por componentes mineralógicos com características ígneas, sedimentares e metamórficas, se estendendo desde as altas montanhas às fossas marinhas, tendo suporte nas placas tectônicas.
As grandes paisagens naturais e a globalização dos problemas ambientais.
A relação entre globalização e meio ambiente expressa-se na perspectiva dos impactos gerados pelas transformações técnicas, sobretudo aquelas referentes à  Revolução Técnico-Científica-Informacional, que propiciou avanços suficientes para integrar as diferentespartes do planeta e alterar os sistemas de produção no campo e na cidade.
Por definição, a Globalização é entendida como o processo de integração global das sociedades, correspondendo ao período de maior avanço e expansão do sistema capitalista. Mesmo que de maneira desigual e, por vezes, contraditória, todas as partes do mundo encontram-se conectadas, com um grande fluxo de informações, capitais, bens e valores culturais. Tal panorama influencia, sem dúvidas, a forma como o ser humano interage e gera impactos sobre o meio natural.
No âmbito da questão ambiental na Globalização, podemos considerar como o principal marco histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da Revolução Industrial e suas posteriores transformações. Com a industrialização, ampliou-se o consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, como o solo, as florestas, os minérios e os recursos hídricos. Além disso, a transformação desses elementos primários passou a ser acompanhada da produção de um grande volume de poluição, tanto atmosférica quanto dos solos, hídrica e de outros tipos.
No campo, os efeitos dessas mudanças também foram sentidos com a evolução das técnicas agropecuárias, incluindo a mecanização, a Revolução Verde e as transformações recentes introduzidas por conhecimentos científicos, como a biotecnologia. Tudo isso foi desenvolvido com vistas a aumentar a produtividade no meio rural, gerando, em contrapartida, uma maior demanda sobre o consumo e extração dos recursos naturais.
As consequências geradas pelo desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos são bastante discutidas, e os seus limites exatos ainda não são muito precisos, sendo alvo de grandiosos debates no meio científico. De todo modo, as alterações na composição da atmosfera e o esgotamento dos recursos naturais são, sem dúvidas, os impactos mais duramente sentidos no contexto socioespacial. Além disso, somam-se os eventos climáticos, que, na opinião da maioria dos cientistas, podem ganhar contornos dramáticos em um futuro próximo, com a intensificação do efeito estufa e o avanço do Aquecimento Global.
 
No mesmo contexto, insere-se o fenômeno socioespacial da urbanização, que vem se intensificando nos países em desenvolvimento após ter se consolidado nos países centrais e alguns emergentes. Com isso, emergem os problemas socioambientais urbanos, como a extrema poluição, a formação das ilhas de calor, a questão da inversão térmica e os impactos gerados pela má destinação dos resíduos sólidos e da ausência de saneamento ambiental.
Contudo, no cerne do processo de transformação e evolução das técnicas e dos objetos técnicos que atuam no processo de produção do espaço geográfico, existe uma incessante busca por alternativas que defendam o desenvolvimento econômico das sociedades com a preservação do meio natural. Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido por muitos como a saída necessária e possível para conciliar o crescimento social com a conservação ambiental.
 
De todo modo, a atenuação dos efeitos da globalização sobre o meio ambiente perpassa por uma série de desafios, tais como vencer a lógica de desenvolvimento via consumismo, os impactos negativos da urbanização concentrada e da produção industrial plena, bem como a diminuição das desigualdades sociais. Para isso, além da conscientização individual, é preciso um sistema mútuo de cooperação entre as nações a fim de desenvolver metas ambientais que atendam as necessidades básicas para a conservação da natureza.
3. A Formação Econômico-Social e Espacial do Brasil e de Santa Catarina: 
Aspectos naturais: 
Estrutura geológica/relevo/clima/hidrografia/Vegetação/ domínios morfoclimáticos/ecossistemas/problemas ambientais; 
DINÂMICA FÍSICA DO BRASIL
RELEVO
O relevo corresponde às diferentes formas da superfície terrestre, que se diferenciam conforme a estrutura geológica em que se originaram e os agentes de formação e transformação do relevo que influenciaram a sua composição e evolução. Esses elementos definem as principais características do relevo de uma determinada área e são fundamentais para a sua identificação e classificação.
O relevo brasileiro formou-se a partir de estruturas geológicas compostas, principalmente, por formações sedimentares recentes e estruturas vulcânicas e cristalinas de idade muito antiga. Seu processo de formação e transformação foi muito influenciado pelos fatores exógenos, ou seja, pelos agentes formadores e modeladores do relevo que atuam na superfície do planeta Terra.
Além disso, a sua formação não foi impactada pela grande movimentação tectônica ocorrida no Período Terciário, entre 65 e 1,5 milhões de anos atrás, que foi responsável pela formação de dobramentos modernos, como os Andes ou o Himalaia. Em consequência de seu processo de formação, o relevo brasileiro caracteriza-se pelo predomínio de áreas de médias e baixas altitudes, já que no Brasil não houve a formação de dobramentos modernos e os escudos cristalinos mais elevados foram desgastados pelos agentes modeladores do relevo.
Ao longo da evolução dos estudos geográficos sobre o território brasileiro, o relevo do país apresentou diversas classificações, que levavam em consideração diferentes fatores e a tecnologia disponível na época. A classificação mais antiga foi proposta pelo autor Aroldo de Azevedo, em 1940, e dividiu o relevo brasileiro de acordo com o seu perfil topográfico.
Nessa classificação, o país foi dividido em oito compartimentos do relevo: quatro planaltos (áreas com altitudes superiores a 200 m), que ocupavam cerca de 59% do território brasileiro, e quatro planícies (áreas com altitudes de até 200 m), que correspondiam a cerca de 41% do território nacional. Na década de 1970, Aziz Nacib Ab'Saber publicou uma nova classificação do relevo, que possuía uma maior aproximação com os pressupostos da Geomorfologia e dividia o relevo a partir da sua formação e características. Para Ab'Saber, o país estava dividido em dez compartimentos, sendo sete planaltos e três planícies.
Atualmente, a classificação do relevo mais aceita na Geografia é a proposta por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos geomorfológicos do Brasil realizados até aquele momento (1995), principalmente nas obras de Aziz Nacib Ab'Saber e no projeto RadamBrasil, que realizou um levantamento e mapeamento sistemático dos recursos naturais brasileiros com o auxílio de imagens aéreas. Essa classificação utilizou como critérios o processo de formação das formas de relevo, o nível altimétrico e a estrutura geológica do terreno. De acordo com essa classificação, o relevo brasileiro pode ser dividido em 28 unidades, sendo elas áreas de:
Planaltos: Áreas de médias a altas altitudes, com superfícies irregulares e predomínio de processos de erosão. De acordo com essa classificação, as áreas de planalto no Brasil constituem onze unidades do relevo: Planalto da Amazônia Oriental, Planalto da Amazônia Ocidental, Planalto e Chapadas da Bacia do Parnaíba, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos Residuais Norte-amazônicos, Planaltos Residuais Sul-amazônicos, Planaltos e Chapadas dos Parecis, Planalto da Borborema, Planalto sul-rio-grandense, Planalto e Serras do Atlântico Leste, Planaltos e Serras de Goiás-Minas, Serras Residuais do Alto Paraguai.
Planícies: Superfícies, geralmente planas e de baixa altitude, formadas a partir do acúmulo de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Segundo essa classificação, o país possui seis áreas de planície: Planície do Rio Amazonas, Planície do Rio Araguaia, Planície e Pantanal do Rio Guaporé, Planície e Pantanal do Rio Paraguai ou Mato-grossense, Planície das Lagoas dos Patos- Mirim, Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
Depressões: Áreas formadas a partir de processos erosivos nas áreas de contato entre as bacias sedimentares (material menos resistente) e os maciços cristalinos (material mais resistentes). Nessa classificação,o Brasil possui onze unidades de depressões: Depressões Marginal Norte-amazônica, Depressão Marginal Sul-amazônica, Depressão do Araguaia, Depressão Cuiabana, Depressão do Alto do Paraguai-Guaporé, Depressão do Miranda, Depressão Sertaneja e do Rio São Francisco, Depressão do Tocantins, Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná e Depressão Periférica Sul-rio-grandense.
É importante ressaltar ainda que, de acordo com as três classificações apresentadas neste texto, não existem montanhas ou cadeias de montanhas no território brasileiro. Isso porque, como não houve a formação de dobramentos modernos no Brasil, os picos mais elevados do território brasileiro (Pico da Neblina, Pico 31 de Março, Pico da Bandeira etc.) não teriam se originado desse tipo de estrutura geológica, não podendo, portanto, ser classificados como montanhas.
 
HIDROGRAFIA
Grande parte dos rios brasileiros nasce em relevos com pouca altitude, exceto o rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes.
Com 55.467 km2 o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica, isso devido à sua extensão. A riqueza hídrica nacional favorece a presença de rios de grande profundidade, além de rios largos e extensos, em decorrência do tipo de relevo predominante no país forma rios de planaltos. 
No Brasil, os rios são caudalosos e as bacias hidrográficas extensas, proporcionando um significativo potencial hídrico no desenvolvimento de usinas hidrelétricas, captação de água, irrigação, transporte entre outros. 
As principais características da hidrografia brasileira são: 
• Ocorrência de grande parte dos rios do tipo caudalosos, isso significa cursos com elevado volume de água e que não secam (perene), característica derivada do clima úmido. Somente no sertão nordestino ocorre, em determinadas localidades, rios temporários. 
• Domínio principal de foz do tipo estuário e alguns rios com foz do tipo delta. 
• Os regimes dos rios brasileiros são de predominância do tipo pluvial, isso quer dizer que os períodos de cheias e vazantes são determinados pela ocorrência de chuvas e secas, influência direta do clima na hidrografia. 
• Modesta quantidade de lagos. 
• Superioridade de rios que deságuam no mar, nascem no interior do país e percorrem em direção ao oceano, chamado de drenagem do tipo exorréica. 
• Grande parte dos rios corre sobre planaltos e depressões, esses são os tipos de relevo que mais se destacam no Brasil, favorecendo a instalação de usinas hidrelétricas. 
Em detrimento da abundancia hídrica, o Brasil se coloca como um privilegiado nesse sentido, uma vez que a escassez de água assola muitos países do mundo. 
Apesar dessa riqueza, a população não cuida dos rios, pois diariamente são lançados esgotos, produtos químicos, lixo e muitos outros detritos nos mesmos. 
CLIMA
O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes tipos de clima. Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical.
Equatorial: esse é o clima predominante na região Amazônica, que abrange a Região Norte e porções dos estados de Mato Grosso e Maranhão. A temperatura média anual é elevada, variando entre 25 °C e 27 °C, com chuvas durante todo o ano e alta umidade do ar.
Tropical: abrange estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Apresenta duas estações bem definidas: inverno(seco) e verão (chuvoso). A temperatura média varia entre 18 °C e 28 °C.
Semiárido: esse clima do Brasil predomina no interior nordestino. A temperatura é elevada, com média de 27 °C, e as chuvas são escassas e irregulares. Essas características, além da falta de políticas públicas (construção de reservatórios de água), dificultam o desenvolvimento das atividades agrícolas.
Tropical de altitude: típico das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A temperatura, com média anual entre 18 °C e 22 °C, é mais baixa nas áreas mais altas do relevo. Uma característica desse clima são as geadas durante o inverno.
Tropical atlântico: está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte, no Nordeste, ao Paraná, no Sul. A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno. 
Subtropical: clima predominante nas porções do território brasileiro situadas ao sul do Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul. Inclui os estados da Região Sul e parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A temperatura média é de 18 °C, considerada a mais baixa do país. As chuvas são regulares e bem distribuídas. O verão é quente e o inverno é bastante frio, sendo comum a ocorrência de neve ou geada em determinados lugares.
 
VEGETAÇÃO
Com grande extensão territorial e variação climática, o Brasil abriga vários tipos de vegetação, com destaque para a Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mangues, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais e Pantanal.
Caatinga: ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semiáridas, podendo ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e a pouca disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, arara-azul, asa-branca, cutia, etc.
Caatinga
Campos: esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos é formada por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos.
Cerrado: considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste. Entre as características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com caule tortuosos e o solo com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola, veado, entre outras espécies.
Cerrado
Floresta Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente na Região Norte e nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países da América do Sul. Predominam as espécies de folhas largas, comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. É muito grande a quantidade de espécies de animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos, jabuti, etc.
Manguezal: encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais animais dos mangues são o caranguejo e a ostra.
DINÂMICA FÍSICA DE SANTA CATARINA
RELEVO
O Relevo de Santa Catarina é muito acidentado, é dos mais acidentados do Brasil, inclusive. Os tipos de relevo são
Esquematicamente, o relevo do Estado de Santa Catarina dá origem a três regiões principais: As planícies costeiras, representadas por uma faixa estreita ao longo do litoral, que apresentam altitudes de 0 a 200m e acompanham os vales dos rios da vertente atlântica (inclusive Vale do Rio Tijucas). 
Delimitando as planícies costeiras, vêm as serras litorâneas, com altitudes entre 400 e 800m, e, em seguida, desdobra-se o planalto, com altitudes entre 800 e 1200m, que decaem em direção ao oeste até atingir o patamar dos 200m.
Uma faixa de 200 a 400m aparece como área intermediária de escarpa entre as planícies costeiras e as serras litorâneas. Ocorrendo, também, ao longo dos principais afluentes do rio Uruguai, no oeste. 
As maiores altitudes do Estado situam-se numa faixa de 1.200 a 1.600m, ultrapassada somente pelo trecho meridional da Serra Geral onde se situa o morro da Boa Vista, o mais elevado com 1.827m.HIDROGRAFIA
Hidrografia: A Hidrografia do Estado é representada por dois sistemas independentes de drenagem: o sistema integrado da Vertente do Interior (bacia do Prata) e o sistema da Vertente do Atlântico (litoral), este formado por um conjunto de bacias isoladas. A Serra Geral é o grande divisor das águas que são drenadas para o interior e das que se dirigem para o litoral catarinense. No Norte do Estado a Serra do Mar também serve como divisor de águas.
Na vertente do interior (Bacia do Prata) temos duas bacias hidrográficas: a do Rio Iguaçu e a do Rio Uruguai. Na vertente do Atlântico temos onze bacias hidrográficas independentes, onde se destaca a bacia do Rio Itajaí, com 15.500 km2.
CLIMA
Circulação atmosférica: Os sistemas atmosféricos que atuam no Estado são controlados pela ação das massas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias), sendo estas últimas responsáveis pelo caráter mesotérmico do clima. As condições do tempo dependem da atuação da Massa Tropical Atlântica (MTA) e da Massa Polar Atlântica (MPA). A Frente Polar Atlântica, resultado do contato entre a MTA e MPA é a responsável pela boa distribuição das chuvas durante o ano. 
– Mesotérmico, uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio estão abaixo de 18ºC e superior a 3ºC. Pertence ao tipo úmido , sem estação seca definida, pois não há índices pluviométricos inferiores a 60 mm mensais. Dentro deste tipo é ainda possível distinguir, graças ao fator altitude, dois subtipos: de verão quente encontrado no litoral e no oeste, onde as temperaturas médias de verão são mais elevadas, e de verão fresco, nas zonas mais elevadas do planalto. 
VEGETAÇÃO
Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica): Compreende as planícies e serras da costa catarinense, com ambientes marcados intensamente pela influência oceânica, traduzida em elevado índice de umidade e baixa amplitude térmica.
Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária): Transpondo as serras costeiras para o interior, penetra-se no planalto catarinense, de clima mais ameno, onde se observa a coexistência das floras tropical e temperada, compondo a floresta de Araucária.
Região da Floresta Estacional Decidual (Mata Caducifólia): No oeste catarinense, descendo o planalto, penetra-se na bacia do Rio Uruguai, por onde se estende o domínio da floresta estacional decidual.
Savana (Campos do Planalto): No planalto catarinense, face as suas características ambientais, encontram-se diversas formações campestres acompanhando geralmente as superfícies de relevo mais suave, em cuja fisionomia distinguem-se esparsamente as florestas-de-galeria e os capões-de-mata.
ECOSSISTEMAS DESANTA CATARINA
O Estado de Santa Catarina é coberto 100% pelo Bioma Mata Atlântica.O litoral do estado é banhado pelo Oceano Atlântico, você estudará mais sobre esse ambiente no livro Ecossistema Marinho.
Os ecossistemas que ocorrem dentro do Bioma Mata Atlântica em Santa Catarina são:
Floresta Ombrófila Densa
Floresta Ombrófila Mista (ou Mata de Araucárias)
Floresta Estacional Decidual
Campos de Altitude (ou Campos Naturais)
Mata Nebular (alguns autores consideram como parte da Floresta Ombrófila Densa)
Mata de Faxinais (alguns autores consideram como parte da Floresta Ombrófila Mista)
Ecossistemas Litorâneos – manguezais e restingas
No mapa acima você encontra a distribuição da cobertura original desses ecossistemas no Estado de Santa Catarina. Se comparar o mapa abaixo com o do início desta postagem você poderá notar algumas diferenças.
Por exemplo, a Vegetação Litorânea, a Floresta Nebular e a Floresta de Faxinais encontram-se destacados no mapa acima. Por outro lado, o mapa do início da postagem detalha melhor as diferenças de vegetação que ocorrem na Floresta Ombrófila Mista. Nessa a Araucária ocorre em todos os lugares, mas a vegetação associada varia conforme a região do estado. São duas formas de classificar os ecossistemas que ocorrem em Santa Catarina.
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO EM SANTA CATARINA
Em Santa Catarina, a devastação da vegetação nativa ocorreu principalmente no período de ocupação inicial de suas terras para a formação de campos de pastagens, plantações, usinas hidrelétricas e até construções de cidades e estradas.
Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2015. Doutor Pedrinho (SC).
Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2015. Doutor Pedrinho (SC).
Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses hoje dão lugar ao reflorestamento com pínus e a campos para pecuária.
Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses hoje dão lugar ao reflorestamento com pínus e a campos para pecuária.
Unidades de conservação
Para frear a degradação dos ambientes naturais, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, foram criadas leis de preservação ambiental e identificadas as áreas cuja diversidade biológica deve ser protegida.
Essas áreas são chamadas de unidades de conservação. Em algumas delas são desenvolvidas atividades de lazer e ecoturismo, mas sempre de forma controlada e respeitando a biodiversidade existente. Em outras nem mesmo é permitida a entrada de visitantes, ficando restrita a pesquisadores.
As unidades de conservação são classificadas em dois grupos: unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável.
As unidades de proteção integral são áreas que devem ser mantidas sem nenhuma modificação ou interferência humana. Classificam-se em:
estações ecológicas;
reservas biológicas;
parques nacionais;
monumentos naturais;
refúgios de vida silvestre.
Vamos conhecer algumas das unidades de proteção integral de Santa Catarina.
Estação Ecológica da Mata Preta: situada no município de Abelardo Luz, essa unidade foi criada com o objetivo de preservar a floresta de araucária.
Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo: localiza-se próximo a Bombinhas, nas ilhas do Arvoredo, Deserta, Galés e Calhau. É considerado o mais importante sítio arqueológico, onde os pesquisadores encontraram vestígios da ocupação humana, sambaquis e até inscrições rupestres. Lá são realizados estudos científicos sobre a fauna e a flora marinha.
Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2012. Bombinhas (SC).
Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2012. Bombinhas (SC).
Parque Nacional Aparados da Serra: fica entre a divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na Serra Geral. É formada por paredões de até 700 m de altitude, formando impressionantes cânions. O ecossistema é formado pela Mata Atlântica e florestas de araucárias, campos e penhascos, que são moradas de aves como: papagaio-do-peito-roxo, jaguatirica, guaxinim e leão-baião.
Parque Nacional Aparados da Serra
Parque Nacional Aparados da Serra
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: foi criado em 1975 com o objetivo de proteger a biodiversidade da região e as nascentes de rios que abastecem as cidades da mesorregião grande Florianópolis e do sul do estado. O nome se deve à presença da Serra do Tabuleiro que possui cume em formato tubular. Fazem parte do parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Lago, do Andrade, do Coral e os arquipélagos Três Irmãs e Moleques do Sul. No Parque é permitido lazer associado ao ecoturismo, sendo também realizadas pesquisas científicas sobre a fauna e a flora local.
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
Unidades de uso sustentável
Já as unidades de uso sustentável têm como objetivo permitir o uso racional dos recursos naturais por comunidades locais, mantendo a conservação da biodiversidade da área. Classificam-se em:
Área de Proteção Ambiental (APA);
área de interesse ecológico;
floresta nacional;
reserva extrativista;
reserva da fauna;
reserva de desenvolvimento sustentável;
reserva particular do patrimônio natural.
Vamos conhecer algumas unidades de uso sustentável.
APA da Baleia Franca: localiza-se na região litorânea entre osul da ilha de Florianópolis e as proximidades do Balneário Rincão no município de Içara. Tem por finalidade proteger a espécie de baleia-franca-austral que, em razão da caça indiscriminada desde o período colonial, está ameaçada de extinção. A região, nos meses de junho a novembro, é utilizada pela espécie para se reproduzir. Dessa forma, também se protegem as outras espécies de animais e vegetação nativa existentes nesta área.
São permitidos na APA a ocupação humana e o desenvolvimento de atividades econômicas, como a pesca artesanal e industrial, o turismo, a ocupação imobiliária, a agricultura, todas de forma sustentável e obedecendo às leis que protegem a APA.
APA Ilha de Anhatomirim: localizada próximo ao município de Governador Celso Ramos, constitui-se de uma ilha rochosa onde foram construídas pelos portugueses fortalezas de uso militar no século XVIII, na época da ocupação da região. Nessa região a fauna marinha é diversa e rica, sendo os golfinhos a atração do turismo ecológico. O conjunto de construções militares foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
APA Ilha de Anhatomirim
APA Ilha de Anhatomirim
Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé: está localizada na baía sul da ilha de Florianópolis. Possui grande área de manguezais e é rica também em crustáceos e aves marinhas, com destaque para o molusco berbigão, fonte de renda para mais de 1 000 famílias de pescadores que vivem na reserva.
Foi criada em 1992, com o objetivo de garantir a conservação das espécies de vida do manguezal e a prática do extrativismo da população local, assegurando o uso e manejo sustentável dos recursos naturais ali existentes. Os habitantes locais têm direito de mariscar no estuário do rio de acordo com as normas de manejo de produção sustentável.
Reserva Particular do Patrimônio Natural do Rio das Lontras: é um tipo de conservação ambiental criada por iniciativa do casal Pimentel Teixeira, em 2005. Por ato voluntário, a família buscou o órgão responsável pelo meio ambiente, Ibama, desejando transformar parte da área particular em reserva de proteção da biodiversidade ali existente.
A Reserva do Rio das Lontras está localizada nos municípios de São Pedro de Alcântara e Águas Mornas. Esse local possui uma imensa diversidade biológica devido à floresta – Mata Atlântica – e aos animais que vivem ali, como guaxinins, tatus, gambás, esquilos e muitas lontras, motivo do nome da reserva. O objetivo da área é contribuir com a pesquisa científica em educação ambiental.
POPULAÇÃO BRASILEIRA
ESTUDO DEMOGRÁFICO
A população brasileira atual é de 207,7 milhões de habitantes (em 1 de julho de 2017 - estimativa IBGE). Segundo as estimativas, no ano de 2025, a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. A população brasileira distribui-se pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (86,3 milhões), Nordeste (56,9 milhões), Sul (29,4 milhões), Norte (17,7 milhões) e Centro-Oeste (15,6 milhões).
 Taxa de Natalidade e de Mortalidade
Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas décadas. Isto ocorre, em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois filhos, em média.
A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2013 foi para 74,9 anos (dados do IBGE).
A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta características de equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na Europa.
Mortalidade Infantil
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil (até completar um ano) diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil. Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Já no último Censo feito pelo IBGE em 2010, o índice verificado foi de 15,6 por mil. Em 2016, o IBGE indicou que este índice caiu para 13,3 por mil.
 Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil. 
Este índice tem caído no Brasil em função, principalmente, de alguns fatores: melhorias no atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene (saneamento básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, etc.
 
Outros dados da População brasileira 
 - Crescimento demográfico: 0,77% ao ano (entre 2016 e 2017) - Fonte: IBGE (2017)
- Expectativa de vida: 75,8 anos (em 2016 - fonte: IBGE)
- Expectativa de vida de homens: 72,2 anos (em 2016 - fonte: IBGE)
- Expectativa de vida de mulheres: 79,4 anos (em 2016 - fonte: IBGE)
- Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 *
- Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 *
- Taxa de fecundidade total: 1,74 ***
- Estrangeiros no Brasil: 0,23% **
- Estados mais populosos: São Paulo (44,7 milhões), Minas Gerais (21 milhões), Rio de Janeiro (16,6 milhões), Bahia (15,2 milhões) e Rio Grande do Sul (11,2 milhões). - Fonte: IBGE 2017 - estimativa
- Estados menos populosos: Roraima (514,2 mil), Amapá (782,3 mil) e Acre (816,6 mil). - Fonte PNAD IBGE (2016) - estimativa
- Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (279,8 mil) - Fonte PNAD IBGE (2016) - estimativa
- Cidade mais populosa: São Paulo-SP (12,03 milhões) Fonte: PNAD IBGE 2016 - estimativa
- Proporção dos sexos: 48,5 de homens e 51,5 % de mulheres. (Pnad 2016 - IBGE)
- Vivem na Zona Urbana: 172,8 milhões de habitantes, enquanto que na Zona Rural vivem 30,3 milhões de brasileiros. (Pnad 2014 - IBGE).- Pessoas com 60 anos ou mais: 14,4% da população (em 2016 - Pnad - IBGE)
- Pessoas que vivem sozinhas: 14,4% ***
Fontes: IBGE  * 2005 , ** Censo 2010, *** IBGE (Síntese de Indicadores Sociais 2015, referente ao ano de 2014)
Etnias no Brasil (cor ou raça)
- Parda: 46,7%
- Branca: 44,2%
- Preta: 8,2%
- Indígenas, amarelos e outros: 0,9%
Fonte: Pnad - IBGE 2016
 
INDICADORES SOCIAIS DO BRASIL
Os temas selecionados – Aspectos demográficos, Famílias e arranjos, Grupos populacionais específicos, Educação, Trabalho, Padrão de vida e distribuição de renda e Domicílios – estão articulados em torno do eixo das desigualdades sociais, que leva em consideração as dimensões espaço e tempo em seu tratamento. Os indicadores são ilustrados em tabelas e gráficos para o conjunto do País, sendo, em alguns casos, desagregados por situação urbana e rural.
A principal fonte de informação da Síntese de Indicadores Sociais é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2015, realizada pelo IBGE, complementada com outras estatísticas do Instituto provenientes do Censo Demográfico 2010, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade, Pesquisa Nacional de Saúde - PNS, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE e Contas Nacionais Trimestrais. As fontes externas analisadas abarcam as bases de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, do Ministério da Educação; o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - Sinasc e o Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, ambos do Ministério da Saúde; e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -Caged, do Ministério do Trabalho. Quando possível e pertinente, também são incorporadas informações internacionais, com vistas à comparabilidade dos indicadores.
A sistematização desses indicadores atende a recomendações internacionais e contribui para a compreensão das modificações nos perfis demográfico, social e econômico da população, possibilitando, assim, o monitoramento de políticas sociais e a disseminação de informações relevantes para toda a sociedade brasileira.
 
 
POPULAÇÃO SANTA CATARINA
A população de Santa Catarina chegou a 7.001.161 milhões, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. O número é 1,3% maior do que 6.910.553 milhões do número de 2016. De acordo com os dados, o Brasil já conta com mais de 207 milhões de habitantes, número superior aos 206 milhões registrados no ano passado. Em 2015, a população do País somava 204 milhões de pessoas. O número atualizado neste ano é de 207.660.929 habitantes.
Em SC, Joinville continua como a maior cidade do Estado com 577.077 habitantes, um crescimento de 1,3 em relação a 2016. Já a Capital está com 485.838 moradores, 1,6% a mais do que no ano passado. Blumenau, a terceira maior cidade catarinense, tem agora 348.513 pessoas, enquanto em São José, a quarta maior, são 239.718.
Os números ainda consolidam Chapecó como o quinto maior município catarinense, desta vez com 213.279 pessoas. Até 2015 o posto era de Criciúma, que agora tem 211.369 moradores.
 
INDICADORES SÓCIO ECONÔMICOS DE SANTA CATARINA
O ano de 2017 trouxe também avanços concretos. Com indicadores sociais e econômicos que são referência nacional, Santa Catarina conquistou o segundo lugar no ranking dos estados mais competitivos no país, conforme levantamento feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Unit. O estado venceu ainda o Prêmio Excelência em Competitividade na categoria Destaque Internacional, diante da forte presença do estado no mercado externo.
No ranking geral da competitividade dos estados, Santa Catarina tem melhorado a sua posição ano a ano. Em 2011, ocupou o sétimo lugar; em 2012 e em 2013, ficou em sexto; em 2014, alcançou a quinta posição; e em 2015 e 2016, ficou em terceiro. Em 2017, subiu uma posição e ultrapassou o Paraná, garantido o segundo lugar geral, atrás apenas de São Paulo.
Merece destaque ainda a evolução na pontuação catarinense, passando dos 74,3 em 2016 para 77,2 em 2017, enquanto a média nacional caiu de 50,2 para 47,9. Os resultados completos estão disponíveis no site www.rankingdecompetitividade.org.br.
Entre os diferentes pilares do estudo, Santa Catarina ficou em primeiro lugar em segurança pública e em sustentabilidade social. Destacou-se ainda com o terceiro lugar em indicadores como infraestrutura, educação, capital humano e inovação. E no pilar potencial de mercado, pulou da 19ª posição para o 10º lugar entre todos os estados.
Geração de Emprego
Dados do IBGE, referentes ao terceiro trimestre, confirmam o Estado com a menor taxa de desemprego do país, 6,7%, enquanto a média nacional ficou em 12,4%. Além disso, de acordo com o último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, SC gerou 4,9 mil vagas de empregos formais em novembro, enquanto no país foram fechados 12.292 postos de trabalho.
A presença internacional também foi ampliada. Considerando dados de janeiro a outubro, as exportações catarinenses cresceram 14,5% e as importações subiram 22,3%. Os principais destinos dos produtos catarinenses são Estados Unidos, China, Argentina, Rússia e México. E os principais mercados de origem são China, Chile, Argentina e Estados Unidos.
Entre os avanços sociais, destaque para a expectativa de vida do catarinense, a maior do país, com média de 79,1 anos, segundo dados do IBGE divulgados em dezembro de 2017 e referentes ao levantamento feito em 2016.
A Formação Econômico-Social e Espacial do Brasil
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é considerado um país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em tamanho de território.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento do país foram:
No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação. As propriedades rurais eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção pastoril que adentrou a oeste do país e também pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero e fez surgir várias cidades.
Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento de várias cidades.
A Formação Econômico-Social e Espacial de Santa Catarina
A economia de Santa Catarina é diversificada, no território são desenvolvidas atividades econômicas no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária, pesca, turismo. Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do país.
Indústria
O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal-mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.
Extrativismo
Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de papel.
Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.
Agricultura
Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.
Pecuária
Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.
Pesca
A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.
O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.
Turismo
A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.
Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina
Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55%e prestação de serviços 33,9%.
Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.
Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:
Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.
 
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
A estrutura por idade mostra o percentual de jovens, de adultos e idosos, e a estrutura por sexo remete à distribuição da população com percentual de homens e mulheres.
A estrutura da população é representada em forma de pirâmide, que é classificada em base larga da pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide. A base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os indivíduos com faixa etária entre 0 e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população brasileira. O corpo afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando cerca de 51% da população. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59 anos, correspondendo a 9% da população.
Nas últimas décadas, houve uma mudança na estrutura etária brasileira decorrente de fatores como queda das taxas de mortalidade e de natalidade, bem como elevação de expectativa de vida, provocando automaticamente um acréscimo no crescimento natural/vegetativo.
A população brasileira está estruturada de acordo com os setores de atividades econômicas, ou seja, onde o brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das pessoas compõem o PEA (População economicamente ativa), que representa as pessoas que trabalham ou estão à procura de trabalho, e 32% formam a população inativa, pessoas que não estudam, não trabalham e não estão à procura, ou ainda não possuem idade compatível.
A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, nesse contexto, verifica-se um alto grau de desigualdade, provocada pela concentração da renda, própria de países capitalistas, que é caracterizada pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria vive em condições extremamente excludentes.
A concentração da renda agrava as desigualdades sociais. 
�� INCLUDEPICTURE "http://www.enemvirtual.com.br/wp-content/uploads/2011/08/image007.png" \* MERGEFORMATINET 
URBANIZAÇÃO
O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. ... Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades.
O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos.
Até 1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a partir de 1950 que o processo de urbanização se intensificou, pois com a industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek houve a formação de um mercado interno integrado que atraiu milhares de pessoas para o Sudeste do país, região que possuía a maior infraestrutura e, consequentemente, a que concentrava o maior número de indústrias.
A partir de 1970, mais da metade dos brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de serviços, como saúde, educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou de 13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.
DESIGUALDADES
As desigualdades econômicas e a dificuldade de determinadas regiões em se inserirem na economia nacional, possibilitou a ocorrência de uma urbanização diferenciada em cada uma das regiões brasileiras.
A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural. 
Na região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior parte deles vindos das regiões Norte e Nordeste. Desde o final da década de 1960 e início da década de 1970, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país.
Taxa de Urbanização das Regiões Brasileiras (IBGE)
	Região
	1940
	1950
	1960
	1970
	1980
	1991
	2000
	2007
	2010
	Brasil
	31,24
	36,16
	44,67
	55,92
	67,59
	75,59
	81,23
	83,48
	84,36
	Norte
	27,75
	31,49
	37,38
	45,13
	51,65
	59,05
	69,83
	76,43
	73,53
	Nordeste
	23,42
	26,4
	33,89
	41,81
	50,46
	60,65
	69,04
	71,76
	73,13
	Sudeste
	39,42
	47,55
	57
	72,68
	82,81
	88,02
	90,52
	92,03
	92,95
	Sul
	27,73
	29,5
	37,1
	44,27
	62,41
	74,12
	80,94
	82,9
	84,93
	Centro Oeste
	21,52
	24,38
	34,22
	48,04
	67,79
	81,28
	86,73
	86,81
	88,8
A urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.
Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
PROBLEMAS URBANOS
O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil irá trazer uma série de consequências, e em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas:
Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil.
Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantesvai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.
Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que o problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades brasileiras.
ATIVIDADES ECONÔMICAS E REORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
O Espaço Industrial Brasileiro, assim como em todos os lugares, seguiu as características gerais do processo de industrialização das sociedades a partir do modo de produção capitalista. O processo de criação e instalação de indústrias em um território literalmente produz o espaço, transformando-o e conferindo a ele novas lógicas e novos significados. A industrialização contribui, principalmente, para a intensa e rápida urbanização do território, bem como para as concentrações econômica, populacional, de infraestrutura e de investimentos financeiros.
No Brasil, o processo de industrialização iniciou-se enquanto política de Estado a partir da década de 1930, quando a dependência econômica nas exportações de matérias-primas, com destaque para o café, levou a economia do país a ruir diante da Crise de 1929. Tal proposição intensificou-se com o chamado Plano de Metas, na década de 1950, e acarretou para uma ampliação da produção industrial brasileira.
No entanto, essa concentração ocorreu, sobretudo, na região Sudeste do Brasil, com o predomínio da cidade de São Paulo, em função de sua posição geográfica estratégica e da herança econômica ofertada pela produção cafeeira, que conferiram a essa cidade uma ligação com o Oeste e com o Porto de Santos através das ferrovias.
Além disso, a partir da década de 1950, a indústria automobilística consolidou-se nessa região, o que foi fundamental para a concentração do parque industrial brasileiro na capital paulista e em sua região metropolitana. Tais processos provocaram uma rápida e precária urbanização, bem como a explosão de movimentos migratórios advindos das diferentes regiões do Brasil.
O resultado foi o grande surto populacional da região Sudeste. Em 1872, São Paulo contava com cerca de 32 mil habitantes e era a décima maior cidade brasileira; ao final do século XX, já se tornara a maior metrópole do país e a quarta maior do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes, contando a cidade e sua região metropolitana, e 11 milhões, contando apenas a capital.
Na década de 1970, a produção industrial da capital paulista e de seu entorno representava quase a metade de toda a produção industrial nacional.
Todavia, a partir da década de 1980 em diante, houve esforços governamentais que se preocuparam em proporcionar uma desconcentração industrial do país, fato que só se efetivou claramente a partir da década de 1990. Apesar disso, São Paulo continuou na liderança nacional industrial, muito em virtude de sua modernização e ampliação de seu aparato tecnológico e industrial. Segue exemplo:
Observe o crescimento demográfico da cidade de São Paulo no século XX e como ele diminuiu a partir do século XXI. 
Desconcentração industrial e Desmetropolização
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, as Unidades Federativas brasileiras ganharam maior autonomia no que diz respeito à política de implantação de impostos e de gerência de seu território.
O resultado disso foi a instauração de um fenômeno chamado de “Guerra Fiscal”, em que os estados passaram a brigar pela presença das indústrias em seus espaços. Tal preocupação dava-se no fato de que a instalação de indústrias em um dado local ampliava a geração de empregos, elevava o consumo e angariava investimentos para obras de infraestrutura.
O problema é que esse processo de desconcentração industrial do território brasileiro não foi acompanhado de uma política de gerência urbana do espaço, acarretando para a difusão de problemas socioambientais no espaço das grandes cidades, com o crescimento dos índices de violência e a precarização das escolas, que não possuíam capacidade para atender a todo o quantitativo populacional. Além disso, observou-se também a ocorrência da favelização das cidades, segregação urbana, crescimento desordenado e precarização do trabalho assalariado, o que reduzia o poder de consumo da população. Viver nas cidades, sobretudo a partir do final do século XX, tornou-se um grande desafio.
Diante disso, observa-se atualmente o crescimento dos polos industriais e farmoquímicos, bem como sua dispersão pelo país, o que vem resultando no processo de Desmetropolização das grandes cidades, que mesmo registrando crescimentos populacionais, não vêm atraindo mais a mesma quantidade de pessoas de outras regiões como anteriormente.
Em contrapartida, observou-se o crescimento das chamadas cidades médias, que se caracterizam por ter uma população fixada entre 200 e 500 mil habitantes e por não se encontrarem em regiões metropolitanas. Tais cidades vêm se tornando verdadeiros atrativos para indústrias que buscam menos prejuízos financeiros com transporte (em razão dos congestionamentos das grandes cidades), além de impostos menores, terrenos mais baratos e força sindical menos articulada, o que favorece a diminuição de custos com salários.
Outro fato que contribui para esse processo de desmetropolização é a consolidação da malha rodoviária do Brasil, diferentemente do que havia nos tempos de instalação das indústrias brasileiras. Atualmente é mais fácil – também em função da Revolução Técnico-Científica – a dispersão de produtos e serviços para dentro e para fora do território, de forma que a estratégia de localização da indústria no espaço diminuiu em importância.
Essa dinâmica vem favorecendo o crescimento das médias cidades que, no entanto, só oferecem boas condições de subsistência para trabalhadores que possuem qualificações ou experiência em ramos industriais cada vez mais avançados tecnologicamente.
Apesar disso, é importante frisar que não é possível dizer que as metrópoles tendem a reduzir suas populações nos próximos anos, até porque as cidades médias e pequenas já demonstraram não ser capazes de absorver toda a mão de obra presente nas grandes cidades. A tendência que vem se revelando é que elas também passem a apresentar problemas urbanos, sociais, ambientais e de mobilidade.
ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO
Concentração fundiária no Brasil:
Uma das principais características da agricultura brasileira é o fato de a propriedade da terra ser altamente concentrada. Nas primeiras décadas de colonização, a partir de 1530, a coroa portuguesa incentivou a vida de exploradores para a colônia. A fim de compensá-los pelas dificuldades que iriam enfrentar, a Coroa criou as capitanias hereditárias. Por esse sistema, concedia terras e vantagens a quem se dispusesse a investir dinheiro e pessoal no estabelecimento de núcleos fixos de povoamento.
A lei das Terras em 1850:
Até a segunda metade do século XIX o poder agrário no Brasil esteve associado à posse do trabalhador escravizado. A terra era concedida àqueles que podiam explorá-la em larga escala, portanto eram os grandes proprietários de escravizados que recebiam tais concessões. Com a proximidade da abolição da escravatura, já em meados do século XIX, a classe dominante do país criou um mecanismo que impediu a livre posse da terra e manteve o poder nas mãos daqueles que já eram grandes fazendeiros. Sancionadas duas semanas após a proibição do tráfico de escravos, a Lei das Terras de 1850 proibia a aquisição de terras por qualquer outro meio que não fosse a compra.
O latifúndio: ontem e hoje
A formação socioespacial brasileira ligada ao poder agrário é marcante na vida cultural do país. Mesmo após a independência e a proclamação da república, os proprietários de terra muitas vezes exercem um poder paralelo ao poder do Estado.
A posse da terra no Brasil ainda é muito concentrada. Mais de 47% dos estabelecimentos rurais tem dimensão menos que 100 ha e ocupam menos de 18% da área total de agropecuária. Ao mesmo tempo, os estabelecimentos com mais de 1000 ha (menos de 0,5 % do total) ocupam uma área de mais de 35% do total.
A dimensão nos estabelecimentos também é desigual no território brasileiro. Nas regiões norte, centro-oeste e em parte do sudeste é muito comum a presença de grandes propriedades patronais, onde há um predomínio do trabalho assalariado. Já nas regiões sul e nordeste, há maior número de pequenas propriedades que se utilizam do trabalho familiar.
A expansão da fronteira agrícola:
No século XIX e início do século XX, as plantações de café que ocupam inicialmente terras localizadas do Rio de Janeiro, foram se espalhando por Minas Gerais e avançando pelo interior de São Paulo. O movimento de expansão da fronteira agrícola, ao mesmo tempo que garantia a ocupação econômica e contribuía para a fundação de cidades e povoados, foi responsável pela retirada de vegetação nativa e por outros problemas ambientais, como o esgotamento dos solos e erosão.
A partir da década de 1970, com a implantação de tecnologia no campo, o movimento da fronteira agrícola passo para os estados do centro-oeste, com predominância da plantação de soja. Nas últimas décadas, a expansão da fronteira agrícola tem ocupado terras na floresta Amazônica, principalmente com a soja, a pecuária e a extração de madeira.
Características do mundo rural brasileiro:
O agronegócio brasileiro vem se mostrando um dos mais desenvolvidos e competitivos do mundo. Como resposta, os países desenvolvidos têm criado barreiras para proteger seus mercados dos produtos brasileiros.
A grande concentração de renda cria uma imensa desigualdade social no campo. Como a consequência, os pequenos produtores transformam-se em trabalhadores assalariados no campo ou migram para as cidades em busca de alternativas.
Assim, ao mesmo tempo que há fazendas-modelo em tecnologia, há fazendas arcaicas e improdutivas, além de faxinais e comunidades quilombolas, que praticam a agricultura de subsistência.
A agricultura brasileira tem se caracterizado pela destruição do ambiente em larga escala. Mas nesse cenário existem experiências de agricultura sustentável, que buscam o menos uso de defensivos agrícolas, utilização racional dos recursos hídricos, preservação de matas e tratamento dos resíduos deixados por animais.
A reforma agrária e as lutas sociais no campo:
Em linhas gerais, pode-se considerar a reforma agrária de dois pontos de vista. O primeiro, mais destrutivo, tem como objetivo o aumento do número de propriedades e proprietários rurais. O segundo considera a eficiência dos métodos de produção e o aumento da produtividade.
Além disso, modelos de distribuição variam desde a coletivização do uso da terra e organização em cooperativas das leis de mercado, praticamente sem intervenção do Estado. O jogo das forças entre os defensores de cada proposta forma o contexto das lutas no campo.
No Brasil, os movimentos pelo acesso à terra existem desde a promulgação da Lei das Terras, em 1850. O fim da escravidão e a lei que determinava que a posse da terra só seria dada a quem pagasse pelo terreno levaram a inúmeros conflitos entre o governo, os ex-escravizados e os posseiros destituído de suas terras. Exemplos de resistência e luta camponesa estão presentes em Canudos (1893) e no Contestado (1908). Por volta de 1945, ligas camponesas que lutavam por uma reforma agrária ampla começaram a se organizar. A estratégia utilizada foi a ocupação das terras. Esse movimento durou décadas até ser violentamente reprimido e extinto após o golpe militar, em 1964.
A redemocratização e as discussões de nova Constituição, na década de 1980, tornaram possível a reorganização dos movimentos sociais que lutam pelo acesso à terra. O principal movimento de luta pela reforma agrária é o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Os conflitos do MST com oligarquias e latifundiários, que detêm o controle das terras e do poder político, chegam a resultar em mortes em algumas ocasiões.
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO DE SANTA CATARINA
Localizado na Região Sul do território nacional, o estado de Santa Catarina possui extensão territorial de 95.703,487 quilômetros quadrados e população de 6.248.436 habitantes (3,2% da população brasileira), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor e menos populoso dos estados que integram a Região Sul do Brasil.
A maioria da população catarinense reside em áreas urbanas (84%), sendo que a população rural corresponde aos outros 16% do total. A densidade demográfica é de 65,3 habitantes por quilômetro quadrado e o crescimento demográfico é de 1,6% ao ano.
Santa Catarina apresenta grande diversidade étnica. Seus habitantes têm grande influência de imigrantes portugueses, alemães, italianos, japoneses, austríacos e poloneses, fato que reflete diretamente na cultura local. Outros grupos que também têm participação direta neste dado peculiar são os indígenas, primeiros habitantes da região, além dos descendentes de africanos.
Diante disso, a composição étnica estadual se apresenta da seguinte forma:
Brancos: 88,1%.
Pardos: 9%.
Negros: 2,7%.
Indígenas: 0,2%.
Os portugueses, a partir do século XVI, ocuparam as áreas litorâneas de Santa Catarina, estabelecendo povoados na região. Os alemães exercem forte influência nas cidades de Joinville, Blumenau, Brusque e Pomerode, fato comprovado por meio da arquitetura, culinária, sotaque e festas populares, como, por exemplo, a Oktoberfest.
A população imigrante de origem italiana, por sua vez, ocupou a porção sul do estado, exercendo influência na cultura das cidades de Criciúma, Urussanga e Nova Veneza, com destaque no cultivo da uva e na produção de vinho.
Florianópolis, capital de Santa Catarina, possui população de 421.240 habitantes, considerada a segunda cidade mais populosa do estado. Os municípios catarinenses que apresentam maior concentração populacional são: Joinville (515.288), Blumenau (309.011), São José (209.804), Criciúma (192.308), Chapecó (183.530), Itajaí (183.373) e Lages (156.727).
O estado proporciona boa qualidade de vida à sua população. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) catarinense, com média de 0,840, é o segundo maior no ranking nacional, inferior apenas ao do Distrito Federal (0,874). A taxa de alfabetização é de 95,1% - terceira mais alta do país. O analfabetismo atinge apenas 4,9% dos habitantes.
O índice de mortalidade infantil é de 15 a cada mil nascidos vivos, sendo inferior à média nacional, que é de 22. A taxa de homicídios dolosos (com intenção de matar) é de 11,3 por 100 mil habitantes.
URBANIZAÇÃO EM SANTA CATARINA
As transformações econômicas coordenadas pelo Estado a partir de 1960 imprimiram uma nova dinâmica onde o espaço urbano passa a concentrar a maior parte da população. Com o crescimento econômico e o processo de industrialização pesada, a integração física territorial associada ao crescimento do mercado, cidades como Joinville, Blumenau, Florianópolis e seus arredores cresceram muito acima da média estadual. Embora a conurbação urbana e o número de habitantes em Santa Catarina serem proporcionalmente inferiores as conurbações das grandes cidades brasileiras, a violência, a pobreza urbana e a construção de moradias em morros, encosta de morros e áreas de riscos também ocorrem no estado catarinense. A economia catarinense torna-se, fundamentalmente, urbana e industrial e se expande em direção ao Litoral. Demonstrações de dados do Censo revelam que as cidades como Joinville, Florianópolis, Blumenau que apresentam um maior grau de complexidade industrial cresceram acima da média estadual. Estas três cidades que em 1970 representavam 4,34%, 4,77 e 3,46%, respectivamente, da população catarinense, passaram para 8,34%, 6,82% e 5,00% em 2010. No mesmo período, cidades como Lages, Tubarão, e Concórdia que representavam 4,44%, 2,30% e 1,57% da população de Santa Catarina em 1970, passaram a representar 2,54%, 1,57% e 1,11%

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