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Resoluções UFSC2016 P R O V A 0 3 COC FLORIPA RESOLUÇÃO VESTIBULAR UFSC 2016 PROVA 3: MARFIM 1 REDAÇÃO PROPOSTA 1 Considere os textos abaixo e crie uma lenda a ser contada por um sábio indígena às crianças de sua aldeia. COC FLORIPA RESOLUÇÃO VESTIBULAR UFSC 2016 PROVA 3: MARFIM 2 O ineditismo do gênero lenda, no vestibular UFSC, recuperou a dinâmica da riqueza do tipo e do gênero textuais inerentes à prova de redação, uma vez que se mostra surpreendente ao aluno diante da quantidade de gêneros existentes (milhares) ― até porque o edital deixa em aberto na especificação. A Banca inova nos pedidos; contudo, privilegia o acaso de uma produção sem técnica devido à incerteza. Quando se aclara o pedido, a possibilidade de melhores textos é certa e não impacta o aluno pelo pedido favorecedor de uma subjetividade que beira o irresponsável (pena). A proposta exigia uma narrativa clássica em sua essência, mas que agregasse o mítico e o fantástico num universo próprio do imaginário. Extremamente rica pelo resgate do contexto infantil da cultura indígena e, também, em tempos de relativismo, enaltece um dos povos esquecidos pelo voyeurismo e tecnologias próprios da sociedade do espetáculo e futurística. A riqueza da imagem contribuía, ricamente, à proposta quando se notam olhares dos indiozinhos à espera do mágico. Ótima para poucos alunos adeptos do gênero distinto da dissertação. Exemplo de uma lenda: A lenda do guaraná Conta a lenda que um casal de índios Maués, viviam juntos a muitos anos e ainda não tinham filhos. Um dia, pediram a Tupã para dar-lhes uma criança. Tupã atendeu o desejo do casal e deu-lhes um lindo menino, que cresceu cheio de graça e beleza e se tornou querido de toda a tribo. No entanto, Jurupari, o Deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo. Certo dia, quando o menino foi coletar frutos na floresta, Jurupari aproveitou para se transformar numa serpente venenosa e matar o menino. Neste momento, fortes trovões ecoaram por toda a aldeia, e relâmpagos luziam no céu em protesto. A mãe, chorando em desespero ao achar seu filho morto, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã. Em sua crença, Tupã dizia-lhe que deveria plantar os olhos da criança e que deles nasceria uma nova planta, dando saborosos frutos, que fortaleceria os jovens e revigoraria os velhos. E os índios, plantaram os olhos da criança e regavam todos os dias. Logo mais, nesse lugarzinho onde foram enterrados os olhos do indiozinho, nasceu o Guaraná, cujos frutos, negros como azeviche, envoltos por uma orla branca em sementes rubras, são muito semelhantes aos olhos dos seres humanos. http://lendasfolcloricas.blogspot.com.br/ http://lendasfolcloricas.blogspot.com.br/ http://3.bp.blogspot.com/-JwnLZN5so88/VivjOj4EsGI/AAAAAAAADis/DgbAlCSmU4o/s1600/g.jpg COC FLORIPA RESOLUÇÃO VESTIBULAR UFSC 2016 PROVA 3: MARFIM 3 PROPOSTA 2 Considere os textos abaixo e escreva uma dissertação sobre o papel das festas populares na continuidade de uma memória coletiva. O caráter histórico das duas fontes norteadoras do pedido dissertativo (Comunicação, resistência e cidadania: as festas populares. /e/ O caráter religioso e profano das festas populares: Corumbá, passagem do século XIX ao XX.) já validava a riqueza da proposta enquanto promotora de um olhar sociocultural histórico, a partir da visão de um aluno inserido num estado rico em festas, bem como em uma nação continental e cheia de festas agregadoras do popular. Ainda que de aparente senso comum, um bom tema de redação com uma abordagem riquíssima, uma vez que pedia a discussão sobre o “papel das festas” e a “formação de um povo pelas festas”. O aluno que ilustrou com exemplos de festas como “Festival de Parintins”, Boi de Mamão, Boi Bumbá, Cavalhadas, Cultura do Defeso, Cultura Yauaretê, Carnaval, Festa do Divino, Festa Junina, Oktoberfest, entre tantas outras, supriu a expectativa da Banca. Mais do que a enumeração de festas, a relação temática com comentários por meio de verbos no presente atenderia o cumprimento do tipo argumentativo e do gênero dissertação. O aluno COC que produziu dissertação sobre o tema “A influência das crenças na cultura do povo brasileiro” (2.ª aposta da listagem), sentiu-se tranquilo pela orientação própria do segundo parágrafo que era para uma abordagem sobre, justamente, a importância das festas no construto formativo do povo brasileiro. COC FLORIPA RESOLUÇÃO VESTIBULAR UFSC 2016 PROVA 3: MARFIM 4 PROPOSTA 3 Considere os textos abaixo e redija uma crônica que tematize um aspecto das relações de solidariedade na sociedade contemporânea. Com três textos riquíssimos, a Banca, aqui, inovou pelo “ineditismo” da repetição do gênero quando do aparecimento pela sua quarta vez agora isoladamente (na primeira, CONTO ou CRÔNICA; na segunda, CONTO ou CRÔNICA; na terceira, CRÔNICA; e, na quarta, CRÔNICA). Novamente se nota a vontade em surpreender o aluno pelo desejo arbitrário de uma banca; em contrapartida, favorece o aluno preparado para todos os gêneros já cobrados e estimula (e altera) planejamentos de estudos. Havia três aspectos: “solidariedade vertical”, questionável; solidariedade recíproca, resgatadora do humano; e solidariedade, imperceptivelmente, hipócrita; conforme os respectivos textos de apoio. A abordagem de um dos aspectos para o gênero crônica seria suficiente. Bastaria o recorte de um fato do cotidiano, um elemento estranho para filosofar no texto (cena, provérbio, fato distinto, ...) e uma estrutura narrativa recheada por comentários com verbos no presente. Frases curtas, detalhes descritivos e elementos do real enriqueceriam o fazer crítico da crônica. Um tema abstrato e cristalizador do inédito; hoje, como uma abordagem clássica a configurar-se como uma espera temática, a qual se volta ao lado próprio dos valores humanos, tão relativizados pela sociedade contemporânea. O ineditismo do gênero lenda, no vestibular UFSC, recuperou a dinâmica da riqueza do tipo e do gênero textuais inerentes à prova de redação, uma vez que se mostra surpreendente ao aluno diante da quantidade de gêneros existentes (milhares) ― até porque o edital deixa em aberto na especificação. A Banca inova nos pedidos; contudo, privilegia o acaso de uma produção sem técnica devido à incerteza. Quando se aclara o pedido, a possibilidade de... A proposta exigia uma narrativa clássica em sua essência, mas que agregasse o mítico e o fantástico num universo próprio do imaginário. Extremamente rica pelo resgate do contexto infantil da cultura indígena e, também, em tempos de relativismo, enalte... Exemplo de uma lenda: A lenda do guaraná Conta a lenda que um casal de índios Maués, viviam juntos a muitos anos e ainda não tinham filhos. Um dia, pediram a Tupã para dar-lhes uma criança. Tupã atendeu o desejo do casal e deu-lhes um lindo menino, que cresceu cheio de graça e beleza e se to... Certo dia, quando o menino foi coletar frutos na floresta, Jurupari aproveitou para se transformar numa serpente venenosa e matar o menino. Neste momento, fortes trovões ecoaram por toda a aldeia, e relâmpagos luziam no céu em protesto. A mãe, chorand... Em sua crença, Tupã dizia-lhe que deveria plantar os olhos da criança e que deles nasceria uma nova planta, dando saborosos frutos, que fortaleceria os jovens e revigoraria os velhos. E os índios, plantaram os olhos da criança e regavam todos os dias. Logo mais, nesse lugarzinho onde foramenterrados os olhos do indiozinho, nasceu o Guaraná, cujos frutos, negros como azeviche, envoltos por uma orla branca em sementes rubras, são mu... http://lendasfolcloricas.blogspot.com.br/ O caráter histórico das duas fontes norteadoras do pedido dissertativo (Comunicação, resistência e cidadania: as festas populares. /e/ O caráter religioso e profano das festas populares: Corumbá, passagem do século XIX ao XX.) já validava a riqueza da... Ainda que de aparente senso comum, um bom tema de redação com uma abordagem riquíssima, uma vez que pedia a discussão sobre o “papel das festas” e a “formação de um povo pelas festas”. O aluno que ilustrou com exemplos de festas como “Festival de Pari... Com três textos riquíssimos, a Banca, aqui, inovou pelo “ineditismo” da repetição do gênero quando do aparecimento pela sua quarta vez agora isoladamente (na primeira, CONTO ou CRÔNICA; na segunda, CONTO ou CRÔNICA; na terceira, CRÔNICA; e, na quarta,... Havia três aspectos: “solidariedade vertical”, questionável; solidariedade recíproca, resgatadora do humano; e solidariedade, imperceptivelmente, hipócrita; conforme os respectivos textos de apoio. A abordagem de um dos aspectos para o gênero crônica ...
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