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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEVRA - NOVO TESTAMENTO - 24. 2 João

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Segunda Epístola de 
,.,, 
JOAO 
Autor O estilo, vocabulário e conteúdo de 2João 
são características que indicam que a carta foi escri-
ta pelo mesmo autor de 1 João e do Evangelho de 
João. Este autor tem sido tradicionalmente identifi-
cado como sendo o apóstolo João, filho de Zebedeu, e nenhuma 
outra suposição mais plausível tem sido apresentada. 41 Data e Ocasião A"'""'' Epi''º'' de Joio 
i (/;, •'" ~ foi escrita para alertar contra a mesma corrente de L_f-"'-" falsos ensinos combatida em 1 João, chamada de 
'"-~-___ "docetismo" (ver "Introdução a 1 João: Data e Oca-
sião"). Deve ter sido escrita em torno da mesma época, nas 
Esboço de 2João 
1. Saudação e cumprimentos (vs. 1-3) 
li. Amor e obediência (vs. 4-6) 
Prefácio e saudação 
t O presbítero à senhora / eleita e aos seus filhos, a quem 
eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os 
que conhecem ªa verdade, 2 por causa da verdade que per-
manece em nós e conosco estará para sempre, 3 a bgraça, a 
misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o 
Filho do Pai, serão 2 conosco em verdade e amor. 
duas últimas décadas do século 1. Ainda que repita idéias de 
1 João, não pressupõe o conhecimento daquela carta àa pa1'le 
do leitor. 
' 
1 Características e Temas A Segunda I~ ,1 Epístola de João é uma carta, com saudação inicial, 
~I cumprimentos introdutórios e saudação final. Foi es-
1 crita para uma senhora cristã e sua família, sendo 
esta ou a sua família natural ou a comunidade de crentes à qual es-
tava associada. Assim como as primeiras cartas de Paulo, é uma 
carta de encorajamento e de advertência dirigida a uma comunida-
de específica, pela qual o autor tem responsabilidade pastoral. 
llL O perigo do falso ensinamento (vs. 7-11) 
IV Conclusão e despedida (vs. 12-13) 
peço-te, não como se escrevesse mandamento novo, senão o 
que tivemos desde o princípio: d que nos amemos uns aos ou-
tros. 6 eE o amor é este: que andemos segundo os seus man-
damentos, Este mandamento, !como ouvistes desde o 
princípio, é que andeis nesse amor. 
Os falsos ensinadores e como tratá-los 
7 Porque gmuitos enganadores têm saído pelo mundo 
O amor fraternal fora, hos quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; 
4 e piquei sobremodo alegre em ter encontrado dentre os iassim é o enganador e o anticristo. 8 J Acautelai-vos, 'para 
teus filhos os que andam na verdade, de acordo com o man- não 3 perderdes aquilo que temos realizado com esforço, 
damento que recebemos da parte do Pai. s E agora, senhora, mas para receberdes completo galardão. 9 mTodo aquele 
• ~ªCI~ 'e~~olh1~ 3 bR~;;, 1~ 1 ;:2C~U ;~, rn:nvosco ~' 1Tu 2 ;;20, 3Jo3-4 5 -;;;Jo 1-; 34-;;,, 1;;2,1-7], 1Jo-3 1 ;, 
4.7,11 6 e Jo 14.15; 1Jo 2.5; 5.3f1Jo 2.24 7g1Jo 2.19; 4.1h1Jo 4.2i1Jo 2.22 BiMc 139 'GI 3.4 3 Cf NU; TR e M perdermos 
9 m Jo 7 16; 8.31, 1Jo 2.19,23-24 
•1-3 O autor identifica-se apenas como "o presbítero"; a pessoa a quem a carta é 
enviada é chamada apenas a "senhora eleita" Esses termos são apropriados 
para uma relação de amor e respeito mútuos, na qual o autor tivera responsabili-
dade pastoral para com a destinatária da carta. O cuidado de João para com ela 
baseia-se na verdade comum a todos os crentes e é um exemplo do amor que 
une todos os cristãos. 
•1 O presbítero. Não há qualquer objeção a que um apóstolo identifique-se 
como um presbítero, visto que as responsabilidades de um apóstolo para com 
cada congregação individual eram as mesmas de um presbítero (1 Pe 5.1-4). 
à senhora eleita. Alguns consideram essa expressão e a expressão similar no v. 
13 como uma metáfora para uma igre1a. mas, exceto aqui, esse emprego é des-
conhecido. 
•3 a graça, a misericórdia e a paz. A exemplo do apóstolo Paulo, João come-
ça sua saudação mencionando as ricas bênçãos cristãs da graça e da paz (GI 1.3, 
nota), acrescentando, porém, a palavra "misericórdia". A fonte dessa "graça, mi-
sericórdia e paz" não é outra senão o próprio Deus, o qual é verdade (Jo 14.6; 1 Jo 
56) e amor (1Jo 4.8). 
•4-6 O presbítero e a senhora compartilham da alegria em ver que os membros 
da família dela permanecem fiéis à verdade. A marca da fidelidade cristã é o amor 
uns pelos outros, o mandamento central dado aos cristãos pelo próprio Jesus (Jo 
13 34). Esse amor é explicado por todos os mandamentos dados por Cristo aos 
seus seguidores. 
•5 não como se escrevesse mandamento novo. Ver nota em 1 Jo 2.7-11. 
•7-11 Falsos mestres estiveram perturbando algumas das comunidades cristãs, 
atacando a verdade central do evangelho - - que Jesus é o Ungido, o eterno Filho 
de Deus que assumiu a natureza humana para realizar a salvação dos eleitos ( 1 Jo 
2.22; 4.2-3). Rejeitar essa verdade é rejeitar toda esperança de reconciliação com 
Deus, enquanto que aceitá-la é aceitar o próprio Deus. João adverte à senhora e à 
sua casa que a obra dos falsos mestres ameaça o progresso espiritual deles e até 
a sua esperança de recompensa eterna. Em face de tais perigos, o único procedi-
mento seguro a observar é evitar todo envolvimento com os falsos mestres. 
•7 têm saído. Ver nota em 1 Jo 2.19. 
não confessam Jesus Cristo vindo em carne, Os enganadores eram docéti-
cos, os quais negavam a.realidade da natureza humana de Cristo (1Jo 4 2, nota) 
Ver nota teológica "A Humanidade de Jesus". 
e o anticristo. Ver nota em 1 Jo 2.18. 
1517 2JOÃO 
A HUMANIDADE DE JESUS 
2Jo7 
Jesus foi um homem que convenceu aos que estavam mais próximos dele de que ele também era Deus. Sua humanidade 
não é posta em dúvida. Ao condenar aqueles que negavam que ':Jesus Cristo veio em carne" (1Jo 4.2-~; 2Jo 7), João tinha 
por objetivo os mestres que substituíam a encarnação pela idéia de que Jesus era um ser sobrenatural (não Deus) que apenas 
parecia humano, mas que realmente apenas era assim na aparência, um mensageiro que não podia morrer pelos pecados. 
Os Evangelhos mostram Jesus experimentando limitações humanas: (fome, Mt 4.2; fadiga, Jo 4.6; desconhecimento de 
fatos, Lc 8.45-471 e tristeza (Jo 11.35,38). A Carta aos Hebreus insiste em que, se Jesus não tivesse compartilhado de todas 
estas facetas da experiência humana - fraqueza, tentação, sofrimento - não estaria qualificado para ajudar-nos em tais 
provações (Hb 2.17-18; 4.15-16; 5.2,7-9). De qualquer maneira, sua plena experiência humana garante que a qualquer mo-
mento em nosso relacionamento com Deus podemos recorrer a ele, confiando no fato de que ele passou por isso antes de nós 
e é o ajudador de que necessitamos. 
Cristãos que se concentram na divindade de Jesus têm, às vezes, pensado que minimizar sua humanidade é motivo de 
honra para Jesus. Por exemplo, sugere-se, às vezes, que Jesus esteve sempre consciente de sua onisciência e só fingia des-
conhecimento de fatos. Ou podia-se pensar que ele só fingia estar faminto e cansado porque, como uma espécie de super-
homem, ele estava acima das necessidades da existência diária. Porém a Encarnação significa que o Filho de Deus ~i 
uma só Pessoa, que existe em duas naturezas, e que nada falta à sua natureza humana, exceto o pecado. A idéia dl'que as 
duas naturezas de Jesus eram semelhantes a circuitos elétricos alternativos, de modo que, às vezes, ele agia em sua humani-
dade e, às vezes, em sua divindade, é também uma idéia errada. 
Jesus não podia pecar, mas podia ser tentado. Satanás tentou-o a desobedecer ao seu Pai através da auto-satisfação, da 
auto-exibição e da auto-exaltação (Mt 4.1-11 ), e a tentação para fugir da cruz era constante (Lc 22.28; cf. Mt 16.23, e a oração 
de Jesus no Getsêrnani). Como ser humano, Jesus não podia vencer a tentação sem luta; porém, como ser divino, sua natureza 
era a de fazer a vontade de seu Pai (Jo 5.19,30), e, portanto, sua natureza era a de resistir e lutar contra a tentação até vencê-la. 
Desde que a sua natureza humana era conformada à sua natureza divina, era impossível que ele falhasse llQ. decorrer da suare-
sistência. Era inevitável que ele suportasse as tentações até o fim, sentindo toda a sua força, e emergisse vitorioso para seu 
povo. Do que ocorreu no Getsêmani, ficamos sabendo quão agudas e agonizantes foram suas lutas. O resultado feliz para nós é 
que, "naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hb 2.1 à). 
que 4ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece 
não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto 
o Pai como o Filho. to Se alguém vem ter convosco e nnão 
traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as bo-
as-vindas. 11 Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se 
cúmplice das suas obras más. 
Informações finais. Saudações 
12 Ainda ºtinha muitas coisas que vos escrever; não quis 
fazê-lo com papel e tinta, pois espero ir ter convosco, e con-
versaremos de viva voz, Ppara que a nossa alegria seja com-
pleta. 
13 oOs filhos da tua irmã eleita te saúdam. 
• 4 C!. NU; TR e M transgride 10n1Rs 13.16; Rm 16.17; 2Ts 3.6,14; Tt 3.10 12 °3Jo 13-14 P Jo 17.13 13q1Pe513 
•1 O não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Essa medida 
severa contrasta agudamente com a exortação dada em 3Jo 5-8 para que sejam 
acolhidos os crentes que proclamam a verdade. 
•12-13 Uma carta não substitui a comunhão pessoal. João espera participar 
com seus leitores do encorajamento mútuo proporcionado pelo encontro pessoal. 
Ele conclui enviando saudações de uma comunidade cristã para outra, uma práti-
ca comum nas epístolas apostólicas e um lembrete da unidade cristã. 
l 
	2 JOÃO
	Capítulo Único

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