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AS IMPLICAÇÕES DA AUTOMEDICAÇÃO NA CULTURA DO BRASILEIRO (1)

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CAMPUS CARAZINHO, RS
CURSO - BIOMEDICINA
BETINA LIMA SIMIONI
LIELI LIANE DA SILVA
AS IMPLICAÇÕES DA AUTOMEDICAÇÃO NA CULTURA DO BRASILEIRO
CARAZINHO, RS
Novembro/2017
BETINA LIMA SIMIONI
LIELI LIANE DA SILVA
AS IMPLICAÇÕES DA AUTOMEDICAÇÃO NA CULTURA DO BRASILEIRO
Projeto de Pesquisa apresentado à Disciplina de Instrumentalização Científica como requisito avaliativo e condição de aprovação no referido componente curricular.
Orientadora: Prof. Rejane Seitenfuss Gehlen
CARAZINHO, RS
Novembro/2017
IDENTIFICAÇÃO DA PESQUISA
TEMA DA PESQUISA
A automedicação se caracteriza pela prática de tomar remédios, sem a avaliação de um profissional de saúde. O objetivo principal é apresentar suas respectivas causas e consequências na população brasileira.
PROBLEMA
O que leva as pessoas a se automedicarem?
HIPÓTESE OU QUESTÕES NORTEADORAS
Pode-se apontar uma das causas da automedicação, a facilidade de acesso a medicamentos, devido o número elevado de farmácias e drogarias, além das práticas comerciais éticas e legalmente questionáveis cometidas por diversos estabelecimentos. Tal hipótese se baseia em estudos que mostram a realidade do uso indevido de medicamentos, promovendo assim uma reeducação na saúde e possivelmente conscientizar a população acerca dos riscos inerentes da automedicação.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Revisão do tema em fontes e documentos que permitam citar e discutir os principais resultados e conclusões de diferentes autores sobre o tema em questão.ampliar citando os principais autores que serão abordados na pesquisa
JUSTIFICATIVA
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Pós Graduação para Farmacêuticos (ICTQ), 76,4% da população brasileira faz uso da medicação por conta própria, sendo um exemplo de aplicação indevida de remédios. Suas causas podem estar relacionadas a um aspecto cultural, em virtude de que não há necessidade de ir ao médico, por aliviar a dor de imediato. No entanto, outras causas podem contribuir para essa prática, como a venda livre de medicamentos, precariedade do sistema de saúde, dificuldade para marcar consultas médicas, e também o uso inadequado de medicamentos pode causar até mesmo a morte. Com isso, é indispensável ressaltar suas complicações e de como pode ser prejudicial à saúde, pois o Brasil é recordista mundial em automedicação.
OBJETIVOS
 
OBJETIVO GERAL
Avaliar a prática e o consumo da automedicação, a cerca dos riscos e quanto ao uso racional de medicamentos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discutir as bases do funcionamento de medicamentos no organismo para o reconhecimento dos riscos gerados pelos mesmos;
Discutir sobre a importância da prescrição médica e das orientações profissionais sobre o uso de medicamentos;
Abordar os cuidados relativos ao uso correto de medicamentos.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo explicativo, entretanto realizada uma pesquisa bibliográfica relacionada à automedicação, através de dados disponíveis na internet, com as seguintes causas e intoxicações sobre o tema abordado. Eventualmente, a evolução da automedicação teve um percentual elevado devido ao desenvolvimento do mercado, em virtude do fácil acesso a todo tipo de remédio e com isso o surgimento da automedicação em massa. Além disso, o hábito da automedicação acaba por impactar de forma negativa na sociedade, isso fica evidente quando se vê o crescimento de doenças e superbactérias, reações alérgicas, dependências, intoxicações e até mesmo a morte.
REFERENCIAL TEÓRICO
INTRODUÇÃO
O que é a automedicação?
	Caracteriza-se pela prática de tomar remédios sem avaliação prévia de um profissional de saúde. A pessoa tende a se automedicar, por conta própria ou por indicação de amigos, familiares e conhecidos. Além disso, o Brasil é considerado recordista mundial em automedicação, pois existem várias formas de se automedicar, dentre elas estão, o uso abusivo de medicamentos, o uso excessivo por via de administração inadequada (injetável ou via oral), entre outros. 
	Possivelmente, a partir do momento em que os sintomas se manifestam, as pessoas optam pela automedicação ao invés de ir ao médico, justamente pelo fato da precariedade do sistema de saúde, ou pela situação financeira do indivíduo, que muitas vezes não tem dinheiro para pagar uma consulta particular, optando pelo método mais fácil e mais acessível que seria o uso de medicamentos sem orientação de um profissional. Ou seja, é preciso se ter certo cuidado, pois esses servem para aliviar, curar ou, paradoxalmente, piorar muitas das disfunções e doenças.
	Geralmente, para que o medicamento exerça sua ação, ele percorre um longo caminho em nosso organismo e pode atingir alvos indesejáveis e causar problemas, entre eles os efeitos colaterais e reações adversas, pois, a grande maioria dos brasileiros prefere ir às farmácias a ir ao consultório médico. Entre as classes de medicamentos mais procuradas estão os analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, descongestionantes, anti-helmínticos e antibióticos.
	Nesse contexto, é importante ressaltar a necessidade da população obter informações adequadas e suficientes sobre o uso correto dos medicamentos, visando a uma utilização mais racional, segura e eficaz dos medicamentos, o melhor a fazer é procurar um médico diante de qualquer sintoma, nem que seja uma simples dor de cabeça.	Comment by Rejane: Dar espaço em todos os começos de parágrafo	Comment by Rejane: Citar a fonte
DESENVOLVIMENTO
	Os medicamentos são substâncias químicas que interagem química e fisicamente com o nosso corpo. Conforme explicita Rachel Duarte Moritz, Danilo Freire Duarte e Sérgio Pederneiras (2003), os fármacos quando estão em nosso organismo sofrem quatro formas de ação: absorção, distribuição, metabolização e excreção. Todo medicamento precisa chegar a corrente sanguínea para haver efeito, e é por meio da absorção que esse processo ocorre, podendo acontecer através da via oral, cutânea, subcutânea, muscular, respiratória e retal. Outro processo farmacocinético é a distribuição, se caracteriza pela passagem do fármaco da circulação sanguínea para o líquido intersticial e celular, ou seja, se distribuem para os tecidos. É distribuído de forma livre ou ligado a proteínas (albumina) e quem faz a ação é a quantidade livre do medicamento. A metabolização ou bi transformação é um processo que tem por função inativar os fármacos que estão presentes no organismo, dado que a maioria deles são xenobióticos, isto é, são substâncias químicas que não são reconhecidas pelo corpo e que não fazem parte do metabolismo ou são componentes nutricionais, então são inativados para diminuir o seu efeito biológico e são conjugados com moléculas altamente hidrossolúveis para que eles possam ser eliminados pelos rins. Alguns fármacos podem ser anulados pela saliva, fezes ou pelo suor. É lançado diretamente no fígado, principal órgão metabolizador dos medicamentos. A excreção é a última etapa do caminho que o fármaco percorre no organismo, a maior parte deles é eliminada através dos rins por intermédio de transportadores, os mesmos carregam moléculas carregadas do sangue para a urina nos rins.
	A automedicação é um modelo dos países subdesenvolvidos e aumenta significativamente o número de doenças gravíssimas. Dados da Organização Mundial de Saúde revela que 10% das internações são provocadas por reações adversas a medicamentos. Um bom exemplo é a Dengue, se a doença for constatada e o paciente já estiver se automedicado, o quadro pode se agravar. Outra justificativa para o problema seria a diminuição da imunidade.
	Essa prática pode trazer sérios problemas no futuro. A ingestão de medicamentos sem a prescrição médica pode causar danos emocionais e físicos, como ansiedade diante da falta de medicamento, como problemas gastrointestinais por exemplo. Outra grande complicação é que o uso de medicamentos pode inibirsintomas de uma doença mais grave, o que faz com que retarde o tratamento e consequentemente o diagnóstico. É importante ressaltar que muitos medicamentos tem o poder de tornar o organismo dependente, desencadeando sintomas como abstinência e tolerância. A tolerância é quando o aumento do consumo passa a atingir a sensação desejada. A automedicação é uma prática muito perigosa, o médico deve ser sempre procurado em caso de sintomas desconfiantes.
	De acordo com o gráfico abaixo, pode-se observar os índices elevados referentes ao consumo por conta própria de medicamentos em diversas capitais do Brasil, conforme explicita o Instituto de Pesquisa e Pós Graduação para Farmacêuticos (ICTQ), dados de 2014:	Comment by Rejane: Citar a fonte
	Muitas pessoas têm o hábito de tomar medicamentos com leite, com suco de laranja ou com qualquer outro tipo de suco. O fármaco sempre deve ser tomado com um copo d’água e isso pode interferir muito na absorção e no efeito desse medicamento. Deve ser ingerido nos horários exatos que o médico prescreveu, respeitando a quantidade de dias que esse medicamento deve ser tomado.
USO EXCESSIVO DE ANTIBIÓTICOS
	De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as chamadas superbactérias, ou seja, bactérias que são capazes de resistir aos remédios podem matar até 10 milhões de pessoas nos próximos 30 anos. As autoridades já consideram isso uma epidemia mundial e alertam, se nada mudar o problema deve se tornar mais grave que o câncer.
	Segundo Serafim Godinho, sobre o uso incorreto desses medicamentos:
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. (GODINHO, 2015, s/ p.).
	As bactérias são velhas conhecidas da humanidade, isto é, micro-organismos que estão em grande número no ambiente e no corpo. Boa parte dessas bactérias ajuda o organismo a funcionar, um exemplo, elas atuam na digestão dos alimentos, mas algumas são causadoras de doenças. Em 2010 uma lei brasileira proibiu a venda de antibióticos sem prescrição médica. Ingerir o fármaco por conta própria pode se tornar perigoso e prejudicial à saúde, pois, quando o indivíduo apresentar alguma outra infecção causada por uma bactéria, aquele antibiótico que ele ingeriu desnecessariamente já não vai mais funcionar. Se o tratamento for interrompido, a bactéria passa a conhecer o inimigo, que é o antibiótico. Quando ela obtiver um novo contato com o remédio, a mesma já adquiriu um escudo contra a medicação.
	Não é só a automedicação que favorece as superbactérias, existem pessoas que estão mais sujeitas a produzir bactérias muito resistentes, isto é, são os pacientes de hospitais, principalmente aqueles que são imunodeprimidos, ou então que fizeram alguma cirurgia e que apresentam a utilização de cateter.
	Várias medidas devem ser adotadas por todos, muitas são até bem simples, ou seja, não reutilizar algum resto de antibiótico, eventualmente que tenha restado de algum tratamento que o indivíduo teve que interromper por algum motivo. Os médicos precisam ficar atentos para não prescrever qualquer antibiótico ou antibiótico muito mais potente desnecessariamente.
	Outra solução demanda mais investimento, a indústria precisa desenvolver esses fármacos novos, que lutem até contra bactérias mais resistentes. No Brasil, isso não acontece desde a década de 80, ou seja, a mais de 30 anos. Precisa-se de desenvolvimento público, na área de financiamento de novas drogas, métodos de diagnósticos mais rápidos, equipes mais treinadas, tanto de médicos quanto de microbiologistas e enfermeiros que saibam melhor a prescrição, como também vacinas que possam combater bactérias multirresistentes. Alguns especialistas também apontam para novas tecnologias que podem deixar os antibióticos para trás.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	É imprescindível que, diante dos argumentos expostos, todos se conscientizem que os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação no mundo. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações causadas por intoxicações com medicamentos tarjados e de venda livre. As pessoas que usam o medicamento inadequadamente podem esconder determinados sintomas, pode causar também dependência e gerar processos alérgicos, a tendência é comprometer a eficácia dos tratamentos, e em casos piores pode levar a óbito. Outro problema é a combinação inadequada, o uso do medicamento pode anular ou potencializar a ação de outro fármaco. A automedicação não é indicada para nenhum outro tipo de caso, como nenhuma dor de cabeça e nenhum caso mais complicado como a infecção. É indispensável a orientação de um profissional qualificado, podendo ser um médico ou um farmacêutico, para ter exata certeza dentro das dosagens, das prescrições e dos intervalos a serem tomados com segurança. A educação em saúde é algo fundamental, ainda que é o maior instrumento para a promoção do uso racional dos medicamentos, pois, esse é um processo que informa, motiva e ajuda a população, visando instruir sobre a natureza das mais diversas enfermidades causadas pela má combinação de tais fármacos, que acabam motivando-os a participarem ativamente do seu controle e cumprindo com as instruções repassadas pelos profissionais de saúde, ou respectivamente orientadas as devidas informações contidas na bula.
REFERÊNCIAS
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/profissionais/artigos/fundamentos_drogas.htm
http://www.vvale.com.br/saude/automedicacao-e-pratica-comum-entre-brasileiros/
https://www.rondoniagora.com/artigos/automedicacao-jeitinho-brasileiro

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