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Biblioteca_1117492.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MECÂNICA GERAL PROF. PEDRO SANDERSON LISTA DE EXERCÍCIOS ASSUNTO: CORPOS RÍGIDOS – PARTE I 1. Uma força de 90 N é aplicada na barra de controle AB como mostra a figura. Sabendo que o comprimento da barra é 225 mm e que α = 22,5º, determine (a) o momento da força sobre o ponto B e (b) o ângulo α que produz um momento de 13,5 N.m em sentido horário no ponto B. 2. Determine o momento gerado pela força de 450 N, aplicada no ponto B do sistema abaixo, em relação aos pontos A e C. Resolva o problema de forma escalar e vetorial. Questão 1. Questão 2. 3. A barra AB é mantida em equilíbrio pela corda AC. Sabendo que a tração na corda é 1350 N e que c = 450 mm, determine o momento sobre B da força exercida pela corda no ponto A. Resolva o problema de forma escalar e vetorial. 4. A linha de ação da força P de intensidade 1890 N passa através dos pontos A e B, como mostra a figura. Calcule o momento de P sobre O. Questão 3. Questão 4. 5. A força P de intensidade 200 N atua ao longo da diagonal BC da placa dobrada, como mostra a figura. Determine o momento de P sobre o ponto E. 6. Sabendo que a tração no cabo AB é 8100 N, determine o momento da força exercida sobre A em relação (a) ao ponto O e (b) ao ponto D. 7. Sabendo que a tração no cabo BC é 4050 N, determine o momento da força exercida sobre A em relação (a) ao ponto O e (b) ao ponto D. Questão 5. Questões 6 e 7. Biblioteca_1036695.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA M.Sc. Pedro Sanderson Bastos Barros e-mail: pedrosanderson88@gmail.com Fortaleza 2017 Objetivos GERAIS: • Conhecer os Princípios e Leis Fundamentais da Mecânica. • Desenvolver conhecimentos básicos de ESTÁTICA dos corpos rígidos, aplicando-as para a resolução de problemas concretos na área de engenharia. ESPECÍFICOS: • Estudar o equilíbrio de pontos materiais no espaço e de corpos rígidos. • Resolver estruturas isostáticas planas simples. • Determinar as propriedades geométricas de seções planas. 2 Introdução • A Mecânica pode ser definida como a ciência que descreve e prediz as condições de repouso e de movimento de corpos sujeitos sob a ação de forças. • Pode ser dividida em: • Mecânica dos corpos rígidos. • Mecânica dos corpos deformáveis. • Mecânica dos fluidos. 3 Introdução • MECÂNICA DOS CORPOS RÍGIDOS: • ESTÁTICA, Cinemática e Dinâmica. • Mecânica dos Corpos Deformáveis: • Estruturas e Máquinas nunca são absolutamente rígidas. Elas deformam sob a ação de cargas. Entretanto estas deformações são, geralmente, pequenas e não alteram as condições de equilíbrio ou movimento do corpo. • Essas deformações terão importância quando houver riscos de ruptura do material, sendo estudadas em Resistência dos Materiais. • A Mecânica dos fluidos estuda o comportamento de fluidos incompressíveis (líquidos) e compressíveis (gases). 4 Conceitos Básicos • Os conceitos básicos usados na mecânica são os de espaço, tempo, massa e força. • O conceito de espaço é associado à noção de posição de um ponto P. • A posição de P pode ser definida por três distâncias medidas a partir de um certo ponto de referência (origem), segundo 3 direções mutuamente perpendiculares. • O instante em que o evento ocorre também deve ser indicado, ou seja, alguma referência de tempo. 5 Conceitos Básicos • O conceito de massa é usado para caracterizar e comparar corpos, com base em experimentos mecânicos. • Por exemplo, dois corpos de mesma massa e sujeitos às mesmas condições serão atraídos pela Terra da mesma maneira; eles também oferecerão a mesma resistência a um movimento de translação. • A força representa a ação de um corpo sobre outro, seja por contato direto ou a distância. • Uma força é caracterizada por seu ponto de aplicação, intensidade, direção e sentido, sendo assim, representada por um vetor. 6 Conceitos Básicos • Estudaremos as condições de repouso ou de movimento de pontos materiais e de corpos rígidos em termos dos quatro conceitos básicos introduzidos. • PONTO MATERIAL: pequena fração de matéria que ocupa pouco volume no espaço estudado e pode ser considerada como pontual. • Um CORPO RÍGIDO é uma combinação de vários pontos materiais, que ocupam posições fixas, relativamente uns aos outros. • O estudo da Mecânica dos Pontos Materiais é um pré- requisito para o estudo da Mecânica dos Corpos Rígidos. 7 Princípios Básicos • A Lei do Paralelogramo para adição de forças: • Duas forças atuantes sobre um ponto material podem ser substituídas por uma equivalente chamada resultante, obtida pela diagonal do paralelogramo cujos lados são iguais às forças dadas. • O Princípio da Transmissibilidade: • Estabelece que as condições de equilíbrio de um corpo rígido permanecem inalteradas se uma força que atua em determinado ponto for substituída por outra de mesma intensidade, direção e sentido, mas em um ponto diferente, desde que as forças tenham a mesma linha de ação. 8 Princípios Básicos • 1ª Lei de Newton: • Se a força resultante que atua sobre um ponto material é nula, este permanece em repouso ou permanecerá com velocidade constante e movimento em linha reta (se assim estava inicialmente). • 2ª Lei de Newton: • Se a força resultante que atua sobre um ponto material não for nula, este corpo terá aceleração proporcional à sua massa e intensidade da força resultante e em sua direção. 9 amFR Princípios Básicos • 3ª Lei de Newton: • As forças de ação e reação entre corpos em contato têm a mesma intensidade, mesma linha de ação e sentidos opostos. 10 2r MmGF • Lei da Gravitação de Newton: • Estabelece que dois pontos materiais de massas m e M são atraídos por forças iguais e opostas F e -F de intensidade F, dada por: Princípios Básicos • Lei da Gravitação de Newton: • Um caso particular de grande importância é o da atração da Terra sobre um ponto material localizado em sua superfície. • A força F exercida pela Terra sobre um ponto é definida como seu peso P. Fazendo M a massa da Terra e r a distância do centro do planeta à sua superfície, temos que: 11 gmP 2 2 sm 81.9 r MGg Sistema de Unidades 12 Sistema de Unidades 13 Ementa • Estática dos Pontos Materiais. • Corpos Rígidos: Sistemas Equivalentes de Forças. • Equilíbrio de Corpos Rígidos. • Propriedades Geométricas de Seções Planas. • Centroides • Momento Estático. • Momento de Inércia. • Análise de Estruturas • Treliças • Vigas 14 Avaliação • A nota consiste do resultado de avaliação continuada do desempenho dos alunos, sendo sistematizada em três momentos do calendário acadêmico: AV1, AV2 e AV3. • A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização. • As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: • Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre as notas das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). 15 Avaliação • Notas inferiores a 4,0 são automaticamente descartadas pelo sistema de avaliação. • Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 16 Bibliografia 17 Biblioteca_1089566.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS: FORÇAS NO ESPAÇO M.Sc. Pedro Sanderson Bastos Barros Fortaleza 2017 Introdução • Até a última aula, foram considerados problemas mecânicos que envolviam sistemas em duas dimensões e podiam ser resolvidos no plano. • Muito problemas de engenharia podem não estar sujeitos a tais simplificações. • Na aula de hoje, trabalharemos com problemas mecânicos envolvendo o equilíbrio de sistemas tridimensionais. 2 Componentes Cartesianas • Consideremos uma força F aplicada na origem O de um sistema de coordenadas cartesianas xyz. • Para definir a direção de F, podemos desenhar o plano vertical OBAC, que contém F. 3 • Esse plano contém o eixo y, e sua orientação é definida pelo ângulo ϕ que forma com o plano xy, enquanto a direção de F dentro desse plano é definida pelo ângulo θy que F forma com o eixo y. Componentes Cartesianas • A força F pode ser decomposta em uma componente vertical Fy e uma componente horizontal Fh, cujas componentes escalares são dadas por: 4 yhyy FFFF sencos Componentes Cartesianas • A força Fh pode ainda ser decomposta em uma componente ao longo de x, Fx e uma componente ao longo de z, Fz, cujas componentes escalares são dadas por: • Assim, a força F foi decomposta ao longo dos eixos cartesianos: 5 sensensen cossencos yhz yhx FFF FFF sensen cos cossen yz yy yx FF FF FF Componentes Cartesianas • Como os eixos são mutuamente ortogonais, temos que: 6 222222 222 zyxhy zxh FFFFFF FFF Componentes Cartesianas • Portanto, o módulo da força F pode ser obtido a partir de suas componentes escalares por: 7 222 zyx FFFF Componentes Cartesianas • A decomposição da força F em relação ao eixo y, Fy, foi feita a partir da definição de um ângulo θy que F forma com o eixo y. 8 yy FF cos Componentes Cartesianas • A decomposição da força F em relação aos demais eixos pode ser feita de forma análoga à descrita anteriormente, desde que se identifiquem ângulos θx e θz que F forma com os eixos x e z. 9 zzxx FFFF coscos Componentes Cartesianas • Estes ângulos θx, θy e θz que F forma com os eixos x, y e z, respectivamente, definem a direção da força F e são comumente chamados de cossenos diretores de F. • Introduzindo os vetores unitários i, j e k, orientados ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente, podemos escrever: 10 kjiFFFF zyx zyx FFF λFkjiF FF zyx coscoscos kjiλ zyx coscoscos Componentes Cartesianas • O vetor λ é unitário e possui a mesma direção e sentido de F. • As componentes deste vetor são os cossenos diretores de F. • Levando em consideração que o quadrado do módulo de um vetor é igual a soma dos quadrados de suas componentes, temos: 11 zzyyxx zyx λλλ λλλ coscoscos kjiλ 1coscoscos 222 zyx Componentes Cartesianas • Quando forem dadas as componentes Fx, Fy e Fz de uma força F, o seu módulo F pode ser determinado por: • Com isso, os ângulos θx, θy e θz que apontam a direção de F podem ser calculados a partir dos cossenos diretores: 12 222 zyx FFFF F F F F F F z z y y x x coscoscos Exemplos 1 e 2 1. Uma força que 500 N forma ângulos de 60º, 45º e 120º com os eixos x, y e z, respectivamente. Determine as componentes da força segundo os eixos cartesianos. 2. Uma força F tem componentes escalares Fx = 100 N, Fy = -150 N e Fz = 300 N. Determine o módulo e a direção desta força. 13 Componentes Cartesianas • Na maioria das aplicações práticas, a direção da força F é definida pelas coordenadas de dois pontos M(xM, yM, zM) e N(xN, yN, zN), localizados sobre sua linha de ação. • Exemplo: forças de tração em cabos. 14 Componentes Cartesianas • Consideremos o vetor MN, que liga os pontos M e N e tem a mesma direção e sentido de F. Representando suas componentes escalares por dx, dy e dz, temos: • O vetor unitário λ indica a linha de ação de F, assim como MN. • O vetor unitário λ pode ser obtido dividindo-se o vetor MN por seu módulo MN = d: 15 kjiMN zyx ddd kjiMNλ zyx ddddMN 1 Componentes Cartesianas • Foi mostrado anteriormente que F = F λ. Portanto: • Conclui-se, então, que as componentes escalares de F são dadas por: • Os cossenos diretores de F podem ser calculados por: 16 kjiλF zyx dddd FF d dFF d d FF d dFF zz y y x x d d d d d d z z y y x x coscoscos Componentes Cartesianas • As equações apresentadas anteriormente simplificam consideravelmente a determinação das componentes de uma dada força F, quando sua linha de ação é definida por dois pontos M e N. • Subtraindo as coordenadas de N das de M, determinaremos inicialmente as componentes de MN e a distância d de M à N. 17 222 zyx MNzMNyMNx dddd zzdyydxxd Exemplo 3 O cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um parafuso em A. A tração no cabo é de 2500 N. Determinar: (a) as componentes Fx, Fy e Fz da força que atua sobre o parafuso, (b) os ângulos θx, θy e θz que definem a direção da força. 18 Resultante de Forças no Espaço • A resultante das forças em um ponto material é obtida de modo análogo ao caso de forças no plano. Assim: • Decompondo R em componentes cartesianas, temos que: 19 FR kjiFR zyx FFF zzyyxx FRFRFR Resultante de Forças no Espaço • O módulo da resultante R e os ângulos θx, θy e θz que apontam a direção de R são obtidos por: 20 222 zyx RRRR R R R R R R z z y y x x coscoscos Exemplo 4 Uma placa de concreto pré-moldado é temporariamente sustentada pelos cabos mostrados na figura. Conhecendo as trações de 4200 N e 6000 N nos cabos AB e AC, respectivamente, determine o módulo e a direção da força resultante das forças aplicadas na estaca em A. 21 Equilíbrio de uma Partícula • Uma partícula está em equilíbrio quando a resultante de todas as forças atuantes sobre ela é nula. Assim: • Decompondo R em componentes cartesianas, temos que: 22 0FR 0kjiFR zyx FFF 000 zyx FFF Exemplo 5 Um cilindro de 200 kg é pendurado por meio de dois cabos, AB e AC, amarrados ao topo de uma parede vertical. Uma força P, horizontal e perpendicular à parede, mantém o peso na posição indicada. Determinar a intensidade de P e a tração em cada cabo. 23 Biblioteca_1117418.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CORPOS RÍGIDOS: SISTEMAS EQUIVALENTES DE FORÇAS M.Sc. Pedro Sanderson Bastos Barros Fortaleza 2017 Introdução • Até então, considerou-se que cada corpo poderia ser tratado como um ponto material. Entretanto, nem sempre isso será possível. • Muitos corpos necessitam ser considerados como corpos rígidos e não como pontos materiais por estarem sujeitos à ação de várias forças com diferentes pontos de aplicação. 2 Introdução • Nas próximas aulas estudaremos o efeito de forças aplicadas em um corpo rígido e aprenderemos a substituir um dado sistema de forças por um sistema equivalente mais simples. • Ao longo das aulas, será necessário revisarmos alguns conceitos da álgebra vetorial, pois a solução dos problemas aqui mostrados dependem dela. 3 Forças Externas e Internas • Forças externas representam a ação de outros corpos sobre o corpo rígido considerado. • São inteiramente responsáveis pelo comportamento externo do corpo rígido. • Causarão o movimento ou assegurarão a permanência em repouso do corpo. • Forças internas são as forças que mantém unidos os pontos materiais de um corpo. 4 Princípio da Transmissibilidade • As condições de equilíbrio de um corpo rígido permanecem inalteradas se uma força que atua em determinado ponto for substituída por outra de mesma intensidade, direção e sentido, mas em um ponto diferente, desde que as forças tenham a mesma linha de ação. 5 Princípio da Transmissibilidade • Veja que a condição de movimento do caminhão abaixo não é alterada, desde que ele seja considerado um corpo rígido. • Entretanto, este princípio tem limitações: • Barra tracionada: rígida × deformável. 6 • O produto vetorial de dois vetores P e Q é definido como sendo um vetor V, que satisfaz as seguintes condições: 1. A linha de ação de V é perpendicular ao plano que contém P e Q. 2. O módulo de V pode ser obtido a partir dos módulos de P e Q e do menor ângulo θ formado entre estes. Produto Vetorial 7 senQPV • O produto vetorial de dois vetores P e Q é definido como sendo um vetor V, que satisfaz as seguintes condições: 3. O sentido de V é dado pela Regra da Mão Direita. • A rotação ocorre de P para Q. Produto Vetorial 8 • O produto vetorial entre dois vetores P e Q é representado da seguinte forma: • Da expressão para o cálculo do módulo de V, percebemos que, quando os vetores P e Q têm a mesma direção e sentidos iguais ou opostos, seu produto vetorial é nulo. • Outra observação importante é que o produtos vetoriais são não comutativos, ou seja: Produto Vetorial 9 QPV PQQP senQPV • Apesar da propriedade comutativa não se aplicar aos produtos vetoriais, a propriedade distributiva é mantida: • Pode-se mostrar que a propriedade associativa também não se aplica aos produtos vetoriais: Produto Vetorial 10 2121 QPQPQQP SQPSQP PRODUTO VETORIAL EXPRESSO EM TERMOS DAS COMPONENTES CARTESIANAS: • Considere o produto vetorial i×j: • Ambos os vetores têm módulo unitário e são mutuamente perpendiculares. Produto Vetorial 11 • O vetor resultante k é mutuamente perpendicular aos dois primeiros e também tem módulo unitário. • Pela Regra da Mão Direita, k aponta na direção positiva do eixo z. PRODUTO VETORIAL EXPRESSO EM TERMOS DAS COMPONENTES CARTESIANAS: • Considere o produto vetorial j×i: • Ambos os vetores têm módulo unitário e são mutuamente perpendiculares. Produto Vetorial 12 • Pela Regra da Mão Direita, k aponta na direção negativa do eixo z. • O produto vetorial i×i = 0, uma vez que ambos os vetores têm a mesma direção. Produto Vetorial • Os produtos vetoriais para os possíveis pares de vetores unitários são: • O produto de dois vetores unitários será positivo se seguem um ao outro em ordem anti-horária. 13 + Produto Vetorial • Podemos representar o produto vetorial de dois vetores pelas suas componentes: • Observa-se que o produto vetorial de P e Q pode ser reescrito como um determinante: 14 kjikjiQPV zyxzyx QQQPPP kjiV xyyxxzzxyzzy QPQPQPQPQPQP zyx zyx QQQ PPP kji QP Momento de uma Força • O momento gerado por uma força no espaço F, aplicada em um ponto A, em relação a um ponto O é definido a partir do vetor posição rA/O e pode ser escrito, vetorialmente, como: • O momento é perpendicular ao plano que contém o ponto O e a força F e o seu sentido é definido pela Regra da Mão Direita. 15 FrM OAO / Momento de uma Força • Denominando θ como o ângulo formado entre a linha de ação do vetor posição rA/O e da força F, determinamos que o módulo do momento de F em relação a O é: • M0 mede a tendência de a força F fazer o corpo girar em torno de um eixo fixo. 16 FdM rFFrM O O sensen onde d representa a menor distância do ponto O à linha de ação de F. Momento de uma Força OBSERVAÇÕES: • Considere um corpo bidimensional sujeito a uma força F: • O momento da força F em relação a O é representado por MO, que é perpendicular ao plano e tem módulo MO = Fd. • MO aponta para fora do corpo e faz com que este tenha uma tendência à rotação em sentido anti-horário. 17 Momento de uma Força OBSERVAÇÕES: • Considere um corpo bidimensional sujeito a uma força F: • Neste caso, M0 aponta para dentro do corpo e faz com que este tenha uma tendência à rotação em sentido horário. 18 • Em problemas bidimensionais é suficiente que se represente o momento de uma força por seu módulo e sentido de rotação. Teorema de Varignon • O momento em relação a um dado ponto O da resultante de diversas forças concorrentes é igual ao somatório dos momentos das várias forças em relação à O. • Se F1, F2... são aplicadas no mesmo ponto A e se denominarmos r o vetor posição de A, podemos escrever: 19 ... ... ... 2,1, 21 21 OO RO MM FrFr FFr FrM Componentes Cartesianas • Vimos anteriores que: Sendo: 20 FrrFrM BABAB / kjiF kjir kjir zyx BBBB AAAA FFF zyx zyx Componentes Cartesianas • Fazendo o produto vetorial: Onde: e 21 kjiM zyxB MMM xyz zxy yzx FyFxM FxFzM FzFyM BABABA zzzyyyxxx Componentes Cartesianas • Em problemas bidimensionais, temos que Δz = 0 e Fz = 0, assim: Assim: 22 kM xyB FyFx xyz zxy yzx FyFxM FxFzM FzFyM 0 0 xyB FyFxM Exemplo 1 Uma força vertical de 100 lb é aplicada à extremidade de uma manivela fixada a um eixo O. Determine: (a) O momento MO da força de 100 lb em relação a O; (b) a intensidade da força horizontal que produz o mesmo momento em relação a O; (c) A menor força F que deve ser aplicada em A para gerar MO. (d) a distância dPO para que uma força de 240 lb, agindo em um ponto P, gere o mesmo momento em relação a O. 23 Exemplo 2 Uma força de 800 N atua no sistema mostrado abaixo. Determine o momento MB que esta força provoca em B. 24 Exemplo 3 Uma placa retangular é sustentada por suportes em A e em B e por um fio CD. Sabendo que a tração no cabo é 200 N, determine o momento da força exercida pelo fio na placa, em relação ao ponto A. 25 Biblioteca_1078038.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MECÂNICA GERAL PROF. PEDRO SANDERSON LISTA DE EXERCÍCIOS ASSUNTO: ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS 1. As forças P e Q agem sobre o parafuso A. Determine sua resultante e a sua direção. 2. Um tanque de aço é posicionado como mostra a figura. Sabendo que α = 20º, qual a magnitude da força P, de modo que a resultante R seja vertical? Determine o módulo de R. 3. Determine a resultante das forças que atuam na partícula abaixo e sua direção. 4. Determine a resultante das forças que atuam no suporte abaixo e sua direção. 5. Uma barcaça é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos rebocadores for 5 kN e tem a direção do eixo da barcaça, determine (a) a tração em cada corda, sabendo que α = 45º e (b) o valor de α para que a tração na corda 2 seja mínima. 6. Dois cabos são amarrados em C e carregados como mostrado na figura abaixo. Sabendo que α = 20º, determine as trações nos cabos AC e BC. 7. Dois cabos são amarrados em C e carregados como mostrado na figura abaixo. Sabendo que P = 500 N α = 60º, determine as trações nos cabos AC e BC. 8. Um modelo de casco de veleiro é colocado em um canal para testes, sendo mantido alinhado com o eixo do canal por meio de três cabos presos à sua proa. Se, para uma dada velocidade da água, a tração no cabo AB e AE são 200 N e 300 N, respectivamente. Determine a força de arrasto no casco e a tração no cabo AC. Considere 1 ft = 30 cm. 9. Sabendo que o peso ancorado em C é de 200 kg e que α = 30º, determine as trações nos cabos AC e BC. 10. Duas forças P e Q são aplicadas a uma conexão. Sabendo que a conexão está em equilíbrio quando P = 2500 N e Q = 3500 N, determine as forças exercidas nas barras A e B. 11. Determine a intensidade e a direção da força resultante do sistema abaixo. 12. Calcule a intensidade e a direção da resultante das duas forças abaixo, sabendo que P = 300 N e Q = 400 N. 13. Uma placa circular está suspensa por três cabos amarrados no ponto D e formam ângulos de 30º com a vertical, conforme a figura abaixo. Sabendo que a tração no cabo CD é 300 N, determine as componentes da tração neste cabo e a sua orientação segundo o sistema cartesiano mostrado. 14. Sabendo que as forças de tração nos cabos AB e AC são 1425 N e 2130 N, respectivamente, determine as componentes das forças, exercidas nos pontos B e C, respectivamente. 15. Sabendo que as forças de tração nos cabos AB e AC são de 1600 N e 2000 N, respectivamente, determine a intensidade e a direção da força resultante do sistema de forças aplicadas em A. Considere 1 in = 25,4 mm. 16. Um caixote de 400 kg é suportado por três cabos, como mostrado. Determine as forças de tração desenvolvida em cada cabo. Considere 1 in = 25,4 mm. 17. Três cabos são conectados em A, onde duas forças, P e Q, são aplicadas, conforme a figura. Se Q = 0, calcule a intensidade de P que provoca uma força de tração de 305 N no cabo AD. 18. O reservatório de peso W = 1165 N é suportado por três cabos, como mostrado. Determine as forças de tração em cada cabo. Biblioteca_1078034.pdf CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS: FORÇAS NO PLANO M.Sc. Pedro Sanderson Bastos Barros Fortaleza 2017 Introdução • A utilização do termo ponto material não implica em restringir o estudo a pequenos corpúsculos, mas que as dimensões e a forma do corpo estudado não afetam significativamente na solução do problema o qual está envolvido. • Como veremos, todo corpo rígido, sujeito à ação de forças cujas linhas de ação concorram num mesmo ponto, pode ser tratado como uma partícula. • Nesta aula, estudaremos o efeito de forças que atuam em pontos materiais. • Substituir um sistema de forças pela sua resultante. • Estudo do equilíbrio. 2 Forças sobre um Ponto • Uma força representa a ação de um corpo sobre outro. • Forças de superfície e forças de gravitacão. 3 Forças sobre um Ponto • Ela é caracterizada por seu ponto de aplicação, magnitude, direção e sentido. • Como estudaremos o efeito de forças em pontos materiais, elas têm, portanto, o mesmo ponto de aplicação. • A magnitude ou módulo da força indica sua intensidade. • A direção é indicada pela sua linha de ação. • Reta ao longo da qual a força atua. É caracterizada pelo ângulo que forma em relação a algum eixo fixo. • O sentido é indicado por uma seta. 4 Forças sobre um Ponto • Constata-se que duas forças P e Q, que atuam sobre um ponto material A, podem ser substituídas por uma única força R que tenha o mesmo efeito sobre este ponto. • R é chamada de resultante das forças P e Q e pode ser obtida a partir dos lados de um paralelogramo. • Lei do Paralelogramo para adição de forças. 5 Vetores • Percebe-se que as forças não obedecem às regras de adição definidas na aritmética ou na álgebra. • Duas forças, uma de 4 N e outra de 3 N, não necessariamente tem uma resultante de 7 N. • As forças não são as únicas grandezas que seguem a Lei do Paralelogramo de adição. • Momentos de força, deslocamentos, velocidades etc. • Todas essas grandezas são representadas por vetores. • As grandezas que não necessitam de informações sobre direção e sentido são chamadas escalares. 6 Vetores • Vetores são definidos como entes matemáticos que possuem módulo, direção e sentido e que se somam segundo a Lei do Paralelogramo. • É representado por letras em negrito (F) ou com uma seta acima da letra ( ). • Seu módulo é representado por uma letra em itálico (F) • Geometricamente, pode ser descrito por um segmento de reta, usando uma escala apropriada. 7 F N 8 N 3 N 5 QP Q P Vetores • Observações: • Um vetor utilizado para representar uma força que atua em dado ponto material tem bem definido o seu ponto de aplicação. Tal vetor é dito fixo e não pode ser deslocado sem mudar as condições do problema. • Como veremos, momentos de forças são representados por vetores que podem deslocar-se paralelamente a si mesmos, livremente no espaço. Estes são chamados vetores livres. • Será mostrado também que forças atuantes em corpos rígidos são vetores que podem ser deslocados ao longo de sua linha de ação. Estes são chamados vetores deslizantes.8 Vetores • Observações: • Dois vetores de mesmo módulo, direção e sentido são ditos iguais, mesmo que não tenham o mesmo ponto de aplicação. Podem ser representados pela mesma letra. • Dado um vetor P, seu vetor oposto é representado por –P e indica que o segundo tem o mesmo módulo e direção, mas sentido oposto. 9 Adição de Vetores • A soma de dois vetores, P e Q, é obtida aplicando os dois vetores em um mesmo ponto A e construindo um paralelogramo que tem P e Q como lados. A diagonal que passa por A representa P + Q. • De modo geral, a soma dos módulos dos vetores é diferente da soma dos dois vetores. 10PQQP Adição de Vetores • Subtrair um vetor é somar o correspondente vetor oposto. Assim, o vetor P – Q, que representa a diferença entre os vetores P e Q, é obtido pela soma do vetor P ao vetor –Q. 11 Adição de Vetores • A soma de três vetores P, Q e S será, por definição, obtida pela adição inicial dos vetores P e Q e, então, somando o vetor S ao vetor P + Q. 12 PQSPQSSQPSQPSQP Adição de Vetores 13 PQSPQSSQPSQPSQP Adição de Vetores • A soma de quatro vetores seria feita pela adição do quarto vetor ao resultante dos três primeiros, e assim sucessivamente. • Regra do polígono: a soma de três ou mais vetores pode ser feita pelo arranjo dos vetores, de modo que a origem de um vetor coincida com a extremidade do anterior e unindo a origem do primeiro com a extremidade do último. 14 Produto de um Escalar por Vetor • Da mesma forma que é conveniente chamar de 2P a soma de P + P, representaremos por nP como um vetor que tenha a mesma direção e sentido de P e módulo igual a nP. • Se n for positivo, o sentido do vetor resultante permanece inalterado. • Se n for negativo, o sentido do vetor resultante é o oposto do primeiro. 15 Resultante de Várias Forças • Considere um ponto material A sob a ação de diversas forças coplanares (contidas em um só plano). Como todas as forças passam pelo mesmo ponto, são chamadas concorrentes. • Os vetores representativos das forças que atuam sobre A podem ser somados pela regra do polígono. • O vetor R representa a resultante das forças concorrentes, isto é, a única força que tem o mesmo efeito sobre o ponto material A que as forças originais. 16 Decomposição de uma Força • Como visto, podemos substituir várias forças por uma resultante de igual efeito. • Por outro lado, existem situações em que é conveniente substituir uma força por várias equivalentes. • Estas forças equivalentes são chamadas componentes da força. • O processo de substituição é chamado de decomposição da força. 17 Decomposição de uma Força • Para cada força F, existem infinitos conjuntos possíveis de componentes. • No plano, é comum se decompor F em duas componentes. • Dois casos de decomposição são de particular interesse: • Uma das componentes de F é conhecida. • A linha de ação de cada componente é conhecida. • As componentes podem ser obtidas graficamente ou trigonometricamente. 18 Decomposição de uma Força • Quando a linha de ação das componentes é conhecida e estão orientadas segundo um sistema cartesiano xy, estas componentes são chamadas componentes retangulares (ou cartesianas) de uma força. • A força F é decomposta em Fx e Fy, segundo os eixos x e y, respectivamente. 19 Decomposição de uma Força • Definiremos dois vetores unitários, segundo os eixos x e y. • Da definição de produto escalar por um vetor, temos que as componentes Fx e Fy podem ser obtidas multiplicando o módulo destas componentes, Fx e Fy, pelo vetor respectivo vetor unitário: • Assim: 20 jFiF yx yx FF jiFFF yx yx FF Decomposição de uma Força • Os escalares Fx e Fy são chamados de componentes escalares de F, enquanto Fx e Fy são chamados de componentes vetoriais de F. • Podemos observar que uma componente vetorial de F será positiva somente se ela estiver na direção do vetor unitário. • Denominando F o módulo da força F e θ o ângulo entre F e o eixo x, medido a partir do eixo e em sentido anti- horário, podemos escrever as componentes de F como: 21 sencos FFFF yx Exemplo 1 As forças P e Q agem sobre o parafuso A. Determine sua resultante e a sua direção. 22 Exemplo 2 Duas forças são aplicadas em um suporte. Sabendo que P = 35 N, determine o ângulo α para que a força resultante seja horizontal. Qual o valor desta resultante? 23 Exemplo 3 Quatro forças atuam no parafuso mostrado na figura. Determine a resultante das forças e sua direção. 24 Equilíbrio de uma Partícula • Uma partícula está em equilíbrio quando a resultante de todas as forças atuantes sobre ela é nula. • 1ª LEI DE NEWTON: Se a força resultante que atua em um ponto material é nula, este ponto permanece em repouso ou à velocidade constante e em linha reta. • Matematicamente, temos que: • Decompondo R em componentes cartesianas, temos que: 25 0FR 0jijiFR yxyx FFFF 00 yx FF Exemplo 4 Um caixote de 75 kg é elevado por roldanas aplicadas entre dois prédios. Este caixote está sendo colocado em um caminhão para ser removido. Determine a tração em cada uma das cordas se o sistema estiver em equilíbrio. 26 Exemplo 5 Numa operação de descarga de navio, um automóvel de 17.5 kN é suportado por um cabo. Uma corda é amarrada ao cabo em A e puxada a fim de que o automóvel seja centralizado na posição desejada. Qual a tração no cabo e na corda se o sistema estiver em equilíbrio? 27