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Anatomia - Nervos Cranianos

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NERVOS CRANIANOS 
 Objetivos: conhecer e aprender os tipos de fibras, a origem aparente no encéfalo e no crânio, 
o trajeto, areas de inervação e algumas patologias associadas; 
 Nervos cranianos são aqueles que fazem conexão com o encéfalo; 
 A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, exceto os nervos olfatório e óptico, que se ligam, 
respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
 
NERVO OLFATÓRIO (I par) 
 Fibras sensitivas/aferentes – 20 ramos; 
 Função: as fibras conduzem impulsos olfatórios - Responsável pelo olfato; 
 Origem aparente no encéfalo: bulbo olfatório; 
 Origem aparente no crânio: lâmina cribiforme/crivosa do osso etmoide; 
 Trajeto: tem início no teto da cavidade nasal mas especificadamente na região olfatória, 
atravessa a lâmina crivosa do osso etmóide e se destina ao bulbo olfatório; 
 Lesão: pessoa perde o olfato chama-se anosmia. 
 
N. OPTICO (II par) 
 Fibras sensitivas; 
 Função: as fibras conduzem impulsos visuais - Responsável pela visão; 
 Origem aparente no encéfalo: quiasma óptico; 
 Origem aparente crânio: canal óptico; 
 Trajeto: se inicia na retina (cones e bastonetes), emergem próximo ao polo posterior de cada 
bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado 
oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras e depois 
continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral; 
 Lesão: Lesões nas vias ópticas causam alterações visuais específicas, possibilitando uma 
localização da patologia de forma precisa. 
 
N. OCULOMOTOR (III par) 
 Fibras motoras; 
 Função: inerva os músculos levantador da pálpebra, reto superior, reto inferior, reto medial e 
oblíquo superior (origem dos somitos) e ciliar e esfíncter da pupila (lisos – origem branquiais). 
Responsável pelo movimento do olho; 
 Origem aparente no encéfalo: sulco medial do pedúnculo cerebral; 
 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
 Trajeto: Penetra na orbita pela fissura orbital superior e se distribui aos músculos extrínsecos 
do bulbo ocular. 
 Há 2 grupos de músculos no bulbo ocular: 
o MUSCULOS EXTRINSECOS (músculo estriado esquelético – Voluntário): 
 M. Estriado esquelético; 
 M. Reto superior; 
 M. Reto inferior; 
 M. Reto medial; 
 M. Obliquo inferior; 
 M. Levantador da pálpebra superior. 
 Obs.: Há mais 2 músculos: M. Reto Lateral e M. Obliquo que são inervados 
respectivamente pelos nervos Abducente e Troclear. 
 
o MUSCULOS INTRÍNSECOS (Músculo Liso – Involuntário): 
 M. Liso: Esfíncter da pupila em forma de anel faz a contração da pupila – miose 
(durante as diferentes intensidades da luz) e Ciliar que dá o grau de 
convergência do cristalino (visão de perto). 
 Lesão do nervo: 
o Paralisia ipsilateral (do mesmo lado da lesão); 
o Globo ocular se desloca para baixo e para lateral; 
o Diplopia (vê 2 imagens); 
o Ptose palpebral superior (ausência da elevação da pálpebra); 
o Midríase ipsilateral; 
o Perda de acomodação do cristalino (dificuldade de ver de perto). 
 
 
N. TROCLEAR (IV par) 
 Fibras motoras; 
 Função: 
o Responsável pelo movimento do olho; 
o Inerva o M. Oblíquo Superior do Olho (extrínseco) – que desloca e gira o globo ocular 
medialmente para baixo. 
 Origem aparente no encéfalo: véu medular superior; 
 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
 Trajeto: A raiz nervosa curva-se ao redor da superfície lateral do mesencéfalo, passa entre as 
artérias cerebelar superior e posterior e segue o caminho até o músculo Oblíquo Superior do 
Olho. 
 Lesões: Podem ocorrer nos processos isquêmicos ou hemorrágicos dos pedúnculos cerebrais. 
Como sintoma pode-se ter uma diplopia (visão dupla) de objetos situados medial e 
inferiormente. Relato mais comum dificuldade em descer escadas. 
 
N. TRIGEMIO (V par) 
 Nervo misto com fibras sensitivas e motoras, MAS é considerado o grande nervo SENSITIVO 
DA FACE; 
 Função: 
o Fibras Sensitivas: responsável pela sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e 
tato) de grande parte da cabeça; 
o Fibras Motoras: inerva os músculos da mastigação, o M. milo-hióide e o ventre anterior 
do M. digástrico. 
 Este nervo tem mais ou menos 1cm e possui um gânglio sensitivo (este gânglio é o maior do 
corpo humano) e logo depois ele vai se ramificar em 3 ramos: 
o N.OFTALMICO: Sensitivo - Vai para a órbita, atravessando a fissura orbital superior e 
penetra no seio cavernoso, inerva a parte superior da face; 
o N.MAXILAR: Sensitivo - Se destina para estruturas da maxila, atravessa o forame 
redondo e inerva a região facial média; 
o N. MANDIBULAR: Único que é misto, os outros 2 são apenas sensitivos. Atravessa o 
forame oval e inerva a porção inferior da face e os Mm. da mastigação; 
 Inervação do N. trigêmeo: 
o A maior parte da dura-máter craniana; 
o Pele da face e da fronte; 
o Da membrana conjuntiva ocular; 
o Da parte ectodérmica da mucosa da cavidade bucal, nariz e dos seios paranasais 
o Todos os dentes; 
o Sensibilidade geral do 2/3 anteriores da língua; 
o ATM (articulação temporomandibular). 
 Origem aparente no encéfalo: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio; 
 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior (Oftálmico); forame redondo (Maxilar); 
forame oval (Mandibular); 
 Lesão: Alteração do nervo causa a Nevralgia do Trigêmeo, onde o indivíduo sente dor intensa 
em todas as áreas que as fibras sensitivas do nervo inerva. EX: ao piscar, tocar a face, se o 
vento bate na face, etc. 
 Comentário dado na aula: Quem passa lateralmente a sela turca: o gânglio trigeminal, vários 
nervos cranianos, artérias e veias, logo, se houver um tumor nesse local acabará comprimindo 
todas estas estruturas. 
 
N. ABDUCENTE (VI par) 
 Fibras motoras; 
 Função: 
o Inerva o M. Reto lateral do olho (m. Extrínseco) - Responsável pela abdução do olho. 
 Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino; 
 Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
 Trajeto: As fibras tem origem no sulco bulbo-pontino e de lá vão penetrar no seio cavernoso e 
passa junto à porção horizontal da artéria carótida interna, dirigindo-se a órbita pela fissura 
orbital superior. 
 Lesão: 
o Paralisia do m. Reto lateral; 
o Perde a abdução/lateralização do olho; 
o Gera um estrabismo convergente; 
o Tem diplopia (2 visões). 
 
N. FACIAL (VII par) 
 Nervo misto; 
 Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino; 
 Origem aparente crânio: meato acústico interno (porção petrosa do osso temporal); 
 Trajeto: O nervo entra no meato acústico interno e percorre o canal facial da porção petrosa do 
osso temporal e sai pelo forame estilo-mastoide. Neste caminho pelo canal, ele lança alguns 
ramos: 
o I ramo: 
 Vai para o M. Estapédio, que se prende ao osso estribo. Esse ramo tem a função 
de controlar a amplitude do som; 
 Lesão: a pessoa escutará os sons muito alto. 
o II ramo: 
 Vai para a glândula lacrimal; 
 Com a função de permitir a liberação de lagrimas. 
o III ramo: 
 Inerva glândulas nasais e bucais. 
o IV ramo: 
 Nervo/ ramo corda do tímpano; 
 Está na região do pavilhão auditivo; 
 Outro vai para o pavilhão auditivo, parte do tímpano, parte do meato acústico 
externo; 
 Um ramo vai para a glândula sublingual, a outra para a glândula submandibular; 
 Outro ramo vai dar sensibilidade gustativa a 2/3 anteriores da língua. 
o V ramo: 
 Inerva a glândula parótida; Esse nervo vai se ramificar, formando um plexo (plexo carotídeo), com 5 ramos 
terminais, que vão para os MM. Da expressão facial. 
 Lesão no nervo facial: 
o Consegue movimentar apenas um lado do rosto (paralisia facial) - plexo carotídeo; 
o Olho fica seco e sem lagrimas - ramo da glândula lacrimal; 
o Hiperacusia (escuta sons muito altos) - ramo do m. Estapédio; 
o Perda de paladar - ramo da corda do tímpano. 
 
N. VESTIBULO-COCLEAR (VIII par) 
 Nervo sensitivo; 
 Função: responsável pela audição (parte coclear) e equilíbrio (parte vestibular); 
o Parte vestibular – equilíbrio – vai para os canais semicirculares; 
o Parte coclear – audição – vai para a cóclea. 
 Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VII par; 
 Origem aparente no crânio: penetra o osso temporal, pelo meato acústico interno, mas não 
sai do crânio; 
 Lesão: Na via auditiva causará surdez ou alterações de percepções dos sons. Já na via 
vestibular o paciente fica incapaz de andar em linha reta com olhos fechado, sensação 
nauseosa, síndrome de vertigem e desequilíbrio. 
 
N. GLOSSOFARÍNGEO (IX par) 
 Nervo misto; 
 Glosso = língua; 
 Faríngeo = faringe; 
 Função: 
o Inerva: 
 Glândula parótida; 
 Alguns músculos da faringe. 
o Dá sensibilidade geral e gustação de 1/3 posterior da língua; 
o Da sensibilidade a faringe; 
o Inerva parte do pavilhão e meato acústico externo. 
o Inerva os receptores: 
 Seio carotídeo  receptor que capta a PA; 
 Corpo carotídeo  receptor que detecta o teor de O2 circulante no sangue. 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo; 
 Origem aparente no crânio: forame jugular; 
 Trajeto: Tem origem no sulco lateral posterior do bulbo essas raízes saem do crânio pelo forame 
jugular, e descem e se ramificam na raiz da língua e da faringe. 
 Lesão: 
o Neuralgia do glossofaríngeo causa dor lancinante no 1/3 posterior da língua. - 
pesquisar 
 
N. VAGO (X par) 
 Nervo misto, MAS é considerado o grande nervo PARASSIMPÁTICO; 
 Maior par craniano em extensão; 
 Função: 
o Faz a Inervação: 
 Inervação sensitiva e motora para parte da faringe; 
 Parte do pavilhão auditivo e Meato acústico externo; 
 Todas as vísceras torácicas e quase todas abdominais (inervação sensitiva e 
motora parassimpática). 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo caudalmente ao IX par; 
 Origem aparente no crânio: forame jugular; 
 Trajeto: do encéfalo vai para a região do pescoço, depois do torax, atravessa o m. Diafragma 
e chega na cavidade abdominal 
o Quando n. Chega na região do tórax, ele lança um ramo, o Nervo Laríngeo Recorrente 
- que inerva a prega vocal. 
 Lesão: 
o Perda da voz total = afonia; 
o Ou perda de voz parcial = Disfonia. 
 
N. ACESSÓRIO (XI par) 
 Nervo motor; 
 Função: 
o Inerva – m. Esternocleidomastoideo e m. Trapézio; 
o Ramo interno; une-se ao vago; inerva os músculos da laringe através do nervo 
laríngeo recorrente (especiais) e as vísceras torácicas (gerais) juntamente com fibras 
vagais; 
o Ramo externo; inerva os músculos esternocleidomastoideo e trapézio (especiais). 
 Origem aparente do encéfalo: 
o Raiz craniana: sulco lateral posterior do bulbo caudalmente ao X; 
o Raiz espinhal: medula. 
 Origem aparente no crânio: forame jugular. 
 Trajeto: A raiz espinhal é formada por filamentos radiculares que emergem da face lateral dos 
5/6 primeiros segmentos cervicais da medula e constituem um tronco comum que penetra o 
crânio pelo forame mago. Neste tronco junta-se os filamentos de origem craniana que 
emergiram do sulco lateral posterior do bulbo. Juntos eles atravessam o forame jugular em 
companhia com os nervos glossofaríngeo e vago. Ai se divide em ramo interno e externo. 
 Lesão: Podem causar paralisia do musculo esternocleidomastoideo, paralisia bilateral do 
trapézio, etc. 
 
N. HIPOGLOSSO (XII par) 
 Nervo motor da língua; 
 Função: 
o Inerva a musculatura extrínseca e intrínseca da língua. 
 Origem aparente no encéfalo: sulco lateral anterior do bulbo, anteriormente a oliva; 
 Origem aparente no crânio: canal do hipoglosso; 
 Trajeto: Emerge do sulco lateral anterior do bulbo, anteriormente a oliva, sob a forma de 
filamentos radiculares, e estes se juntam para formar o tronco nervoso. Este emerge do crânio 
pelo canal do hipoglosso e dirige-se para os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. 
 Lesão: Ocorre paralisia da musculatura de uma das metades da língua. Quando o paciente faz 
protrusão da língua, ela se desloca para o lado lesado, por ação da musculatura do lado normal. 
 
Inervação da língua: 
 Nervo trigêmeo: é responsável pela sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 
2/3 anteriores; 
 Nervo facial: é responsável pela sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores; 
 Nervo glossofaríngeo: é responsável pela sensibilidade geral e gustativa no terço posterior; 
 Nervo hipoglosso: é responsável pela motricidade. 
 Obs.: o nervo trigêmeo chega à língua através do ramo lingual do nervo mandibular. O nervo 
corda do tímpano, ramo do facial, anastomosa-se com o nervo lingual e chega, assim, à língua. 
 Inervação – sensibilidade geral: 
o 2/3 anterior = n. lingual; 
o 1/3 posterior = n glossofaríngeo. 
 Inervação – sensibilidade especial: 
o 2/3 anterior = n. corda timpânico; 
o 1/3 posterior = n. glossofaríngeo. 
 Inervação motora: 
o Mm. Intrínsecos e extrínsecos = n. hipoglosso 
 
Obs.: Fissura orbital superior é local de passagem de 4 pares de nervos cranianos: o III, o 
IV, o V e o VI. 
 
Questões: 
Caso clínico para responder: Infecções supurativas da orelha media ou interna, complicação 
bastante frequente da otite, podem atingir areas ósseas localizadas no ápice da porção petrosa do 
osso temporal, afetando, assim, o gânglio trigeminal ou seus ramos. Essa síndrome (síndrome de 
gradenigo) provoca dor na area de inervação trigeminal, com maior frequência no ramo oftálmico, 
acompanhada de lesão concomitante do nervo abducente. Descreva a área de inervação do ramo 
oftálmico do nervo trigêmeo e explique a consequência se a lesão se associar ao nervo abducente. 
Cite a consequência do ápice da língua durante a sua protrusão na lesão do nervo 
hipoglosso? - Responder 
Características da paralisia facial – Pesquisar.

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