GENETICA HUMANA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
 GENÉTICA HUMANA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Brasília, Novembro 2014.
ACONSELHAMENTO GENÉTICO
A IMPORTANCIA:
 O objetivo principal do aconselhamento genético é permitir a indivíduos e famílias a tomada de decisões conscientes e equilibradas a respeito da procriação, ele pode ter secundariamente efeitos preventivos”
No brasil existem pessoas com inúmeras doenças hereditárias autossômicas e também sexuais, que de acordo com a doença podem passar ou não para seus filhos, para que se tenha ou não a decisão existe o aconselhamento genético, que no momento da decisão dessas pessoas da N opções para esse casal, inclusive a de não terem filhos.
Vamos supor que um casal em que a mulher e normal e o homem também e o primeiro filho deles tem distrofia muscular, e eles foram ao medico e no exame deu que a chance de se ter outro filho com distrofia muscular era de 95%, a mulher decide arriscar ter mais um filho mesmo com os 5% de chance da criança nascer normal, nesse caso o psicólogo da equipe de aconselhamento sentará com o casal para ter a plena certeza de que ambos estão cientes dos riscos e mesmo assim terem a criança, para isso o psicólogo tem que estar apto a retirar todas as duvidas do casal e os tranquilizar sobre qualquer aflição.
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO ACOSELHAMENTO GENÉTICO
 Muitas vezes as doenças genéticas causam preocupações nas tomadas de decisões das pessoas, por serem de caráter hereditário, e influenciam as decisões, os projetos de vida, as crenças, estrutura familiar, organização e identidade pessoal, tornando assim o aconselhamento genético um processo complexo. No processo de um aconselhamento genético, devem estar envolvidos uma equipe disciplinar que se constituem em:
- Médico geneticista;
- Enfermeiro especialista em genética;
- Profissional de aconselhamento genético (Genetic Counsellor);
- Psicólogo;
- Assistente Social, entre outros... 
 A função desses profissionais são distintas mas complementa uma com as outras, sobretudo o médico geneticista, o enfermeiro especialista em genética e o profissional de aconselhamento genético, funções que pretendemos explicar, destacando a importância do papel do profissional de aconselhamento genético.
 É apetecível a presença dos médicos geneticistas, em um serviço de genética, em que liderem a equipe desses profissionais de aconselhamento genético, composto por psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e outros médicos especialistas de acordo com a necessidade do paciente. 
 Existe a necessidade dos médicos geneticistas se especializem na área de genética médica. Sua atividade passa a ser de identificar indivíduos e famílias cuja alteração ou condição está determinada parcial ou totalmente, por uma componente genética; determinar o diagnóstico clínico e iniciar, se necessário, exames clínicos adicionais para um diagnóstico exato; estar familiarizado com a acessibilidade aos serviços de genética que podem ajudar as pessoas e familiares através de aconselhamento genético; fornecer informação específica sobre a natureza da alteração genética; determinar a necessidade e utilidade dos testes genéticos relacionados com a doença ou condição especial, entre outras. 
 O profissional que trabalha na área de aconselhamento genético deve possuir habilitações ao nível da licenciatura, em enfermagem, psicologia, biologia, assistência social e medicina. Recebe formação especializada a nível de mestrado em competências para o aconselhamento genético. Estas competências desenvolvem-se através de 5 áreas principais: Genética médica, Aconselhamento genético, Psicologia clínica, Bioética, Metodologias de investigação, Bioética e Saúde Pública-Organização dos Serviços. 
As competências e capacidades desses profissionais é especializadas para:
Estabelecer uma relação de empatia com o paciente e familiares.
Calcular de forma apropriada o risco genético através de uma recolha de história familiar pormenorizada com suficiente informação médica, pessoal e familiar, tentando compreender os padrões de hereditariedade;
Transmitir informação clínica e informação geral apropriada às suas necessidades individuais; explicar as opções existentes incluindo os riscos, benefícios e limitações; avaliar a compreensão do paciente relativamente aos tópicos que estão a ser discutidos; dar a conhecer as implicações das experiências pessoais, familiares, crenças, valores e cultura, para o processo de aconselhamento genético;
Fazer um levantamento das necessidades dos pacientes e os recursos disponíveis para lhe oferecer suporte/apoio, referenciando-os para outras especialistas quando necessário;
Utilizar as competências adquiridas sobre aconselhamento genético para os apoiar na sua tomada de decisões de forma ajustada e adequada a cada situação individualmente;
Documentar adequadamente toda a informação, todas as notas, correspondências mantendo sempre a confidencialidade da informação;
Encontrar e utilizar informação médica e genética relevante que possa ser utilizada no processo de aconselhamento genético;
Planear, organizar, e realizar educação profissional e pública;
Estabelecer relações efetivas de trabalho com uma equipa multidisciplinar, de forma a dar um encaminhamento adequado e ajustado ao paciente e familiares, consoante as suas necessidades;
Contribuir para o desenvolvimento de organizações e serviços de genética;
Praticar a profissão de acordo com uma conduta ética apropriada;
Reconhecer e manter relações profissionais tendo consciência das limitações da nossa prática;
Demonstrar as capacidades e habilidades pessoais de forma a proteger os pacientes de forma segura;
Apresentar oportunidades para os pacientes participarem em projetos de investigação de forma a promover escolhas mais informadas e esclarecedoras;
Realizar investigação e monitorizar o processo de aconselhamento genético para garantir a sua efetividade e aperfeiçoamento;
Promover o desenvolvimento profissional, individual e da profissão
PAPEL DO PSICOLOGO
 O papel do psicólogo no aconselhamento genético enfatiza esclarecer informações aos seus pacientes de sua porcentagem de ter filhos normais ou não, seja da família ou não. Tenta levar ao máximo consigo uma estratégia de levar essa informação de uma maneira que não traga nenhuma desavença de ambas as partes e nem que o impacto seja forte demais. Apenas tenta trazer um bem estar mútuo à família, visando estar no controle da situação de qualquer alteração na vida da família. Isso tudo leva à um consenso familiar também de entenderem os riscos, benefícios, limites (tanto psicológico, quanto econômico) etc. (Pergament, 1997)
Todo o profissional tem que ter tido uma formação básica em Genética médica, os treinamentos adequados e sob responsabilidade do mesmo. Hoje em dia cada vez mais, não só em áreas específicas, como em áreas da medicina, entre outros, dispõe do trabalho do psicólogo.
A Genética dispõe de muitas áreas subdivididas (específicas), como a Genética Médica, que visa informar sobre genes e doenças, para diagnosticar ou remediar (como é o caso da atuação do psicólogo). Um exemplo já comprovado é a esquizofrenia que é mostrada como uma doença genética. Outro exemplo também é a Síndrome de Down, o Nanismo etc.
Como dito anteriormente, o psicólogo vem se especializando cada vez mais em áreas da genética, trazendo grandes benefícios à vida dos seus.
REFERENCIAS
http://www.appacgen.org/aconselhamento-genetico/o-profissional-do-aconselhamento-genetico/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232002000100009
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931996000300004