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1a Questão Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que apresentam : libertação de estímulos externos risco real de morte satisfação total dos apetites. realização do dever moral. justa medida Explicação: Para Aristóteles, a virtude é o meio termo, isto é não há falta e nem excesso. Ref.: 201805072629 2a Questão Para Hegel, em Filosofia da História, a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente. a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional. Age de forma que conserves sempre a tua liberdade, ainda que tenhas de resistir à liberdade alheia. a razão governa o mundo, mas a história universal não é um processo racional. a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal. Explicação: Paraa Hegel a Razão governa a História . A simples constatação ou fé de que a Razão governa a História é a motivação da pesquisa de Hegel em sua "Filosofia da História". E o fim último dessa Razão é a sua realidade concreta, ou seja, o Estado. Ref.: 201805072338 3a Questão Sobre os ditames do Jusnaturalismo assinale a alternativa CORRETA: E. Contemporaneamente a dicotomia direito natural X direito positivo está completamente ultrapassada. B. Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. D. Os juízes possuem ampla liberdade para julgar, seja de acordo com a lei vigente em um local, ou de acordo com valores que entender adequados, desde que fundamentem suas decisões. A. Para o Jusnaturalismo há uma separação necessária entre o direito e a moral. C. O Jusnaturalismo reconhece a autonomia do direito em relação a axiomas de justiça, de modo que estes são históricos e contextuais. Explicação: Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. Ref.: 201805072325 4a Questão Assinale a alternativa que NÃO corresponde a característica do Direito Natural: E) Validade geral. B) Variável. C) Estável. A) Imutável. D) Permanente. Explicação: Não corresponde a característica do Direito Natural: Variável. Ref.: 201804829943 5a Questão O Jusnaturalismo jurídico engloba doutrinas que entendem que: I. As leis positivas que estão em conflito com a ordem moral objetiva (retirada dos direitos naturais) são consideradas leis injustas e, nesse sentido, privadas tanto de validade moral, como de validade jurídica; II. Os princípios do Direito natural são moralmente vinculante para os cidadãos e para os detentores do poder, especialmente para os legisladores e juízes; III. O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade legítima. Sobre essas afirmações: Estão todas erradas. Somente a II está correta. Somente a I está correta. Somente a III está correta. Estão todas corretas. Explicação: Estão todas corretas. Ref.: 201805072626 6a Questão De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça. Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza. Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Fazer o bem e evitar o mal. Fazer o bem e evitar o mal. Que os homens cumpram os pactos que celebrem. Dar a cada um o que é seu. Explicação: Para Hobbes, o estado de natureza caracteriza-se pelo Estado de liberdade pura, absoluta, em que cada homem poderia fazer o que quisesse. Isso levaria à destruição humana, porque em um local em que cada um pode fazer tudo, em que a liberdade é absoluta, não há necessidade de se respeitar o outro. A preservação do homem sem o exercício direto da força ocorreria com a fixação de um contrato social que origina o Estado. O Estado é criado por um contrato social em que cada ser humano entrega a sua liberdade em troca de paz e segurança. Dessa forma, a alternativa correta é: Que os homens cumpram os pactos que celebrem. Ref.: 201805072659 7a Questão "A filosofia passou milênios tentando responder a esta pergunta..." (L. 1/2) - essa frase está incorretamente reescrita, segundo o registro formal da língua, do seguinte modo: A filosofia está tentando responder a esta pergunta há milênios... A filosofia está tentando, há milênios, responder a esta pergunta... Fazem milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta... Há milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta... Faz milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta... Explicação: "Fazer" no sentido de tempo é um verbo impessoal e por isso não deve ser flexionado! Ref.: 201805072324 8a Questão Em relação às diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural, assinale a alternativa INCORRETA: B) O Direito Positivo, ao contrário do Direito Natural, é mutável. D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz o Direito Natural. A) O Direito Positivo tem eficácia apenas para as comunidades políticas em que é posto e o Direito Natural é universal, tem validade geral. C) O Direito Positivo é posto pelo Estado e não por uma força divina ou consequência lógica do pensamento racional. E) O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade legítima. Explicação: Afirmativa incorreta: O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz o Direito Natural. 1a Questão Nos Princípios da Filosofia do Direito, Hegel apresenta o conceito de direito a partir das três fases da vontade, são elas: o direito abstrato, a moralidade (moralidade subjetiva) e a eticidade (moralidade objetiva). Assinale a alternativa que indica como a vontade encontra-se nas três fases, respectivamente: direito abstrato, moralidade e eticidade. Consubstanciada num objeto externo, refluída de volta a si mesma, como a união de vontade consubstanciada num objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma. Elevada do imediato, como um dever concreto, refluída de volta a si mesma. Consubstanciada num objeto externo, como um dever concreto, refluída de volta a si mesma Elevada do imediato, como um dever concreto, fundamentando a liberdade. Além do imediato, como dever moral, como a união de vontade consubstanciada num objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma. Explicação: O conteúdo objetivo da moralidade que se substitui ao bem abstrato é, através da subjetividade como forma infinita, a substância concreta. Em si mesma, portanto, estabelece ela diferenças que, assim, são pelo conceito ao mesmotempo determinadas; por elas a realidade moral objetiva obtém um conteúdo fixo, necessário para si, e que está acima da opinião e da subjetiva boa vontade. É a firmeza que mantém as leis e instituições, que existe em si e para si. (HEGEL 1997 p. 142-143) Ref.: 201805072339 2a Questão Tomando como base o normativismo jurídico kelseniano, analise as assertivas abaixo e assinale àquela que de fato corresponda ao pensamento do jusfilósofo austríaco Hans Kelsen: D. As proposições jurídicas podem ser válidas ou inválidas, ao passo que as normas jurídicas serão sempre falsas ou verdadeiras. B. Tanto as normas jurídicas, como as proposições jurídicas, são comandos imperativos e cogentes. C. Para Kelsen, a questão da justiça, por ser uma questão valorativa, situa-se fora da ciência do direito. A. É correto afirmar que os planos do ser e do dever ser, para Kelsen, confundem-se. E. Segundo Kelsen a atividade do magistrado é absolutamente passiva, sendo o juiz a "boca que pronuncia as palavras da lei". Explicação: Justificativa: Na sua obra O problema da justiça, afirma que a doutrina do Direito Natural é uma doutrina jurídica idealista. Portanto, compreende a doutrina do Direito Natural afirmando ser a existência de um direito ideal, imutável, que identifica com a justiça e reconhece na natureza a fonte da qual emanam seus preceitos. Ref.: 201805072336 3a Questão As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, quando surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da Teoria Geral do Direito, investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Portanto, tomando como base o pensamento de Hans Kelsen: A linguagem da norma jurídica é descritiva, enquanto a linguagem da proposição jurídica é prescritiva; As normas jurídicas são comandos imperativos, enquanto as proposições jurídicas ou estrutura lógica e científica da norma são enunciados descritivos das normas; O problema da justiça, enquanto problema valorativo, situa-se fora da ciência do direito em Kelsen; As proposições jurídicas podem ser falsas ou verdadeiras, ao passo que as normas jurídicas serão sempre válidas ou inválidas Ao analisar as assertivas acima, assinale a alternativa correta: D) somente as assertivas I e IV são corretas. A) Somente a assertiva I está correta. E) As assertivas I, II, III e IV são corretas. C) Somente as assertivas I, II e IV são corretas. B) Somente as assertivas II, III e IV são corretas. Explicação: Justificativa: as normas jurídicas são expressões de uma linguagem prescritiva, enquanto que as proposições normativas são uma metalinguagem; disto resulta que as primeiras não podem qualificar-se de verdadeiras ou de falsas, senão de justas ou de injustas, de eficazes ou de ineficazes, etc., enquanto que as segundas sim, por ser, em última instância, meras descrições. Ref.: 201805072505 4a Questão A Escola da Exegese surgiu como uma das consequências da codificação do Direito, cujo maior exemplo, à época, foi a criação do Código de Napoleão (1804). Utiliza uma forma de interpretação da norma que privilegia os aspectos gramaticais e lógicos, a chamada interpretação literal da letra da lei. Com ela, tem-se o auge do Positivismo jurídico, onde o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Portanto, segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que: D) A única força jurídica legitimamente superior ao legislador é o direito natural; portanto, o legislador é soberano para tomar suas decisões, desde que não violem os princípios do direito natural. A) A lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la; mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei. C) Uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para interpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas populares legítimas. E) A Escola Pandectista alemã foi umas das várias correntes do pensamento jurídico que seguiram os ditames da Escola Exegética que afirmava que todo Direito não está contido apenas na lei e esta, por sua vez, deve ser interpretada também levando-se em conta critérios valorativos. B) O legislador é onipotente porque é representante democraticamente eleito pela população e esse processo representativo deve basear-se sempre no direito consuetudinário, porque este expressa o verdadeiro espírito do povo. Explicação: Justificativa: Para a Escola da Exegese, o papel do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto da lei e revelar seu sentido. Ressalta-se que o exegetismo não negou o direito natural, pois chegou a admitir que os códigos eram elaborados de modo racional e, portanto, uma expressão humana do direito natural e por isso a ciência do direito deveria ater-se a mera exegese dos códigos. Em suma, a Escola da Exegese possui as seguintes características: possuir uma concepção estritamente estatal do direito, o fato de focar-se exclusivamente na lei e interpretar a lei baseando-se na intenção do legislador, pois somente o Estado pode criar o direito por meio do Poder Legislativo. Ref.: 201805072667 5a Questão A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade¿. Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, evoca elementos essenciais do jusnaturalismo moderno. historicismo. realismo crítico. positivismo jurídico. humanismo renascentista. Explicação: GABARITO LETRA A A Ciência do Direito, nos quadros do jusnaturalismo, se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um [construto - ] sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade. Duas contribuições importantes, portanto: a) o método sistemático conforme o rigor lógico da dedução; b) o sentido crítico-avaliativo do direito posto em nome de padrões éticos contidos nos princípios reconhecidos pela razão. Ref.: 201805072966 6a Questão Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regulada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas àquelas cuja execução é garantida por uma sanção: C) externa enão institucionalizada. D) interna e informal. A) interna e não institucionalizada. E) externa e institucionalizada. B) interna e institucionalizada. Explicação: Justificativa: A sanção jurídica resolveria o problema entre autonomia presente na sanção moral (interna ao indivíduo, como culpa ou arrependimento, porém de baixíssima eficácia) e também das injustiças decorrentes da sanção social; mas por ser institucionalizada, podemos defini-la, sanção jurídica, como uma resposta externa e institucionalizada à violação da norma posta pelo Estado. Ref.: 201804829946 7a Questão São características do Direito positivo, EXCETO: Direito como sinônimo de ideal de justiça e moralmente perfeito. As normas necessitam do respaldo da força para serem impostas, seja no sentido da regulação e organização desta força (estatal). Estabelece uma concepção rigorosamente estatalista do Direito, que atribui à lei quase o monopólio da produção jurídica (legalismo). O Direito deve funcionar como conjunto ordenado de normas que formam uma unidade plena e carente de contradições. A ideia do Direito concebido como um sistema fundamental. Explicação: Direito como sinônimo de ideal de justiça e moralmente perfeito. Ref.: 201804829944 8a Questão Conforme palavras do próprio Kelsen: "Norma é o sentido de um ato por meio do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. Neste ponto importa salientar que a norma, como o sentido específico de um ato intencional dirigido à conduta de outrem, é qualquer coisa de diferente do ato de vontade cujo sentido ela constitui. Na verdade, a norma é um dever-ser e o ato de vontade de que ela constitui o sentido é um ser." Diante disso e tendo em conta o que você aprendeu sobre o normativismo kelseniano, aponte a opção correta: Para o autor, a norma que confere validade a todo o sistema jurídico ou conjunto de normas é a norma fundamental que se confunde com a Constituição, já que ambas são postas e impostas. Para Kelsen, as normas jurídicas são juízos, isto é, enunciados sobre um objeto dado ao conhecimento. São apenas comandos do ser. Kelsen não reconhece a distinção entre normas jurídicas e proposições normativas. Kelsen, enquanto jusnaturalista, reduz o Direito à norma, mas desenvolve a noção de Direito objetivo enquanto coisa devida e a de justiça como Direito Natural. Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. Explicação: Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém.