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TD PORTUGUÊS – EXTENSIVO 01. 01. Assinale a opção que apresenta o eixo sobre o qual se constrói o poema. A) A ida à feira A reação negativa da irmã da menina. B) O pedido do abacate O medo da menina. C) O pedido do abacate O castigo aplicado à menina. D) A entrega do abacate A delação da irmã e a consequente surra aplicada na menina pela mãe. 02. A expressão no tempo (verso 18, linhas 27-28) refere-se ao A) tempo de maneira geral, sem distinção. B) tempo em que o eu lírico era criança. C) tempo do leitor — tempo que cada leitor atualiza. D) passado como um todo. Texto para as questões 03 e 04. 03. Sobre a descrição da mata entre a linha 46 e a linha 59, assinale o que for INCORRETO. A) A expressão destacada — “acesa numa cor de incêndio” — revela a ação do sol sobre a mata. B) O primeiro parágrafo-frase apresenta a ideia chave da descrição. C) A mata vai adquirindo um tom amarelo, mas o verde não desaparece. D) No enunciado que vai da linha 57 à linha 58, enfatiza-se, com a expressão “uma orgia de desabrocho”, a fecundidade e a fertilidade da terra. 04. Entre as linhas 60 e 64, o narrador passa a falar de uma personagem do texto, o dono do moinho. Assinale a opção que traduz o retrato psicológico da personagem Dagoberto a partir das informações do texto. A) Insensível, rude e ambicioso. B) Grosseiro, triste e trabalhador. C) Ambicioso, grosseiro e triste. D) Rude, insensível e precavido. 05. Este parágrafo explora a técnica descritiva porque se centraliza A) no fato. B) nos elementos caracterizadores. C) na argumentação. D) na troca de turno de fala. 06. Considere o texto: "O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (...) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma ideia mais clara do palco, do cenário e principalmente dos personagens principais, bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.” (Fragmento do livro Incidente em Antares, de Érico Veríssimo) Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima: A) O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal. B) É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963. C) Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora. D) Fala de maneira exemplar ao leitor porque considera sua visão a mais correta. E) É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença. 07. Sinha Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando. (Graciliano Ramos, Vidas secas) Uma das características do estilo de Vidas secas é o uso do discurso indireto livre, que ocorre no trecho A) “sinha Vitória falou assim”. B) “Fabiano resmungou”. C) “franziu a testa”. D) “que lembrança”. E) “olhou a mulher”. 08. O leão A menina conduz-me diante do leão, esquecido por um circo de passagem. Não está preso, velho e doente, em gradil de ferro. Fui solto no gramado e a tela fina de arame é escarmento ao rei dos animais. Não mais que um caco de leão: as pernas reumáticas, a juba emaranhada e sem brilho. Os olhos globulosos fecham-se cansados, sobre o focinho contei nove ou dez moscas, que ele não tinha ânimo de espantar. Das grandes narinas escorriam gotas e pensei, por um momento, que fossem lágrimas. Observei em volta: somos todos adultos, sem contar a menina. Apenas para nós o leão conserva o seu antigo prestígio - as crianças estão em redor dos macaquinhos. Um dos presentes explica que o leão tem as pernas entrevadas, a vida inteira na minúscula jaula. Derreado, não pode sustentar-se em pé. Chega-se um piá e, desafiando com olhar selvagem o leão, atira-lhe um punhado de cascas de amendoim. O rei sopra pelas narinas, ainda é um leão: faz estremecer as gramas a seus pés. Um de nós protesta que deviam servir-lhe a carne em pedacinhos. - Ele não tem dente? - Tem sim, não vê? Não tem é força para morder. Continua o moleque a jogar amendoim na cara devastada do leão. Ele nos olha e um brilho de compreensão nos faz baixar a cabeça: é conhecido o travo amargoso da derrota. Está velho, artrítico, não se aguenta das pernas, mas é um leão. De repente, sacudindo a juba, põe-se a mastigar capim. Ora, leão come verde! Lança-lhe o guri uma pedra: acertou no olho lacrimoso e doeu. O leão abriu a bocarra de dentes amarelos, não era um bocejo. Entre caretas de dor, elevou-se aos poucos nas pernas tortas. Sem sair do lugar, ficou de pé. Escancarou penosamente os beiços moles e negros, ouviu-se a rouca buzina do fordeco antigo. Por um instante o rugido manteve suspensos os macaquinhos e fez bater mais depressa o coração da menina. O leão soltou seis ou sete urros. Exausto, deixou-se cair de lado e fechou os olhos para sempre. I. Embora não seja um texto predominantemente descritivo, ocorre descrição, visto que o autor representa a personagem principal através de aspectos que a individualizam. II. Por ressaltar unicamente as condições físicas da personagem, predomina a descrição objetiva no texto, com linguagem denotativa. III. Por ser um texto predominantemente narrativo, as demais formas - descrição e dissertação - inexistem. Inferimos que, de acordo com o texto, pode(m) estar correta(s): A) Todas estão corretas. B) Apenas a I. C) Apenas a II. D) Apenas a III. E) Nenhuma das afirmações. Texto para as questões 09 e 10. 09. Em certo momento do texto, percebe-se a introdução da fala das personagens mesclada à fala do narrador. A presença do diálogo nesta narrativa tem como principal efeito: A) marcar a aceleração do tempo. B) evidenciar o conflito entre as personagens. C) promover a alternância do foco narrativo. D) assinalar a sequenciação dos elementos do enredo. 10. À medida que se aproximava o dia fatídico, ela ia ficando cada vez mais agitada e nervosa; (l. 6) A expressão grifada contribui para a construção da tensão narrativa, porque está relacionada com: A) a passagem do tempo. B) a complicação crescente. C) o desfecho surpreendente. D) a evolução da personagem. 11. O GRANDE AMOR. Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Haja o que houver Há sempre um homem para uma mulher E há de sempre haver Para esquecer um falso amor E uma vontade de morrer Seja como for Há de vencer o grande amor Que há de ser no coração Como um perdão para quem chorou. Sobre o texto acima, é correto afirmar que: A) possui interdependência entre elementos argumentativos e descritivos, os quais são transformados em poesia. B) narra, poeticamente, a história de um personagem que conseguiu esquecer um falso amor quando encontrou um grande amor. C) apresenta um narrador que expõe seu ponto de vista sobre o relacionamento amoroso, usando o procedimento de autorreferência. D) expressa a ideia, por meio de elementos discursivos, arranjados numa linguagem poético-argumentativa, de que o verdadeiro amor sempre vence. 12. Leia o fragmento do conto “A causa secreta”, de Machado de Assis: “Garcia estava atônito. Olhou para ele, viu-o sentar-se tranquilamente, estirar as pernas, meter as mãos nas algibeiras das calças, e fitar os olhos no ferido. Os olhos eram claros, cor de chumbo, moviam-se devagar, e tinham a expressão dura, seca e fria. Cara magra e pálida; uma tira estreita de barba, por baixo do queixo, e de uma têmpora a outra, curta, ruiva e rara. Teria quarenta anos. De quando em quando, voltava-se para o estudante, e perguntava alguma coisa acerca do ferido; mas tornava logo a olhar para ele, enquanto o rapaz lhe dava a resposta.A sensação que o estudante recebia era de repulsa ao mesmo tempo que de curiosidade; não podia negar que estava assistindo a um ato de rara dedicação, e se era desinteressado como parecia, não havia mais que aceitar o coração humano como um poço de mistérios”. (MACHADO DE ASSIS. A causa secreta. In: Machado de Assis – obra completa. v.2. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 513.) A partir da análise do trecho do conto, podemos dizer que o texto classifica-se como A) Um texto de relato, pois transmite os fatos acontecidos com foco no acontecimento; B) Um texto narrativo, seu material é o fato e a ação que envolve os personagens; C) Um texto dissertativo, cuja principal intenção é a exposição de opiniões com a intenção de persuadir o leitor; D) Um texto narrativo-descritivo, pois é predominantemente narrativo com passagens descritivas; E) Um texto do tipo carta argumentativa, muito comum em jornais e revistas. Apresenta argumentos incisivos com intenção de influenciar ou rebater a opinião de outros leitores.
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