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atividade 2 teoria literaria

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Usuário
	MARIA EUZENI DA SILVA
	Curso
	GRA1284 TEORIA LITERÁRIA GR3256-212-9 - 202120.ead-17820.01
	Teste
	ATIVIDADE 2 (A2)
	Iniciado
	20/10/21 23:47
	Enviado
	25/10/21 03:02
	Status
	Completada
	Resultado da tentativa
	7 em 10 pontos  
	Tempo decorrido
	99 horas, 14 minutos
	Resultados exibidos
	Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários
· Pergunta 1
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, retirado do texto O Narrador, do crítico Walter Benjamin:
“Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele é algo de distante, e que se distancia ainda mais. Descrever um Leskov como narrador não significa trazê-lo mais perto de nós, e sim, pelo contrário, aumentar a distância que nos separa dele. Vistos de uma certa distância, os traços grandes e simples que caracterizam o narrador se destacam nele. Ou melhor, esses traços aparecem, como um rosto humano ou um corpo de animal aparecem num rochedo, para um observador localizado numa distância apropriada e num ângulo favorável. Uma experiência quase cotidiana nos impõe a existência dessa distância e desse ângulo de observação”.
(BENJAMIM, Walter; BRASILIENSE, Editora (Ed.). Magia e técina, arte e política: O narrador. 1936. Disponível em: <http://letrasorientais.fflch.usp.br/sites/letrasorientais.fflch.usp.br/files/BENJAMIN, Walter_O narrador (._.).pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.)
 
Considerando seus conhecimentos a respeito da tipologia de Norman Friedman, bem como os tipos de narrador e modos de elocução mais frequentes em cada um; os textos já vistos até aqui e o fragmento em destaque, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
O narrador observador ou câmera, da mesma forma em que distancia-se da narração, também produz um efeito estético de maior afastamento do leitor em relação ao texto, ao passo em que este acompanha a história deste ponto de vista: de observador das ações.
	Resposta Correta:
	 
O narrador observador ou câmera, da mesma forma em que distancia-se da narração, também produz um efeito estético de maior afastamento do leitor em relação ao texto, ao passo em que este acompanha a história deste ponto de vista: de observador das ações.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. Tomando por base o excerto de Walter Benjamin, se o narrador se coloca distante do leitor, assim também estará o leitor mais ou menos distante em relação à história a depender do tipo de narrador, já que o ponto de vista a partir do qual lemos uma história será também o ponto de vista do narrador. Assim, o narrador observador ou câmera, até pela ampla utilização da cena como modo de elocução em seu texto, tende a produzir um maior efeito de afastamento entre o leitor e o texto em questão, visto que o leitor neste caso localiza-se também como observador, afastado da história.
	
	
	
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, retirado do texto O ponto de vista na ficção , de Norman Friedman:
Já que o problema do narrador é a transmissão apropriada de sua estória ao leitor, as questões devem ser algo como: 1) Quem fala ao leitor? (...); 2) De que posição (ângulo) em relação à estória ele a conta? (de cima, da periferia, do centro, frontalmente ou alternando); 3) Que canais de informação o narrador usa para transmitir a estória ao leitor? (palavras, pensamentos, percepções e sentimentos do autor; ou palavras e ações do personagem; pensamentos, percepções e sentimentos do personagem: através de qual - ou de qual combinação - destas três possibilidades as informações sobre estados mentais, cenário, situação e personagem vêm?); e 4) A que distância ele coloca o leitor da estória? (próximo, distante ou alternando?).
O PONTO DE VISTA NA FICÇÃO: O desenvolvimento de um conceito crítico. São Paulo: Revista Usp , maio 2002. Norman Friedman. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/33195>. Acesso em: 30 ago. 2019.
Com base em seus conhecimentos a respeito da tipologia de Norman Friedman, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
A câmera destaca-se em relação aos outros tipos de narrador pelo apagamento da figura do narrador, pretendendo-se, então, esvaziada de intenção. Neste tipo de narração, predomina o modo de elocução de cena.
	Resposta Correta:
	 
A câmera destaca-se em relação aos outros tipos de narrador pelo apagamento da figura do narrador, pretendendo-se, então, esvaziada de intenção. Neste tipo de narração, predomina o modo de elocução de cena.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. De acordo com Friedman (2002), o narrador tipo câmera seria o último estágio do apagamento de sua figura, caracterizando-se então pelo registro de uma cena. Ainda segundo o autor, ambos os narradores oniscientes acontecem, em geral, na terceira pessoa. Entretanto, há de se considerar que “(...) A ausência de intromissão não implica necessariamente, contudo, que o autor negue a si mesmo uma voz ao usar o Narrador Onisciente Neutro” (FRIEDMAN, 2002, p. 174). Já em relação aos narradores personagem e protagonista, estes diferenciam-se em relação ao ângulo em que posicionam-se na história: o narrador protagonista, como o próprio nome sugere, narra do centro (e se não estiver narrando do centro, pode ser considerado, então, personagem). Quanto à onisciência seletiva comum e a onisciência seletiva múltipla, a diferença está justamente no modo de elocução, visto que na onisciência seletiva comum o narrador costuma sumarizar o que está se passando na mente dos personagens, enquanto que na onisciência seletiva múltipla o narrador mostra em cena o que cada personagem está sentindo.
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, retirado do conto Viagem à semente, do escritor cubano Alejo Carpentier.
“I
− O que você quer, velho?
Várias vezes a pergunta caiu do alto dos andaimes. Mas o velho não respondia. Andava de um lado para o outro, bisbilhotando, arrancando da garganta um comprido monólogo de frases incompreensíveis. Já haviam descido as telhas, cobrindo os canteiros mortos com seu mosaico de barro cozido. Em cima, os cumes desprendiam pedras de alvenaria, fazendo-as rodar por calhas de madeira, com grande agitação de cal e gesso. E pelas ameias sucessivas que iam desdentando as paredes apareciam – despojados de seu segredo – céus planos ovais ou quadrados, cornijas, grinaldas, dentículos, astrágalos, e papéis colados que se penduravam dos testeiros como velhas peles de serpente em muda. Presenciando a demolição, uma Ceres com o nariz quebrado e a túnica desbotada, listado de preto o penteado de plantas, erguia-se no pátio, sobre sua fonte de máscaras borradas. Visitados pelo sol em horas de sombra, os peixes cinza do tanque bocejavam em água musgosa e morna, olhando com o olho redondo aqueles trabalhadores, negros sobre céu claro, que iam baixando a altura secular da casa. O velho tinha se sentado, com o cajado apontando para a barba, ao pé da estátua. Olhava o subir e baixar de baldes em que viajavam restos apreciáveis. Ouviam-se, em surdina, os rumores da rua enquanto, acima, as polias faziam um concerto, sobre ritmos de ferro com pedras, de seus gorjeios de aves desagradáveis e peitudas.”
(CARPENTIER, Alejo. Viagem à semente. In: CARPENTIER, Alejo. Concerto barroco. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 50-59.)
 
Considerando que os procedimentos formais do texto em destaque replicam-se em todo o conto, assinale a alternativa que indica o tipo de narrador que melhor se encaixa neste tipo de narração.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Câmera.
	Resposta Correta:
	 
Câmera.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. Considerando que a mesma estrutura narrativa se replica por todo o conto, observamos os procedimentos de um narrador câmera - ou observador - que busca por sua própria omissão dentro do texto literário, descrevendo muito mais do que sumarizando. Logo, este tipo de narrador também tende à cena em relação à digressão e sumário. Por fim, as formas verbais utilizadas,na terceira pessoa do plural, também nos dão uma pista sobre que tipo de narrador está narrando o conto.
	
	
	
· Pergunta 4
0 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, extraído do conto O dia do desmoronamento, de Juan Rulfo.
“- Isto aconteceu em Setembro. Não em Setembro deste ano mas sim no do ano passado. Ou foi no ano anterior, Melitón?
- Não, foi no ano passado.
- Sim, eu bem me lembrava. Foi em Setembro do ano passado, pelo dia vinte e um. Ouve-me, Melitón, Não foi a vinte e um de Setembro o dia do tremor de terra?
- Foi um pouco antes. Quer-me parecer que foi a dezoito.
- Tens razão. Eu por esses dias andava em Tuxcacuesco. Até vi quando se desmoronavam as casas como se fossem feitas de mel, simplesmente, retorciam-se assim, fazendo trejeitos, e vinham as paredes inteiras para o chão. E as pessoas saíam dos escombros todas aterrorizadas, correndo direitinhas para a igreja aos gritos. Mas esperem. Ouve, Melitón, parece-me que em Tuxcacuesco não existe nenhuma igreja. Tu não te lembras?
- Não há. Ali não restam senão umas paredes feitas em quatro bocados que dizem que foi a igreja há coisa de duzentos anos; mas ninguém se lembra dela, nem de como era; aquilo mais parece um curral abandonado infestado de figueirinhas.
- Dizes bem. Então não foi em Tuxcacuesco que me apanhou o tremor de terra, deve ter sido no El Pochote. Mas El Pochote é um rancho, não é?”
(RULFO, Juan. O dia do desmoronamento. In: RULFO, Juan. A planície em chamas. Lisboa: Cavalo de Ferro Editores Ltda, 2003. p. 121-129.)
 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de narrador do texto, considerando-se que a estrutura apresentada no trecho segue até o final do conto.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Narrador onisciente intruso.
	Resposta Correta:
	 
Modo dramático.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. Como vimos, o modo dramático caracteriza-se pela omissão do narrador, de forma que os acontecimentos, percepções e descrições apreendem-sem através das falas das personagens. O que diferencia este tipo de narração de uma câmera ou narrador observador é justamente a ausência de descrições externas às falas das personagens. 
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, retirado do romance Os sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe.
“10 de maio
Uma serenidade admirável domina minha alma inteira, semelhante à doce manhã primaveril que eu gozo de todo o coração. Estou tão só e minha vida é feita de alegrias por viver numa região que parece ter sido criada para almas como a minha. Estou tão feliz, meu amigo, tão mergulhado na sensação de minha calma existência, que a minha arte sofre com isso. Não poderia desenhar nada agora, nem sequer um traço, embora jamais tenha sido tão grande pintor quanto neste instante. Quando a bruma do vale se levanta a minha volta, e o sol altaneiro descansa sobre a abóbada escura e impenetrável da minha floresta, e apenas alguns escassos raios deslizam até o fundo do santuário, ao passo em que eu, deitado no chão entre a relva alta, na encosta de um riacho, descubro no chão mil plantinhas desconhecidas... Quando sinto mais perto de meu coração a existência desse minúsculo mundo que formiga por entre a relva, essa incontável multidão de ínfimos vermes e insetinhos de todas as formas e imagino a presença do Todo-poderoso, que nos criou a sua imagem e semelhança, e o hálito do Todo amado que nos leva consigo e nos ampara a pairar em eternas delícias... Ah, meu amigo, quando o mundo infinito começa a despontar assim ante meus olhos e o céu se reflete todo ele em minha alma, como a imagem de uma amada... Então suspiro profundamente e penso: Ah! pudesses tu voltar a expressá-lo, pudesses tu exalar o sentimento e fixar no papel aquilo que vive em ti com tanta abundância e tanto calor, de maneira que o mesmo papel pudesse se fazer o espelho de tua alma, como tua alma é o espelho do Deus infinito! Meu amigo! Mas vou ao chão ante isso, sucumbo ante o poder e a majestade dessas aparições.”
(GOETHE., Johann Wolfgang von. Os sofrimentos do jovem Werther. Porto Alegre: L&pm Pocket, 2001. 100 p. Tradução de Marcelo Backes. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/padrao_cms/documentos/profs/romulo/Johann-Wolfgang-von-Goethe-Os-Sofrimentos-do-Jovem-Werther.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2019.)
 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de narrador do texto.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Narrador protagonista.
	Resposta Correta:
	 
Narrador protagonista.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. O narrador protagonista tem por característica a centralização da voz narrativa - do eu. Como podemos observar no trecho em destaque, Werther, narrador da própria história, dirige-se ao leitor contando acontecimentos e descrevendo percepções e canários no aqui e agora do espaço-tempo da narração.
	
	
	
· Pergunta 6
0 em 1 pontos
	
	
	
	O trecho a seguir constitui o primeiro parágrafo do romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
“– NONADA. TIROS QUE O SENHOR ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser – se viu –; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram – era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas... Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente – depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então, o aqui não é dito sertão? Ah, que tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães... O sertão está em toda a parte.”
(ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. São Paulo: Nova Aguilar, 1994. Disponível em: <http://stoa.usp.br/carloshgn/files/-1/20292/GrandeSertoVeredasGuimaresRosa.pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.)
 
Tomando por base sua leitura, assinale a alternativa correta a respeito do modo de elocução:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
O estilo de linguagem evidenciado no texto, ligado à um tipo de fala regional e coloquial - no trecho em destaque, assim como em todo o romance - não abre precedentes para a divagação filosófica, como ocorreria em uma obra escrita em uma linguagem formal. 
	Resposta Correta:
	 
Observa-se a utilização de procedimentos de digressão no trecho.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta.  No trecho, observamos que o narrador faz diversas digressões entre os causos e suas implicações filosóficas - é, inclusive, preconceituoso afirmar que a linguagem coloquial e regional não daria conta de elaborar grandes questões filosóficas. Secundariamente, podemos observar diversos momentos em que o narrador descreve imagens, utilizando, então, o modo de elocução da cena. Por fim, Grande sertão: veredas
é um livro conhecido por demonstrar formalmente a premissa do título que lhe dá nome: no início temos uma primeira parte, menor, constituída a partir de digressões que levam o interlocutor do discurso (o tal senhor, que é um espelho de nós enquanto leitores)de causo a causo, como por diversas veredas, até chegar ao grande rio narrativo - que, por contraste, será o sertão - no qual é desenvolvido o centro do romance de formação que tem por personagem principal o jagunço Riobaldo.
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, do romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.
“Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigado a usar palavras que vos sustentam. A história – determino com falso livre-arbítrio – vai ter uns sete personagens e eu sou um dos mais importantes deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. Relato antigo, este, pois não quero ser mordenoso e inventar modismos à guisa de originalidade. Assim é que experimentarei contra os meus hábitos uma história com começo, meio e “gran finale” seguido de silêncio e de chuva caindo.
(...) Quem antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” Cairia estatelada em cheio no chão. É que “quem sou eu?”
Provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham.
(...) De uma coisa tenho certeza: essa narrativa mexerá com uma coisa delicada: a criação de uma pessoa inteira que na certa está tão viva quanto eu. Cuidai dela porque meu poder é só mostrá-la para que vós a reconheçais na rua, andando de leve por causa da esvoaçada magreza. E se for triste a minha narrativa? Depois na certa escreverei algo alegre, embora alegre por quê? Porque também sou um homem de hosanas e um dia, quem sabe, cantarei loas que não as dificuldades da nordestina.”
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. São Paulo: Rocco, 1998.)
 
Indique que tipo de narrador está sendo desenvolvido no trecho.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Narrador onisciente intruso.
	Resposta Correta:
	 
Narrador onisciente intruso.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. No trecho, percebemos que a obra está narrada na terceira pessoa: Rodrigo S. M. narra a história da nordestina (Macabéa), realizando diversos comentários a respeito de si mesmo, do próprio ato de escrever e da personagem, dialogando com o leitor ao dizer “Cuidai dela (...)”.
	
	
	
· Pergunta 8
0 em 1 pontos
	
	
	
	Leia os trechos a seguir, retirados do romance A menina morta , de Cornélio Penna.
“- Não dona Frau, vancê não pode mais costurar êsse babado no vestido, neste vestido (...).
(...) Considerou com grave atenção a roupa posta diante dela pela escrava a reconheceu tristemente ter esquecido de não se tratar de vestuário de gala destinado a figurar nas reuniões da Côrte longínqua, apenas entrevista quando de sua vinda da Europa para ‘As Américas’. Aquêle pesado estofo de pregas duras não iria revestir o corpinho quente e agitado da criança que recebera com tanto carinho e crescera tão diferente da imperiosa e morena imaginada por ela… (...)”
Capítulo I.
“(...) Era ali que devia ser posto o pequenino caixão de cetim branco, nesse momento quase terminado por José Carapina, e fôra esse trabalho demorado porque o escravo o fazia sem enxergar bem o que tinha diante de si, de tal modo seus olhos estavam nublados. (...) Não era o suor que lhe caía do rosto, e abria pequenas manchas no pinho de Riga, muito branco e marmoreado por desenhos em sépia, mas sim lágrimas puras e cristalinas, em contraste luminoso com a pele negra e enrugada. Na alma do velho carpinteiro cativo enovelavam-se pequenos e confusos problemas, que se formavam e desapareciam sem que êle pudesse perceber onde estava a verdade e até onde ia a tentação do demônio, pois parecia-lhe grande crime estar a fazer o caixão onde seria aprisionada a Sinhazinha. (...)”
Capítulo II.
“(...) Mas agora Bruno sabia que o passeio seria bem triste… Ia buscar o padre que viria abençoar a Sinhazinha, para que ela pudesse partir para sempre. Como não iria ela para o Céu, se os anjos deviam estar ansiosos para tê-la em sua companhia? Pensou, pois sempre imaginara que os serafins deviam ter aquêle rosto pequeno e redondo (...).
As bestas olharam para êle, e pôde ler naquelas pupilas luminosas compreensão de tal modo perfeita que não lhe foi possível resistir, e deixou as lágrimas correrem, sem ao menos espiar para todos os lados se alguém o via nesse estado (...).”
Capítulo III.
(PENNA, Cornélio. A menina morta. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970.)
Indique a que tipo de narrador o texto parece aderir.
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
“Eu” como testemunha.
	Resposta Correta:
	 
Onisciência seletiva múltipla.
	Comentário da resposta:
	Resposta incorreta. Como podemos observar nos trechos transcritos, o narrador acompanha as reflexões, sentimentos e percepções de diversas personagens (Dona Frau, José Carapina, Bruno), sem se ater a uma em específico, mostrando o que se passa na mente destas personagens hora utilizando o discurso indireto livre, hora sumarizando as experiências.
	
	
	
· Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia a seguir um fragmento do conto Colinas como elefantes brancos, de Ernest Hemingway.
“‘Você faria uma coisa por mim?’
‘Faria qualquer coisa por você.’
‘Você pode parar de falar, por favor, por favor, por favor?’
Ele não disse nada mas olhou para as malas encostadas na mureta da estação. Tinham etiquetas de todos os hotéis em que haviam dormido.
‘Mas eu não quero que você faça’, ele disse, ‘eu não me importo com nada.’
‘Eu vou gritar’, a moça disse.
A mulher atravessou a cortina com dois copos de cerveja e os depositou sobre os apoios de feltro úmidos. ‘O trem chega em cinco minutos’, ela disse.
‘O que ela disse?’, perguntou a moça.
‘Que o trem chega em cinco minutos.’
A moça deu um sorriso radiante para a mulher, para agradecer.
‘Acho melhor levar as malas para o outro lado da estação’, o homem disse. Ela sorriu para ele.
‘Está bem. Depois volte e terminamos a cerveja.’
Ele pegou as duas malas pesadas e carregou-as pela estação até os trilhos do outro lado. Espreitou mas não conseguiu ver o trem. Voltando, entrou no salão do bar, onde as pessoas que esperavam o trem estavam bebendo. Bebeu um anis no balcão e olhou para as pessoas. Todas esperavam ordeiramente pelo trem. Atravessou a cortina de contas. Ela estava sentada à mesa e sorriu para ele.
 ‘Está se sentindo melhor?’, ele perguntou.
 ‘Estou bem’, ela disse. ‘Não tem nada de errado comigo. Estou bem.’”
(HEMINGWAY, Ernest. Colinas como elefantes brancos. Tradução: Samuel Titan Jr.. Disponível em: <http://stoa.usp.br/gabrielamorandini/files/2130/12075/7+Colinas+como+Elefantes+Brancos+-+Ernest+Hemingway+OK.pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.)
 
Assinale a alternativa que melhor corresponde ao tipo de narrador apresentado.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
Câmera.
	Resposta Correta:
	 
Câmera.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. Observamos a existência de diversos diálogos e de uma descrição dos movimentos do homem, da mulher e das demais pessoas no mesmo ambiente (a estação de trem). A respeito desta descrição, observamos também uma busca por imparcialidade, visto que não existem julgamentos ou valorações das atitudes de nenhum personagem. Este apagamento do narrador em um texto com tais características é típico do narrador câmera ou observador.
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, do romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.
“Quem antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” Cairia estatelada em cheio no chão. É que “quem sou eu?”
Provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham.
Voltando a mim: o que escreverei não pode ser absorvido por mentes que muito exijam e ávidas de requintes. Pois o que estarei dizendo será apenas nu. Embora tenha como pano de fundo –e agora mesmo – a penumbra atormentada que sempre há nos meus sonhos quando de noite atormentado durmo. Que não se esperem, então, estrelas no que se segue: nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por sua própria natureza desprezível por todos. É que a esta história falta melodia cantabile. O seu ritmo é às vezes descompasso. E tem fatos. Apaixonei-me subitamente por fatos sem literatura – fatos são pedras duras e agir está me interessando mais do que pensar, de fatos não há como fugir.
Pergunto-me se eu deveria caminhar à frente do tempo e esboçar logo um final. Acontece porém que eu mesmo ainda não sei bem como isto terminará. E também porque entendo que devo caminha passo a passo de acordo com um prazo determinado por horas: até um bicho lida com o tempo. E esta é também a minha mais primeira condição: a de caminhar paulatinamente apesar da impaciência que tenho em relação a essa moça.”
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. São Paulo: Rocco, 1998.)
 
Assinale a alternativa correta em relação ao modo de enunciação observado.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
A digressão é o modo enunciativo amplamente explorado nesta obra, assim como em outras de Clarice Lispector. No trecho em destaque, observa-se que as reflexões a respeito da construção de personagem desencadeiam reflexões sobre o ato da escrita e sobre o próprio narrador, e vice-versa.
	Resposta Correta:
	 
A digressão é o modo enunciativo amplamente explorado nesta obra, assim como em outras de Clarice Lispector. No trecho em destaque, observa-se que as reflexões a respeito da construção de personagem desencadeiam reflexões sobre o ato da escrita e sobre o próprio narrador, e vice-versa.
	Comentário da resposta:
	Resposta correta. Conhecida pela ampla utilização de digressões, Clarice Lispector não poderia escrever sua última obra diferente. Na leitura de A Hora da Estrela, percebemos em diversos momentos a relação de espelhamento entre a personagem de quem o narrador conta a história (a nordestina Macabéa) e a personagem que cria para si próprio, de nome Rodrigo S. M. Isto torna-se possível na narração através do uso do modo digressivo, uma vez que as reflexões sobre um aspecto puxam reflexões sobre os demais aspectos, em um contínuo até o fim da história. 
	
	
	
Usuário
 
MARIA EUZENI DA SILVA
 
Curso
 
GRA1284 TEORIA LITERÁRIA GR3256
-
212
-
9 
-
 
202120.ead
-
17820.01
 
Teste
 
ATIVIDADE 2 (A2)
 
Iniciado
 
20/10/21 23:47
 
Enviado
 
25/10/21 03:02
 
Status
 
Completada
 
Resultado
 
da
 
tentativa
 
7 em 10 pontos 
 
 
Tempo
 
decorrido
 
99 horas, 14 minutos
 
Resultados
 
exibidos
 
Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários
 
·
 
Pergunta 1
 
1 em 1 pontos
 
 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto
 
O Narrador
, do crítico Walter Benjamin:
 
“Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua 
atualidade viva. Ele é algo de distante, e que se distancia ainda mais. Descrever um Leskov como 
narrador não significa trazê
-
lo mais perto de nós, e sim, pelo con
trário, aumentar a distância que nos 
separa dele. Vistos de uma certa distância, os traços grandes e simples que caracterizam o narrador 
se destacam nele. Ou melhor, esses traços aparecem, como um rosto humano ou um corpo de animal 
aparecem num rochedo, pa
ra um observador localizado numa distância apropriada e num ângulo 
favorável. Uma experiência quase cotidiana nos impõe a existência dessa distância e desse ângulo de 
observação”.
 
(BENJAMIM, Walter; BRASILIENSE, Editora (Ed.).
 
Magia e técina, arte e políti
ca:
 
O narrador. 
1936. Disponível 
em:
 
<http://letrasorientais.fflch.usp.br/sites/letrasorientais.fflch.usp.br/files/BENJAMIN,
 
Walter_O 
narrador (._.).pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.)
 
 
 
Considerando seus conhecimentos a respeito da tipologia de Norman Friedma
n, bem como os 
tipos de narrador e modos de elocução mais frequentes em cada um; os textos já vistos até aqui 
e o fragmento em destaque, assinale a alternativa correta.
 
 
 
 
 
Resposta
 
Selecionada:
 
 
 
O
 
narrador
 
observador
 
ou
 
câmera,
 
da
 
mesma
 
forma
 
em
 
que
 
distancia
-
se
 
da
 
narração,
 
também
 
produz
 
um
 
efeito
 
estético
 
de
 
maior
 
afastamento
 
do
 
leitor
 
em
 
relação
 
ao
 
texto,
 
ao
 
passo
 
em
 
que
 
este
 
acompanha
 
a
 
história
 
deste
 
ponto
 
de
 
vista:
 
de
 
observador
 
das
 
ações.
 
Resposta
 
Correta:
 
 
 
O
 
narrador
 
observador
 
ou
 
câmera,
 
da
 
mesma
 
forma
 
em
 
que
 
distancia
-
se
 
da
 
narração,
 
também
 
produz
 
um
 
efeito
 
estético
 
de
 
maior
 
afastamento
 
do
 
leitor
 
em
 
relação
 
ao
 
texto,
 
ao
 
passo
 
em
 
que
 
este
 
acompanha
 
a
 
história
 
deste
 
ponto
 
de
 
vista:
 
de
 
observador
 
das
 
ações.
 
 
 
 
Usuário MARIA EUZENI DA SILVA 
Curso GRA1284 TEORIA LITERÁRIA GR3256-212-9 - 
202120.ead-17820.01 
Teste ATIVIDADE 2 (A2) 
Iniciado 20/10/21 23:47 
Enviado 25/10/21 03:02 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
7 em 10 pontos 
Tempo decorrido 99 horas, 14 minutos 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários 
 Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto O Narrador, do crítico Walter Benjamin: 
“Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua 
atualidade viva. Ele é algo de distante, e que se distancia ainda mais. Descrever um Leskov como 
narrador não significa trazê-lo mais perto de nós, e sim, pelo contrário, aumentar a distância que nos 
separa dele. Vistos de uma certa distância, os traços grandes e simples que caracterizam o narrador 
se destacam nele. Ou melhor, esses traços aparecem, como um rosto humano ou um corpo de animal 
aparecem num rochedo, para um observador localizado numa distância apropriada e num ângulo 
favorável. Uma experiência quase cotidiana nos impõe a existência dessa distância e desse ângulo de 
observação”. 
(BENJAMIM, Walter; BRASILIENSE, Editora (Ed.). Magia e técina, arte e política: O narrador. 
1936. Disponível 
em: <http://letrasorientais.fflch.usp.br/sites/letrasorientais.fflch.usp.br/files/BENJAMIN, Walter_O 
narrador (._.).pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.) 
 
Considerando seus conhecimentos a respeito da tipologia de Norman Friedman, bem como os 
tipos de narrador e modos de elocução mais frequentes em cada um; os textos já vistos até aqui 
e o fragmento em destaque, assinale a alternativa correta. 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O narrador observador ou câmera, da mesma forma em que distancia-se da 
narração, também produz um efeito estético de maior afastamento do leitor 
em relação ao texto, ao passo em que este acompanha a história deste ponto 
de vista: de observador das ações. 
Resposta 
Correta: 
 
O narrador observador ou câmera, da mesma forma em que distancia-se da 
narração, também produz um efeito estético de maior afastamento do leitor 
em relação ao texto, ao passo em que este acompanha a história deste ponto 
de vista: de observador das ações.

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