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Processos Psicológicos Básicos pensamento e linguagem

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Pensamento e Linguagem
Professor: Robson Souza
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Processos Psicológicos Básicos
Pensamento
Linguagem
Sensação
Percepção
Consciência
Aprendizagem
Memória
Motivação
Emoção
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PENSAMENTO
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Pensamento
O pensamento ou cognição refere-se a todas as atividades que estão associadas a processamento, compreensão, recordação e comunicação.
Os psicólogos cognitivos estudam essas atividades mentais.
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Pensamento
Para pensar sobre acontecimentos e objetos, nós formamos os conceitos – agrupamentos mentais de objetos, eventos e pessoas semelhantes.
Os conceitos nos oferecem várias informações sem muito esforço cognitivo.
Ex: Pedir para uma criança jogar a bola é possível porque temos um conceito de bola. 
Ex2: Para dizer que está com fome, é necessário um conceito compartilhado do que é fome. 
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Pensamento - Protótipos
Formamos conceitos desenvolvendo protótipos
Protótipo – uma imagem mental ou um exemplo mais refinado que incorpora todos os aspectos relacionados a uma categoria.
Ex: Protótipo de pássaro. Alguns pássaros se encaixam melhor no protótipo de pássaro que incorporamos. Por exemplo, o melro se encaixa melhor que o ganso. 
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Pensamento - Protótipos
Um protótipo é um exemplo ideal de um conceito. Ele representa todas as características presentes em um conceito. 
Protótipos são importantes para processos relacionados com memória e reconhecimentos de padrões. 
Protótipo é o objeto, evento ou pessoa que melhor representa um conceito.
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Pensamento - Protótipos
Se alguma coisa não se encaixa no nosso protótipo, podemos ter problemas para classificá-la ou reconhecê-la. 
Ex1: somos lentos para reconhecer uma doença quando ela não se encaixa no protótipo de doença que formamos. 
Ex2: É difícil de notar uma atitude discriminatória que não se encaixa no nosso protótipo de discriminação – de brancos contra negros, homens contra mulheres, jovens contra idosos.
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Pensamento – Resolução de problemas
Alguns métodos para resolução de problema:
Método da tentativa e erro - através de tentativas e erros chegamos a solução do problema. 
Algoritmo - um procedimento passo a passo que garante uma solução. 
Heurísticas – utilização de estratégias mais simples relacionadas as nossas experiências e crenças. 
Insight – súbita solução de um problema; compreensão repentina de uma situação. 
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Resolução de problemas - Algoritmo
Um algoritmo é um procedimento utilizado para resolver problemas que garante uma resposta correta. 
Exemplo: Se nos pedissem para encontrar uma palavra, usando todas as letras em ISPLOOCIAG, nós poderíamos tentar cada letra em cada posição, e gerar e examinar 907.208 combinações resultantes. Mas isso seria muito desgastante.
Alguns algoritmos passo a passo podem ser bem laboriosos, e mais apropriados para os computadores. 
Resolução do anagrama: PSICOLOGIA
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Resolução de problemas - Heurística
Heurística é uma regra que permite ao sujeito resolver problemas de forma rápida e com grande economia cognitiva.
As pessoas cometem erros de julgamento porque, ao invés de buscarem informações em fontes confiáveis, preferem confiar em suas memórias específicas e generalizá-las para novas situações.
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Heurísticas (Vieses)
Regras gerais de influência utilizadas pelos sujeitos para chegar aos seus julgamentos em tarefas decisórias de incerteza 
Traz vantagens como a redução do tempo e dos esforços empreendidos para que sejam feitos julgamentos razoavelmente bons. 
As heurísticas reduzem a complexidade das tarefas de acessar probabilidades e predizer valores a simples operações de julgamento. 
Geralmente, as heurísticas são úteis, mas, por vezes, podem levar a erros severos e sistemáticos
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Resolução de problemas - Heurística
Existem vários tipos de heurística. 
Heurística de disponibilidade
Heurística de representatividade
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Heurística de disponibilidade
Consiste em estimar a ocorrência de um determinado evento ou realizar julgamentos com base nas informações armazenadas em nossa memória. 
Um evento proeminente, dramático  que chama sua atenção, será facilmente recuperado da memória. Experiências pessoais, fotos e exemplos vividos são mais disponíveis do que incidentes que aconteceram com outros, ou meras palavras, ou estatísticas.
Ex: acidente de avião parece ser mais frequente do que de carro
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Heurística de representatividade
Consiste em realizar julgamentos tendo como base os estereótipos.
 Julgar a probabilidade com base na representatividade pode levar a acertos, mas também a erros. 
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Exemplo de Heurística de representatividade
João é um indivíduo envergonhado e introvertido, disponível, mas com pouco interesse em pessoas, ou no mundo real. Trata–se de uma pessoa meiga e meticulosa, que precisa se organizar e se estruturar, demonstrando paixão por detalhes. 
Com base nessa descrição, como é possível estimar com segurança a ocupação profissional de Steve? 
Conforme os princípios que norteiam a heurística da representatividade, a probabilidade de Steve ser, por exemplo, um bibliotecário, dentre diversas outras ocupações, é avaliada a partir do grau com que ele é representativo ou similar ao estereótipo de um bibliotecário.
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Exemplo de Heurística de representatividade
Alguém fala com você sobre uma pessoa baixa, magra e que gosta de ler poesia, e depois, pede para adivinhar se essa pessoa é um professor de literatura clássica em uma universidade ou um motorista de caminhão.
Qual seria seu palpite?
A maioria das pessoas responderia de acordo com o estereótipo e diria professor de literatura clássica. Embora essa conclusão possa ser errada.
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Algoritmo x Heurística
A noção de algoritmo não deve ser confundida com a de heurística. 
Heurística é uma regra que permite a pessoa resolver problemas de forma rápida e com grande economia cognitiva. No entanto essas regras podem levar a erros.
Os algoritmos sempre levam a acertos. 
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Insight
Súbita percepção da solução de um problema ou dificuldade 
Quando, diante de um problema, de repente, chega-se a uma solução. 
Nos desenhos animados uma solução repentina para um problema é indicado por uma lâmpada que se acende sobre a cabeça.
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Insights
São lampejos súbitos de inspiração. 
Talvez você pensou sobre o problema por vários dias ou semanas e repentinamente a resposta lampeja na sua mente.
 Exemplo:
 O comportamento dos chimpanzés de Wolfgang Köhler (1927), particularmente um chamado Sultan. 
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Exemplo de Insight – Experimento de Köhler
Num experimento Sultan primeiro aprendeu a usar uma vara como instrumento para aumentar seu alcance e puxar uma banana que se encontrava do lado de fora da jaula. 
Tendo dominado esse truque, lhe foi dada uma segunda vara que, quando se juntava a outra, poderia com sucesso alcançar. Sultan tentou, sem sucesso, alcançar as bananas com cada uma das varas separadamente. 
Até conseguiu até empurrar uma das varas com a outra até encostar nas bananas mas, como as varas não estavam encaixadas, ele não conseguia puxar as bananas. 
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Exemplo de Insight - Experimento de Köhler
Finalmente parecia ter desistido e começou a brincar com as varas. Mais tarde um lampejo intelectual pareceu ter surgido.
Enquanto brincava com as varas (figura 5.9) aconteceu de segurar uma em uma mão e outra em outra, com as extremidades apontadas uma para a outra. Aí ele percebeu que a ponta de uma vara poderia ser colocada dentro da outra vara. Imediatamente correu para a 
 beira da jaula e começou a puxar as 
 bananas.
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Obstáculos na resolução de problemas
Duas tendências cognitivas podem nos levar a erros. São elas:
Viés de Confirmação – ânsia de buscar informações que confirmem nossas ideias. 
Viés de fixação – incapacidade de ver um problema a partir de uma perspectiva nova.
Formas de resolver o problemano passado podem interferir em descobertas de novas soluções. 
Fixação funcional – trata-se de nossa tendência para perceber as funções dos objetos como fixadas e imutáveis. 
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Obstáculos na resolução de problemas
Excesso de confiança – tendência de superestimar a exatidão de nossos conhecimentos e julgamentos. 
Pode levar a erros, mas tem valor adaptativo, pois a falta de confiança pode levar a consequências negativas. As pessoas que erram pelo excesso de confiança pode achar mais tranquilo tomar decisões difíceis. 
Viés da crença – tendência da crença distorcer a lógica. 
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Exemplos de Viés da crença
Exemplo: 
Premissa 1 - Democratas não apoiam o discurso livre. 
Premissa 2 - Ditadores não são democratas. 
Conclusão - Ditadores não apoiam o discurso livre. 
Essa conclusão é lógica?
Se você concordou com a conclusão, você pode estar experimentando o viés da crença. A premissa 1 não exclui a possibilidade de que outros possam apoiar o discurso livre. 
Veja como é bem mais fácil refutar essa conclusão: 
Premissa 1 – Melros tem penas. 
Premissa 2 – Galinhas não são melros. 
Conclusão – Galinhas não tem penas. 
Perseverança na crença - Tendência de persistir
 na crença, mesmo diante de evidências contrárias. 
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Enquadramento de decisões
O modo como apresentamos as questões influenciam o julgamento das pessoas.
Por exemplo, um cirurgião diz a alguém que 10% das pessoas morrem quando passam por determinada cirurgia. Outro diz que 90% sobrevivem.
A informação é a mesma. O efeito não é. 
Os consumidores respondem mais positivamente à carne moída descrita como “75% de carne magra”, em vez de “25% de gordura”.
Esses exemplos mostram que nossos julgamentos não tão ponderados e podem ser influenciados pela forma que a questão é apresentada.
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Pensamento e Inteligência artificial
Inteligência artificial (IA)– é a ciência que projeta sistemas de computadores para desempenhar operações que imitem o pensamento humano e façam “coisas inteligentes”.
O psicólogo Hebert Simon foi o pioneiro no desenvolvimento da faceta teórica da I.A. 
Esta investigação recai sobre o modo de como os seres humanos pensam, tentando criar sistemas computacionais que imitem ou rivalizem com o funcionamento do pensamento humano. 
O objetivo é a elaboração de uma teoria sobre a cognição incorporada em um sistema computacional, que possa processar informação, resolver problemas, aprender com a experiência e recordar.
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Pensamento e Inteligência artificial
Será que os computadores podem imitar nosso poder de pensar?
Para manipular grande quantidade de dados numéricos, tomar decisões usando regras específicas o computador é brilhante.
Porém, mesmo o computador mais sofisticado ainda não é comparável às habilidades cognitivas humanas, como exercer o bom senso, sentir emoções, refletir sobre a existência, reconhecer uma face caricaturada, etc.
Maioria dos computadores processa as informações em série (uma por vez, mesmo que de forma muito rápida), enquanto o cérebro humano processa muliplas tarefas de uma só vez (capacidade de processamento paralelo). 
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LINGUAGEM
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Linguagem
Corresponde às nossas palavras faladas, escritas ou sinalizadas e o modo como as combinamos enquanto pensamos e nos comunicamos. 
“Quando estudamos a linguagem humana , nós estamos abordando o que alguns podem chamar de essência humana, as qualidades da mente que são , pelo que sabemos, singulares” aos humanos. 
(Noam Chomsky, 1972) - linguista
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Linguagem
A linguagem, quer ser escrita, falada ou sinalizada, possibilita-nos de comunicar ideias completas de pessoa para pessoa, e transmitir os conhecimentos acumulados das civilizações através de gerações. 
Exemplo: Os macacos sabem e aprendem o que veem, ou experienciaram. Já o ser humano, pode saber sobre coisas que nunca viu. 
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Estrutura da Linguagem
Fonemas – a menor unidade distintiva de som de uma língua. 
Temos dificuldades de pronunciar fonemas de outras línguas, como a pronúncia do fonema th na língua inglesa.
Morfemas – menor unidade de uma língua capaz de transmitir algum sentido, ou seja, que tem algum significado. Os morfemas podem ser toda uma palavra, ou parte dela, como sufixos ou prefixos.
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Estrutura da Linguagem
Gramática – conjunto de regras (semânticas e sintáticas) de uma língua. 
Semântica – conjunto de regras para extrairmos significado dos morfemas, palavras e sentenças.  estudo do significado das palavras, signos ou sinais. 
Sintaxe – conjunto de regras para ordenarmos as palavras no interior das sentenças. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Aquisição da linguagem – o desenvolvimento da linguagem da criança reflete a estrutura da linguagem – partindo do simples para o complexo. 
Bebês começam sem fala.
Bebês por volta de 4 meses – começam a ler os lábios e a discriminar os sons das palavras. 
Estágio de balbucio – por volta dos quatro meses, eles espontaneamente uma variedade de sons, não específicos da língua do seu país.
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Desenvolvimento da Linguagem
Bebês por volta de 10 meses – os balbucios se modificam, de modo que o ouvido treinado pode indicar o idioma que o cerca. 
Estágio de uma só palavra – por volta de um ano as crianças começam a usar os sons para comunicar significados. Neste estágio, um só palavra pode corresponder a uma sentença. 
Ex: “Papai!”, pode significar o papai chegou.
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Desenvolvimento da Linguagem
Estágio de duas palavras – por volta dos 18 meses até o segundo ano, as crianças começam a pronunciar frases de duas palavras. 
Neste estágio ocorre a fala telegráfica
Ex: “Quero suco”
Após esse estágio, elas começam rapidamente a desenvolver frases longas. 
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Desenvolvimento da Linguagem para Skinner
Skinner sustentava que podemos explicar o desenvolvimento da linguagem com os princípios familiares ao da aprendizagem, tais como: 
associação (da visão das coisas com os sons das palavras),
 imitação (das palavras e sintaxes modeladas pelos outros) 
e reforço (com elogios, sorrisos quando a criança diz algo certo). 
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Gramática Universal Inata
Chomsky é contrário as ideias de Skinner.
Ele concorda que as crianças aprendam palavras do seu ambiente, mas considera que elas adquirem palavras e gramáticas não ensinadas em uma velocidade extraordinária para serem explicadas apenas pelo princípios da aprendizagem. 
Crianças criam sentenças que elas nunca ouviram.
Ex: eu odeio você, papai. 
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Gramática Universal Inata
Chomsky afirma que todas as línguas humanas possuem os mesmos blocos de construção gramatical, tais como verbos, substantivos, sujeitos e objetos.
Nascemos com uma gramática universal. E graças a ela, que aprendemos prontamente a gramática específica da língua que ouvimos. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Janela de aprendizagem da linguagem – até os sete anos de idade. Após esse período, a aquisição da linguagem é mais difícil.
Crianças que nascem surdas e aprendem a língua de sinais aos 9 anos nunca a aprendem tão bem quanto aqueles que ficam surdos aos 9 anos depois de aprenderem o inglês. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Linguagem se desenvolve no contexto das necessidades e desejos
“Ler não é decifrar, escrever não é copiar”
Aquisição da linguagem escrita precede e excede os limites da escola.
Auto-construção confronto e na interação com o meio.
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Desenvolvimento da Linguagem
para poder ler coisas diferentes (atribuir significados diferentes), deve haver uma diferença objetiva nas escritas.
-grafismo mais próximo das letras sem levar em conta as inversões
-progresso cognitivo surgem formas fixas
-escrita do nome ainda é global e não analisável
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Desenvolvimento da Linguagem
tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita ( cada letra vale por uma sílaba) Hipótese silábica
- a escrita representa partes sonora da falapassagem da hipótese silábica para a alfabética 
-exigência interna em conflito com a realidade externa
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Desenvolvimento da Linguagem
A escrita alfabética final da evolução
-caracteres da escrita correspondem a valores sonoros.
a criança supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou representar coisas e usa desenhos, garatuja e rabiscos para escrever.
(Um jogo).
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Desenvolvimento da Linguagem
supõe que escrita representa o nome dos objetos - coisas grande devem ter nomes grandes, coisas pequenas devem ter nomes pequenos (realismo nominal) -escrever e desenhar têm o mesmo significado não relaciona a escrita com a fala.
precisa diferenciar a escrita do desenho (usamos letras para escrever palavras).
 
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Desenvolvimento da Linguagem
Quais as formas iniciais do conhecimento da língua? Quais os processos de conceitualização do sujeito (ideias do sujeito + realidade do objeto de conhecimento)? Como a criança chega a ser um leitor, no sentido das formas terminais de domínio da base alfabética da língua escrita? 
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Desenvolvimento da Linguagem
As pesquisas de Emília mostraram que o analfabeto adulto, assim como as crianças, sabem, mesmo antes de vir para a escola, que a escrita é um sistema de representação e fazem hipóteses de como se dá tal representação. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Ocorrência esta que Ferreiro (1983) já havia notado, quando observa que, enquanto é muito fácil conseguir de uma criança pré-alfabetizada produções escritas, no adulto analfabeto a “consciência de não saber” é muito forte e ele se sente incapaz de tentar escrever. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Portanto, a Psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema alfabético.
(Antropologia do símbolo).
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Desenvolvimento da Linguagem
Deve detectar de forma correta a tipografia da escrita: tipo das letras, Maiúsculas, minúsculas, cursivas e em formas. Depois tem de traduzir a letra em um som.
Deve juntar letras em palavra e o seu significado. Isto é, dois processos: o léxico e de compreensão.
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Desenvolvimento da Linguagem
No nível pré-silábico, em um primeiro momento, a criança pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras ou outros sinais gráficos, imaginando que a palavra assim inscrita representa a coisa a que se refere.
um avanço, quando se percebe que a palavra escrita representa não a coisa diretamente, mas o nome da coisa. Ao aprender as letras que compõem o próprio nome, a criança percebe que se escreve com letras que são diferentes de desenhos.
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Desenvolvimento da Linguagem
A alfabetização deve ser significativa, isto é, contextualizada. Nesse sentido, o passo que caminha da palavra escrita, tributária de um tema gerador globalizante, para a análise das sílabas precisa ser precedido pela leitura do mundo ao redor, como propõe Freire.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra [...]”, 
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Desenvolvimento da Linguagem
[O ato de ler] não se esgota na descodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas [...] se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançado por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e contexto. (FREIRE, 1989). 
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Desenvolvimento da Linguagem
[...] sempre vi a alfabetização de adultos como [...] um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato criador. Para mim seria impossível engajar-se num trabalho de memorização mecânica dos ba-be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse enchendo com suas palavras as cabeças supostamente vazias dos alfabetizandos. Pelo contrário, enquanto ato de conhecimento e ato criador, o processo da alfabetização tem, no alfabetizando, o seu sujeito [...]. Como eu, o analfabeto é capaz de sentir a caneta [...]. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. [...]. Aí tem [o alfabetizando] um momento de sua tarefa criadora. (FREIRE, 1989). 
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Desenvolvimento da Linguagem
[...] o aluno ouve a pronúncia de cada sílaba e procura colocar letras que lhe correspondam. O grande passo da vinculação ‘pronúncia – construção alfabética da sílaba’ está dado, [...]. Este é o marco que advogamos como critério básico da alfabetização. Dizemos que alguém que tenha chegado a esse ponto transpôs o umbral da porta do mundo das coisas escritas (GROSSI, 1985, p. 30). 
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Desenvolvimento da Linguagem
Quem já tentou ensinar alguém a ler e a escrever certamente teve a experiência de testemunhar um salto repentino no progresso do aprendiz. Há um dado momento em que parece ocorrer um verdadeiro estalo, após o que a pessoa faz rápidos progressos. Que estalo será esse? A suposição mais plausível é que o estalo ocorre quando o aprendiz capta a idéia de que cada letra é símbolo de um som e cada som é simbolizado por uma letra. Uma vez agarrada a idéia, o problema reduz-se a lembrar que figura de letra corresponde a que tipo de som da fala. (LEMLE, 1988) 
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Desenvolvimento da Linguagem
No início da alfabetização, independente de ela se iniciar aos cinco, seis ou sete anos, é imprescindível que a alfabetização significa ensinar uma técnica, a técnica do ler e escrever. Quando o aluno lê, realiza a decodificação (decifração) de sinais gráficos, transformando grafemas em fonemas; quando ele escreve, codifica, transformando fonemas em grafemas. Esse é um aprendizado complexo, que exige diferentes formas de raciocínio, envolvendo abstração e memorização. A escrita é uma convenção e, portanto, precisa ser ensinada. 
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Desenvolvimento da Linguagem
Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à catarse...; habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetos, o interlocutor... (SOARES, 2003). 
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Desenvolvimento da Linguagem
Desse modo, a definição de Soares demonstra que Letramento refere-se aos usos de competências de leitura e de escrita por um indivíduo que já domina o código. Alfabetização e Letramento constituem, portanto, dois processos diferentes, em termos de processos cognitivos e de produtos, porém indissociáveis. 
O que se defende, quanto aos dois conceitos, é a consciência de que não há necessidade de primeiro aprender a técnica, para só depois dar início ao processo de letramento, bastando para tanto que, na alfabetização, sejam utilizados textos veiculados socialmente, reais, e não textos artificiais.
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Desenvolvimento da Linguagem
Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para imergir no imaginário,no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à catarse...; habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetos, o interlocutor... (SOARES, 2003). 
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Desenvolvimento da Linguagem
Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à catarse...; habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetos, o interlocutor... (SOARES, 2003). 
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PENSAMENTO E LINGUAGEM
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A Linguagem influencia o pensamento
Hipótese do determinismo linguistico de Whorf  a língua determina o modo como pensamos. 
Por exemplo, os hopis (nação indígena americana) não tem tempo do pretérito para seus verbos. Portanto, um hopi não pode pensar tão prontamente sobre o passado. 
Esta hipótese é criticada por outros autores. Eles concordam que há uma influência sutil das palavras sobre o pensamento. 
Por exemplo, locais que há diversas palavras para os tons de amarelo, você consegue distinguir melhor esses tons, do que em outros lugares que há uma só palavra para amarelo.
Concordam que expandir o vocabulário é expandir a habilidade de pensar. Por isso, que a maioria dos livros didáticos introduz novas palavras para ensinar novas ideias. 
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Pensamento sem linguagem
Será que pensar é simplesmente conversar consigo mesmo?
O ser humano também pensa em imagens. 
Exemplo: Pianista chinês que foi preso durante sete anos, e após ser solto, os críticos julgaram sua habilidade musical melhor que nunca. 
Como ele continuou a se desenvolver sem prática?
Mas o pianista afirmou: “Mas eu pratiquei todos os dias. Eu ensaiei cada peça musical que já tinha tocado, nota por nota, em minha mente.”
Deste modo, grande parte do processamento da informação ocorre fora da consciência, além da linguagem. 
Dentro do cérebro sempre ativo, muitas correntes de atividades fluem em paralelo, funcionam automaticamente, são lembradas implicitamente, e por vezes emergem como palavras conscientes. 
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Pensamento e Linguagem
Conclusão:
A linguagem influencia o pensamento. Mas se o pensamento não afetasse a linguagem, não existiriam novas palavras. E novas palavras e novas combinações de palavras velhas que transmitem novas ideias. 
Então, digamos, que o pensamento afeta nossa linguagem que, por sua vez, afeta nosso pensamento. 
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Pensamento e Linguagem em animais
Os animais se comunicam. As evidencias acumuladas indicam que os primatas até certo ponto contam, demonstram insight, criam ferramentas e transmitem inovações tecnológicas. 
Mas e a linguagem? É exclusivamente humana? Há controvérsia quanto a essa questão. 
Equipes de psicólogos já treinaram diferentes espécies de macacos para comunicação com humanos por meio de sinais ou do aperto de botões ligados a um computador. 
Os céticos apontam diferenças importantes entre humanos e macacos no que se concerne às facilidades no uso da linguagem.
Apesar disso, estudos revelam que os macacos detém uma habilidade cognitiva considerável. Mas reconhecidamente seu vocabulário e sentenças são simples, parecidos com os de uma criança de 2 anos.

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