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Caso 8 Pratica

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ALUNA; BARBARA REGINA VAZ VASCONCELOS
PROFESSORA; RACHEL FREIRE SOARES BRAMBILLA
MATRICULA; 201308089571, TURMA; NOITE, 10º PERIODO.
CASO CONCRETO 8
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
(10 LINHAS) 
 
 PARTIDO POLITICO PXY, com representação no Congresso Nacional, na pessoa de seu Presidente, CNPJ nº..., com sede na..., bairro..., cidade..., por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade...,e-mail..........,endereço que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente constituído, conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 102, I, “a”; 103, XIII, da CRFB/88, propor 
 AÇÃO DECLATÒRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR 
 pelo rito especial do artigo 2º, XIII da Lei nº 9.868/99, em defesa da lei complementar nº 135/2010, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor, esperando que seja recebida, e seguindo as formalidades de estilo do Regimento Interno do STF, seja distribuída, e ao final declarada a constitucionalidade da referida lei. 
 I – DA LEGITIMIDADE
 A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática ... os partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 
 Na forma do artigo 102, I, a, CRFB/88 é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
II- DO CABIMENTO
 A ação declaratória de constitucionalidade visa resguardar a ordem jurídica constitucional, de modo a afastar o estado de incerteza ou insegurança jurídica sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, nos termos do artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994 e artigo 102, I, a, da CRFB/88. Assim, cumpre salientar que alguns tribunais têm afastado a aplicação da Lei Complementar 135/2010 à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei, por reputá-la inconstitucional, supostamente em virtude de afronta ao principio da segurança jurídica e da irretroatividade da lei mais gravosa.
III- DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS
 1) A razoabilidade da expectativa de um indivíduo de concorrer a cargo público eletivo, à luz da exigência constitucional de moralidade para o exercício do mandato (art. 14, § 9º), resta afastada em face da condenação prolatada em segunda instância ou por um colegiado no exercício da competência de foro por prerrogativa de função, da rejeição de contas públicas, da perda de cargo público ou do impedimento do exercício de profissão por violação de dever ético-profissional. 
 2) Não é plausível a tese de ofensa ao princípio da segurança jurídica, posto que nenhum cidadão tem o direito inato e inalienável a se candidatar. Todo e qualquer pedido de registro de candidatura deve passar pelo crivo da Justiça, sendo que aquele momento em que é formalizado o pedido de registro é o marco temporal para a aferição da capacidade eleitoral passiva. 
 3). A presunção de inocência consagrada no art. 5º, LVII, da Constituição Federal deve ser reconhecida como uma regra e interpretada com o recurso da metodologia análoga a uma redução teleológica, que reaproxime o enunciado normativo da sua própria literalidade, de modo a reconduzi-la aos efeitos próprios da condenação criminal (que podem incluir a perda ou a suspensão de direitos políticos, mas não a inelegibilidade), sob pena de frustrar o propósito moralizante do art. 14, § 9º, da Constituição Federal. 
 4). O direito político passivo (ius honorum) é possível de ser restringido pela lei, nas hipóteses que, in casu, não podem ser consideradas arbitrárias, porquanto se adequam à exigência constitucional da razoabilidade. O princípio da proporcionalidade resta prestigiado pela Lei Complementar nº 135/10, na medida em que: (i) atende aos fins moralizadores a que se destina; (ii) estabelece requisitos qualificados de inelegibilidade e (iii) impõe sacrifício à liberdade individual de candidatar-se a cargo público eletivo que não supera os benefícios socialmente desejados em termos de moralidade e probidade para o exercício de referido munus publico. 
 5). O exercício do ius honorum (direito de concorrer a cargos eletivos), em um juízo de ponderação no caso das inelegibilidades previstas na Lei Complementar nº 135/10, opõe-se à própria democracia, que pressupõe a fidelidade política da atuação dos representantes populares. 
 6). A Lei Complementar nº 135/10 também não fere o núcleo essencial dos direitos políticos, na medida em que estabelece restrições temporárias aos direitos políticos passivos. 
 7). A inelegibilidade tem as suas causas previstas nos §§ 4º a 9º do art. 14 da Carta Magna de 1988, que se traduzem em condições objetivas cuja verificação impede o indivíduo de concorrer a cargos eletivos ou, acaso eleito, de os exercer, e não se confunde com a suspensão ou perda dos direitos políticos, cujas hipóteses são previstas no art. 15 da Constituição da República, e que importa restrição não apenas ao direito de concorrer a cargos eletivos.
IV- DA CONCESSÂO DE MEDIDA LIMINAR
 O fumus boni iuris reside pelo fato de que se discuti a constitucionalidade da lei complementar 135/2010.
 O periculum in mora está no que diz respeito a cidadania, sendo que sua aplicação exige segurança e certeza de norma a evitar divergências e descrédito a Lei Complementar 135/2010.
V- DO PEDIDO
 Diante do exposto requer:
1) a concessão da medida Cautelar para, liminarmente, suspender os efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei Complementar 135/2010 por considera-la inconstitucional, até o julgamento em definitivo da presente ação; 
 2) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
 3) que sejam solicitadas informações as autoridades competentes; 
 4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar 135/2010 , no que tange a sua aplicação à fatos ocorridos anteriores a sua existência, com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante. 
VI- DAS PROVAS 
 Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 14º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
 Nestes termos pede deferimento.
 Local... data ...
 Advogado...OAB...

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