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Drogas Psicotrópicas - Ecstasy

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2
ANHANGUERA EDUCACIONAL – UNIDERP
FACULDADE DE DIREITO
	NOME
	Valter Jeronimo Marques Queiroz N-51 
	RA
	4099136551
DROGAS PSICOTRÓPICAS – ECSTASY 
CAMPO GRANDE – MS, 02 DE JUNHO DE 2016
ANHANGUERA EDUCACIONAL – UNIDERP
FACULDADE DE DIREITO
DROGAS PSICOTRÓPICAS – ECSTASY
Trabalho desenvolvido para a disciplina Medicina Legal apresentado ao Prof. Eduardo Carvalho de Almeida como exigência para a avaliação de composição de média da N2 do 5º semestre do curso de Direito. 
CAMPO GRANDE – MS, 02 DE JUNHO DE 2016
INTRODUÇÃO
As drogas psicotrópicas classificam-se como estimulantes, depressoras, ou perturbadoras do funcionamento do organismo, em consonância com o efeito provocado no sistema nervoso central. São também chamadas de alucinógenas, as drogas perturbadoras.
Pode-se destacar entre essas drogas o 3,4-metilenodioximetanfetamina, identificado pela sigla MDMA, ou o popular ecstasy ou pílula do amor. Sendo a MDMA uma das poucas drogas com dupla classificação no que se refere ao seu efeito, está entre os estimulantes e os alucinógenos, podendo ser classificada como uma anfetamina alucinógena.
Quanto as vias de administração, essa droga é teoricamente inalada sob a forma de vapor, as vezes sendo injetada, embora este não seja o meio mais comum de sua utilização. A via oral é mais comum e mais utilizada, em forma de comprimidos, tabletes e cápsulas.
Observa-se os efeitos psicoestimulantes do MDMA a partir de 20 a 60 minutos após a ingestão de doses moderada (75 a 100 mg), persistindo por período de 2 a 4 horas. O pico de concentração plasmática ocorre 2 horas após administração oral, e os níveis residuais (0,005 mg/L) são encontrados 24 horas após a última dose. A área sobre a curva do MDMA sugere uma farmacocinética não linear, ou seja, o consumo de doses elevadas da substância pode produzir aumento desproporcional nos níveis plasmáticos. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2007)
O ecstasy tem sua produção de forma sintética em laboratório a partir da substância metanfetamina. No entanto, há percursores químicos naturais contidos em óleos de plantas, como noz moscada, cálamo, açafrão, canela e semente de salsa. (ALMEIDA, S.P.; SILVA, M.T.A; 2000).
COMPOSIÇÃO
A substância que define o ecstasy é uma droga sintética produzida em laboratório tem o nome de 3,4-metilenodioximetanfetamina, mais conhecido pela sigla MDMA (nome científico).
O MDMA é um composto derivado da metanfetamina, substâncias sintéticas pertencentes ao grupo amina. Apresenta propriedades estimulantes, derivadas das anfetaminas, e alucinógenas, derivadas da mescalina. Tais propriedades atuam no sistema nervoso como estimulo. Entretanto, este não faz parte do grupo das anfetaminas.
É comum os comprimidos de ecstasy conter uma enorme variedade de componentes, incluindo 3,4-metilenodioxietilanfetamina (MDEA), 3,4-metilenodioxianfetamina (MDA), mas o principal constituinte é o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
HISTÓRICO
A data de síntese da MDMA apresenta divergências. Encontram-se afirmações de que a droga fora sintetizada em 1912, enquanto que outros afirmam que fora em 1914. Entretanto o patenteamento ocorreu em 1914 pelo laboratório Merck, na Alemanha, logo após ter sido sintetizada para a empresa pelo químico Anton Köllisch em Darmstadt, nesse mesmo ano. A MDMA, inicialmente para militares, foi desenvolvida pois combatia o sono e a fome, no entanto, devido a seus efeitos colaterais, pouco foi utilizada e nunca comercializada, sendo esquecida e tão pouco usada por décadas em razão de seus vários efeitos adversos.
Foi através de uma publicação de Shulgin e Nichols que a comunidade científica só veio a ser formalmente informada sobre a MDMA, que sugeria que a droga poderia ser utilizada como auxiliar psicoterapêutico. O ressurgimento da MDMA ocorreu em 1950, como método para reduzir a inibição em pacientes submetidos à psicanálise para atuar como elevador do estado de ânimo e um complemento nas psicoterapias.
Já em 1965, Alexander Shulgin, um bioquímico norte-americano, relatou a produção e o consumo de MDMA em seu laboratório, emitindo em relato descritivo o efeito como prazeroso. Porém, o bioquímico se interessar novamente pela droga no início dos anos 70, quando veio a tomar conhecimento de relatos onde outros pesquisadores se descreviam muito entusiasmados com o uso terapêutico da MDMA.
Somente a partir da década de 70 foi que a droga começou a ser consumida de forma recreativa, principalmente entre jovens que frequentadores de danceterias e festas noturnas. Ficando após esta época, a substância conhecida como “a droga do amor”, uma clara alusão à sua propriedade de aumentar o interesse sexual dos indivíduos. Já no final da década de 80, o ecstasy já ganhava grande popularidade nos Estados Unidos e na Europa, especialmente na Inglaterra e Holanda.
Para Saunders, alguns terapeutas reconheciam que o MDMA era uma poderosa ferramenta, considerada a penicilina para a alma. Em 1977, a droga foi proibida, no Reino Unido, e em 1985, nos EUA, fazendo parte da Lista I do Convênio de Substâncias Psicotrópicas, que inclui substâncias com elevado potencial de abuso, sem benefício terapêutico e de uso inseguro, mesmo com supervisão médica. Ficando os anos entre 1977 e 1984 conhecidos como a época áurea do ecstasy . 
É considerada substância de uso proscrito no Brasil, definida pela Portaria da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde de número 344, de 12 de maio de 1998. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
AÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL l
O MDMA age interferindo em vários neurotransmissores, causando liberação de serotonina, dopamina e norepinefrina no sistema nervoso central, os quais estão envolvidos no controle do humor, termorregulação, sono, apetite e no controle do sistema nervoso autônomo.
Ainda outros efeitos incluem alterações como na cognição, comportamento bizarro, psicoses e alucinações. Causando mudanças na percepção, ocorrendo alucinações em casos de intoxicação com altas doses.
Ainda não está totalmente esclarecido como o mecanismo de ação do MDMA age sobre o sistema nervoso central. Porém há descrição de que o MDMA interfere em diferentes neurotransmissores, sendo os neurônios serotonérgicos mais suscetíveis. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
SINTOMAS
Efeitos como a criação de uma sensação anormal de euforia e bem-estar conjugada com o aumento da capacidade física e mental do indivíduo e do interesse sexual ocorre após o uso da droga.
Além disso, outros efeitos como os físicos indesejados, aumento da tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial, e alguns sintomas psíquicos como alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. Nota-se ainda o que o aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Após dias seguintes ao uso da droga nota-se que o usuário pode ficar deprimido, apresentando dificuldade cognitiva como concentração, ansiedade e fadiga. 
O uso do ecstasy também levar a disfunção do sistema imunológico, quadro agravado quando associado dessa substância com o álcool. Pode ocorrer também ranger de dentes. Sendo mais acentuado nos dentes posteriores e pode inclusive persistir após o uso da droga.
O uso prolongado da droga leva a muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso dadroga causa lesões nas células nervosas irreversíveis. Tais células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, havendo somente a recuperação quando outros neurônios compensam a função perdida. Por ser uma droga que apresenta um poderoso efeito como estimulante do sistema nervoso central seu uso produz aumento da frequência cardíaca. Segundo especialistas, tal combinação de efeitos pode ocasionar problemas de desidratação, hipotermia e até morte súbita. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
TOLERÂNCIA
Ainda não se evidenciou que o ecstasy provoque dependência física, visto que em geral os usuários utilizam a droga aos finais de semana, não havendo uso contínuo, diário, havendo tempo de reverter, pelo menos de forma parcial, a tolerância (necessidade de doses cada vez maiores para obtenção dos efeitos da intoxicação). É possível encontrar na literatura especifica relatos de casos compatíveis com dependência ao ecstasy junto a outras drogas. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.;	FONTELES,	M.M.F.;	VASCONCELOS, S.M.M.;	VIANA,	G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
Em publicação, a Revista Galileu relata que o MDMA era tido como uma droga não-adictiva, havendo crescentes constatações de que seu uso pode gerar dependência (visto ser uma anfetamina- classe de drogas que causa dependência). Havendo relatos de usuários que apresentam padrão de uso compulsivo, perdendo o controle sobre a administração da droga. (COLAVITTI,F.; 2008).
ABSTINÊNCIA
É o ecstasy uma droga de tolerância rápida, porém não apresenta quadros de síndrome de abstinência. (XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; 2008).
SEQUELAS
Encontram-se muitos relatos de usuários onde ocorre episódio depressivo nos dias após o uso do ecstasy , sendo chamado de depressão de meio de semana. Também são comuns a fadiga e a insônia.
Alguns indivíduos que usam o ecstasy com frequência podem apresentar problemas no fígado como diminuição da capacidade de funcionamento, e ficar com a pele amarelada (icterícia). Podem surgir com o uso repetido, por período prolongado, problemas cognitivos (aprendizagem, memória, atenção).
O ecstasy pode desencadear ainda problemas psiquiátricos, quadros esquizofreniformes (formas de loucura), pânico (estados de alerta intenso, com medo e agitação) e depressão. Tais problemas têm maior ou menor probabilidade de ocorrer, dependendo das características da pessoa, do momento de sua vida, da frequência e do contexto de uso.
ROTA DO ECSTASY 
Manufatura de ecstasy relacionados desde 1999 e em 2008-2009
 https://unodc11minionu.wordpress.com/mapas/
Rota utilizada:
http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2009/02/11/ult5772u2922.jhtm
CONSIDERAÇÕES FINAIS
São vários os aspectos da farmacologia do ecstasy que ainda precisam ser investigados. Conclui-se que o MDMA interfere em muitos neuro-hormônios promovendo uma liberação maciça de serotonina, seguida por um período de depleção, antes de retornar aos valores normais. Porém os mecanismos de ação incluindo outros neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e acetilcolina, não estão totalmente esclarecidos. 
Pode-se também concluir ainda que o consumo do ecstasy a longo prazo pode acarretar sérios problemas de saúde, inclusive aparecimento de complicações incompatíveis com a vida. No contexto social, é o ecstasy considerado uma substância segura, que não apresenta riscos para o usuário. No entanto é possível encontrar vários relatos de efeitos adversos, incluindo intoxicação aguda, sendo é necessário que o profissional médico conheça os principais sinais e sintomas, com a finalidade de realizar o tratamento adequado, em especial atenção aos sintomas originados do sistema nervoso central e cardiovascular.
Diante de tantas complicações associadas ao uso do MDMA, faz-se necessária a implantação de um tratamento de emergência, medidas de suporte e tratamento médico para cada uma das complicações. Logo, é fundamental que os profissionais da saúde conheçam e identifiquem os efeitos psicológicos e toxicológicos provocados pelo uso. Ainda são necessários mais estudos sobre a fisiopatologia e farmacologia do ecstasy , buscando a melhora para o tratamento dos casos de intoxicação, embora existam vários dados na literatura. 
REFRÊNCIAS
XAVIER, C.A.C.; LOBO, P.L.D.; FONTELES, M.M.F.; VASCONCELOS, S.M.M.; VIANA, G.S.B.; SOUSA, F.C.F.; Revista de Psiquiatria Clínica: Ecstasy 
(MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica. São Paulo – SP. V35, n3, 2008. Artigos Originais. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832008000300002>.
ALMEIDA, S.P.; SILVA, M.T.A; Revista Panamericana de Salud Pública:
Histórico, efeitos e mecanismo de ação do ecstasy (3-4metilenodioximetanfetamina): revisão da literatura. Washington. V8, n6, 2000. Artigos Originais. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/5740777/Historico-efeitos-e-mecanismo-de-acao-do-Ecstasy-Revista-Panamericana-de-Salud-Publica>. 
COLAVITTI, F.; Revista Galileu: DROGAS - A nova explosão do Ecstasy. 198. ed, 2008. <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG80795-7943-198-8,00-A+NOVA+EXPLOSAO+DO+ECSTASY.html>. 
BRASIL. Secretaria de segurança pública. Disponível em: <http://www.denarc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=37>

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