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Fases do psicodiagnóstico Primeira entrevista A entrevista inicial se caracteriza como uma entrevista semidirigida por permitir ao psicólogo conhecer o cliente exaustivamente; A primeira entrevista nos fornece dados para o levantamento de hipóteses diagnósticas; O primeiro contato norteia o psicólogo para a escolha dos testes a serem utilizados; Nesta entrevista, o contrato deve ocupar lugar de destaque; Já na primeira entrevista deve ficar claro para o paciente e seus responsáveis qual será o objetivo do processo; No contrato deve ficar claro: o número de sessões; tempo de duração; informações a respeito de técnicas e testes que possam ser utilizados; a questão do sigilo e motivo pelo qual o cliente e/ou responsáveis buscam ajuda; Em caso de clientes crianças ou pessoas sem condições de responsabilizar-se por si próprios, a entrevista deve ser realizada com os pais ou responsáveis; Em caso de pais separados, pode-se realizar entrevistas em separado; Entrevista de anamnese As entrevistas de anamnese podem ser realizadas com o próprio cliente ou com aqueles que puderem trazer mais informações sobre sua história de vida; Todas as entrevistas no psicodiagnóstico podem ser consideradas como anamnese (dados coletados desde a entrevista inicial até a devolutiva referem-se a história de vida do cliente); O psicólogo/a deve considerar os contextos social, cultural, financeiro, familiar do cliente; Em trabalhos com crianças e adolescentes o psicólogo/a deve conhecer a historia de união dos pais (informações que revelam o clima familiar a época de seu nascimento e que refletem em seu desenvolvimento biopsicossocial); Entrevista para aplicação de testes A bateria de testes em um psicodiagnóstico clinico é utilizado por dois motivos: O primeiro refere-se ao fato de que a utilização isolada de um teste ou uma técnica permite uma avaliação abrangente e profunda do cliente; O segundo motivo é que a utilização de vários instrumentos possibilita a intervalidação dos referidos, resultando em uma menor possibilidade de erro em nossas inferências clínicas; A escolha do teste deve considerar a idade, sexo, escolaridade e especialmente o objetivo do que se quer avaliar; O psicólogo/a deve respeitar as instruções para aplicação, levantamento e interpretação constantes no manual dos testes utilizados; Definida a bateria de testes, Ocampo&Arzeno (1981) e Cunha(2000) referem-se a questão da presença de ansiedade no cliente que será submetido ao teste; Na tentativa de minimizar a ansiedade, as autoras recomendam que a bateria seja iniciada pelos testes gráficos (maior familiaridade com papel e lápis) intercalando com testes psicométricos; O último teste a ser aplicado será o mais ansiogênico para o cliente; As entrevistas específicas para aplicação de testes não deve se prolongar, uma vez que isso pode acarretar o incremento de ansiedade e fantasias de incurabilidade; Devolutiva Ocampo&Arzeno (1981) referem-se a devolução como “comunicação verbal discriminada e dosificada dos resultados do processo”; O psicólogo/a deve ter a sensibilidade necessária para determinar o que pode e o que não pode ser dito; O psicólogo/a deve devolver tudo o que é possível aos clientes e que venha em benefício deles; Na entrevista de devolução o psicólogo/a transmite as pessoas envolvidas no psicodiagnóstico a compreensao envolvida durante o processo; Para o sucesso do psicodiagnóstico, é imprescindível que tenhamos um conhecimento profundo do caso, pois devemos ter as respostas para as perguntas iniciais; Na devolutiva deve-se iniciar retomando o motivo do processo; Na sequencia informa-se os processos adaptativos do cliente; Ao final os processos menos adaptativos ou patológicos; Ao término desta entrevista, o psicologo/a deve dar o encaminhamento necessário ao caso; A entrevista de devolução configura a finalização de todo um processo no qual muitos conteúdos foram abordados; Referências bibliográficas MACEDO, M. M. K. & CARRASCO, L. K. (Con)textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. (págs. 182 a 190)
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