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Fundamentos da lubrificação aula 04

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FUNDAMENTOS DA LUBRIFICAÇÃO
Legislação de lubrificantes & aditivos 
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
362/2005
Como consequência da dupla importância ambiental/econômica, a gestão do óleo lubrificante usado ou contaminado interessa a estrutura estatal ligada a gestão ambiental (SISNAMA) e também à administração dos recursos petrolíferos da indústria (MME/ANP). Tendo então a competência de mostrar situações referente ao uso correto e incorreto de lubrificantes.
O próprio artigo estabelece as três únicas exceções à regra geral.
1° - O encaminhamento do OLUC (óleo lubrificante usado ou contaminado) para outro processo de reciclagem exigirá que esse tenha comprovada eficácia ambiental equivalente ou superior ao rerrefino de forma qualitativa (Obtenção de óleo básico que atenda as especificações da ANP) e quantitativa (Rendimento em massa de igual ou superior a 70%), a ser aferida pelo órgão ambiental competente.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
2° - Permitir aos geradores industriais o processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado, por si ou por terceiros, para a fabricação de produtos, exceto combustíveis, a serem consumidos exclusivamente pelos próprios geradores, sendo expressamente vedada a comercialização de tais produtos.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
3° - Decorre da inviabilidade técnica de envio de óleo lubrificante usado ou contaminado ao rerrefino, hipótese praticamente inexistente já que a rede de coleta abrange 90% dos municípios brasileiros.
Ainda cabe a destacar que, como decorrência da máxima orientadora do sistema, outra regra expressa na resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) N° 362/2005
 A coleta conforme citado no Art. 362/2005 é uma atividade que compreende as etapas de recolhimento, transporte, armazenamento temporário e entrega à destinação, ambientalmente adequada, de óleos lubrificantes usados ou contaminados.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
Mas por qual motivo a existência da Resolução CONAMA n° 362/2005? 
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
Foi somente com essa resolução que a atividade de coleta ingressou na esfera de interesse específico do licenciamento ambiental. Pois antes dessa resolução no exercício da mesma função, realizavam o licenciamento dos coletores existentes, mas o faziam de forma compartimentada, geralmente mediante a expedição de uma licença para a unidade de armazenamento, e em alguns casos, outra destinada ao acobertando da etapa de transporte como se fosse resíduos e produtos perigosos ou de fontes móveis.
Essa resolução foi adotada como um dos pilares de sustentação do sistema de fiscalização da destinação adequada do óleo lubrificante. 
A resolução N° 9 de 1993 tem uma série de informações e definições, tais como:
Considerando que o uso prolongado de um óleo lubrificante resulta na sua deterioração parcial, que se reflete na formação de compostos tais como ácidos orgânicos, compostos aromáticos polinucleares, "potencialmente carcinogênicos", resinas e lacas, ocorrendo também contaminações acidentais ou propositais;
Considerando que o descarte de óleos lubrificantes usados ou emulsões oleosas para o solo ou cursos d'água gera graves danos ambientais;
Considerando que a combustão dos óleos lubrificantes usados pode gerar gases residuais nocivos ao meio ambiente;
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
9/1993
Considerando que a resolução N° 9 de 1993 ainda classifique a reciclagem como prioridade.
Art. 1°
I - Óleo lubrificante básico: principal constituinte do óleo lubrificante. De acordo com sua origem, pode ser mineral (derivado de petróleo), ou sintético (derivado de vegetal ou de síntese química);
II - Óleo lubrificante: produto formulado a partir de óleos lubrificantes básicos e aditivos;
III - Óleo lubrificante usado ou contaminado regenerável: óleo lubrificante que, em decorrência do seu uso normal ou por motivo de contaminação, tenha se tornado inadequado à sua finalidade original, podendo, no entanto, ser regenerado através de processos disponíveis no mercado;
Etc.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
9/1993
Art. 2°
Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado será, obrigatoriamente, recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente.
Art. 3° Ficam proibidos:
I - quaisquer descartes de óleo usados em solos, águas superficiais, subterrâneas, no mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais;
II - qualquer forma de eliminação de óleos usados que provoque contaminação atmosférica superior ao nível estabelecido na legislação sobre proteção do ar atmosférico (PRONAR);
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
9/1993
Art. 4º Ficam proibidos a industrialização e comercialização de novos óleos lubrificantes não recicláveis, nacionais ou importados.
§ 1º Casos excepcionais serão submetidos à aprovação do IBAMA, com base em laudos de laboratórios devidamente credenciados.
§ 2º No caso dos óleos não recicláveis, atualmente comercializados no mercado nacional, o IBAMA, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da publicação desta Resolução, efetuará estudos e proposição para a sua substituição.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
9/1993
Art. 5º Fica proibida a disposição dos resíduos derivados no tratamento do óleo lubrificante usado ou contaminado no meio ambiente sem tratamento prévio, que assegure:
I - a eliminação das características tóxicas e poluentes do resíduo;
II - a preservação dos recursos naturais; e
III - o atendimento aos padrões de qualidade ambiental.
Entre outros artigos, citados acima os mais importantes. Sendo que todas suas informações agora seguem no Art 362/2005.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
9/1993
A legislação ela vem auxiliando, trabalhando em cima muito de NBR’s, onde possa vir a explicar, leis nacionais voltado para misturas, rerefinarias, uso correto e incorreto de óleos, petróleo etc
Dentre as normas mais usadas no meio de lubrificantes temos:
10004 – ("Resíduos Sólidos - classificação", clasisifica o óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar toxicidade);
17505-5 – (“Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis”)
Entre outras.
NORMAS REGULAMENTADORAS 
Em geral a legislação vigente:
Impõe responsabilidade a todos os entes da cadeia produtiva;
Todo o óleo lubrificante utilizado no Brasil deve ser obrigatoriamente reciclável;
Ao gerador cabe, entre outros, o recolhimento adequado desse resíduo;
O IBAMA, ANP e IEMA, este, quando solicitado, são responsáveis pelo controle e verificação do cumprimento dos percentuais da coleta;
O produtor deverá garantir a coleta mensal desses resíduos, dar o tratamento adequado e prestar esclarecimentos quando necessário;
O revendedor, deve dispor de instalações adequadas, licenciadas pelo órgão ambiental etc.
LEGISLAÇÃO DE LUBRIFICANTES
III . Armazenagem de inflamáveis líquidos, em tanques ou vasilhames:
quaisquer atividades executadas dentro da bacia de segurança dos tanques;
arrumação de tambores ou latas ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio de armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames cheios inflamáveis ou não-desgaseificados ou decantados.
A NR 16, contém uma definição onde atividades como lubrificação se encaixa na Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em tanques ou vasilhames.
NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Óleos hidráulicos;
Óleos de circulação;
Óleos eletro-erosão;
Óleos lubrificantes em geral;
Óleos para engrenagens industriais (Dependendo do grau de viscosidade);
Óleos de têmpera;
Etc.
ÓLEOS RECICLÁVEIS
Substância natural, modificada ou sintetizada empregada na produção de óleos lubrificantes para modificar, fornecer ou ressaltar propriedades dos óleos básicos.
Tais como:
Dispersantes;
Detergentes;
Detergentes Alcalinos;
Antioxidantes;
Passivadores de Metais;
Anticorrosivos;
Antiferrugem;
Etc.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Dispersantes: Conservar a limpeza do equipamento, mantendo os materiais insolúveis em suspensão do óleo.
Como funciona?
O dispersante
é atraído para os materiais insolúveis por forças polares (Processo físico) e a sua solubilidade no óleo mantém estes materiais em suspensão.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
-> E em 3 dimensões forma-se 
 um ambiente polar esférico.
Detergentes: tem a mesma função dos dispersantes porém se acrescenta a função de limpeza.
Como funciona?
Mesma função dos dispersantes.
Detergentes Alcalinos: Neutralizar os gases ácidos da combustão, reduzindo a formação de depósitos carbonosos, lacas e vernizes, evitando problemas de agarramentos de anéis em condições de operação a alta temperatura.
Como funciona?
A elevada basicidade do carbonato metálico coloidal neutraliza os componentes ácidos. Forma-se uma película na superfície pela absorção preferencial de compostos polares onde a estabilidade é a alta temperatura dos compostos organometálicos inibe a degradação dos componentes do combustível e do lubrificante sobre as superfícies aquecidas no metal.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Antioxidantes: Retardar a decomposição por oxidação do lubrificante, retardando o espessamento do óleo e a formação de compostos ácidos, borras, lodos e vernizes.
Como funciona?
Ele faz a decomposição dos peróxidos e inibe a formação de radicais livres.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Passivadores de Metais: Evitar a ação catalítica dos metais dispersos e das superfícies metálicas em óleo, inibindo a retardando a oxidação.
Como funciona?
Passivação dos metais pela formação de uma película inativa protetora sobre as superfícies metálicas. Formação de complexos cataliticamente inativos com os íons dos metais.
Tipos de compostos comumente usados:
DTPZn;
Sulfatos orgânicos;
Fenatos Mecânicos;
Compostos orgânicos nitrogenados.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Antiespumante: Prevenir e reduzir a formação de espuma estável.
Como funciona?
Redução da tensão interfacial Ar-Óleo, dificultando a formação de bolhas (tendência a espumar) e enfraquecendo a película que será as bolhas de ar do ar-ambiente (estabilidade da espuma)
Tipos de compostos comumente usados:
Polímeros do silicone;
Polimetacrilatos.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Anticorrosivos: Prevenir o ataque contra contaminantes corrosivos do lubrificante às superfícies metálicas do equipamento, principalmente os mancais.
Como funciona?
Neutralização dos materiais ácidos e formação de uma película química sobre as superfícies metálicas.
Compostos Comumente usados:
DTPZn;
Detergentes alcalinos;
Ditiocarbamatos Metálicos;
Terpeno fosforados ou sulfurados;
Ácidos Succínicos de alquelina;
Fenóis de Alquila Propoxilatos; e Imidazolinas.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Antiferrugem: Prevenir a formação de ferrugem nas partes ferrosas do equipamento, principalmente por contato com água ou pela presença de umidade ácida ou salina.
Como funciona?
Adsorção preferencial de compostos do tipo polar sobre as superfícies metálicas. A película formada repele o ataque da agua e neutraliza os ácidos corrosivos.
Compostos comumente usados:
Sulfonados de Metal;
Ácidos Graxos;
Aminas.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Agentes de oleosidade: Elevar a resistência do filme de óleos, evitando o contato metal-metal e reduzindo desgaste;
Como funciona?
Adsorção preferencial de compostos do tipo polar sobre as superfícies metálicas formando um filme monomolecular que evita o contato entre as partes em movimento.
Compostos comumente usados:
Ácido Oleico;
Óleo de Banha (Lard oil)
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Agentes Antidesgaste: Reduzir o desgaste das partes metálicas.
Como funciona?
Adsorção preferencial de compostos do tipo polar sobre as superfícies metálicas formando um filme monomolecular fortemente aderido ao metal, que evita o contato entre as partes em movimento.
Compostos comumente usados:
DTPZn;
Alcoil – Ditiocarbamatos;
Fosfatos orgânicos (TCP = Tri-Cresil-Fosfato);
Derivados orgânicos de: Ca, Mg, Zn, Ni, Cd, V e Se.
Entre outros.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Agentes de estrema-pressão (EP): Reduzir o desgaste das partes metálicas.
Como funciona?
Ação reativa dos reagentes EP sobre as superfícies metálicas sob condição de alta temperatura e alta pressão, gerando compostos de baixo coeficientes de fricção (friáveis) e alta temperatura de fusão (infusíveis).
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Agentes de Oleosidade;
Agentes de Antidesgaste;
Agente de Estrema-Pressão.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Cristais de Parafinas:
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Melhoramentos do Índice de Viscosidade:
Copolímeros de Olefinas (OCP) = Olefin Copolimer;
Copolímeros de Estireno-Dieno Hidrogrenado (HSDs) = Hydrogenated Styrene-Diego;
Polialquilmetacrilatos (PMAS) = Polyalmetacrylate.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

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