Buscar

Filosofia, Ética e Contemporaneidade 1ª parte Slides(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*
Filosofia (Ética e Contemporaneidade)
Curso: Comunicação Social
Organização didática:
Os quatro tipos ou formas de conhecimento, história e alguns pensamentos da filosofia.
As questões da prova serão elaboradas com base nos slides apresentados.
É importante que o aluno faça as leituras e os estudos sugeridos nas fontes indicadas. 
 
*
Os 4 tipos ou formas de conhecimento
 
1 - Conhecimento popular ou vulgar: É um conhecimento construído no cotidiano, pela tradição, hábitos, experiências pessoas, senso comum etc. 
2 - Conhecimento religioso (Teológico): É um conhecimento que parte da afirmação que “Deus” é a causa primeira de tudo. Trabalha e basea - se, sobretudo, com as doutrinas (livros sagrados: bíblia-cristãos, alcorão- Islã-Maomé). A adesão das pessoas, principalmente, é um ato de fé.
3 - Conhecimento científico: É um conhecimento construído de forma sistemática, factual, crítico, racional, preciso, metódico e com o uso de técnicas. Neste tipo de conhecimento a verdade é aceita até que se prove o contrário, com novas evidências, técnicas, métodos etc. 
Áreas do conhecimento científico:
1 - Ciências Exatas e da Terra (matemática, estatística, física, química etc.).
 2 - Ciências Biológicas (genética, botânica, anatomia, zoologia, farmacologia, bioquímica etc.). 
3 - Engenharias ( transporte, Civil, hidráulica, elétrica, química, mecânica, aeroespacial etc.).
4 – Ciências da Saúde (medicina, odontologia, nutrição etc.).
*
Os 4 tipos ou formas de conhecimento
Áreas do conhecimento científico:
5 – Ciências Agrárias (agronomia, solo, florestas, produtos agrícolas, medicina veterinária etc.).
6 – Ciências Sociais Aplicadas (Direito, economia, Administração de Empresas, Arquitetura e Urbanismo, COMUNICAÇÃO SOCIAL etc.).
7 – Ciências Humanas (Filosofia, Sociologia, Ética, Antropologia, História, Geografia, Psicologia, política, educação, Teologia etc.).
8 – Ciências Linguística, letras e artes (teatro, cinema, música, língua etc.).
*
Os 4 tipos ou formas de conhecimento
4 - Conhecimento Filosófico: É um conhecimento construído pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e sua relação com o meio em que vive. O objeto de análise são as ideias, relações conceptuais, exigências lógicas etc. Ex.: Ética e Moral.
*
Introdução à Filosofia
> Filosofia: Philos = amor + Sophia = sabedoria. “Amor à sabedoria”. Filosofia é a amizade ou a procura amorosa da verdade.
- Immanuel Kant dizia que não se aprende filosofia, se aprende a filosofar.
- Podemos dizer que Filosofia é um conhecimento instituinte, pois questiona o saber instituído. 
- O trabalho filosófico é essencialmente teórico. A filosofia questiona a fragmentação do real (especialização das ciências). Por isso tem a função de interdisciplinaridade, estabelecendo o elo entre as diversas formas do saber e do agir. Exemplo: O que aproxima a teoria (discurso) da pratica (fazer, agir) é a coerência.
*
Introdução à Filosofia
- Filosofia é reflexão. Reflexão é retornar ao próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já se conhece.
- Segundo Dermeval Saviani, a reflexão filosófica é:
1 – Radical (latim – radix, radicis): vai na raiz;
2 – Rigorosa: procede com rigor, garantindo a coerência e o exercício da critica (faz afirmações e justifica-as com argumentos);
3 – De Conjunto: visa o todo.
*
Introdução à Filosofia
Estamos “perdendo” a capacidade de perguntar, compreender, refletir, pensar e construirmos conhecimentos em detrimento às respostas rápidas, imediatas. Queremos o pronto e acabado e pagamos um preço muito alto por isso. 
Por exemplo: Racionalidade é o modo que traçamos a relação entre nossa inteligência e o mundo. A filosofia é uma forma de pensar, desconfiando das certezas. Ex.: Ser ou Ter? Valorizamos em nossos atos o celular ou vida? Por isso, as perguntas, na filosofia, são mais importantes do que as respostas. Pergunta leva a ação (procura), resposta pode levar ao conformismo. No mundo de hoje temos muita informação, mas, e o conhecimento construído pelo indivíduo?
Dica: Pesquise e leia os textos: Por quê? (Marta Vitória Alencar) Para que serve a Filosofia? (Abrahão Costa Andrade) Qual é o problema? (Stephen Kanitz).
*
Os 4 tipos ou formas de conhecimento
 - Introdução à Filosofia (reflexão filosófica)
Fonte: 
ARANHA, M. L. A; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ªed. São Paulo: Ática, 2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 6ª ed. São Paulo: Atlas,2001. 
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 1999.
Conselho Nacional de Pesquisa(CNPQ-1951) - MEC.
*
Início da Filosofia
Filosofia Antiga: Grécia, século VI A.C 
 - Pré-socrático
 - Sofistas
 - Sócrates
*
 Período pré-socrático e o pensamento racional: o entendimento do cosmo
1 – Tales (624 a.C.) – Qual é a causa última, o princípio supremo de todas as coisas? “Água”.
2 – Anaximandro: Deve ser alguma coisa indeterminada (Apeíron). Contrários – quente e frio, o seco e o úmido, etc.
3 – Anaxímenes: “Ar”.
4 – Pitágoras: Mônada – Fogo, água, terra, ar.
5 – Heráclito: Devir (“movimento, transformação”) – fogo.
6 – Parmênides: Pensamento central é constituído pela distinção radical entre o ser e o não ser.
- A única realidade é o ser.
- Uma coisa é ou não é: se é, não pode vir- a- ser, porque já é.
- Se não é, não pode vir- a- ser, porque do nada não se tira nada (se o não ser fosse alguma coisa, teríamos a contradição de alguma coisa que, ao mesmo tempo, é e não é.
Obs.: Heráclito (vir a ser); Parmênides (ser).
7 – Anaxágoras: A mente é o princípio ordenador das coisas. A mente é uma realidade de ordem superior, independente dos corpos (infinita).
*
Sofistas (Protágoras, Górgias, Híppias, etc.)
Sofistas: Etimologicamente a palavra sofista vem de Sophos (“sábio”) ou “professor de sabedoria”. 
- Posteriormente adquiriu o sentido pejorativo de “homem que emprega sofismas”, ou seja, alguém que usa de raciocínio capcioso, de má-fé, com intenção de enganar. Os sofistas foram criticados por Sócrates e Platão.
Características:
- gosto pela crítica no exercício do pensar resultante da circulação de ideias diferentes;
- contribuíram com a sistematização do ensino: gramática, musica dialética, retórica etc
- costumavam cobrar pelas aulas. Eram chamados de mercenários do saber.
- Pronunciavam discursos vazios.
Ex.: “O homem é a medida de todas as coisas”. Esta frase foi entendida como o relativismo do conhecimento, mas também entendida como a capacidade do homem em construir a verdade.
*
Sócrates 
Sócrates (470-399 a.C.) – Foi acusado de corromper a mocidade, por isso foi condenado.
- Partia do seguinte pensamento (postura/pressuposto): Só sei que nada sei. Consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber.
Método socrático:
1ª parte: Ironia (perguntar). Sócrates se colocava como um ignorante diante do oponente. Com hábeis perguntas, desmontava as certezas até o outro reconhecer a ignorância. 
2ª parte: Maiêutica (parto). Dar à luz as idéias novas.
- Por meio de perguntas, destrói o saber constituído para reconstruí-lo na procura da definição do conceito.
- Sócrates privilegia as questões sobre moral. Ex.: em que consiste a coragem? Covardia? Piedade? Justiça?
- Com Sócrates, há uma busca do conceito, da definição de justiça. 
*
Platão e Aristóteles
Platão (428-347 a.C.) – Sobre o conhecimento (mito das cavernas-mundo das sombras):
Na ordem do saber, o homem começa a conhecer pela forma imperfeita da opinião (doxa), depois passa ao grau mais avançado da ciência (epistemológica) para só então ser capaz de atingir o nível mais alto do saber (filosófico).
- Obs.: quanto mais você conhece (estuda),mais você fica “isolado”.
- Teoria das ideias :
 1 – Mundo sensível (fenômenos). 2 – Mundo inteligível (das ideias).
1.1.- O “mundo” sensível é o da multiplicidade, pura sombra, ilusório, do movimento.
1.2.- O “mundo” das idéias (imutável), a verdadeira realidade (ideia de mesa, cadeira, etc.).
- Platão cria a palavra ideia(eidos) para referir-se à intuição intelectual. 
- O mundo das ideias se refere ao ser de Parmênides e o mundo dos fenômenos ao devir de Heráclito.
- Como os homens ultrapassam o mundo das aparências ilusórias?
1 – Os homens já teriam vivido como puro espírito quando contemplaram o mundo das ideias (alma).
2- Os homens tudo esqueceram quando se degradou ao se tornarem prisioneiros do corpo, que é considerado o “túmulo” da alma.
*
Platão
Teoria da Reminiscência: A alma contempla o mundo das ideias (verdadeiro, imutável) e retorna ao mundo sensível em um corpo e “passa” a lembrar das ideias verdadeiras diante das copias (mundo sensível). Bem = ideia suprema.
Como eu “saio” do mundo das sombras? 
Estudo/conhecimento: 
Até os 20 anos de idade para todos os cidadãos (alma de bronze) = agricultura,
comércio.
Até os 30 anos (alma de prata) = guerreiros, soldados da defesa da cidade.
3 – Até os 50 anos (alma de ouro) = Estudariam filosofia que eleva a alma até o conhecimento mais puro e a fonte de toda verdade.
4 – Depois dos 50 anos caberia a eles o governo da cidade, seriam os mais justos, aqueles que conhecem a justiça (virtude).
*
Platão e a cidade de luxo
A cidade feliz deve seguir o princípio da justa medida, pois:
1 – A riqueza leva a moleza, a ociosidade etc.
2 – A Indigência (extrema pobreza) leva a degradação
Observação: ambas podem buscar as “novidades” sem a justa medida.
A cidade-estado seria organizada segundo a divisão de tarefas para que não haja uma cidade não muito rica nem muito pobre e assim evita-se conflito. Para tanto, cada indivíduo-cidadão deve fazer aquilo para o qual a sua natureza é mais adequada. 
*
Aristóteles
Aristóteles (384- 322 a.C.): - Algumas ideias:
1 - A sociedade de Platão é muito hierarquizada.
2 – A educação deve ter como objetivo a formação ética dos indivíduos, preparando-os para a vida em comunidade.
3 - A essência do homem é a racionalidade (imutável) e outros acidentes (mutável, movimento) como ser magro, baixo, velho, etc.
4 - Causa primeira de tudo: motor imóvel (Deus!?).
5 - A felicidade do homem não pode consistir nas riquezas, honrarias e prazeres, porque nenhuma dessas coisas representa a plena realização das capacidades humanas.
- O homem é um ser racional, logo, a felicidade do homem consiste na contemplação. Mas o homem também é carne e sentidos (prazer). Assim, a verdadeira felicidade é constituída pelo prazer junto com a contemplação.
- O meio para se conseguir a felicidade é a virtude: “o hábito de escolher o justo meio”. Exemplo: os excessos fazem mal, assim como a falta.
*
Aristóteles
6 - Formas de Governo:
1 – Monarquia (ou governo de um só).
2 – Aristocracia (ou governo de um pequeno grupo).
3 – Politéia (ou governo da maioria).
- As três formas são boas quando visam o interesse comum, mas podem tornar-se más quando têm como objetivo o interesse particular. Ex.:
1 – A tirania (interesse próprio);
2 – Oligarquia (quando vence ou prevalece o interesse dos mais ricos ou nobres);
3 – Democracia (quando a maioria pobre governa em detrimento da minoria rica).
O importante é assegurar a paz social.
Indagação: A classe média é constituída por indivíduos que não são muito ricos nem muito pobres. Estas são as condições de virtude para criar uma política estável?
*
Aristóteles
7 - Espécies principais de justiça:
1 – Justiça Distributiva: diz respeito à reta distribuição por parte do Estado, como as honras, os cargos, os bens materiais etc. aos cidadãos, segundo os méritos de cada um. Exemplo: não se pode dar o igual para os desiguais já que as pessoas são diferentes.
2 – Justiça correlativa ou corretiva: diz respeito à imposição das penas aos transgressores da lei e à restituição aos legítimos donos daquilo de que foram privados.
– A justiça está intimamente ligada ao império da lei, pela qual se faz prevalecer à razão sobre as paixões cegas. O governante deve ter a virtude da prudência prática (phronesis), pela qual será capaz de agir visando o bem comum. Aristóteles não crê que o justo seja propriamente feliz no meio dos sofrimentos 
*
Aristóteles
Metafísica
- Andrônico de Rodes, Roma (86 a.C.) classificou um grupo de livros sem nome e chamou-os de “os livros que vêm depois da física” (meta tá physiká). São obras de Aristóteles que não se restringem ao “mundo físico”, mas vão além, isto é, são metafísicos.
- Trata-se de assuntos sobre os tipos de conhecimento, sensações isoladas, experiência e ciência. É o estudo do ser e as propriedades do ser enquanto tal.
Fonte:
ARANHA, M. L. A; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ªed. São Paulo: Ática, 2005. 
PLATÃO. A república. 8ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996
Aristóteles: A Ética Nicômaco. 
*
Filosofia Medieval – Santo Agostinho
Fim da Filosofia Medieval: O pensamento de La Boétie 
Filosofia Medieval: Queda do Império Romano (séc. V). A cultura greco-romana quase desaparece. Monges são os únicos letrados em um mundo onde servos e nobres não sabem ler. Período Medieval (séc. V –XV).
Filosofia medieval tenta conciliar razão e fé: Crer para compreender, e compreender para crer.
*
Filosofia Medieval 
Filosofia Medieval: Queda do Império Romano (séc. V). A cultura greco-romana quase desaparece. Monges são os únicos letrados em um mundo onde servos e nobres não sabem ler. Período Medieval (séc. V –XV).
Filosofia medieval tenta conciliar razão e fé: Crer para compreender, e compreender para crer.
Filosofia Patrística (filosofia dos padres): A preocupação são as relações entre fé e ciência e a vida moral.
- Santo Agostinho (354-430): O conhecimento humano opera através:
1 – Conhecimento dos sentidos: o sentir não é do corpo, mas da alma por meio do corpo. A alma adquire o conhecimento do mundo corpóreo;
2 – Conhecimento da razão inferior: leva ao conhecimento científico se ocupando do mundo corpóreo e procura descobrir as leis universais pelo processo de abstração;
3 – Conhecimento pela razão superior (iluminação): é uma luz mediante a qual Deus irradia na mente humana as verdades absolutas, imutáveis, eternas.
Ex.: a iluminação nos torna visíveis certas ideias como verdade, justiça, bondade, etc.
Obra interessante: confissões de Santo Agostinho e o Livre arbítrio. 
*
Filosofia Medieval
Filosofia Escolástica (escola dos padres): Procura discutir sobre fé e razão.
- Santo Tomás de Aquino (1225-1274)- século XIII:
1 – Fé e razão são modos diferentes de conhecer. A razão aceita a verdade por causa de sua evidência intrínseca. A fé aceita a verdade por causa da autoridade de Deus relevante;
2 – Fé e razão, filosofia e teologia não podem contradizer-se porque Deus é o seu autor comum;
3 – Embora a razão seja suficiente para conhecer as verdades fundamentais de ordem natural, ela é incapaz, por si só, de penetrar nos mistérios de Deus, que é o seu bem último;
4 – A razão pode prestar um precioso serviço à fé:
4.1 – Ilustrando, por meio de certas semelhanças, as coisas que pertencem à fé,
4.1,2 – Opondo-se às coisas que são ditas contra a fé. 
Obra interessante: Suma teológica 
- Função da Filosofia: Serva da teologia.
*
Santo Agostinho – século IV: 
Livre Arbítrio
Obs.: segundo Santo Agostinho, o sentir não é do corpo, mas da alma, através do corpo.
- O livre arbítrio é a possibilidade (capacidade) de escolher entre o bem e o mal enquanto que a liberdade é o bom uso do livre arbítrio.
- Obs.: nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre arbítrio, pois depende sempre de como usa essa característica. Ex.: comprar, consumir, BBB, votaretc.
- O livre arbítrio está mais relacionado com a vontade, porém, a vontade é um ato ou ação e o livre arbítrio é uma faculdade. 
Exemplo: se uma pessoa segue a opinião corrente, sem indagar por sua validade, se ela segue os ditames do Estado no que diz respeito ao que este estima correto ou elogiável, ela pode, progressivamente, tornar-se uma “alma escrava”, incapaz de decidir por si mesma.
- Os bens do mundo são, por sua natureza, bens mutáveis, submetidos às mais diferentes transformações (prazeres da carne, da mesa, do poder etc.), mas que podem ser retirados do homem que os possuem.
- Contudo, o valor da liberdade subjetiva é o bem maior que não pode ser cerceado por uma força externa. 
- Estado-poder (força externa ao indivíduo) X Indivíduo (livre arbítrio).
*
Étiene de La Boétie (1530-1563) – Século XVI:
 O discurso da servidão voluntária.
- Os próprios homens que se fazem dominar, pois, caso quisessem sua liberdade de volta, precisariam apenas se rebelar para consegui-la. Mas os homens se sentem seguros sob o jugo de reis e príncipes.
- Os homens se sujeitam aos reis e príncipes por dois motivos: Força ou ilusão.
-Algumas características da dominação:
1 – Os tiranos buscam certa devoção dos dominados,
2 – Os súditos são usados uns contra os outros.
*
La Boétie:
 O discurso da servidão voluntária.
- Há três formas de chegar à tirania:
1 – por eleição (voto); 2 – por força das armas (golpe); 3 – pela hereditariedade (sangue, família). Assim, os príncipes e reis podem se tornar tiranos com as seguintes características: 1 – traidores; 2 – cruéis e sedentos de poder; 3 – se consideram proprietários dos governados.
Contudo, há sempre o tempo do despertar e do questionamento, segundo La Boétie. É quando o hábito é posto em suspeito.
Obs.: é interessante que quando uma pessoa pensa e age diferente da maioria, geralmente é afastada e criticada! Será que as pessoas querem sair da “zona de conforto”?
Como são vistas e tratadas as revoltas, manifestações etc. Será que não são indícios ou a negação da servidão voluntária?
Falta dinheiro para a saúde, educação etc. A Santa casa está em crise. E o dinheiro gasto com a copa? Olimpíadas? O retorno com o gasto dos turistas no país foi distribuído?
*
Santo Agostinho
La Boétie
Fonte:
ARANHA, M. L. A; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ªed. São Paulo: Ática, 2005.
LA BOÉTIE, Étienne de; CLASTRES, Pierre; LEFORT, Claude; CHAUI, Marilena. Discurso da servidão voluntária. 3a ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Santo Agostinho: Livre arbítrio.
*

Continue navegando