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Questões por TEMA: 
 
“O QUE É FILOSOFIA?” 
 
001. (UEL-2003) - “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, 
pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário 
único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse 
princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com 
boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta 
filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” 
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 
1990. p. 29.) 
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros 
filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o 
texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema 
por eles investigado. 
 
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. 
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. 
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos 
científicos. 
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da 
ordem do mundo. 
e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua 
legislação. 
 
002. (UEL-2004) “Mais que saber identificar a natureza das 
contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental 
perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de 
óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da 
tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser 
destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” 
(OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a invenção da filosofia. Campinas: 
Papirus, 2000. p. 24.) 
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que 
o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos. 
 
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos 
acontecimentos naturais. 
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser 
modificadas ou reformuladas. 
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse 
substituir a verdade imposta pela religião. 
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como 
fundamentos para o conhecimento. 
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da 
“proliferação de óticas” conflitantes entre si. 
 
003. (UEL-2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na 
Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus 
componentes, já contêm características essenciais da 
compreensão de mundo grega que, posteriormente, se 
revelaram importantes para o surgimento da filosofia. 
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se 
evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que 
nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos. 
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende 
movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu 
para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando 
o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico. 
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, 
devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos 
povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base 
religiosa. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
 
004. (UEL-2003) “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois 
foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário 
único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse 
princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com 
boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta 
filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.” 
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 
1990. p. 29.) 
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros 
filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o 
texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema 
por eles investigado. 
Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia: 
 
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na 
realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos. 
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, 
formulando hipóteses lógico-argumentativas. 
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer 
prova da existência de alguma força divina. 
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, 
graças à supremacia cultural dos gregos. 
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses 
endossadas pela força da tradição. 
 
 
005. (UEM) “Há efeitos de verdade que uma sociedade como a 
sociedade ocidental, e agora se pode dizer que a sociedade 
mundial, produz a cada instante. Produz-se verdade. Estas 
produções de verdade não podem ser dissociadas do poder e dos 
mecanismos de poder, ao mesmo tempo porque estes mecanismos 
de poder tornam possíveis essas produções de verdade, as 
induzem; e elas próprias são efeitos do poder que nos ligam, nos 
conectam.” 
(FOUCAULT, M. Poder e Saber In MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: 
SEED, 2009, p. 237). 
A partir do texto citado, assinale o que for correto. 
 
01) O poder induz à produção da verdade na medida em que 
estabelece os meios para obtê-la. 
02) Para o filósofo, o poder político é o único que pode produzir 
uma verdade científica. 
04) Os mecanismos de poder determinam a produção da 
verdade. 
08) Se a verdade é produzida pelas sociedades, então ela não 
é de fato verdade, já que foi elaborada para manipular e 
controlar politicamente. 
16) O filósofo destaca a íntima relação que há entre 
conhecimento científico e as formas de poder. 
 
006. (UEM) “O nascimento da filosofia pode ser entendido como 
o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar 
ao mito, que era a forma de pensar dos gregos. Uma visão de 
mundo que se formou de um conjunto de narrativas contadas de 
geração a geração [...]. Os mitos apresentavam uma religião 
politeísta, sem doutrina revelada, sem teoria escrita, isto é, um 
sistema religioso, sem corpo sacerdotal e sem livro sagrado, 
apenas concentrada na tradição oral, é isso que se entende por 
teogonia”. 
(Filosofia / vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 18). 
Sobre o surgimento da filosofia, assinale o que for correto. 
 
01) Na Grécia Antiga, o conhecimento dos mitos era transmitido 
pelos padres da Igreja. 
02) O livro do Gênesis repete o primeiro capítulo da Teogonia 
de Hesíodo, que trata da criação do mundo. 
04) A teogonia visa explicar a genealogia dos deuses e sua 
relação com os fenômenos do mundo. 
08) A oralidade constitui a forma privilegiada de transmissão 
do pensamento mítico. 
16) O mito representa uma forma de pensamento religioso 
contrário à racionalidade filosófica de Platão e dos filósofos 
pré-socráticos. 
 
009. (UEM) “Por volta de 700 a.C., com o surgimento do alfabeto, 
facilitando a linguagem escrita, teve início uma transformação 
cujas consequências se observam até os dias atuais. O relato oral 
foi perdendo a relevância exclusiva de antes, pois o texto escrito, 
que lentamente se difundia, falava por si mesmo e, para escutá-lo, 
o orador deixou de ser imprescindível. E a linguagem da reflexão 
foi gradativamente suplantando o papel antes desempenhado pelo 
relato oral dos acontecimentos: passou-se a perguntar ‘o que é a 
sabedoria?’, ‘o que é a coragem?’, sem recorrer aos exemplos de 
Ulisses ou Aquiles.” 
(ECHEVERRÍA, R. Ontología del lenguaje. In: COTRIN, G. Fundamentos da filosofia. São 
Paulo: Ed. Saraiva, 2006, p. 16). 
Sobre a afirmação acima e os conhecimentos sobre o surgimento 
da filosofia, assinale o que for correto. 
 
01) A prática da escrita, depois do surgimento do alfabeto, fez 
crescer a importância da retórica e da oratória. 
02) São representantes da oralidade as antigas formas de 
pensamento, marcadas pelas teogonias e pelas cosmogonias. 
04) Perguntas especulativas, como o que é a sabedoria e a 
coragem, são características da mitologia,formuladora de 
questões abstratas sobre o homem. 
08) As narrativas míticas encontram-se presentes na rapsódia 
dos poetas, representantes da cultura oral. 
16) Com o advento da escrita, a prática de narrativas lendárias 
ou míticas ganhou mais potencialidade. 
 
010. (UEM) “– Logo, a arte de imitar está muito afastada da 
verdade, sendo que por isso mesmo dá a impressão de poder fazer 
tudo, por só atingir parte mínima de cada coisa, simples simulacro. 
O pintor, digamos, é capaz de pintar um sapateiro, um carpinteiro 
ou qualquer outro artesão, sem conhecer absolutamente nada das 
respectivas profissões. No entanto, se for bom pintor, com o retrato 
de um carpinteiro, mostrado de longe, conseguirá enganar pelo 
menos crianças ou pessoas simples e levá-las a imaginar que se 
trata de um carpinteiro de verdade. – Como não? – Mas a meu 
ver, amigo, o que devemos pensar dessa gente é o seguinte: 
quando alguém nos anuncia que encontrou um indivíduo 
conhecedor de todas as profissões e de tudo o que se pode saber, 
e isso com a proficiência dos maiores especialistas, seremos levados 
a suspeitar que falamos com um tipo ingênuo e vítima, sem dúvida, 
de algum charlatão e imitador, e que se o tomou por sábio 
universal foi apenas pelo fato de ser incapaz de fazer a distinção 
entre o conhecimento, a ignorância e a imitação.” 
(PLATÃO. A República, Livro X. In: MARÇAL, J. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: 
SEED, 2009, p. 557-558). 
A partir do trecho citado e dos conhecimentos sobre a filosofia 
de Platão, assinale o que for correto. 
 
01) Para Platão, a reprodução de algo não comporta a 
Verdade desse algo, sua essência verdadeira. 
02) Para Platão, conhecer um objeto sensível implica tomar 
contato apenas com o simulacro dele. 
04) Para Platão, a reprodução de algo espelha uma parte do 
ser e não o que ele é verdadeiramente. 
08) Para Platão, a verdade de algo está para além de sua 
manifestação sensível. 
16) Para Platão, é impossível haver conhecimento de qualquer 
coisa. 
 
011. (UEM) “Mesmo que Sófocles tenha tomado do mito o enredo 
da história, as figuras lendárias apresentam-se com a face 
humanizada, agitam-se e questionam o destino. A todo momento 
emerge a força nova da vontade que se recusa a sucumbir aos 
desígnios divinos e tenta transcender o que lhe é dado, por meio 
de um ato de liberdade. [...] A tragédia consiste justamente em 
revelar a contradição entre determinismo e liberdade, na luta 
contra o destino levada a cabo pela pessoa que emerge como ser 
de vontade. [...] A tentativa de reflexão e de autoconhecimento 
retrata o logos nascente. Daí em diante a filosofia representará o 
esforço da razão em compreender o mundo e orientar a razão” 
(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4.ª ed. 
revisada. São Paulo: Moderna, 2009, p. 235). 
Com base no excerto acima, assinale o que for correto. 
 
01) A reflexão filosófica reelabora elementos disponíveis na 
sabedoria trágica. 
02) Ao tomar conhecimento da determinação divina, o herói 
trágico assume o destino e anula a sua liberdade. 
04) A tragédia de Sófocles reflete o valor do autoconhecimento 
do homem, a fim de orientar-se como ser de vontade. 
08) A tragédia inspira-se na herança mítica, de onde retira os 
nomes dos heróis e os acontecimentos de suas vidas. 
16) Mitologia, tragédia e filosofia se confundem, pois são 
experiências do pensamento humano em vias de explicar o 
mundo. 
 
012. (UEM) “A relação da filosofia com sua história não coincide, 
por exemplo, com a relação entre a ciência e sua história. Neste 
último caso, são duas coisas distintas: por um lado, a ciência e, por 
outro, o que foi a ciência, ou seja, sua história. São independentes; 
a ciência pode ser conhecida, cultivada e existir à parte da história 
do que foi. Na filosofia, o problema é ela mesma. [...] Há, 
portanto, uma inseparável conexão entre filosofia e história da 
filosofia. A filosofia é histórica, e sua história lhe pertence 
essencialmente. Por outro lado, a história da filosofia não é uma 
mera informação erudita a respeito das opiniões dos filósofos, e 
sim a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, 
portanto, com todo rigor, filosofia” 
(MARÍAS, Julián. História da filosofia. In: ARANHA, M. L. de A. Filosofar com textos: temas 
e história da filosofia. São Paulo: Moderna, 2012, p. 279). 
A partir do trecho citado, assinale o que for correto. 
 
01) A história da filosofia também é um objeto de reflexão 
filosófica. 
02) O passado da filosofia, sua história, não é uma coleção de 
ideias sem sentido filosófico. 
04) A investigação científica não necessita do conhecimento da 
história da ciência para ser verdadeira hoje. 
08) A filosofia é uma subárea da disciplina da história. 
16) Os conhecimentos passados se apresentam de modos 
diferentes para a ciência e para a filosofia. 
 
013. (UEM) “Entre o conhecimento comum e o conhecimento 
científico, a ruptura nos parece tão nítida que estes dois tipos de 
conhecimento não poderiam ter a mesma filosofia. O empirismo é 
a filosofia que convém ao conhecimento comum. O empirismo 
encontra aí sua raiz, suas provas, seu reconhecimento. Ao 
contrário, o conhecimento científico é solidário com o racionalismo 
e, quer se queira ou não, o racionalismo está ligado à ciência, o 
racionalismo reclama fins científicos. Pela atividade científica, o 
racionalismo conhece uma atividade dialética que prescreve uma 
extensão constante de métodos” 
(BACHELARD, G. A atualidade da história das Ciências. In: Filosofia, Curitiba: Seed-PR, 
2006, p. 241). 
A partir do trecho citado, assinale o que for correto. 
 
01) Segundo o filósofo, há duas formas de conhecimento, 
científico e comum, ambas válidas. 
02) O empirismo não pode ser considerado como filosofia. 
04) Para o filósofo, os conhecimentos científicos e comuns 
possuem bases filosóficas. 
08) O racionalismo apresenta-se, em geral, como um 
conhecimento mais científico em relação ao empirismo. 
16) As justificações do empirismo apoiam-se no conhecimento 
comum dos homens. 
 
014. (UEM) “O objeto da filosofia se constitui pelos problemas do 
presente e a história da filosofia só é importante à medida que 
pode contribuir para identificar como se construíram as relações 
presentes e quais os problemas deixados sem solução. A filosofia 
da práxis, além de uma teoria política revolucionária, também se 
apresenta como um método de abordagem do real, que possibilita 
entender que fazemos parte de um conjunto de estruturas que se 
articulam, muitas vezes de modo contraditório, gerando as 
condições materiais de existência, novas formas de vida e de 
modos de pensar que se produzem e reproduzem continuamente.” 
(MARÇAL, J. [org.] Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 262). 
Com base nessa citação e nos seus conhecimentos sobre filosofia 
da práxis, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia da práxis deve enfrentar, segundo esse modelo 
de filosofia, as contradições da existência. 
02) Os problemas do passado são insolúveis, pois apenas o 
presente importa para a filosofia. 
04) São efeitos do pensamento a renovação do mundo e o 
continuísmo, isto é, estado de coisas que permanece invariável 
ao longo do tempo. 
08) Valorizando a renovação praticada pelas ciências, a 
filosofia da práxis aproxima-se de Auguste Comte e dos ideais 
positivistas. 
16) O que torna a filosofia da práxis revolucionária é o seu teor 
metafísico, isto é, a preocupação com os problemas do ser e da 
aparência. 
 
015. (UEM) “Para referir-se à palavra e à linguagem, os gregos 
possuíam duas palavras: mythos e lógos. Diferentemente do 
mythos, lógos é uma síntese de três ideias: fala/palavra, 
pensamento/ideia e realidade/ser. Lógos é a palavra racional em 
que se exprime o pensamento que conhece o real. É discurso (ou 
seja, argumento e prova), pensamento (ou seja, raciocínio e 
demonstração) e realidade (ou seja, as coisas e os nexos e as 
ligações universais e necessárias entre os seres). [...]Essa dupla 
dimensão da linguagem (como mythos e lógos) explica por que, 
na sociedade ocidental, podemos comunicar-nos e interpretar o 
mundo sempre em dois registros contrários e opostos: o da palavra 
solene, mágica, religiosa, artística e o da palavra leiga, científica, 
técnica, puramente racional e conceitual.” 
(CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2011, p. 187-188). 
A partir do texto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
 
01) O mythos é uma linguagem que comunica saberes e 
conhecimentos. 
02) As coisas próprias do domínio religioso são inefáveis, ou 
seja, não podem ser pronunciadas e ditas pela linguagem 
humana. 
04) O mythos não possui o mesmo poder de convencimento e de 
persuasão que o lógos. 
08) O lógos é, ao mesmo tempo, o exercício da razão e sua 
enunciação para os seres humanos. 
16) O lógos é muito mais do que a palavra, é a expressão das 
qualidades essenciais do ser, a possibilidade de conhecer as 
coisas nos seus fundamentos primeiros. 
 
016. (UEM) “A filosofia procura explicar tanto a ordem do real 
como a posição do homem nessa ordem (o que para nós é o bem 
e o mal) sem o recurso a nenhum mistério e nenhuma 
arbitrariedade. Isso significa encontrar o porquê do real, do bem 
e do mal sem ter que apelar para a opinião dos outros, à própria 
opinião ou mesmo à própria experiência, se elas forem insuficientes 
para mostrar as razões de aceitarmos nossos julgamentos. Apenas 
serão aceitos como filosóficos os julgamentos fundados na 
experiência suficiente para demonstrarmos o que julgamos, na 
razão ou, enfim, na compreensão intelectual daquilo que 
julgamos.” 
(MARÇAL, J. (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p.193-4) 
Sobre o excerto citado e seus conhecimentos sobre o 
racionalismo, assinale o que for correto. 
 
01) A reflexão sobre o bem e o mal não pertence à filosofia, 
mas ao domínio da religião e do misticismo popular, que 
justificam a crença em Deus e no transcendente. 
02) A filosofia é o produto de uma tentativa de explicação 
intelectual do pensamento de Deus, a partir do qual o homem e 
o mundo empírico são desconsiderados. 
04) A matemática, naquilo que depende exclusivamente da 
razão e da percepção sensível sob o controle do entendimento, 
é um exemplo de operação intelectual que serve de modelo ao 
racionalismo. 
08) Cada um, por si mesmo, deve ser capaz de alcançar, 
racional e livremente, os motivos pelos quais acredita em algo, 
sem apelo a qualquer constrangimento externo. 
16) A filosofia é uma forma de discurso que evita a 
arbitrariedade, devendo trazer em si mesma o argumento ou a 
prova de sua validade. 
 
017. (UEM) “A razão especulativa, porém, embora não possa 
conhecer o ser em si – abstrato, que não se oferece à experiência 
e aos sentidos –, pode pensá-lo e coloca problemas que só serão 
resolvidos no âmbito da razão prática, isto é, no campo da ação 
e da moral. Ou seja, embora Deus, a liberdade e a imortalidade 
não possam ser conhecidos (agnosticismo) por não terem uma 
matéria que se ofereça à experiência sensível, nem por isso têm sua 
existência negada.” 
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3ª. ed. rev. São Paulo: Moderna, 
2005, p. 115) 
Sobre o excerto citado, assinale o que for correto. 
 
01) Razão especulativa e razão prática se ocupam dos mesmos 
objetos. 
02) Nem tudo o que existe pode ser matéria de conhecimento. 
04) A razão prática ocupa-se da moral. 
08) O conhecimento é da ordem do sensível. 
16) A razão prática se confunde com o agnosticismo. 
 
018. (UEM) “Mais que um saber, a filosofia é uma atitude diante 
da vida, tanto no dia a dia como nas situações-limite, que exigem 
decisões cruciais. Por isso, no seu encontro com a tradição 
filosófica, é preferível não recebê-la passivamente como um 
produto, como algo acabado, mas compreendê-la como processo, 
reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade.” 
(ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª. ed. São 
Paulo: Moderna, 2009, p.20) 
Com base no excerto citado, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia é uma forma de conhecimento que questiona a 
realidade. 
02) A filosofia é um saber teórico, não pragmático, que 
desconsidera a aplicação prática. 
04) A filosofia é uma experiência de vida que responde às 
questões fundamentais da existência. 
08) A filosofia não pode ser reaberta ou discutida, pois os 
filósofos já morreram. 
16) A filosofia é uma ideologia, pois não se ocupa com o debate 
político. 
 
019. (UEM) Aranha e Martins (2005) definem o senso comum 
como o “primeiro olhar sobre o mundo, ainda não-crítico, a partir 
do qual as pessoas participam de uma comunhão de ideias e 
realizam as expectativas de comportamento dos grupos sociais 
a que pertencem.” 
(ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 
2005, p.144). 
Sobre o senso comum, assinale o que for correto. 
 
01) O senso comum é um conjunto de ideias cuja finalidade é a 
crítica ao saber estabelecido. 
02) O senso comum é um conjunto de ideias e práticas cegas e 
incompatíveis com a verdade. 
04) Ao ser definido como o primeiro olhar, o senso comum é um 
saber metafísico das causas e dos primeiros princípios. 
08) Todos os homens, intelectuais e analfabetos, participam do 
senso comum. 
16) O senso comum confunde-se com as ideologias de uma classe 
ou de um grupo social. 
 
020. (UEM) “Perguntar e buscar é precisamente a raiz de toda a 
atividade do homem: o compreender, decidir e fazer humanos 
supõem a função ontologicamente prévia do perguntar, isto é, têm 
a estrutura de resposta a uma questão (teórica ou prática). O 
homem torna tudo questionável: o seu perguntar não pode terminar 
nem se esgotar. Esta constatação experiencial mostra que o 
perguntar ilimitado constitui a dimensão ontológica fundamental 
do homem.” 
(ALFARO, J. O prazer de pensar. In: ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de 
filosofia. 3.ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p.18). 
Sobre o texto e a interrogação filosófica, assinale o que for 
correto. 
 
01) A interrogação esgota-se com o tempo. 
02) A função da filosofia é interrogar. 
04) Uma interrogação fundamenta uma ação. 
08) A filosofia não tem utilidade prática. 
16) A ontologia diz respeito ao ser. 
 
021. (UEM) “O que é um filósofo? É alguém que pratica a filosofia, 
em outras palavras, que se serve da razão para tentar pensar o 
mundo e sua própria vida, a fim de se aproximar da sabedoria ou 
da felicidade. E isso se aprende na escola? Tem de ser apreendido, 
já que ninguém nasce filósofo e já que filosofia é, antes de mais 
nada, um trabalho. Tanto melhor, se ele começar na escola. O 
importante é começar, e não parar mais. Nunca é cedo demais nem 
tarde demais para filosofar, dizia Epicuro [...]. Digamos que só é 
tarde demais quando já não é possível pensar de modo algum. 
Pode acontecer. Mais um motivo para filosofar sem mais tardar” 
(COMPTESPONVILLE, André. Dicionário Filosófico. Apud ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; 
MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª. ed. revista. São 
Paulo: Ed. Moderna, 2009. p.15). 
A partir dessas considerações, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia é uma atividade que segue a via pedagógica de 
uma prática escolar, já que não pode ser apreendida fora da 
escola. 
02) O enunciado relaciona a filosofia com o ato de pensar. 
04) O enunciado contradiz a motivação filosófica contida na 
seguinte afirmativa de Aristóteles: “Todos os homens têm, por 
natureza, desejo de conhecer”. 
08) Para André Compte-Sponville, quanto antes e com mais 
intensidade nos dedicarmos à filosofia, mais cedo estaremos 
livres dela, pois todo assunto se esgota. 
16) A citação do texto afirma que sempre é tarde para começar 
a filosofar, razão pela qual a filosofia é uma prática da 
maturidade científica e o coroamento das ciências. 
 
022. (UEM) “A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados 
e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicaçõesque 
a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar 
respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres 
humanos, os acontecimentos materiais e as ações dos seres 
humanos podem ser conhecidos pela razão humana”. 
(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2011. p.32). 
Considerando o exposto, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia surgiu na Grécia durante o séc. VI a. C.. Apesar 
de seu nascimento ser considerado o “milagre grego”, é 
conhecida a frequentação de Atenas por outros sábios que 
viveram no século VI a.C., como Confúcio e Lao Tse (provenientes 
da China), Buda (proveniente da Índia) e Zaratustra (proveniente 
da Pérsia), fazendo da filosofia grega uma espécie de 
comunhão dos saberes da antiguidade. 
02) O surgimento da filosofia é coetâneo ao advento da pólis 
(cidade). Novas estruturas sociais e políticas permitiram o 
desenvolvimento de formas de racionalidade, modificadoras da 
prática do mito. 
04) Por serem os únicos filósofos a praticar a retórica, os sofistas 
representam, indiscutivelmente, o ponto mais alto da filosofia 
clássica grega (séculos V e IV a.C.), ultrapassando Sócrates, 
Platão e Aristóteles. 
08) Filósofo é aquele que busca certezas sem garantias de 
possuí-las efetivamente. Por essa razão, o filósofo deseja o 
conhecimento do mundo e das práticas humanas por meio de 
critérios aproximativos e compartilhados (de aceitação comum), 
através do debate. 
16) A atividade filosófica pode ser definida, entre outras 
habilidades, pela capacidade de generalização e produção de 
conceitos, encontrando, sob a multiplicidade de objetos do 
mundo, relações de semelhança e de identidade. 
 
023. (UEM) “Quando não há problemas, não pensamos, só 
usufruímos. Lembra-se da afirmação de Fernando Pessoa? 
[Pensar é estar doente dos olhos.] Se nossos olhos são bons, nem 
sequer nos lembramos disso: gastamos nossas energias 
usufruindo o que vemos. Não nos lembramos de sapatos 
confortáveis, mas eles se tornam o centro de nossa atenção 
quando apertam um calo. Pensamos quando nossa ação foi 
interrompida. O pensamento é, em seu momento inicial, uma 
tomada de consciência de que a ação foi interrompida: este é o 
problema. Tudo o que se segue tem por objetivo a resolução do 
problema, para que a ação continue como antes” 
(ALVES, Rubens. Filosofia da ciência. São Paulo: Loyola, 2000, p.34). 
Sobre essa reflexão, assinale o que for correto. 
 
01) Segundo o texto, o pensamento é uma prática intelectual 
que requer a saúde do corpo: não pensamos quando estamos 
inquietos ou precisando de algo. 
02) O movimento esquemático proposto pelo texto é: a) repouso; 
b) problema; c) pensamento; d) repouso. 
04) A frase “pensamos quando nossa ação foi interrompida”, no 
texto, significa que a ação de pensar está proibida e distorcida 
por obstáculos e impedimentos à prática do pensamento. 
08) Segundo o texto, todo o pensamento visa a resolver um 
problema. 
16) Segundo o texto, o pensamento é uma reação espontânea 
contra a preguiça e o descompromisso diante da vida. 
 
024. (UEM) “Ao instaurar a ruptura entre mythos [mito] e lógos 
[razão], a cultura ocidental provocou um acontecimento 
desconhecido em outras culturas: o conflito entre a fé e a razão, 
que se manifestou desde muito cedo, já na Grécia antiga”. 
(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2011. p.332). 
Sobre as relações entre fé e razão, assinale o que for correto. 
 
01) Para enfrentar os questionamentos que a filosofia, através 
da razão, impõe à fé, a religião elabora uma ciência do 
conhecimento de Deus, isto é, a teologia, segundo a qual o 
conhecimento de Deus ocorre por meio da razão. 
02) Ludwig Feuerbach considerou a religião como uma 
expressão da essência transcendental do homem, todavia, 
condenou a teologia que, segundo ele, deve ser substituída por 
uma antropologia da religião. 
04) Santo Agostinho considera a fé e a graça como os únicos 
meios de aproximar-se de Deus e condena a teologia pela 
prepotência em querer conhecê-lo através da razão. 
08) O deísmo é uma reação à religião revelada. Afirma a 
existência de um Deus, cujo caráter é uma força, uma energia 
inteligente, imanente à natureza e que pode ser conhecido pela 
razão. 
16) Epicuro considerou que a religião não passa de uma 
fabulação ilusória que os homens criaram por medo da morte e 
das forças da natureza. 
 
025. (UEM) Diferenciam-se, na Filosofia, os juízos de 
conhecimento e os juízos de valor. Os primeiros qualificam os 
seres em suas propriedades objetivas, enquanto os segundos 
revelam as relações estabelecidas entre os seres a partir de um 
sujeito que julga. Sobre os juízos de conhecimento e os juízos de 
valor, assinale o que for correto. 
 
01) Uma proposição do tipo “A caneta é azul” é um juízo de 
conhecimento. Uma proposição do tipo “A caneta é ruim, pois 
falha muito” é um juízo de valor. 
02) A temática dos valores considera, de maneira notável, os 
juízos morais (realidade do dever ser) e os juízos estéticos 
(realidade dos sentimentos em relação aos objetos belos). 
04) Enquanto a moral é o conjunto de regras de conduta 
admitidas em determinada época por um grupo de pessoas, a 
ética é a parte da Filosofia que se ocupa da reflexão sobre a 
moral. 
08) Juízos de conhecimento, assim como juízos de gosto, são 
relativos à vontade dos indivíduos e não podem encontrar, por 
isso, fundamento racional que lhes dê estatuto universal e 
coletivo. 
16) Para o existencialismo, os juízos morais são indiscutíveis, 
razão pela qual se devem aceitar os padrões de conduta sem 
julgamento pessoal ou segundo as particularidades dos 
indivíduos. 
 
026. (UEM) A Filosofia existe há mais de 26 séculos. Nessa 
história tão longa e de períodos diferentes, surgiram temas, 
disciplinas e campos de investigação específicos. Sobre os 
diversos campos de atuação da Filosofia, assinale o que for 
correto. 
 
01) Chama-se metafísica o conhecimento das causas e primeiros 
princípios de toda a realidade, de todos os seres. 
02) A epistemologia (do grego episteme, “ciência”) estuda as 
relações de poder existentes entre as esferas pública e privada. 
Por essa razão, o debate epistemológico vale-se da psicologia 
social do imaginário, que lhe confere um estatuto intermediário 
entre a ciência e a filosofia. 
04) A filosofia da história tem por objeto a exegese dos mitos, 
sua participação no divino, o discurso dos trágicos e a história 
das narrativas que deram origem ao mundo. 
08) Chama-se filosofia analítica a corrente filosófica que se 
interessa pelas regras e modos de funcionamento da linguagem. 
Seu início é atribuído a Ludwig Wittgenstein. 
16) Chama-se estética o debate filosófico em torno da 
moralidade das obras de arte e da eticidade do artista. Para o 
campo da estética, recorre-se à filosofia moral e à ética, sem as 
quais ela perde a especificidade e o rigor metodológico. 
 
027. (UEM) Na história da Filosofia, encontramos a expressão 
de diferentes tipos de debate que discutem a relação entre 
saber e poder. Sobre essa relação de conceitos, assinale o que 
for correto. 
 
01) Na obra O príncipe, Maquiavel critica os “profetas 
desarmados”, isto é, os homens que, sem nenhum poder e 
conhecimento da realidade política, imaginam formas ideais de 
governo. 
02) Michel Foucault considera que o poder como dominação 
exercida pelos homens, nas relações sociais, é consequência da 
ignorância e que o saber adquirido pela educação é o meio 
capaz de libertar os homens da opressão mútua. 
04) Francis Bacon critica a Filosofia clássica grega porque ela 
desenvolveu um saber meramente contemplativo. Para Francis 
Bacon, o saber deve traduzir-se em poder sobre a natureza, 
além de trazer aos homens bens úteis, capazes de melhorar a 
existência. 
08) Friedrich Nietzsche segue a tradição socrática e considera o 
homem bom e nobre aquele que for capaz de dominar a 
vontade de potência, submetendo-a, com sabedoria, às 
exigências da razão. 
16) Para Karl Marx, o saber da burguesia é umaideologia, pois 
sua função é ocultar a realidade com o intuito de exercer e 
conservar um poder classista. 
 
028. (UEM) “Hipótese (etimologicamente, hypó, ‘debaixo de’, 
‘sob’, e thésis, ‘proposição’) é o que ‘está’ sob a tese, o que está 
suposto. A hipótese é a explicação provisória dos fenômenos 
observados, a interpretação antecipada que deverá ser ou não 
confirmada.” 
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São 
Paulo: Moderna, 2003, p. 186. 
Sobre a metodologia hipotética da investigação científica, 
assinale o que for correto. 
 
01) Na pesquisa científica, a construção de hipóteses é um 
processo heurístico, de invenção e descoberta. 
02) O raciocínio é dito hipotético-dedutivo quando a 
comprovação empírica da hipótese é retirada dos efeitos ou das 
consequências de uma teoria científica. 
04) Os critérios para julgar o valor ou a aceitabilidade das 
hipóteses são: a relevância, a possibilidade de ser submetida a 
testes e a compatibilidade com outras hipóteses já confirmadas. 
08) O axioma é uma hipótese que tem grande probabilidade 
de ser comprovada pela observação de experiências empíricas. 
16) As teorias científicas não podem conter hipóteses, pois são 
compostas de teoremas, isto é, de proposições não sujeitas à 
demonstração. 
 
029. (UEM) “Na cultura da chamada sociedade ocidental, a 
palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra ratio e a 
palavra grega lógos. Essas duas palavras são substantivos 
derivados de dois verbos que têm um sentido muito parecido em 
latim e em grego. Lógos vem do verbo legein, que quer dizer 
contar, reunir, juntar, calcular. Ratio vem do verbo reor, que quer 
dizer contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular.” 
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005, p. 61-62. 
Sobre os conceitos de lógos e ratio, assinale o que for correto. 
 
01) Uma das diferenças entre lógos e ratio é que a primeira é 
uma atividade intelectual sintética, e a segunda, uma atividade 
intelectual analítica. 
02) A ratio não se opõe à revelação, por isso os filósofos cristãos 
não distinguem a luz natural – a razão – da luz sobrenatural – 
a revelação. 
04) A Filosofia grega da antiguidade clássica não conheceu o 
pensamento conceitual, pois o lógos representava o mundo 
apenas por meio de ideias. 
08) A ratio é superior ao lógos, pois ela é composta de princípios 
lógicos, como o da não contradição, o do terceiro excluído e o 
da identidade, desconhecidos pelo lógos. 
16) O desenvolvimento do lógos participou do processo de 
secularização da sociedade e da cultura da antiguidade clássica 
grega. Além disso, o desenvolvimento da ratio desempenhou um 
papel significativo no processo de secularização, advindo com o 
período histórico chamado de modernidade na cultura ocidental. 
 
030. (UEM) A faculdade de imaginar tem, na história da 
Filosofia, diferentes acepções. Para os intelectualistas, é uma 
forma enfraquecida da percepção e, por isso, deformadora da 
realidade. Para o Romantismo alemão, ao contrário, é a 
faculdade artística por excelência, colocada acima da razão e 
do entendimento. Com base na afirmação acima, assinale o que 
for correto. 
 
01) Para Sartre, a imaginação tem uma função irrealizadora, 
isto é, ela apresenta objetos ausentes, fazendo da consciência 
intencional uma consciência imaginante. 
02) Na obra Crítica da razão pura, de Immanuel Kant, a função 
da imaginação é fornecer uma imagem a um conceito, razão 
pela qual a imaginação tem um papel formal no conhecimento. 
04) Gaston Bachelard desprezou o papel da imaginação 
criadora, pois, fundamentalmente, o mundo deve ser objeto da 
experiência empírica. 
08) Através da literatura e das artes cênicas, a experiência 
artística não se vale do papel produtivo da imaginação, já que 
utiliza exclusivamente a gramática da linguagem, os conceitos e 
a razão prática instrumental. 
16) Destaca-se, nas teorias da imaginação, a relação da 
imagem com a analogia, isto é, a produção da semelhança no 
dessemelhante, tal como ocorre nas metáforas. 
 
031. (UEM) Segundo Marilena Chauí, a metafísica consiste na 
construção de um sistema teórico a partir da investigação 
filosófica em torno de uma pergunta fundamental: “O que é?”. 
(CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005, p. 180). 
Com base na afirmação acima, assinale o que for correto. 
 
01) David Hume, na obra Investigação sobre o entendimento 
humano, afirma que os tratados de metafísica deveriam ser 
lançados ao fogo, pois são compêndios de sofismas e ilusões. 
02) O nome “metafísica” (meta: “depois”, “após” + tà physica: 
“aqueles da física”) surge por acaso. Andrônico de Rodes 
organizou as obras de Aristóteles sobre o tema, colocando-as 
depois dos tratados de Física ou da natureza. 
04) Para Aristóteles, os livros de metafísica eram denominados 
de escritos de Filosofia primeira. 
08) No séc. XVII, Jacobus Thomasius considerou que a palavra 
correta para designar os estudos de metafísica deveria ser 
“ontologia”. 
16) Contemporaneamente, o estudo das essências e das causas 
primeiras de todas as coisas é chamado de holismo hiperbólico 
dos entes. 
 
032. (UEM) O que caracteriza a filosofia é a coragem para 
enfrentar a tradição irrefletida, o distanciamento dos problemas 
imediatos da vida, a procura pela unidade do saber em face à 
pluralidade das ciências, a crítica da cultura e das ideologias, 
assegurando a racionalidade e a reflexão crítica. Sobre o 
exposto, assinale o que for correto. 
 
01) Sócrates, no seu trabalho de maiêutica e ironia, enfrentou a 
sociedade do seu tempo e obteve a pena máxima, condenado 
a tomar cicuta. 
02) Filósofo é aquele que pergunta e que transforma as 
respostas em perguntas, porque nenhum saber é eterno e isento 
de críticas em seus fundamentos. 
04) A reflexão filosófica, por ser racional e abstrata, não tem 
aplicação prática, reproduzindo eternamente as mesmas 
perguntas sem sentido. 
08) Com as teses do materialismo histórico de Karl Marx, a 
filosofia perdeu sua vocação prática de transformar a 
realidade e ficou ainda mais isolada, condenada à sala de aula 
e ao círculo dos intelectuais. 
16) Mais do que um saber teórico, a filosofia é uma atitude e 
um modo de vida, pois não se trata de acumular verdades, mas 
radicalizar a dúvida e a insatisfação diante dos problemas 
fundamentais da existência. 
 
033. (UEM) “Dizer que as indagações filosóficas são sistemáticas 
significa dizer que a Filosofia trabalha com enunciados precisos e 
rigorosos, busca encadeamentos lógicos entre os enunciados, 
opera com conceitos ou ideias obtidos por procedimentos de 
demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é 
enunciado e pensado.” 
(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2008, p. 21). 
Assinale o que for correto. 
 
01) A concepção de mundo de um povo, de uma cultura, de uma 
civilização com seu conjunto de ideias, de valores e de práticas 
pelas quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e 
a si mesma deve ser considerada como filosofia. 
02) Pela fé, a religião aceita princípios indemonstráveis e até 
mesmo aqueles que podem ser considerados irracionais pelo 
pensamento, enquanto a filosofia não admite 
indemonstrabilidade e irracionalidade de coisa alguma. Pelo 
contrário, o pensamento filosófico procura explicar e 
compreender mesmo o que parece ser irracional e 
inquestionável. 
04) Como fundamento teórico e crítico, a filosofia ocupa-se com 
os princípios, as causas e as condições do conhecimento que 
pretende ser racional e verdadeiro, com a origem, a forma e o 
conteúdo dos valores éticos, políticos, religiosos, artísticos e 
culturais. 
08) A filosofia é útil, pois permite superar, pela análise e pela 
reflexão crítica, a ingenuidade e os preconceitos do senso comum 
e oferece a possibilidade de libertar o homem das ideias 
despóticas que o subjugam a um poder dominante e ilegítimo. 
16) A filosofia é exclusivamente teórica, isto é, contemplativa,por ser incapaz de incorporar, nos seus procedimentos 
metodológicos, a observação e a experimentação. 
 
034. (UEM) O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras 
vezes, postos sob suspeita. Uma visão acerca do filósofo é que 
ele divaga e perde-se em reflexões sobre questões abstratas 
que nada têm a ver com o cotidiano das pessoas. Em relação à 
natureza e à finalidade da filosofia, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia é, em termos gerais, um esforço intelectual para 
se interpretar o mundo e os eventos que nele se passam, 
compreender o próprio homem e iluminar o agir que do homem 
se espera. 
02) O termo filosofia foi utilizado durante vários séculos como 
nome geral para diferentes ramos do saber, como matemática, 
geometria, astronomia; isso muda a partir do século XVII com a 
revolução metodológica iniciada por Galileu e com o 
estabelecimento das ciências particulares pela delimitação de 
campos específicos de pesquisa. 
04) Refletir sobre os valores, sobre os conceitos como liberdade 
e virtude faz parte da atividade do filósofo. Nessa medida, a 
filosofia apresenta-se como uma sabedoria prática que auxilia 
na orientação da vida moral e política, proporcionando o bem 
viver. 
08) É consenso entre os cientistas que, porque na investigação 
filosófica o filósofo não verifica suas hipóteses, baseando-se na 
observação empírica, a filosofia não contribui para o progresso 
do conhecimento. 
16) A história da filosofia constitui-se de teorias que se 
contradizem. Os filósofos discordam de tudo e uns dos outros, de 
modo que o pensamento crítico próprio da filosofia consiste em 
pôr em dúvida toda afirmação, jamais chegando a conclusões. 
 
HISTÓRIA DA FILOSOFIA (ANTIGA): 
 
035. (UEM) “A ciência grega [...] não constituiu uma tecnologia 
verdadeira porque não aperfeiçoou a física. Mas por que, ainda 
uma vez, ela não o fez? Pelo que parece, porque não procurou 
fazê-lo. E isso, sem dúvida, porque ela acreditava que não era 
factível. De fato, fazer a física no nosso sentido do termo – e não 
naquele dado a esse vocábulo por Aristóteles – quer dizer aplicar 
ao real as noções rígidas, exatas e precisas das matemáticas, e, 
antes de tudo, da geometria. Uma tarefa paradoxal, caso 
houvesse, porque a realidade, aquela da vida cotidiana, no meio 
da qual nós vivemos, não é matemática. Nem mesmo 
matematizável.” 
(KOYRÉ, A. Du monde de l’àpeuprès à l’univers de la précision. In ARANHA, M. Filosofar 
com textos: temas e história da filosofia, São Paulo: Moderna, 2012, p. 176). 
A partir do texto citado, é correto afirmar: 
 
01) Para os filósofos gregos, na vida cotidiana não se faziam 
necessários conhecimentos matemáticos. 
02) Os filósofos gregos desconheciam a matemática e por isso 
foram incapazes de produzir conhecimentos físicos. 
04) O conhecimento físico em nossos dias pressupõe um 
conhecimento matemático em razão da ciência moderna ser 
matematizável. 
08) A física aristotélica buscava uma explicação racional do 
mundo sem recorrer à fundamentação matemática. 
16) A matematização da ciência moderna é resultado de sua 
exigência por rigor e precisão, algo inerente a esse tipo de 
conhecimento. 
 
036. (UEL-2003) “Você está acompanhando, Sofia? E agora vem 
Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e imutável na 
natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na 
sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de 
uma mesma coisa. Ele tentava entender uma ‘realidade’ que fosse 
eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos 
existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais 
bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente 
por isso nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não 
se interessam muito por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles 
tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, ‘eternamente 
belo’ e ’eternamente bom’.” 
(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia 
das Letras, 1995. p. 98.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias 
de Platão, assinale a alternativa correta. 
 
a) Para Platão, o mundo das ideias é o mundo do “eternamente 
verdadeiro”, “eternamente belo” e “eternamente bom” e é 
distinto do mundo sensível no qual vivemos. 
b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido 
diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das 
coisas. 
c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter ideias 
verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a 
moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão. 
d) Para Platão, as ideias sobre a natureza, a moral e a 
sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes 
opiniões das pessoas. 
e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as 
coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as 
mais importantes. 
 
037. (UEL-2004) “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo 
invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja 
natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um 
universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as 
partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em 
jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma 
potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, 
diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à 
inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de 
maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo 
seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela 
mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” 
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da 
Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.) 
Com base no texto, assinale a alternativa correta. 
 
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso 
compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no 
momento original. 
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a 
aceitação de elementos sobrenaturais. 
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres 
naturais têm uma explicação natural e esta pode ser 
compreendida racionalmente. 
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos 
naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além 
da capacidade humana. 
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma 
multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações 
podem ser racionalmente compreendidas. 
 
038. (UEL-2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando 
existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam 
cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, 
corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas 
mesmas espécies. 
- É verdade. 
- Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua 
alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas 
qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. 
(PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação 
Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em 
Platão, é correto afirmar: 
 
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por 
benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem 
invisíveis aos olhos dos outros. 
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de 
direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos 
os seres humanos, homens e mulheres. 
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o 
qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com 
os seus interesses e pune a quem lhe desobedece. 
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem 
na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo 
independente das circunstâncias externas. 
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos 
demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem 
uma velhice feliz. 
 
039. (UEM) “O prazer é o início e ofim de uma vida feliz. Com 
efeito, nós o identificamos com o bem primeiro e inerente ao ser 
humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa, e 
a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção 
entre prazer e dor. Embora o prazer seja nosso bem primeiro e 
inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em 
que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o 
mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos 
sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier 
depois de suportarmos essas dores por muito tempo.” 
(EPICURO. Carta sobre a felicidade. In ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. 
Filosofando. São Paulo: Moderna, 2009, p. 251). 
A partir desta citação de Epicuro, assinale o que for correto. 
 
01) Felicidade e infelicidade são estabelecidas pelos efeitos do 
prazer e da dor. 
02) O sentimento de prazer é inato à natureza humana. 
04) Epicuro defende o prazer sem medidas. 
08) O prazer corporal é um mal causado pelo pecado original. 
16) O hedonismo de Epicuro não é imediatista, mas moderado. 
 
040. (UEM) “É pois com direito que a filosofia é também chamada 
a ciência da verdade: o fim da [ciência] especulativa é, com efeito, 
a verdade, e o da [ciência] prática, a ação; porque, se os práticos 
consideram o como, não consideram o eterno, mas o relativo e o 
presente. E nós não conhecemos o verdadeiro sem [conhecer] a 
causa.” 
(ARISTÓTELES, Metafísica (L. II, cap. 1). Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 
1979, p. 39-40). 
A partir do texto citado, assinale o que for correto. 
 
01) Para Aristóteles, a verdade deve ser eterna e imutável. 
02) Segundo Aristóteles, a filosofia é a única ciência verdadeira. 
04) Conhecer a causa de uma ação é conhecer a sua verdade. 
08) Para Aristóteles, a verdade de algo se conhece por meio 
das causas desse algo. 
16) Para Aristóteles, a ciência prática volta suas atenções para 
como as coisas estão dispostas e não para as causas destas. 
 
041. (UEM) “[...] quanto à excelência moral, ela é o produto do 
hábito. [...] É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas 
de excelência moral se constitui em nós por natureza, pois nada 
que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito. [...] 
Portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza a 
excelência moral é engendrada em nós, mas a natureza nos dá a 
capacidade de recebê-la, e esta capacidade se aperfeiçoa com o 
hábito”. 
(ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco in MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2007, p. 53). 
A partir do texto citado, assinale o que for correto. 
 
01) Segundo Aristóteles, alguém que nasce com falta de 
moralidade não poderá alterar essa condição de sua 
personalidade. 
02) Segundo Aristóteles, o hábito significa a repetição de ações 
morais, com vista a seu aperfeiçoamento. 
04) Segundo Aristóteles, as pessoas já nascem com excelências 
morais, isso é algo inato. 
08) Segundo Aristóteles, a excelência moral é algo que os 
indivíduos podem ou não adquirir. 
16) Segundo Aristóteles, todos os seres humanos possuem a 
capacidade de se aperfeiçoar moralmente. 
 
042. (UEL-2003) “Embora nosso pensamento pareça possuir esta 
liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais 
minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito 
reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a 
faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os 
materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela 
experiência.” 
(HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex. São 
Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36. Coleção Os Pensadores.) 
De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume: 
 
a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites 
muito reduzidos. 
b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos 
sentidos e pela experiência. 
c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colaboração dos 
sentidos e da experiência. 
d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela 
liberdade ilimitada do pensamento. 
e) Para formar as ideias, o pensamento descarta os materiais 
fornecidos pelos sentidos. 
 
043. (UEM) A história da filosofia possui momentos distintos 
(antiga, medieval, moderna e contemporânea), que marcam, de 
forma genérica, temáticas distintas (ser, razão, verdade, 
linguagem etc.) e escolas distintas (sofística, patrística, 
escolástica, fenomenologia, filosofia analítica etc.). Assinale, 
segundo os conceitos bases da tradição filosófica, o que for 
correto. 
 
01) Chamamos de sofistas os filósofos cuja interlocução com 
Sócrates, Platão e Aristóteles é marcada pelo debate de ideias 
políticas e metafísicas. 
02) Chamamos de pré-socráticos os filósofos preocupados com 
o princípio unificador da realidade. 
04) Chamamos de fenomenologia a tradição empírico-
racionalista que estuda a teoria das quatro causas: formal, 
material, eficiente e final. 
08) Chamamos de patrística a filosofia de influência 
neoplatônica que surgiu a partir do século II com os Padres da 
Igreja, responsável pela formulação da base filosófica da 
doutrina cristã. 
16) Chamamos de flovística a escola de Siracusa (Magna-
Grécia) que toma como ponto de partida os ensinamentos de 
Pirro de Élis. 
 
044. (UEL-2003) “Para concluir, acho que só há um caminho para 
a ciência – ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua 
beleza e apaixonarmo-nos por ele; casarmo-nos com ele, até que 
a morte nos separe – a não ser que encontremos outro problema 
ainda mais fascinante, ou a não ser que obtenhamos uma solução. 
Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos descobrir, 
para nossa satisfação, a existência de toda uma família de 
encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas filhos, para 
cujo bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, 
até ao fim dos nossos dias.” 
(POPPER, Karl. O Realismo e o objetivo da ciência. Trad. de Nuno Ferreira da Fonseca. 
Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997. p. 42.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre epistemologia, 
assinale a alternativa correta. 
 
a) Para a ciência e a filosofia, a solução dos problemas que elas 
mesmas propõem é um objetivo inatingível. 
b) Os problemas, filosóficos ou científicos, são prejudiciais à 
investigação. 
c) Para a investigação científica, ou filosófica, é irrelevante a 
existência de problemas. 
d) A ciência e a filosofia investigam problemas que constituem 
para elas o elemento motivador de suas próprias atividades. 
e) A ciência e a filosofia investigam problemas que não têm 
relação com a realidade. 
 
045. (UEM) “É, pois, com direito que a filosofia é também chamada 
a ciência da verdade: o fim da [ciência] especulativa é, com efeito, 
a verdade, e o da [ciência] prática, a ação; porque, se os práticos 
consideram o como, não consideram o eterno, mas o relativo e o 
presente. E nós não conhecemos o verdadeiro sem [conhecer] a 
causa.” 
(ARISTÓTELES, Metafísica, livro II, cap. I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 39-40). 
A partir do texto é correto afirmar que: 
 
01) Aristóteles diferencia a ciência especulativa da ciência 
prática. 
02) A ciência prática volta-se para conhecer as coisas relativas 
à ação humana. 
04) A ciência especulativa busca conhecer como as coisas são, 
sua condição presente, sua relação. 
08) Para Aristóteles, conhecer verdadeiramente algo é conhecer 
a sua causa. 
16) Para Aristóteles a verdade é eterna e imutável. 
 
046. (UEM) “[...] Talvez alguém diga: ‘Sócrates, será que você não 
pode ir embora, nos deixar em paz e ficar quieto, calado?’ Ora, 
eis a coisa mais difícil de convencer alguns de vocês. Pois se eu 
disser que tal conduta seria desobediência ao deus e que por isso 
não posso ficar quieto, vocês acharão que estou zombando e não 
acreditarão. E se disser que falar diariamente da virtude e das 
outras coisas sobre as quais me ouvem falar e questionar a mim e 
a outros é o bem maior do homem e que a vida que não se 
questionanão vale a pena viver, vão me acreditar menos ainda.” 
(PLATÃO, Apologia de Sócrates, in MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2007, p. 20). 
A partir do texto citado é correto afirmar que: 
 
01) Sócrates não aceita a sentença de seus interlocutores porque 
a rebeldia e a não aceitação das ordens são próprias de um 
filósofo. 
02) Sócrates defende uma atitude permanente de 
questionamento para os homens, sem a qual a vida não valeria 
a pena ser vivida. 
04) Para Sócrates, o questionamento é mais do que um momento 
na vida humana, é uma conduta permanente que deve ser 
cultivada. 
08) Para Sócrates, o questionamento é algo intrínseco da 
natureza humana e não somente dele, um filósofo. 
16) Ao citar deus, Sócrates compreende que está zombando de 
seus interlocutores, pois seus questionamentos não possuem 
nenhuma relação com a religião. 
 
047. (UEM) “Ao contrário de seus contemporâneos – como 
Parmênides – Heráclito não rejeitava as contradições e queria 
apreender a realidade na sua mudança, no seu devir. Todas as 
coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado 
momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: 
‘Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio’, pois, na segunda 
vez, não somos os mesmos, e também as águas mudaram. Para 
Heráclito, o ser é múltiplo [...] por ele estar constituído de oposições 
internas. O que mantém o fluxo do movimento não é o simples 
surgimento de novos seres, mas a luta dos contrários [...]. É da luta 
que nasce a harmonia, como síntese dos contrários.” 
(ARANHA, M. L. de A. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. São Paulo: 
Moderna, 2012, p.287). 
A partir desta afirmação sobre a filosofia de Heráclito, assinale 
o que for correto. 
 
01) O princípio motor do movimento é a tensão de forças 
contrárias entre si. 
02) Na Grécia arcaica ou pré-socrática, o curso dos rios não 
estava estabelecido, razão pela qual eles mudavam de lugar 
de um dia para outro. 
04) O princípio do devir ou da transformação contínua visa 
compreender a ordenação cosmológica do mundo. 
08) O surgimento de novos seres é explicado pela 
intermediação divina, criadora ex nihilo. 
16) A multiplicidade do real é pensada a partir do princípio 
lógico de não contradição entre o ser e o não ser. 
 
048. (UEM) “Necessário é dizer e pensar que só o ser é; pois o ser 
é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves 
considerar. [...] Jamais se conseguirá provar que o não ser é; 
afasta, portanto, o teu pensamento desta via de investigação, e 
nem te deixes arrastar a ela pela múltipla experiência do hábito, 
nem governar pelo olho sem visão, pelo ouvido ensurdecido ou 
pela língua; mas com a razão decide da muito controvertida tese, 
que te revelou minha palavra. Resta-nos assim um único caminho: 
o ser é.” 
(PARMÊNIDES. Poema. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de Filosofia. RJ: Zahar, 
2007, p. 13). 
A partir do trecho citado, assinale o que for correto. 
 
01) Afirmar o que o ser é implica uma impossibilidade racional, 
visto ser impossível descobrir a natureza das coisas. 
02) Investigar o que é o ser implica fazer um discurso afirmativo 
sobre a natureza de algo. 
04) As experiências sensíveis não são suficientes para provar a 
natureza do ser ou o que ele é. 
08) Sobre o não ser, o que se pode afirmar é sua 
impossibilidade, sendo vedado afirmar qualquer coisa. 
16) O não ser é impossível de ser demonstrado racionalmente. 
 
049. (UEL-2003) “Se chegasse à nossa cidade um homem 
aparentemente capaz, devido à sua arte, de tomar todas as formas 
e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os 
seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser 
sagrado, maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-íamos que na nossa 
cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é lícito que 
existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de 
lhe termos derramado mirra sobre a cabeça e de o termos coroado 
de grinaldas.” 
(PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Calouste 
Gulbenkian, 1993. p. 125.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, 
é correto afirmar: 
 
a) Platão é contrário à imitação, por ela ser a “aparência da 
aparência” ou uma cópia da realidade, num nível inferior. 
b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua 
capacidade de imitar todas as coisas. 
c) Platão concebe a imitação como uma atividade que, ao invés 
de copiar aparências, imita emoções e ações. 
d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem 
as coisas, proporcionam um grande prazer sensível. 
e) Platão admite a possibilidade de a imitação adquirir uma 
perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo 
uma visão que se afaste da sofística. 
 
050. (UEM) “É, pois, manifesto que a ciência a adquirir é a das 
causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa 
somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, 
causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por 
causa a substância e a quididade (essência) (o ‘porquê’ reconduz-
se pois a noção última, e o primeiro ‘porquê’ é causa e princípio); 
a segunda [causa] é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde 
[vem] o início do movimento; a quarta [causa], que se opõe à 
precedente, é o ‘fim para que’ e o bem (porque este é, com efeito, 
o fim de toda a geração e movimento).” 
(ARISTÓTELES. Metafísica, livro I, cap. III. Coleção Os Pensadores, São Paulo: Abril 
Cultural, 1979, p. 16). 
A partir do trecho citado e com base nos conhecimentos da 
filosofia de Aristóteles, assinale o que for correto. 
 
01) As causas são os princípios dos seres. 
02) Conforme o texto, só há uma única causa de todos os seres. 
04) A terceira causa, também conhecida como gênese ou origem, 
opõe-se à quarta causa, que é a finalidade ou o fim de algo. 
08) A matéria de algo é causa na medida em que não pode 
existir ser ou substância sem matéria. 
16) O conhecimento verdadeiro de algo implica o conhecimento 
de suas causas. 
 
051. (UEM) “O surgimento da polis como a primeira experiência 
de vida pública enquanto espaço de debate e deliberação tornou-
se campo fértil para o florescimento da filosofia. Na praça pública, 
Sócrates interrogava os homens e criava um novo método de 
reflexão que a história conheceu como a ironia e a maiêutica” 
(Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 43). 
Com base nessa afirmação e nos conhecimentos sobre a filosofia 
de Sócrates, assinale o que for correto. 
 
01) Ao afirmar que “só sei que nada sei”, Sócrates inicia, ainda 
que de forma irônica, a busca filosófica pelo verdadeiro 
conhecimento. 
02) A maiêutica socrática consiste na prática de ajudar as 
pessoas a encontrar a verdade que traziam em si mesmas, ainda 
que elas não soubessem. 
04) A prática de interrogar a tudo e a todos não incomodou o 
poder constituído e levou Sócrates a ser condecorado pelos 
cidadãos de Atenas como exemplo a ser seguido. 
08) Assim como os sofistas, a filosofia de Sócrates acontece na 
praça pública de Atenas e promove um debate amplo sobre o 
que é o cidadão e o que deve ser a cidade. 
16) A ironia é uma forma de tratar o saber e aparece na história 
também como reação ao dogmatismo, isto é, quando existem 
verdades impostas pelas crenças ou pela autoridade, impedindo 
as pessoas de pensarem livremente. 
 
052. (UEM) “O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com 
efeito, nós o identificamos com o bem primeiro e inerente ao ser 
humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa e a 
ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção 
entre prazer e dor. Embora o prazer seja nosso bem primeiro e 
inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em 
que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o 
mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos 
sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier 
depois de suportarmos essas dores por muito tempo”(EPICURO. Carta sobre a felicidade. In: ARANHA, M. Filosofar com textos: temas e história 
da filosofia. São Paulo: Moderna, 2012, p. 330). 
A partir do trecho citado, assinale o que for correto. 
 
01) Todos os seres humanos buscam prazer sempre e em tudo, 
evitando toda e qualquer dor. 
02) Os prazeres imediatos anulam as dores que podem decorrer 
desses. 
04) Dor e prazer não são contraditórios, pois de atos dolorosos 
podem advir situações prazerosas e vice-versa. 
08) A noção de prazer não está ligada somente à sensação 
imediata, mas aos efeitos que uma ação pode gerar no ser 
humano. 
16) A busca da felicidade na vida não se restringe a escolhas 
prazerosas, mas a ações que geram prazer, apesar de essas 
conterem, às vezes, algumas doses de sacrifício. 
 
053. (UEM) “Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é 
nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a 
morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara 
de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição 
da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e 
eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível 
na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há 
nada de terrível em deixar de viver. É tolo, portanto, quem diz ter 
medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, 
mas porque o aflige a própria espera.” 
(Epicuro, Carta sobre a felicidade [a Meneceu]. São Paulo: ed. Unesp, 2002, p. 27. In: 
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. SP: Saraiva, 2006, p. 97). 
A partir do trecho citado, é correto afirmar que 
 
01) a morte, por ser um estado de ausência de sensação, não é 
nem boa, nem má. 
02) a vida deve ser considerada em função da morte certa. 
04) o tolo não espera a morte, mas vive apoiado nas suas 
sensações e nos seus prazeres. 
08) a certeza da morte torna a vida terrível. 
16) a espera da morte é um sofrimento tolo para aquele que a 
espera. 
 
054. (UEM) Uma das obras de Platão (428-347 a.C.) mais 
conhecidas é A República, na qual se encontra o mito da 
caverna. “Platão imagina uma caverna onde pessoas estão 
acorrentadas desde a infância, de tal forma que, não podendo ver 
a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são 
projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde 
há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das 
correntes para contemplar, à luz do dia, os verdadeiros objetos, 
ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, 
esses o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras.” 
(ARANHA, M.L.A. e MARTINS, M.H. Filosofando: introdução à filosofia. 3.ª ed. revista. São 
Paulo: Moderna, 2003, p.121). 
Sobre a citação acima e o alcance epistemológico do mito da 
caverna, assinale o que for correto. 
 
01) As imagens produzidas na caverna são sombras que podem 
ser confundidas com a realidade. 
02) A todo aquele que sai da caverna é vetada a possibilidade 
de retorno. 
04) A imagem da fogueira se contrapõe, fora da caverna, à 
presença do sol, responsável pela verdadeira luz. 
08) Tal qual o mito da Esfinge, decifrado por Édipo, Platão 
descreve três estados da humanidade: infância, juventude e 
maturidade. 
16) Tal qual o mundo sensível, ilusório e efêmero, as imagens da 
caverna possuem um grau ontológico deficitário ou duvidoso. 
 
055. (UEM) Protágoras de Abdera (480-410 a.C.) é 
considerado um dos mais importantes sofistas. Ensinou por muito 
tempo em Atenas, sendo atribuído à sua autoria a seguinte 
máxima da filosofia: “O homem é a medida de todas as coisas”. 
Sobre Protágoras e os sofistas, assinale o que for correto. 
 
01) De forma semelhante a pensadores contemporâneos, os 
sofistas problematizam a multiplicidade de perspectivas do 
conhecimento. 
02) O relativismo de Protágoras pode ser defendido 
filosoficamente a partir da percepção do movimento, tese já 
defendida anteriormente por Heráclito. 
04) Platão e Aristóteles contrapuseram-se aos sofistas, ao não 
defender o homem como medida de todas as coisas. 
08) Em razão de seu humanismo, atribui-se a Protágoras a 
inversão coperniciana, isto é, a tese de que não é o sol que gira 
em torno da Terra, mas a Terra que gira em torno do sol. 
16) O saber contido na frase de Protágoras é prático, além de 
teórico, ou seja, mobiliza o campo da filosofia para a retórica. 
 
056. (UEM) Para Jean Pierre Vernant, o nascimento da filosofia, 
apesar de ser considerado um “milagre” grego, está ligado a 
condições históricas bem definidas. Entre as novidades materiais 
da época, destacam-se a moeda e a escrita, e, no plano político, 
a isonomia e a isegoria. Sobre o surgimento da filosofia na 
Grécia, assinale o que for correto. 
 
01) O surgimento da filosofia pode ser entendido como 
passagem da palavra mágica (inspirada por deus) à palavra 
dialogada (discutida pelos homens). 
02) A ágora, ou praça pública, é um lugar de debate político 
onde se discutiam os interesses dos cidadãos. 
04) A assembleia dos guerreiros, que dava aos participantes 
direitos iguais, é considerada um modelo de isonomia e de 
isegoria. 
08) A economia pré-monetária e a oralidade marcam um 
modelo de pensamento mítico e concreto. 
16) Os primeiros filósofos são os sofistas, que apresentam, na 
academia de Atenas, um compêndio de fragmentos sobre a 
metafísica. 
 
057. (UEM) Na Metafísica, Aristóteles afirma: “O ser se diz de 
muitos modos, mas se diz em relação a um termo único e única 
natureza e não de modo equívoco. [...] uns são ditos ser porque 
são substâncias, outros porque são afecções de substâncias, outros 
porque são um caminho para a substância, ou destruições, 
privações, qualidades, causas produtivas ou geradoras para a 
substância ou do que é dito relativamente da substância, ou são 
negações de uma delas ou da substância; por esta razão dizemos 
inclusive que o não ser é não ser” 
(ARISTÓTELES, Metafísica, livro IV, cap. 2. In: FIGUEIREDO, V. Filósofos na sala de aula. 
Volume 3. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2008, p. 33-34). 
A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
 
01) Um ser pode ser a negação de uma substância. 
02) Do ser pode-se gerar uma substância, sem que isso que a 
gerou seja necessariamente uma substância. 
04) A substância é anterior e prioritária ao ser. 
08) A substância é necessariamente um ser. 
16) Uma das exigências da definição de ser é que ela seja 
unívoca. 
 
058. (UEM) Afirma o filósofo Epicuro (séc. III a.C.), conhecido 
pela defesa de uma filosofia hedonista: “(...) o prazer é o 
começo e o fim da vida feliz. É ele que reconhecemos como o 
bem primitivo e natural e é a partir dele que se determinam 
toda escolha e toda recusa e é a ele que retornamos sempre, 
medindo todos os bens pelo cânon do sentimento. Exatamente 
porque o prazer é o bem primitivo e natural, não escolhemos 
todo e qualquer prazer; podemos mesmo deixar de lado muitos 
prazeres quando é maior o incômodo que os segue.” 
(EPICURO, A vida feliz. In: ARANHA, M. L.; MARTINS, M. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. rev. 
São Paulo: Moderna, 2005, p. 228.) 
Considerando os conceitos de Epicuro, é correto afirmar que 
 
01) estudar todo dia não é bom porque a falta de prazer anula 
todo conhecimento adquirido. 
02) todas as escolhas são prazerosas porque naturalmente os 
seres humanos rejeitam toda dor. 
04) comer uma refeição nutritiva e saborosa em demasia é ruim 
porque as consequências são danosas ao bemestar do corpo. 
08) a beleza corporal é uma finalidade da vida humana porque 
o prazer de ser admirado é a maior felicidade para o ser 
humano. 
16) o prazer não é necessariamente felicidade porque ele pode 
gerar o seu contrário, a dor. 
 
059. (UEM) Os sofistas são conhecidos por serem os 
“antifilósofos”, os adversários preferidos dos primeiros filósofos 
gregos. Entre as acusações a eles endereçadas estava que 
“aboliram o critério, porque afirmam que todas as aparências e 
todas as opiniões são verdadeiras e que a verdade é algo 
relativo, pois que tudo o que é aparênciaou opinião para um 
indivíduo existe [deste modo] para ele.” 
(MARQUES, M. P. Os sofistas: o saber em questão. In: FIGUEIREDO, V. de (Org.) Filósofos 
na Sala de Aula. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, v. 2, p. 31). 
Sobre a atitude filosófica dos sofistas, é correto afirmar que 
 
01) os sofistas não desejam a busca da verdade, pois essa era 
uma tarefa dos filósofos. 
02) os sofistas não negavam a verdade, apenas apontavam os 
problemas relativos à sua aquisição. 
04) os sofistas apresentavam, com suas contraargumentações, 
problemas relevantes para os filósofos. 
08) filósofos e sofistas perfazem duas personagens relevantes 
da filosofia na Grécia antiga. 
16) os sofistas pretendiam desmascarar os filósofos na sua 
capacidade de desvirtuar e iludir a juventude. 
 
060. (UEM) Para Platão, o mundo sensível, que se percebe pelos 
sentidos, é o mundo da multiplicidade, do movimento, do ilusório, 
sombra do verdadeiro mundo, isto é, o mundo inteligível das 
ideias. Sobre a filosofia de Platão, assinale o que for correto. 
 
01) É com a teoria da reminiscência que Platão explica como é 
possível ultrapassar o mundo das aparências; essa teoria 
permite explicar como os sentidos servem apenas para 
despertar na alma as lembranças adormecidas do mundo das 
ideias. 
02) Para Platão, um homem só é um homem enquanto participa 
da ideia de homem. 
04) A epistemologia e a filosofia política são, para Platão, duas 
áreas de conhecimento dissociadas, pois a política deve se 
submeter à realidade dos acontecimentos e não pode ser 
orientada por um mundo ideal. 
08) Platão distingue quatro graus de conhecimentos: crença, 
opinião, raciocínio e intuição intelectual. O raciocínio, que se 
realiza de maneira perfeita na matemática, purifica o 
pensamento das crenças e opiniões e o conduz à intuição 
intelectual, ao verdadeiro conhecimento, isto é, às essências das 
coisas – às ideias. 
16) A teoria cosmológica do primeiro motor imóvel e a teoria 
estética da mímesis, de Aristóteles, fundamentam-se na teoria 
platônica da participação entre o mundo fenomênico e o mundo 
das ideias. 
 
061. (UEM) São designados sofistas os interlocutores de Sócrates 
e Platão, pertencentes ao século V a.C., que deram enfoque 
antropológico a questões morais, políticas e metafísicas que 
debatiam. Sobre a filosofia dos sofistas, assinale o que for 
correto. 
 
01) A palavra sofista vem de sophos, “sábio”, pois designava os 
professores da sabedoria. Adquiriu, posteriormente, sentido 
pejorativo, em virtude da utilização de raciocínios capciosos, 
chamados “sofismas”. 
02) O pensamento dos sofistas foi valorizado por Georg 
Wilhelm Hegel, no século XIX, que chamava o período em que 
viveram de “Aufklärung grega”, comparado ao Iluminismo do 
século XVIII. 
04) Os sofistas não representam a nobreza aristocrática 
enraizada de Atenas, razão pela qual não praticavam a 
filosofia por amor à sabedoria, como Sócrates, Platão e 
Aristóteles, uma vez que, para garantir o subsistência, cobravam 
por suas aulas. 
08) Platão, na obra Teeteto, opõe-se radicalmente a 
Protágoras, autor da afirmação “o homem é a medida de todas 
as coisas”. 
16) Pelo teor fortemente relativista em suas teses sobre a origem 
das espécies, Aristóteles também pode ser considerado um 
sofista. 
 
062. (UEM) A filosofia ocidental origina-se na Jônia e na Magna 
Grécia. Entre os primeiros filósofos jônicos, destacam-se os nomes 
de Anaxágoras, Anaximandro, Anaxímenes e Tales de Mileto. 
Sobre o pensamento dos filósofos jônicos, assinale o que for 
correto. 
 
01) Os filósofos jônicos polemizaram contra Sócrates e 
refutaram a filosofia socrática por considerá-la incapaz de 
fundamentar qualquer verdade e, por conseguinte, conduzir os 
homens ao ceticismo. 
02) Sócrates criticava o caráter metafísico e subjetivista da 
filosofia jônica, pois acreditava que a filosofia deveria indagar 
a realidade objetiva. 
04) Empédocles, filósofo da Magna Grécia, concordava com os 
jônicos no que se referia à procura da origem, isto é, a arché do 
cosmos na physis; todavia, Empédocles discordava dos jônicos, 
quando eles procuravam a origem em um único elemento da 
matéria. 
08) A filosofia jônica distingue-se da representação mítica do 
mundo, pois rompe com uma explicação monogenética e 
sobrenatural da origem do cosmos, além de apresentar uma 
concepção natural e pluralista do universo. 
16) A filosofia pré-socrática, que inclui a escola jônica, 
desenvolveu-se durante um período de grandes mudanças 
históricas ocorridas no nível jurídicopolítico da organização 
social da Grécia antiga. 
 
063. (UEM) As considerações científicas da antiguidade, com o 
desenvolvimento da matemática, da geometria, da astronomia, 
da medicina, da física mecânica etc., representam o gênio e a 
capacidade humana de compreender e explicar os fenômenos 
da natureza. Sobre a ciência na antiguidade, assinale o que for 
correto. 
 
01) No pensamento pré-socrático, ciência e Filosofia estão 
unidas, pois o estudo da arché, princípio de todas as coisas, 
envolve a consideração de questões que, hoje, poderíamos 
chamar de científicas. 
02) No Egito e na Grécia antiga, o desenvolvimento da 
matemática e da geometria está ligado ao conhecimento 
prático, cujo exemplo pode ser encontrado no teorema de 
Pitágoras: “o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos 
quadrados dos catetos”, que representa a possibilidade de 
calcular a altura de uma pirâmide. 
04) O “juramento hipocrático”, que homenageia o pai da 
medicina, Hipócrates de Cós (século V a.C.), manifesta a prática 
de concepções mágicas e supersticiosas com o corpo humano, na 
origem da ciência médica. 
08) Entre os antigos, destaca-se um período de desinteresse dos 
romanos pela ciência. Os romanos eram notáveis como 
civilização essencialmente prática e pouco dada a especulações 
teóricas. 
16) Após a morte de Alexandre, o Grande, a ciência 
matemática de Euclides, preocupada com o tao da física e o 
quantum da matéria, ocupa um lugar de destaque na cidade de 
Alexandria. 
 
064. (UEM) Ordem e desordem são princípios presentes nos 
deuses olímpicos (forças medidas) e nos deuses titânicos (forças 
desmesuradas, fora de medida), respectivamente, 
representantes da passagem do caos para a ordem, conforme 
a descrição mítica do mundo, anterior ao surgimento da Filosofia. 
Sobre a herança mítica na Filosofia, assinale o que for correto. 
 
01) Sófocles, Aristófanes, Hesíodo e Homero são autores que 
legaram à Filosofia a compreensão mítica, não racionalizada, 
do pensamento grego arcaico. 
02) O livro do Gênesis, na Bíblia Sagrada, contém o ato divino 
da criação do mundo, presente no primeiro capítulo da 
Teogonia, de Hesíodo. 
04) O advento da pólis e a invenção da moeda e da escrita 
colaboraram para a passagem do mito à razão filosófica, que 
está direcionada para as questões do tempo presente. 
08) A finalidade dos concursos trágicos, no século V a.C., é a de 
fazer renascer, nos habitantes da polis, aspectos do mito, sob a 
forma do drama. 
16) Segundo a elaboração do mito, Édipo é o primeiro cidadão 
que defende o livre arbítrio e uma explicação racional para a 
permanência, a mudança e a continuidade das coisas. 
 
065. (UEM) A filosofia de Epicuro (341 a 240 a.c.) pode ser 
caracterizada por uma filosofia da natureza e uma 
antropologia materialista; por uma ética fundamentada na 
amizade e a busca da felicidade nos princípios de autarquia 
(autonomia e independência do sujeito) e de ataraxia 
(serenidade, ausência de perturbação, de inquietação da 
mente). Sobre a filosofia de Epicuro, assinale o que for correto. 
 
01) A filosofia de Epicuro fundamenta-se no atomismo de 
Demócrito. Epicuro acredita que a alma humana é formada de 
um agrupamento de átomos que se desagregam depois da 
morte, mas que não se extinguem, pois são eternos, podendo 
reagrupar-se infinitamente. 
02) Para Epicuro, a amizade se expressa, sobretudo, por meio 
do engajamento político como forma de amar todos os homens 
representados pela pátria. 
04) Epicuro, como

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