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REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

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REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Critério Material: O critério material fornece o aspecto básico para se quantificar o montante do tributo devido, permitindo a identificação do núcleo da hipótese de incidência. É o fato gerador.
Critério Temporal: O critério temporal define o momento em que se deve reputar consumado o fato que exige a cobrança do tributo, de modo que sejam fixados os direitos e as obrigações pertinentes aos sujeitos da relação.
Critério Pessoal: Por meio do critério pessoal é possível identificar a pessoa que se posiciona na extremidade positiva do vínculo jurídico-tributário, e, por outro lado, em decorrência da concretização do fato hipoteticamente previsto na lei, quais os critérios para designação da pessoa que se situa na extremidade negativa. A pessoa que se posiciona na extremidade positiva é o sujeito ativo, pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento.
IMPOSTOS FEDERAIS
A repartição de competências tributárias é efetuada no plano constitucional (arts 145 a 156). A Constituição Federal atribui competências expressas e enumeradas a cada um dos entes políticos, descrevendo a materialidade das situações fáticas correspondentes.
Dessa forma, firme nas diretrizes do Art 153 da CF, compete a Federação instituir os seguintes impostos:
II – Imposto sobre Importação.
Critério Material: Importação de produtos estrangeiros
Critério Espacial: Estrada do produto estrangeiro no território nacional e nas repartições aduaneiras.
Critério Temporal: O momento de admissão aduaneira definitiva, isto é, do registro da declaração de importação (DI) para fins de desembaraço aduaneiro.
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Importador, seja pessoa física ou jurídica
Critério Quantitativo: Base de cálculo: O valor aduaneiro
 		 Alíquota: Variada de acordo com a Tarifa Externa Comum (TEC)
IE – Imposto sobre exportação de produtos nacionais ou nacionalizados.
Critério Material: Exportação de produtos nacionais ou nacionalizados
Critério Espacial: Saída do produto nacional ou nacionalizado do território nacional
Critério Temporal: O momento de saída aduaneira definitiva, isto é, o registro da exportação.
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Exportador, seja pessoa física ou jurídica
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Preço normal que o produto ou seu similar alcançaria ao tempo de exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional.
 		 Alíquota: 30%, podendo ser reduzida ou aumentada, sem ultrapassar o percentual de 150%. Devido ao equilíbrio da balança comercial, o IE é comumente exigido a alíquota zero.
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. 
Incide sobre empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras, e também sobre ações.
Critério Material: Operação de crédito; operação de câmbio; operação de seguro; operação relativa a títulos e valores mobiliários; a operação com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.
Critério Espacial: território nacional.
Critério Temporal: I. operação de crédito: a entrega total ou parcial do montante ou quando o valor fica à disposição do interessado. 
 II. Operações de câmbio: sua efetivação pela troca de moedas ou de documentos que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado. 
 III. Operação de seguro: sua efetivação pela emissão da apólice ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável. 
 IV. Operações relativas a títulos e valores mobiliários: no ato da emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses, na forma da lei aplicável.
 V. operações com ouro: no momento da primeira aquisição.
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Qualquer das partes na operação tributada que se encontre no território nacional, seja pessoa física ou jurídica. Basicamente, são contribuintes do IOF: as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito; as compradoras ou vendedoras de moeda estrangeira, nas operações referentes à transferência financeira para o exterior; as pessoas físicas ou jurídicas seguradas; os adquirentes de títulos ou valores mobiliários e instituições financeiras; as instituições autorizadas pelo Banco Central a efetuarem a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: I. quanto as operações de crédito: o montante da operação (mútua, financiamento, empréstimo); 
 II. Quanto às operações de câmbio: o montante da operação em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; 
 III. Quanto às operações de seguro: o montante do prêmio; 
 IV. Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: o valor nominal;
 V. quanto às operações com ouro: imposto incide na primeira aquisição do ouro, efetuada por instituição autorizada integrante do Sistema Financeiro Nacional.
 		Alíquota: Variada de acordo com a operação.
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. 
Será cobrado das indústrias.
Critério Material: Saída de produtos industrializados de estabelecimento, desembaraço aduaneiro e arrematação de produtos levados à leilão
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: Momento da saída do produto industrializado, do desembaraço aduaneiro e da arrematação
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: O estabelecimento industrial; o estabelecimento importador; outros estabelecimentos equiparados a industrial; importador e arrematante.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: I. No caso de saída do estabelecimento industrial, o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria. 
 II. No caso do desembaraço aduaneiro, o preço normal do produto, acrescido do montante do imposto sobre a importação; das taxas exigidas para entrada do produto no País; dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. 
 III. No caso de arrematação, o preço desta.
 		 Alíquota: Variada de acordo com a classificação fiscal do produto indicado na Tabela do IPI (Tipi)
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. 
Incide sobre a renda do cidadão.
Critério Material: Auferir renda
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: O contribuinte deverá apurar seus resultados anualmente, em 31 de dezembro de cada ano-calendário
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Pessoa física
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Montante de renda auferida (riqueza nova)
 		 Alíquota: zero; 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. 
Incide sobre o lucro das empresas.
Critério Material: Auferir renda
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: O contribuinte deverá apurar seus resultados anualmente, em 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada na forma da lei
Critério Quantitativo: Base de cálculo: montante de renda auferida (riqueza nova)
 		 Alíquota: 15%, com adicional de 10% quanto à parcela do lucro anual que exceder a R$ 240.000,00
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
Critério Material: Ser proprietário, ter domínio útil ou posse de imóvel localizado em zona rural.
Critério Espacial: Imóvel localizado em zona rural
Critério Temporal: Ser proprietário, ter domínio útil ou a posse de imóvel localizado em zona rural em 1º de janeiro de cada ano.
Critério Pessoal: Ativo: União (apesar da União sero ente competente para criação e cobrança do imposto, entendeu por bem admitir a fiscalização e cobrança do ITR pelos Municípios que assim optarem)
		 Passivo: Proprietário, titular do domínio útil ou o possuidor de imóvel localizado em zona rural, seja pessoa física ou jurídica.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: O valor da terra nua tributável
 		 Alíquota: Variada de acordo com a área do imóvel x grau de utilização do imóvel.
PIS/Pasep e Cofins – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. 
Cobrado das empresas.
SISTEMATICA CUMULATIVA
Critério Material: Auferir faturamento
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: Faturamento auferido mensalmente
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada na forma da lei; tais como: pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou arbitrado; as pessoas jurídicas optantes pelo Simples; as pessoas jurídicas imunes a impostos; os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Montante do faturamento auferido
 		 Alíquota: 0,65% (PIS) e 3,0% (Cofins), sem direito ao aproveitamento de créditos
SISTEMA NÃO CUMULATIVO
Critério Material: Auferir receita ou faturamento
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: Receita ou faturamento auferidos mensalmente
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada na forma da lei, excluídas as pessoas que obrigatoriamente dever apurar as contribuições pela sistema cumulativa.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Montante da receita ou do faturamento auferidos
 		 Alíquota: 1,65% (PIS) e 7,6 (Cofins), com direito ao aproveitamento de créditos.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Critério Material: Auferir lucro
Critério Espacial: Território nacional
Critério Temporal: O contribuinte deverá apurar seus resultados anualmente, em 31 de dezembro de casa ano-calendário.
Critério Pessoal: Ativo: União
		 Passivo: Pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada na forma da lei
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Montante de lucro auferido
 		 Alíquota: 9% (pessoas jurídicas em geral) e 15% (instituições financeiras, de seguros privados e de capitalização ou equiparadas)
IMPOSTOS ESTADUAIS
Os impostos estaduais são aqueles destinados aos governos dos estados englobados no artigo 155, incisos I a III da Constituição Federal. São eles:
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte interestadual e intermunicipal e telefonia.
Critério Material: I. Realizar operações relativas à circulação de mercadorias. 
 II. Prestar serviços de transporte interestadual ou intermunicipal. 
 III. Prestar serviços de comunicação.
Critério Espacial: Estado ou do Distrito Federal onde foi realizada a circulação (onde ocorreu à saída da mercadoria) ou a prestação de serviços (onde ela se iniciou), com exceção da importação.
Critério Temporal: No momento da saída da mercadoria do estabelecimento ou no momento da prestação do serviço.
Critério Pessoal: Ativo: Estados e Distrito Federal
		 Passivo: Quem realizou a circulação de mercadorias ou a prestação dos serviços.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Valor da operação que decorreu a circulação de mercadorias ou o valor da prestação de serviços.
 		 Alíquota: Variadas de acordo com a operação, se interna, interestadual etc.
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
Critério Material: Ser proprietário de veículo automotor no primeiro dia do ano
Critério Espacial: Estado ou do Distrito Federal onde o veículo estiver registrado ou licenciado
Critério Temporal: Ser proprietário de veículo automotor em 1º de janeiro
Critério Pessoal: Ativo: Estados e Distrito Federal
		 Passivo: Proprietário do veículo automotor, seja pessoa física ou jurídica
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Na aquisição de veículo novo ou importado, o valor do documento fiscal ou da declaração de importação; na aquisição de veículos usados, deve-se consultar a tabela de referência de valores de mercado editada pelo Estado.
 		 Alíquota: Variadas de acordo com a legislação de cada Estado.
ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação. Incide sobre herança
Critério Material: Transmissão de bens móveis e imóveis por causa mortis ou por doação
Critério Espacial: Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem; e relativamente a bens imóveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador.
Critério Temporal: Na transmissão causa mortis, será até 30 (trinta) dias após a decisão homologatória do cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento; na transmissão por doação, o ITCMD será recolhido antes da celebração do ato ou contrato correspondente.
Critério Pessoal: Ativo: Estados e Distrito Federal
		 Passivo: I. Na transmissão causa mortis: o herdeiro ou o legatário;
 II. Na doação: o donatário; 
 III. Na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Valor venal do bem ou direito transmitido
 		 Alíquota: Variadas de acordo com a legislação de cada Estado
IMPOSTOS MUNICIPAIS
Os impostos municipais são aqueles destinados ao governo municipal apontados no artigo 156, incisos I a III da Constituição Federal.
Sucessivas emendas constitucionais alteraram o perfil da competência tributária municipal nos últimos anos: A EC n. 29, de 2000, que explicitou critérios referentes ao IPTU; a EC n. 37, de 2002, que alterou a disciplina do ISSQN; e a EC n. 39, de 2002, que instituiu a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP. 
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
Critério Material: Ser proprietário, ter domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física localizado na zona urbana do Município
Critério Espacial: Imóvel localizado na zona urbana do Município
Critério Temporal: Ser proprietário, ter domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona urbana do Município em 1º de janeiro
Critério Pessoal: Ativo: Municípios
		 Passivo: Ser proprietário, ter domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona urbana do Município
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Valor venal do imóvel
 		 Alíquota: Variadas e progressivas, de acordo com a legislação de cada Município
ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas.
Critério Material: Prestação de serviço
Critério Espacial: O ISS será devido para determinados serviços no local do estabelecimento prestador e para outros (serviços elencados no art 3º, I a XXII, da LC 116/2003) no local em que o serviço é efetivamente executado
Critério Temporal: A prestação do serviço (instante em que o dever assumido pelo prestador em relação ao tomador de serviços se extingue)
Critério Pessoal: Ativo: Municípios
		 Passivo: Prestador de serviço
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Preço do serviço
 		 Alíquota: 2% a 5%, de acordo com o serviço prestado e a legislação de cada Município
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide sobre a mudança de propriedade de imóveis
Critério Material: I. Transmitir inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, bem imóveis, por natureza ou acessão física;II. Transmitir inter vivos direitos reais sobre imóveis, excetuando-se os de garantia; 
 III. Ceder, inter vivos, por ato oneroso, direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
Critério Espacial: Compete ao Município da situação do bem
Critério Temporal: Transmissão da propriedade imobiliária concluída com o referido registro no Registro de Imóvel competente. Na hipótese de cessão de direitos à aquisição, é eleito pela doutrina como o próprio momento da celebração do contrato que a consubstancia.
Critério Pessoal: Ativo: Municípios
		 Passivo: Adquirentes, cedentes, transmitentes, superficiários dos bens ou direitos transmitidos.
Critério Quantitativo: Base de cálculo: Valor venal dos bens ou direitos transmitidos
 		 Alíquota: Variadas de acordo com a legislação de cada Município. Muitos Municípios determinam que a base de cálculo do ITBI seja o valor entre o valor da transação e o valor venal de referência.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR SUCESSÃO
Surge no momento que o legítimo devedor desaparece e outro assume seu lugar. Pode ocorrer pela morte da pessoa física ou extinção da pessoa jurídica ou pela venda de alguma propriedade
A responsabilidade por sucessão está prevista nos artigos 129 a 133 do CTN, e se refere ao deslocamento do conjunto de direito e deveres jurídicos tributários da figura do antecessor para a do sucessor. 
Para Kiyoshi Harada “a sucessão na obrigação tributária ocorre quando uma pessoa é obrigada a satisfazer a prestação descumprida, após a ocorrência do fato gerador que obrigou a outro sujeito passivo (contribuinte ou responsável tributário)”.
 Portanto, quando a titularidade jurídica é repassada do antecessor para o sucessor, cabe a este o cumprimento das obrigações tributárias mesmo quando o fato gerador tenha ocorrido antes do evento que marcou a sucessão. A regra geral está contida no art. 129 do CTN, que reforça o princípio geral contido no art. 105, e estabelece que as normas do Código Tributário sobre a sucessão aplicam-se às obrigações surgidas até a data do evento que a constituiu, independentemente de ter havido ou não o lançamento tributário.
A sucessão se dá segundo as hipóteses descritas nos artigos 130 a 133 do CTN, e normalmente os autores a dividem em quatro espécies: sucessão imobiliária, sucessão comercial, sucessão “causa mortis” e sucessão falimentar (ou empresarial)
A primeira espécie equivale à sucessão imobiliária e é decorrente da compra e venda de imóveis, havendo a sub-rogação dos direitos e obrigações tributárias pelo adquirente. Está prevista no art. 130 do Código Tributário
O artigo informa que os adquirentes de imóveis rurais e urbanos ficam subrogados nas obrigações tributárias dos proprietários anteriores, arcando com o ônus tributário até a data da alienação, mesmo que a data de lançamento seja posterior àquela. 
Ocorre a sucessão “causa mortis” quando do falecimento, sub-rogandose o espólio nos direitos e obrigações do de cujus. É a hipótese do art. 131, III, do CTN. O contribuinte, com a morte, deixa de existir, e a lei elege outro sujeito passivo (espólio) para cumprir as obrigações tributárias não cumpridas Neste caso, o espólio fica onerado dos tributos devidos também após a abertura da sucessão até a data da partilha, não como responsável, mas como contribuinte. Limita-se esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação. 
Há situações de desaparecimento não da pessoa física, mas da pessoa jurídica, ocorrendo à responsabilidade por sucessão comercial. A primeira situação prevista é o da reorganização societária que se dá por fusão, cisão ou incorporação de pessoas jurídicas (art. 132 do CTN). Em todos esses casos, a empresa que sobrevier será responsável por sucessão pelos tributos devidos pela empresa anterior: a empresa oriunda da fusão responderá pelos tributos devidos pelas empresas fusionadas; a empresa cindida responderá, ainda que parcialmente, na proporção do seu patrimônio, pelos tributos devidos pela empresa original; e empresa incorporadora responderá pelos tributos devidos pela empresa incorporada. Outra forma de sucessão comercial acontece quando da pura e simples extinção da pessoa jurídica, caso em que a responsabilidade passa para aquele que seguir na exploração da atividade (sócio remanescente ou ao seu espólio), com ou sem a manutenção da mesma razão social, ou sob a forma de firma individual (parágrafo único do art. 132, do CTN). 
Outra forma de responsabilidade por sucessão é a falimentar ou responsabilidade sucessória da massa falida, disposta no art. 184 do CTN. Com a falência, desaparece a empresa e surge a massa falida, entidade patrimonial que assume a posição antes ocupada pelo falido. Todos os bens e rendas de qualquer natureza do sujeito passivo, respondem pelo pagamento do crédito tributário mesmo que sobre eles existam hipotecas, anticreses, penhores, cauções, usufrutos, cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade, ainda que o gravame tenha surgido antes da respectiva dívida tributária. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DE TERCEIROS
 Impossibilidade de cobrança da obrigação principal do contribuinte, respondem solidariamente os terceiros que intervierem ou se omitirem em atos de que foram responsáveis. A responsabilidade nesse ponto, não envolve a má-fé do terceiro, tanto que a penalidade a ser aplicada nesses casos tem caráter apenas moratório.
Os arts. 134 e 135 do Código Tributário Nacional tratam da responsabilidade de terceiros a qual parte da doutrina chama de responsabilidade stricto sensu. Acrescenta-se essa qualificação distintiva, pois a Seção III do CTN, ao se referir a “Responsabilidade de Terceiros”, leva ao entendimento equivocado que somente aquelas figuras são terceiros.
O art. 134 do CTN estabelece hipóteses de responsabilidade solidária que correspondem a casos de responsabilidade subsidiária, pois são situações nas quais não foi possível exigir o cumprimento da obrigação tributária do contribuinte.
A responsabilidade do terceiro somente existirá nos casos de ação ou omissão dos agentes expressamente arrolados pelo CTN (CTN e são: pais, tutores e curadores, administradores de bens de terceiros, síndico e comissário, tabeliões, escrivães e demais serventuários de ofício, sócios.), porque a eles compete um dever de cuidado ou fiscalização sobre determinadas situações ou atividades.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR INFRAÇÕES
Os arts. 136 a 138 do Código Tributário Nacional regulam a responsabilidade por infrações de natureza tributária, e a sujeição ao pagamento das sanções tributárias. Alguns autores consideram as sanções instrumentos de natureza distinta do fenômeno da responsabilidade tributária e, por isso, defendem que deveriam estar dispostas em uma seção fora do capítulo V. A infração tributária consiste em uma conduta diferente daquela desejada pela ordem jurídica, mais precisamente quando a obrigação tributária, principal ou acessória, deixa de ser cumprida pelo sujeito passivo.
Infração é a transgressão de preexistente dever legal e sanção é a reprimenda jurídica a tal violação. O fato de o sujeito passivo deixar de cumprir qualquer obrigação definida na lei tributária configura o ilícito tributário e desencadeia a consequência punitiva, também expressa na lei.
Observa-se que a existência de uma sanção tributária em decorrência de uma infração não é caso de responsabilidade tributária, pois a sanção sempre se dará sobre a pessoa do infrator e não de um responsável. Hugo de Brito Machado lembra que o disposto no art. 5º , inciso XLV, da Constituição da República Federativa do Brasil, ao afirmar que “nenhuma pena passará da pessoa do delinquente”, prevalece sobre as regras de Direito Tributário.
Cumpre salientar que, em matéria tributária, há duas espécies de infrações: infrações administrativas, sendo estas decorrentes do não cumprimento da obrigação tributária, quando não conceituadas como crime; e aquelas infrações definidas em lei como crimes contra a ordem tributária,previstos e definidos pela Lei 8.137/90.
No tocante às infrações administrativas, o sujeito passivo irá responder por seus atos independentemente de sua intenção e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos. Trata-se de uma responsabilidade objetiva em matéria tributária. Tratando-se dos crimes contra a ordem tributária, exige-se a necessidade da ocorrência de dolo específico. Não havendo, dessa forma, crime culposo em matéria tributária.
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Regina Helena
Curso de Direito Tributário: Constituição e Código Tributário Nacional 4ª Ed. rev. , atual e ampl. – São Paulo: Saraiva 2014.
JESUS, Isabela Bonfá de
Manual de Direito Tributário – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2014 – (Coleção Manuais Instrumentais para Graduação)

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