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UNIVERSIDADE CEUMA – UnICEUMA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: GESTÃO DA PRODUÇÃO Efraim Castro Eulanya Ferro Laianne Simas Milaine Frazão Wesllen Juan MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - TPM São Luis - MA 2014 Efraim Castro Eulanya Ferro Laianne Simas Milaine Frazão Wesllen Juan MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - TPM Trabalho apresentado à disciplina Gestão da Manutenção do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Ceuma para compor a 1ª nota regimental. Professor: Msc. José Mendes. São Luis - MA 2014 RESUMO Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Palavras-Chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3. Palavra 4 ABSTRACT Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Keywords: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3. Palavra 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................5 2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................6 2.1.DEFINIÇAO DE TPM.............................................................................................7 2.1.1. SURGIMENTO..................................................................................................9 2.1.2.OBJETIVOS.................................................................................................. 2.1.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS – AS SEIS GRANDES PERDAS............ 2.1.4.METAS 2.1.5. FALHA ZERO............................................................................................ 2.1.6.PERDA ZERO 3. OS PILARES DA TPM...........................................................................................10 3.1. ...............................................................................................................11 3.2. ...............................................................................................................12 3.3. ...............................................................................................................13 3.4. ...............................................................................................................13 3.5. ...............................................................................................................13 3.6. ...............................................................................................................13 3.7. ...............................................................................................................13 3.8. ...............................................................................................................13 4. IMPLANTAÇÃO DA TPM EM 12 ETAPAS 4.1. ...............................................................................................................11 4.2. ...............................................................................................................11 4.3. ...............................................................................................................11 4.4. ...............................................................................................................11 4.5. ...............................................................................................................11 4.6. ...............................................................................................................11 4.7. ...............................................................................................................11 4.8. ...............................................................................................................11 4.9. ...............................................................................................................11 4.10. ...............................................................................................................11 4.11. ...............................................................................................................11 4.12. ...............................................................................................................11 5. ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DA MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (TPM) EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA 5.1.METODOLOGIA...........................................................................................11 5.2.IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA TPM NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA..........11 5.2.1 FORMAÇÃO E TREINAMENTO..................................................................11 5.2.2 LIMPEZA E MANUTENÇÃO AUTÔNOMA – EXECUÇÃO.......................11 5.2.3 MANUTENÇÃO PLANEJADA.....................................................11 5.3.RESULTADOS...........................................................................................11 6. CONCLUSÃO........................................................................................................20 REFERÊNCIAS..........................................................................................................21 5 1. INTRODUÇÃO 6 2. DESENVOLVIMENTO 2.1- DEFINIÇÃO DE TPM Segundo SLACK (2009) a manutenção produtiva total - MPT é definida como "a manutenção produtiva realizada por todos os empregados através de atividades de pequenos grupos". A TPM (manutenção produtiva total) assume hoje, um papel importante na indústria, sendo amplamente utilizada como um instrumento para a redução dos custos e aumento da produtividade. A Manutenção Total Produtiva – MTP (Total Productive Maintenance – TPM) é um conjunto de atividades de manutenção que visam melhorar a desempenho e a produtividade dos equipamentos de uma indústria. A palavra “Total” representa o principal diferencial da MTP, de onde derivam três significados: Rendimento total das máquinas: maximização do desempenho operacional global; Sistema total: envolvimento da engenharia, produção e manutenção e Participação de todos: que todos devem estar em sintonia com a cultura e as atividades da MTP, desde a direção até os operários. Utilizada como uma metodologia da manutenção, que aplicada na empresa, preconiza retornos, como melhoria na qualidade do produto, redução de desperdícios e organização nas instalações das mesmas. Sendo que desenvolve conhecimentos capazes de reeducar as pessoas para ações de prevenção e melhoria contínua, garantindo o aumento da disponibilidade do maquinário, gerando maior produtividade, melhor desempenho e motivação pessoal por partes dos funcionários sem muitos investimentos adicionais. 2.2.SURGIMENTO A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida no Japão em 1950, até então, a indústriajaponesa trabalhava apenas com o conceito de manutenção corretiva, após a falha da máquina ou equipamento, isso representava um custo e um obstáculo para a melhoria de qualidade. 7 Em busca de maior eficiência da manutenção produtiva, por meio de um sistema compreensivo, baseado no respeito individual e na total participação dos empregados, surgiu a TPM, em 1970, no Japão. A primeira indústria japonesa a aplicar e obter os efeitos do conceito de manutenção preventiva, também chamada de PM (preventive maintenance) foi a Toa Nenryo Kogyo, em 1951, são dessa época as primeiras discussões a respeito da importância das manutenções e suas consequências para o trabalho. 2.1.2. OBJETIVOS DA TPM: O objetivo da TPM é a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos humanos (aprimoramento das capacitações pessoais envolvendo conhecimento, habilidades e atitudes), ou seja, zero defeitos, zero acidentes, zero quebras e falhas, inexistência de Retrabalhos ou ajustes e ambiente de trabalho com segurança e conforto. Segundo PEREIRA (2009) A meta ser alcançada é o rendimento operacional global. As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos: a) Capacitar os operadores para conduzir a manutenção de forma voluntária. b) Capacitar os mantenedores a serem polivalentes. c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manutenção. d) incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de melhorar seu rendimento. 2.1.4. METAS Como foco a TPM tem o objetivo de alavancar a rentabilidade das organizações com duas metas: Falha zero / Quebra zero: Segundo Pereira(2009) “a ideia da perda zero é baseada no conceito de que a quebra é uma falha visível, ou seja , por conjunto de falhas invisíveis”. A quebra 8 ou falha é a interrupção das funções de um equipamento ou componentes, geralmente proveniente de erros humanos. Desta forma, as quebras só podem diminuir quando ocorrem mudanças e atitudes de todos os operadores que trabalham com o equipamento. O ponto de partida para se atingir quebra zero é o descarte do conceito de que as quebras são inevitáveis e adotar o conceito que os equipamentos podem ser protegidos. Se for possível detectar quebras antes que elas ocorram, é possível evitá-las através de medidas preventivas. O princípio básico para obtenção da quebra zero é a completa identificação destes defeitos. Existem dois tipos de defeitos latentes: Defeitos físicos, sendo que podem passar despercebidos, detectáveis somente com análises e não visíveis devido ao mau posicionamento, instalação, poeira ou sujeira. Defeitos Psicológicos, devidos a falta de capacitação técnica e conscientização dos responsáveis pela manutenção e operação; falta de interesse; não distingue a falha ou defeito por falta de conhecimento. 2.1.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS – AS SEIS GRANDES PERDAS O TPM tem como principal vantagem, do ponto de vista econômico, uma melhor utilização do ativo de uma empresa, ou seja, o aumento da capacidade produtiva, com o uso da manutenção das maquinas, ou em alguns casos específicos, a manutenção da capacidade produtiva. Estes resultados não são atingidos logo no início da implantação, somente com o desenvolvimento das pessoas no processo produtivo, podem-se alcançar resultados positivos. PEREIRA (2009), Para aumentar a produtividade dos equipamentos e, consequentemente, de toda a empresa, a TPM recomenda o ataque às denominadas seis grandes perdas. 9 1-Perdas por parada acidental: Quebra repentina perda em função de falha ou degeneração gradativa no equipamento. 2- Perdas por Set Up: Paradas frequentes e demoradas para regular equipamento 3- Perdas por espera momentânea: Trabalhos em vazios por consequência de gargalos em etapas que já passaram; Sobrecarga de equipamento que traz danos no equipamento; Parada da linha de produção por produtos que não estão conformes. 4- Perdas por queda de velocidade: Operar mais lentamente por motivos de qualidade ou por alguma limitação técnica. Ex: Por deficiência de refrigeração, em dias quentes a linha de produção fica com redução de velocidade; Vibrações demasiadas na linha. 5- Perdas por defeitos de produção: São perdas de qualquer retrabalho ou descarte de produtos com defeito 6-Perdas por queda de rendimento: Falta de qualidade da matéria prima. 3. OS PILARES DA TPM 10 4. IMPLANTAÇÃO DO TPM EM 12 ETAPAS A maneira clássica de implantação do TPM é através de 12 etapas: 1ª Etapa: Manifestação da Alta Administração Sobre a Decisão de introduzir o TPM. 2ª Etapa: Campanha de Divulgação e Treinamento para Introdução do TPM. 3ª Etapa: Estrutura para Implantação do TPM. 4ª Etapa: Estabelecimento de Diretrizes Básicas e Metas para o TPM. 5ª Etapa Elaboração do Plano Diretor para Implantação do TPM. 6ª Etapa: Início do Programa de TPM. 7ª Etapa: Melhoria Individualizada nos Equipamentos para Maior Rendimento Operacional. 8ª Etapa: Estruturação para a Manutenção Espontânea. 9ª Etapa: Estruturação da Manutenção Programada pelo Departamento de Manutenção 10ª Etapa: Treinamento para Melhoria do Nível de Capacitação da Operação e da Manutenção. 11ª Etapa: Estruturação do Controle da Fase Inicial de Operação dos Equipamentos. 12ª Etapa: Execução Total do TPM e Elevação do Nível Geral. As doze etapas sugeridas pela metodologia do JIPM podem ser dispostas em 4 fases: Preparação para a Introdução (etapas 1, 2, 3, 4, 5), Inicio da Introdução (etapa 6), Implementação (etapas 7, 8, 9, 10, 11), Conclusão (etapa 12). 1. DECLARAÇÃO OFICIAL DE ADOÇÃO DO TPM A direção deve dar conhecimento a toda empresa, sobre as intenções e expectativas com respeito à implantação do TPM, inicialmente informando sua decisão às gerências durante reuniões de rotina e divulgando a decisão por escrito 11 para todos os empregados utilizando-se meios de comunicação institucionais da empresa (jornal interno, quadro de aviso ou boletim específico). Deve-se utilizar de eventos, como seminários e encontros sobre TPM, direcionados para todos os executivos e o pessoal de chefia da empresa, pois todos deverão psicologicamente se preparar para colaborar para as expectativas e metas a serem atingidas. É recomendável que o TPM seja desenvolvido em nível da empresa como um todo, contudo, quando se tratar de uma empresa de grande porte, e que possua muitas divisões em vários locais, deve-se selecionar algumas divisões ou localidades como modelos, e efetuar nestes a introdução piloto do TPM. 2. TREINAMENTO INTRODUTÓRIO Como o TPM é um movimento para o aperfeiçoamento da empresa através do aprimoramento das pessoas e dos equipamentos. A finalidade do treinamento introdutório é neutralizar todos os preconceitos e nivelar conhecimento sobre o TPM. Fazer com que todos os empregados (todos os escalões) das áreas de produção, manutenção, engenharia e treinamento (no TPM fase I) e posteriormente dos órgãos indiretos (no TPM fase II) Esta fase deve ser percebida claramente e deve ser cuidadosamente planejada em termos de conteúdo, carga horária, instrutória, material didático e população alvo. É um investimento que não deve ser minimizado, pois seu retorno é grande. Recomenda-se que a mídia a ser utilizada na campanha interna seja através de "posters" e "slogans", além da realização de campanhas como auxílio de cartazes, faixas e outros recursos de comunicação de massa. 3. ESTRUTURAÇÃO DOS COMITÊS PARA IMPLEMENTAÇÃO O objetivo desta etapa uma vez decidida pela implantação, a direção deve escolher o Gestor e instituir uma Secretaria de TPM, cuja função básica é fomentar as atividades de TPM por toda a empresa, onde deve-se ser criado uma gerencia participativa através de pequenos grupos multifuncionais, este(s) componente(s) 12 deve(m) conhecer os conceitos, e ter(em) uma capacidade de liderança devidamente reconhecida. A Secretaria Gestor como é chamada, é responsável pela criação da estrutura para a implantação do TPM, pela elaboração do plano-diretor, pelo treinamento das pessoas que irão liderar o processo de implantação nas diversas instalações, e pela própria promoção integrada do TPM. A estrutura da Secretaria ou Gestor TPM dependerá do porte da empresa e abrangência do TPM (toda a empresa ou apenas em algumas instalações). Somente em casos de grandes empresas são montadas Secretaria de TPM. Nos demais casos o Gestor coordena os trabalhos juntos com um Comitê interdepartamental. Quando o TPM ganha um foco de filosofia gerencial da empresa, os integrantes da Secretaria ou Gestor dedicam-se exclusivamente ao tema, até sua implantação. OBS: Nem sempre é possível a formação de grupos, como nos casos de unidades em que há apenas 2 operadores por turno, onde impossibilita que eventuais tarefas com periodicidade diária da Manutenção Autônoma, sejam feitas sempre pelo mesmo “dono da máquina”. 4. DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES E METAS GLOBAIS Nesta etapa TPM deve ser implementado dentro do planejamento estratégico a médio e longo prazo e como parte da diretriz básica da empresa, integrado no processo de gestão da organização. É importante definir claramente a postura que se deseja para cada nível hierárquico, decorridos 3 a 5 anos (definidas como longo prazo) após a introdução do TPM, onde deve-se também estabelecer metas para a incorporação dos conceitos e das principais sugestões para execução, obtendo o consenso de toda a empresa sobre estas questões. Recomenda-se fazer comparações entre a situação atual e o objetivo visado, uma previsão dos resultados e alocando recursos adequados para tal execução. 5. ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR Elaborar um plano detalhado das etapas (Plano Diretor) que englobe desde os preparativos para a introdução do TPM, até o detalhamento das etapas seguintes. Durante o desenvolvimento do Plano Diretor deve-se medir sua promoção 13 tendo em mente o propósito de alcançar o nível esperado de avaliação, em base anual. Deve-se elaborar um cronograma contendo as 12 etapas previstas no programa de desenvolvimento do TPM, especialmente o proposto nos pilares básicos do TPM. Fazer especificação de atividades departamentais, setoriais etc baseadas no plano diretor e estabelecer prazos previamente delineados (semestrais e anuais) deve-se efetuara avaliação dos resultados por meio da sua comparação com os objetivos inicialmente estabelecidos e efetuar as correções necessárias. Como o TPM visa o aprimoramento das pessoas e dos equipamentos, se não houver tempo suficiente não se alcançará a melhora desejada. A elaboração do Plano Diretor deve considerar um espaço de tempo suficiente para que surjam resultados. 6. EVENTO DE LANÇAMENTO DO TPM Após os preparativos iniciais, ou seja, o encerramento das fases anteriores terá inicio a implantação do programa, trata-se, nesta etapa, de fazer frente ao desafio de "zerar" as seis grandes perdas dos equipamentos, procurando que cada funcionário da empresa compreenda as diretrizes da diretoria, conseguindo assim elevar a motivação moral de todos para participar, desafiando as condições limites atuais, e atingir as metas visadas. Para tal, deve-se realizar uma cerimônia para o encontro de todos os funcionários, no qual: É reafirmada a decisão da Diretoria de implantar o TPM; Estabelecer um marco na data em que se inicia o desafio de reduzir a zero as perdas nos equipamentos; Informar a todos os empregados a diretriz geral, as metas, o método, os prazos e os recursos alocados; O procedimento de promoção do TPM é explicado, bem como as diretrizes básicas do programa, suas metas, o Plano Diretor e outros aspectos; São recebidas manifestações de incentivo por parte de visitantes presentes ao evento; 14 Estabelecer o compromisso de todos (direção e empregados) perante suas famílias, clientes, fornecedores e comunidade, do propósito de melhorar a empresa e suas vidas; O evento é preparado pela comissão de divulgação com a seguinte estruturação: Local, deve ter capacidade para no mínimo 30% dos empregados da empresa, podendo ser um auditório, ou uma quadra de esportes ou mesmo um pátio da empresa, duração de 2 horas, clientes e funcionários deverão ser convidados e empresas coligadas. 7. ATIVIDADES DE MELHORIA INDIVIDUAL A etapa da de Melhoria Individual dos Equipamentos focaliza o gerenciamento do equipamento, especialmente a sua melhoria. Tem a particularidade de aplicar técnicas de solução de problemas em pequenos grupos, além de necessitar da participação de operadores, pessoal da manutenção, supervisores e engenheiros (podendo envolver também o pessoal de Vendas). Esta etapa é implementada através de dez atividades: Seleção dos Equipamentos / Processos como Modelo, Constituição e Capacitação dos Grupos de Trabalho, Levantamento das Perdas Atuais, Definição dos Temas e Metas para Melhorias, Elaboração do Plano de Melhorias, Mapeamento das análises e Medidas Defensivas, Implementação da Melhoria, Comprovação dos Resultados, Tomada de Providência para Evitar a Recorrência, Disseminação das Melhorias Implementadas em equipamentos / processos. Cada setor ou seção deve selecionar um único equipamento piloto, pois não se deve atuar sobre muitos ao mesmo tempo. Ao demonstrar melhorias individualizadas através de equipes de projeto com temas específicos, é possível demonstrar as reais habilidades do pessoal de engenharia de processo e de manutenção. Ao disseminar a melhoria individualizada lateralmente, cada líder de grupo poderá realizar as melhoria nos equipamentos do seu próprio local de trabalho, através de pequenos grupos. 15 8. ESTRUTURAÇÃO DA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA O objetivo desta etapa é estabelecer os critérios de avaliação econômica ou custo do ciclo de vida do equipamento, para isso deve-se projetar e construir equipamentos e instalações que não quebrem e não gerem produtos defeituosos, além de serem fáceis e baratos de operar e de manter o que propicia altos níveis de produtividade com que a atitude segundo a qual, cada pessoa se encarrega de cuidar efetivamente de seus próprios equipamentos, seja definida para todos os trabalhadores da empresa. Além de introduzir e avaliar a habilidade de executar uma manutenção autônoma (espontânea) que deve ser adotada por cada operador. 9. MANUTENÇÃO PLANEJADA Nesta etapa a produção e a manutenção buscam complementar-se, com a adoção da manutenção autônoma ou voluntária pela produção, enquanto a área de manutenção se encarrega de detectar e tratar as anormalidades dos equipamentos antes que eles produzam defeitos ou perdas. O objetivo principal é o desenvolvimento de um sistema que promova a eliminação de atividades não programadas de manutenção, para a preservação de máquinas, equipamentos e instrumentos, através da preparação dos calendários de trabalho e a definição das normas e padrões para a sua condução, não se tratando, portanto, de algo inédito. A consolidação da ManutençãoPlanejada é obtida com a realização de seis etapas: Levantamento da condição atual, Estabelecimento de uma organização de melhoria individual, Estabelecimento de um sistema de controle de informação, Estabelecimento de um sistema de manutenção programada, Estabelecimento de um sistema de manutenção preditiva, Mensuração dos resultados da manutenção. 10. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO Nesta etapa a empresa deve encarar este programa de educação e treinamento como um investimento, no qual não se deve economizar, visto que apresenta um retorno garantido, além de obter um controle administrativo eficaz (necessário e suficiente). 16 Desenvolver novas habilidades e conhecimentos, tanto para o pessoal de produção quanto para o de manutenção, e todas as pessoas que serão envolvidas devem ser educadas (conscientizadas) e treinadas (habilitadas). Treinamento no local de trabalho e autodesenvolvimento são estratégias para o sucesso do TPM, pois desta forma, os operadores podem ser reclassificados com base no conhecimento de processo, tempo na função e habilidade no equipamento. 11. PREVENÇÃO DA MANUTENÇÃO Nesta etapa há a relação de forma direta entre engenharia de projeto e engenharia de manutenção para empresa, onde juntos se elabora uma estrutura para condução da gestão dos equipamentos na fase inicial de entrada em funcionamento, de modo a constatar a economicidade por meio do custo do ciclo de vida (life cycle cost), adequação do projeto (PdM), tendo como elementos centrais os membros integrantes. Atividades de prevenção são conduzidas durante as fases de projeto, fabricação, instalação e teste em vazio, e comissionamento (estabelecimento de operação normal com produção comercial). Deve-se: reduzir a necessidade de manutenção do equipamento, Produzir equipamentos com confiabilidade; facilidade de operação, de manutenção e de implementação de manutenção autônoma; tempos curtos de partida após a instalação e segurança. Esta é uma etapa designada aos órgãos de engenharia da empresa, tanto no que se refere aos processos, como no que se refere à determinação ou construção de máquinas, buscando o máximo rendimento operacional global. 12. REALIZAÇÃO DO TPM E SEU APERFEIÇOAMENTO Esta é a etapa da consolidação, controle e correção dos desvios do TPM, onde a implementação de etapas mais complexas e melhoramento contínuo ocorre permitindo assim a melhoria do próprio nível de performance. 17 5. ESTUDO DE CASO: APLICAÇÃO DA TPM EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA 5.1 METODOLOGIA O estudo de caso é uma descrição analítica de um evento ou de uma situação in-loco que serve de guia para o desenvolvimento de procedimentos com a finalidade de obter novas descobertas. A essência de um estudo de caso é que ele tente esclarecer decisões, sempre avaliando o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e quais os resultados (YIN, 2001). Para o desenvolvimento do estudo de caso foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos. O primeiro visou identificar disponibilidade de equipamentos, a partir de informações mensuráveis, ou seja, um estudo de campo. Já o método qualitativo focalizou o treinamento e aplicação da metodologia TPM, pois utilizam em sua análise informações não mensuráveis com características de qualidade. 5.2 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA TPM NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA Para implantação da TPM primeiramente fez-se um estudo sobre a filosofia e os pilares da Manutenção Produtiva Total visando adequar a realidade da empresa, assim efetuando o projeto de implantação na linha produção de bombons de chocolate com waffer. Inicialmente realizou-se o treinamento da diretoria juntamente com os encarregados para oficialização do projeto e depois se apresentou aos funcionários da Produção e Manutenção, setores em que as atividades da TPM se restringiram. Entretanto, os departamentos administrativos apoiaram ativamente ao programa, sendo assim, aplicam também para melhorar a eficácia de suas próprias atividades, demonstrando o comprometimento de todos. Em um hotel se realizou a apresentação do projeto de implantação, na qual os funcionários dos três turnos da linha Piloto foram reunidos e tiveram várias atividades de integração com os objetivos da TPM. A estratégia da empresa atingiu 18 seu propósito garantindo a fortificação das relações entre o grupo e ganhando aceitação total para implantar o programa e obter resultados. Em um local específico chamado de “Sala Verde”, Criou-se uma reunião diária, que acontece antes de iniciar o trabalho de cada turno, na qual são repassadas a cada equipe as informações sobre os progressos do programa quanto: á diminuição de refugo e retrabalho; aumento de produtividade (produção diária em Toneladas); principais falhas e suas quantidades ocorridas na linha (quanto á manutenção elétrica e mecânica); acidentes e incidentes (quase acidente, foco de risco de segurança), buscando maximizar o processo de produção. Na “Sala Verde” ficam expostos os indicadores de desempenho, dos três turnos, relativos à Produção como da Manutenção da Linha Piloto da implantação, caracterizando-se uma Gestão á Vista. Assim, pode-se dizer que TPM é a manutenção produtiva realizada por todos os empregados por meio de atividades com pequenos grupos. FIGURA 1 - Reunião Sala Verde e Multiplicadores da TPM + Indicadores. Fonte: Empresa estudada. 5.2.1 FORMAÇÃO E TREINAMENTO O objetivo de treinar os funcionários é qualificar sua mão de obra a executar trabalhos relativos aos Pilares da Manutenção Produtiva Total e ter domínio do maquinário de produção. Por meio do treinamento, pode transmitir aos participantes os principais conceitos necessários para a utilização desses pilares para a melhoria do processo produtivo. 19 Segundo Saltorato e Cintra (1999), com a participação ativa de todos os envolvidos no processo, de forma contínua e permanente, obterão redução em quebras de máquinas, defeitos nos produtos e perdas nos processos. Em salas especializadas foram ministrados treinamentos para montagem e desmontagem das máquinas para efetuar Limpeza (Manutenção Preventiva) e Manutenção Autônoma (Rotas de Inspeção, troca de Filtro, troca de pequenas vedações e parafusos, entre outros). Em seguida, foram realizados os treinamentos na prática (treinamento on the job) por partes dos operadores e com acompanhamento dos integrantes da manutenção, os quais elaboram e aplicam a maioria dos treinamentos relacionados a assuntos técnicos. FIGURA 2 - Fotos do Treinamento sobre Vedações e Troca de Filtros. Fonte: Arquivos da Empresa em Estudo. As informações dos treinamentos práticos aos operadores foram transformadas em Instruções de Trabalho e penduradas em Pedestais no Centro da Linha de Produção, para que os operadores possam consultar sempre em caso de dúvidas. Foram concedidos aos funcionários, certificados de todos os treinamentos realizados, valorizando a mão de obra e aumentando a motivação pessoal, a qual é o ponto chave para alcançar sucesso em um programa de Manutenção Produtiva Total. 20 5.2.2 LIMPEZA E MANUTENÇÃO AUTÔNOMA – EXECUÇÃO A área da produção deve ter uma parcela de responsabilidade da manutenção dos equipamentos, principalmente no tocante as atividades de prevenção contra deteriorações. Para Saltorato e Cintra (1999), se a manutenção e a produção trabalharem juntas, haverá menos paradas devido a panes ou quebras. A implantação da Manutenção Autônoma inclui constantementeo uso de controles visuais. Logo, durante as Inspeções Visuais e a Limpeza Detalhada, os equipamentos são marcados e rotulados com etiquetas (azul e vermelha) para fazer identificação de pontos de avarias, facilitando a manutenção para conserto posteriormente ou se possível no mesmo instante da verificação. Todas estas inspeções são documentadas em folhas de check-list e as etiquetas são emitidas em duas vias: uma colocada na máquina e outra no livro de ocorrências, sendo a cor Vermelha para o setor de manutenção sanar o defeito e Azul para conserto por conta da Produção (Manutenção Autônoma), gerando histórico para futuros estudos e análises de falha. FIGURA 3 - Estado de Conservação de um Misturador da Fábrica - Execução de Limpeza. Fonte: Fotos Empresa. Após a limpeza dos equipamentos, caso haja necessidade, os mesmos são identificados com etiquetas, pois os funcionários colocam etiquetas nos locais, descrevendo o possível defeito visual para tratamento no momento e/ou posterior. Estas etiquetas podem ser mais bem visualizadas na figura 4. Sempre que as etiquetas eram destinadas a Manutenção (Vermelha), as mesmas eram destinadas 21 ao Planejamento de Manutenção, na qual se elaboram uma Ordem de Serviço juntamente com o número da etiqueta para rastreamento e histórico. FIGURA 4 – Etiquetas para Identificação de Inconveniências. Fonte: Rede de comunicação Interna da Empresa estudada 5.2.3 MANUTENÇÃO PLANEJADA Segundo Kardec e Nascif (2002), a Manutenção Preventiva é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar falha e queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado baseado em intervalos definidos de tempo. Ou seja, as atividades de manutenção planejadas são previamente programadas para consertar equipamento e substituírem componentes antes que eles falhem, interrompendo o ciclo produtivo. Isto exige adaptação da parada planejada com o cronograma da produção, para executar reparos nos equipamentos, permitindo tratar estes consertos como prioridade para a equipe de Manutenção. Os Planos de Manutenção Preventiva ficaram a encargo dos manutentores (Mecânicos e Eletricistas). A Linha Piloto recebeu total atenção neste Pilar, pois foram elaborados novos planos de inspeção, lubrificação, entre outros e atualizados os já existentes. 22 FIGURA 5 - Plano de Lubrificação Revisado. Fonte: Documentos da Empresa. 5.3 RESULTADOS O estudo de caso apresentou as fases de implantação de TPM em uma indústria alimentícia, mas especificamente na Linha de bombons de chocolate com waffer como Piloto por considerar que este produto possui maior margem de lucro, pois para a empresa é considerado “carro chefe” da fábrica. A implantação do TPM garantiu a empresa grande importância como técnica para busca de melhor eficácia no relacionamento Homem-Máquina e Manutenção- Produção. Como resultado obteve-se aumento da disponibilidade do maquinário da linha e diminuição das percas com produto (refugo). A figura 6 demonstra a evolução da Disponibilidade do Maquinário da Linha (média de todas as máquinas e equipamentos da linha piloto) e consequentemente aumento de produtividade. 23 FIGURA 6 - Gráfico de Disponibilidade da Linha Piloto - Implantação TPM. Fonte: Empresa em Estudo Com a implantação da TPM os índices de produção e disponibilidade dos recursos aumentarão, conforme medidas de ações preventivas ou de melhorias foram realizadas para que as falhas não ocorressem novamente ou a redução da sua frequência, podendo considerar que a aplicação da TPM refletiu diretamente fluxo físico global da empresa, sendo que a ferramenta bem implantada trousse resultados positivos, não só para a produção, mas também na qualidade de vida do trabalhador, além de proporcionar uma melhor interação entre os setores de produção com a manutenção. 24 6. CONCLUSÃO Conforme Suzuki (1992); Fernandes (2005); Corrêa e Corrêa (2007), afirmam que para a implantação da TPM, necessitam de aproveitamento das pessoas, dos equipamentos e a total organização, ou seja, uma reestruturação organizacional, por meio da participação total das pessoas, dependendo da alta direção e do aperfeiçoamento dos equipamentos, com o objetivo de máxima geração de resultados com o menor custo. A Manutenção Produtiva Total é muito mais que um sistema de gestão da manutenção, é uma verdadeira revolução cultural. A busca pela integração homem x máquina x empresa traz uma nova abordagem para a gestão dos recursos produtivos, modificando o significado da palavra MANUTENÇÃO. Não se trata mais de simplesmente preservar os equipamentos, mas sim elevar os lucros da organização, gerando maior rentabilidade e satisfação dos funcionários em todos os níveis hierárquicos. Portanto, a TPM deve ser implantada de forma certa e as necessidades requeridas, pois um programa mal executado retorna como prejuízo e descrédito por parte dos funcionários. Para se evitar isto, deve-se fazer uma análise e ajustar a filosofia da TPM às características de cada empresa como: arranjo físico das instalações industriais; capacidade produtiva; variedade de produtos; escala de negócios; entre outros. 25 REFERÊNCIAS Bôas, Adriano T. V., “Gestão da manutenção produtiva total: conceitos e etapas de implementação”, Monografia apresentada ao Curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Ouro Preto como parte dos requisitos para a obtenção do Grau de Engenheiro de Controle e Automação, Ouro Preto, 2005. Ribeiro, Celso Ricardo, “Processo de implementação da manutenção produtiva total (TPM.) na indústria brasileira”, Monografia apresentada ao Departamento de Economia, Contabilidade, Administração da Universidade de Taubaté como partedos requisitos para obtenção da aprovação no curso de MBA em Gerência de Produção e Tecnologia, Taubaté – SP, 2003. SLACK, Nigel. Administração da Produção. São Paulo: Ed.Atlas 3°ed.2009. SAMPAIO, Adrian. TPM/MTP Manutenção Produtiva Total. Disponível em <http://www.mantenimientomundial.com/sites/mmnew/bib/notas/TPMtotal.pdf> acesso em 07 Set. 2014 PEREIRA, Mario Jorge. Engenharia de Manutenção – Teoria e Pratica. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2009. OLIVEIRA , Claudilaine Caldas; MARTINS, Rui Francisco; XAVIER, Antonio Augusto de Paula. Aplicação da Manutenção Produtiva Total (TPM): estudo de caso em uma Indústria Alimentícia. Disponível em <http://pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/ebook/2009/CONGRESSOS/Nacionais/2009%2 0-%20SIMPEP/XVI_SIMPEP_Art_8_a.pdf> acesso em 04 Set. 2014. NASCIMENTO, Elias dos Santos. et al. Manutenção Produtiva Total - MTP. Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAj2EAB/mtp-manutencao- total-produtiva >acesso em 03 Set. 2014. 26 TONDATO, Rogério. Manutenção Produtiva Total: Estudo de caso na indústria gráfica. Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5167/000466112.pdf> acesso em 07 Set. 2014. 27
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