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cms%2Ffiles%2F11763%2F1510662008II SimulaJURIS COMENTADO

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Prévia do material em texto

1		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
 	 2		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
	
Olá,	
Olá, 
Antes de começarmos, queria te contar um pouco sobre o SimulaJURIS. 
 
Esse é um projeto pioneiro, que surgiu do interesse da REDE JURIS em oferecer ao 
aluno a experiência máxima de prova, com 80 Questões Inéditas formuladas no 
Padrão FGV, preparadas por Professores e Monitores capacitados. 
 
Tudo foi pensado para que o aluno, ao longo da sua preparação, esteja em 
contato direto com aspectos que serão vividos no dia da prova, e possa assim 
estar preparado de forma mais efetiva. 
 
Essa prova leva em consideração Tamanho de Fonte, Diagramação, Tempo de 
Prova, Tamanho de Enunciados, Questões Interdisciplinares, Sequência de 
Matérias abordadas, índice de Temas mais cobrados, e diversas outras 
prerrogativas adotadas pela FGV na criação da Prova do Exame de Ordem. 
 
Apesar de não fazer parte desse material, nosso Cartão de Respostas é 
exatamente igual ao que a FGV entrega aos inscritos no dia da Prova, para que 
não hajam surpresas, e o aluno possa extrair todo o conteúdo que aprendeu ao 
longo desses meses de preparação. 
 
Considerada uma Ferramenta Poderosa de Estudo Aprofundado, o SimulaJURIS 
constitui um dos pilares da Metodologia Imersiva proposta pela Rede Juris. 
 
Esse SimulaJURIS Comentado foi preparado para auxiliar os alunos na correção, 
tendo comentários pontuais (em azul) a cerca da matéria cobrada em cada 
questão (gabaritos em cinza). 
 
Espero que aproveitem ao máximo! 
 
Um grande abraço, 
 
		
 	 3		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
 
Direito	Processual	Civil	
Questão	1		
Acerca	 de	 normas	 processuais	 e	 jurisdição,	 assinale	 a	 opção	
correta	de	acordo	com	as	disposições	do	CPC.	
	
A)	 O	 novo	 CPC	 aboliu	 o	 processo	 cautelar	 como	 espécie	 de	
procedimento	autônomo	e	as	ações	cognitivas	meramente	
declaratórias.	
Alternativa	errada.	De	fato,	o	processo	cautelar	autônomo	foi	abolido	pelo	
NCPC	 (temos	 agora	 a	 Tutela	 Cautelar),	 mas	 não	 as	 ações	 cognitivas	
meramente	 declaratórias.		(Ex:	 ação	 declaratória	 de	 extinção	 de	 hipoteca,	
ação	 declaratória	 de	 nulidade	 em	 escritura	 pública.	 Outro	 exemplo	 dado	
pela	 doutrina	 de	 Daniel	 Neves:	 "Diferentemente	 das	 nulidades	 relativas	 e	
absolutas,	 o	 vício	 que	 gera	 a	 inexistência	 do	 ato	 não	 se	 convalida	 jamais,	
podendo	 ser	 reconhecido	 na	 constância	 da	 demanda	 e	 após	 o	 seu	
encerramento,	 independentemente	 de	 prazo,	 por	 meio	 de	 mera	ação	
declaratória	de	inexistência	de	ato	jurídico.")	(2016,	p.931)	
B)	Os	processos	sujeitos	a	sentença	terminativa	sem	resolução	
de	mérito	ficam	excluídos	da	regra	que	determina	a	ordem	
cronológica	de	conclusão	para	a	sentença.	
Alternativa	 certa.	 "Art.	 12.	 	Os	 juízes	 e	 os	 tribunais	 atenderão,	
preferencialmente,	à	ordem	cronológica	de	conclusão	para	proferir	sentença	
ou	acórdão.		
IV	-	as	decisões	proferidas	com	base	nos	arts.	485	(cujo	dispositivo	trata	de	
hipóteses	de	julgamento	sem	resolução	do	mérito)	e	932,	NCPC."	
Os	processos	sujeitos	a	sentença	terminativa	sem	resolução	de	mérito	ficam	
excluídos	da	regra	que	determina	a	ordem	cronológica	de	conclusão	para	a	
sentença.	
C)	 As	 limitações	 e	 restrições	 aplicadas	 aos	 processos	
caracterizados	 como	 de	 segredo	 de	 justiça	 não	 se	
estendem	 aos	 feitos	 cujo	 curso	 se	 processe	 nos	 órgãos	
jurisdicionados	superiores.	
Alternativa	errada.	Não	existe	tal	limitação.	O	segredo	de	justiça	existirá	em	
todas	 as	 instâncias	 caso	 verificados	 os	 seus	 pressupostos.	 Lembre-se	 que	
parte	das	investigações	Lava	Jato	que	tramita	no	STF	está	sob	sigilo.	
D)	Sentença	estrangeira	que	verse	sobre	sucessão	hereditária	
e	disposição	testamentária	de	bens	situados	no	Brasil	poderá	
ser	 executada	 no	 Poder	 Judiciário	 brasileiro	 após	
homologação	pelo	STJ.	
Alternativa	errada.	Art.	23.		Compete	à	autoridade	judiciária	brasileira,	com	
exclusão	de	qualquer	outra:	
I	-	conhecer	de	ações	relativas	a	imóveis	situados	no	Brasil;	
II	 -	em	 matéria	 de	 sucessão	 hereditária,	 proceder	à	 confirmação	
de	testamento	particular	 e	 ao	inventário	 e	 à	 partilha	 de	 bens	 situados	 no	
Brasil,	ainda	 que	 o	 autor	 da	 herança	 seja	 de	 nacionalidade	 estrangeira	 ou	
tenha	domicílio	fora	do	território	nacional;	
III	-	em	divórcio,	separação	judicial	ou	dissolução	de	união	estável,	proceder	
à	 partilha	 de	 bens	 situados	 no	 Brasil,	 ainda	 que	 o	 titular	 seja	 de	
nacionalidade	estrangeira	ou	tenha	domicílio	fora	do	território	nacional.	
	
Questão	2			
A	respeito	da	lei	processual	civil,	assinale	a	alternativa	correta.	
	
A)		A	lei	vigente	na	data	do	oferecimento	da	peça	recursal	é	a	
reguladora	dos	efeitos	e	dos	requisitos	da	admissibilidade	
dos	recursos.	
Alternativa	errada.	A	lei	vigente	na	data	do	oferecimento	da	peça	recursal	é	
a	reguladora	dos	efeitos	e	dos	requisitos	da	admissibilidade	dos	recursos.	
B)	 	O	prazo	de	vacatio	 legis	do	novo	Código	de	Processo	Civil	
foi	de	seis	meses	decorrido	da	data	de	sua	publicação.	
Alternativa	errada.	O	prazo	de	vacatio	legis	do	novo	Código	de	Processo	Civil	
foi	de	seis	meses	decorrido	da	data	de	sua	publicação.	INCORRETA	
Art.	1.045.	 	Este	Código	entra	em	vigor	após	decorrido	1	 (um)	 ano	da	data	
de	sua	publicação	oficial.	
C)		A	revelia,	bem	como	os	efeitos,	regulam-se	pela	lei	vigente	
na	data	do	ajuizamento	da	demanda.	
Alternativa	 errada.	 A	 revelia,	 bem	 como	 os	 efeitos,	 regulam-se	 pela	 lei	
vigente	na	data	do	ajuizamento	da	demanda.	
D)	 	As	condições	da	ação	regem-se	pela	 lei	vigente	à	data	de	
propositura	da	ação.	
Alternativa	certa.	Conforme	As	condições	da	ação	regem-se	pela	lei	vigente	
à	data	de	propositura	da	ação.	
	
Questão	3		
Quanto	ao	exercício	da	função	jurisdicional	pelo	Estado-Juiz	e	
no	que	se	refere	à	jurisdição	e	ação,	é	incorreto	afirmar:	
	
A)	Ninguém	poderá	pleitear	 direito	 alheio	 em	nome	próprio,	
salvo	 quando	 autorizado	 pelo	 ordenamento	 jurídico;	 em	
havendo	 substituição	 processual,	 o	 substituído	 será	
excluído	do	feito,	não	lhe	cabendo	intervir	como	assistente	
litisconsorcial.	
Alternativa	certa.	De	fato,	dispõe	o	art.	18,	caput,	do	CPC/15,	que	"ninguém	
poderá	 pleitear	 direito	 alheio,	 em	nome	próprio,	 salvo	 quando	 autorizado	
pelo	 ordenamento	 jurídico.	 Porém,	 o	 que	 dispõe	 o	 parágrafo	 único	 deste	
dispositivo	 legal	 é	 que	 "havendo	 substituição	 processual,	 o	 substituído	
poderá	intervir	como	assistente	litisconsorcial.		
B)	 É	 admissível	 a	 ação	 meramente	 declaratória,	 ainda	 que	
tenha	ocorrido	a	violação	do	direito.		
Alternativa	errada.	É	o	que	dispõe,	literalmente,	o	art.	20,	do	CPC/15.	
C)	 Para	 postular	 em	 juízo	 é	 necessário	 ter	 interesse	 e	
legitimidade.		
Alternativa	errada.	É	o	que	dispõe,	literalmente,	o	art.	17,	do	CPC/15.	
D)	 O	 interesse	 do	 autor	 pode	 limitar-se	 à	 declaração	 da	
existência,	 da	 inexistência	 ou	 do	 modo	 de	 ser	 de	 uma	
relação	 jurídica,	 da	 autenticidade	 ou	 da	 falsidade	 de	
documento.	
Alternativa	errada.	É	o	que	dispõe,	literalmente,	o	art.	19,	do	CPC/15.	
	
Questão	4		
A	 atividade	 jurisdicional	 é	 caracterizada	 pela	 inércia,	 sendo	
indispensável	 que	 a	 provoque	 pelo	 uso	 da	 AÇÃO.	 Assinale	 a	
opção	correta:	
	
A)	Havendo	substituição	processual,	o	substituído	não	poderá	
intervir	como	assistente	litisconsorcial.	
Alternativa	errada.	Disposição	expressa	do	artigo	18,	parágrafo	único	do	CPC	
em	sentidocontrário.	
B)	 Há	 litispendência	 quando	 uma	 ação	 é	 idêntica	 à	 outra	
possuindo	as	mesmas	partes,	a	mesma	causa	de	pedir	ou	
pedido.	 A	 litispendência	 não	 poderá	 ser	 reconhecida	 de	
ofício	 pelo	 juiz,	 obrigando-o	 a	 prolatar	 uma	 sentença	
terminativa,	que	fará	coisa	julgada	formal	e	material.	
Alternativa	errada.	Haverá	 litispendência	entre	duas	ações	quando	tiverem	
os	mesmos	autores,	réus,	forem	baseadas	nos	mesmos	fatos	e	o	provimento	
e	 bem	 da	 vida	 forem	 os	 mesmos.	 Pelo	 que	 a	 assertiva	 indica,	
seriam	condições	 alternativas,	 quando	 na	 verdade	 são	 condições	
cumulativas.	 Ademais,	 ela	 pode	 sim	 ser	 reconhecida	 de	 ofício	 pelo	 juiz,	 o	
que	acarretaria	em	uma	sentença	de	extinção	do	processo	sem	resolução	de	
mérito	(artigo	485,	inciso	V	do	CPC).	
C)	 O	 artigo	 8º,	 III,	 da	 Constituição	 Federal	 dispõe	 que	 "ao	
sindicato	cabe	a	defesa	dos	direitos	e	 interesses	coletivos	
ou	individuais	da	categoria,	inclusive	em	questões	judiciais	
ou	 administrativas".	 Logo,	 é	 correto	 afirmar	 que	 o	
sindicato	possui	 legitimidade	extraordinária	na	defesa	dos	
		
 	 4		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
direitos	 e	 interesses	 da	 categoria	 profissional,	 sendo	 a	
legitimidade	ad	 causam	um	 dos	 requisitos	 (condições)	
necessários	 para	 a	 existência	 de	 um	 provimento	 final	 de	
mérito.	
Alternativa	certa.	A	disposição	constitucional	demonstrada	na	alternativa	é	
uma	das	exceções	autorizadas	pelo	artigo	18,	caput,	do	CPC,	na	qual	alguém	
vai	 a	 juízo	 em	 nome	 próprio	 postular	 por	 direito	 alheio	 (definição	 de	
legitimidade	extraordinária).	Como	a	legitimidade	para	figurar	no	processo	é	
uma	das	condições	da	ação,	assim	como	indicado	na	alternativa,	a	assertiva	
está	correta.	
D)	 Compete	 à	 autoridade	 judiciária	 brasileira,	 conhecer	 de	
ações	 relativas	a	 imóveis	 situados	no	Brasil,	desde	que	as	
partes	não	tenham	convencionado	foro	de	eleição.	
Alternativa	errada.	Artigo	23	do	CPC	traz	hipóteses	de	jurisdição	exclusiva	da	
justiça	 brasileira,	 sendo	 uma	 delas	 em	 relação	 a	 ações	 sobre	 imóveis	
situados	 no	 País.	 Portanto,	 não	 caberia	 às	 partes	 convencionar	 foro	 para	
julgamento	da	causa	nesses	casos.	
	
Questão	5		
Sobre	 o	 tema	 dos	 sujeitos	 do	 processo,	 de	 acordo	 com	 o	
Código	de	Processo	Civil,	assinale	a	alternativa	incorreta:	
	
A)	Salvo	para	os	cônjuges	casados	sob	o	regime	de	separação	
absoluta	de	bens,	o	cônjuge	necessitará	do	consentimento	
do	 outro	 para	 propor	 ação	 que	 verse	 sobre	 direito	 real	
imobiliário	 e	 os	 cônjuges	 serão	 necessariamente	 citados	
para	a	ação	que	verse	sobre	direito	real	imobiliário.	
Alternativa	 errada.	 Art.	 73.		O	 cônjuge	 necessitará	 do	 consentimento	 do	
outro	 para	 propor	 ação	 que	 verse	 sobre	 direito	 real	 imobiliário,	 salvo	
quando	casados	sob	o	regime	de	separação	absoluta	de	bens.	
§	1o	Ambos	os	cônjuges	serão	necessariamente	citados	para	a	ação:	
I	 -	 que	 verse	 sobre	 direito	 real	 imobiliário,	 salvo	 quando	 casados	 sob	 o	
regime	de	separação	absoluta	de	bens;	
B)	Toda	pessoa	que	se	encontre	no	exercício	de	seus	direitos	
tem	capacidade	para	estar	em	juízo.	
Alternativa	 errada.	 Art.	 70.		Toda	 pessoa	 que	 se	 encontre	 no	 exercício	 de	
seus	direitos	tem	capacidade	para	estar	em	juízo.	
C)	 Constatado	 ato	 atentatório	 à	 dignidade	 da	 justiça,	 deve	 o	
juiz	aplicar	ao	responsável	multa	de	até	vinte	por	cento	do	
valor	da	causa,	de	acordo	com	a	gravidade	da	conduta.	
Alternativa	 errada.	 Art.	 77.		Além	 de	 outros	 previstos	 neste	 Código,	 são	
deveres	 das	 partes,	 de	 seus	 procuradores	 e	 de	 todos	 aqueles	 que	 de	
qualquer	forma	participem	do	processo:	
IV	-	cumprir	com	exatidão	as	decisões	 jurisdicionais,	de	natureza	provisória	
ou	final,	e	não	criar	embaraços	à	sua	efetivação;	
VI	 -	não	 praticar	 inovação	 ilegal	 no	 estado	 de	 fato	 de	 bem	 ou	 direito	
litigioso.	
§	 2o	A	 violação	 ao	 disposto	 nos	 incisos	 IV	 e	 VI	 constitui	 ato	 atentatório	 à	
dignidade	 da	 justiça,	 devendo	 o	 juiz,	 sem	 prejuízo	 das	 sanções	 criminais,	
civis	 e	 processuais	 cabíveis,	 aplicar	 ao	 responsável	multa	 de	 até	vinte	 por	
cento	do	valor	da	causa,	de	acordo	com	a	gravidade	da	conduta.	
D)	Constatada	a	 irregularidade	de	 representação	da	parte	na	
fase	recursal,	o	relator	não	deve	conhecer	do	recurso,	sem	
qualquer	necessidade	de	oportunizar	prazo	razoável	para	a	
parte	saná-la.	
Alternativa	 certa.	 Art.	 76.		 Verificada	 a	 incapacidade	 processual	 ou	 a	
irregularidade	 da	 representação	 da	 parte,	 o	 juiz	 suspenderá	 o	 processo	 e	
designará	prazo	razoável	para	que	seja	sanado	o	vício.	
§	 2o	Descumprida	 a	 determinação	 em	fase	 recursal	perante	 tribunal	 de	
justiça,	tribunal	regional	federal	ou	tribunal	superior,	o	relator:	
I	-	não	conhecerá	do	recurso,	se	a	providência	couber	ao	recorrente;	
II	-	 determinará	 o	 desentranhamento	 das	 contrarrazões,	 se	 a	 providência	
couber	ao	recorrido.	
	
Questão	6	
Sobre	 o	 tema	 de	 litisconsórcio,	 de	 acordo	 com	 o	 Código	 de	
Processo	Civil,	haverá	litisconsórcio	necessário:	
	
A)	sempre	que	ele	for	unitário.	
Alternativa	errada.	Não	se	confunde	o	conceito	de	 litisconsórcio	unitário	e	
necessário:	
NCPC,	Art.	 114.	 O	 litisconsórcio	 será	 necessário	 por	 disposição	 de	 lei	 ou	
quando,	 pela	 natureza	 da	 relação	 jurídica	 controvertida,	 a	 eficácia	 da	
sentença	depender	da	citação	de	todos	que	devam	ser	litisconsortes.	
NCPC,	 Art.	 116.	 O	 litisconsórcio	 será	 unitário	 quando,	 pela	 natureza	 da	
relação	 jurídica,	 o	 juiz	 tiver	 de	 decidir	 o	 mérito	 de	 modo	 uniforme	 para	
todos	os	litisconsortes.	
B)	 ativo,	 entre	 os	 cônjuges,	 na	 ação	 que	 verse	 sobre	 direito	
real	 imobiliário,	 salvo	 se	 casados	 sob	 regime	 de	 separação	
absoluta	de	bens.	
Alternativa	errada.	hipótese	do	artigo	73,	 I,	NCPC	faz	com	que	os	cônjuges	
sejam	 citados	 e,	 portanto,	 ingressem	 no	 processo	 como	 réus.	Trata-se	 de	
litisconsórcio	passivo	e	não	ativo;	
C)	passivo,	entre	os	cônjuges,	na	ação	fundada	em	obrigação	
contraída	por	um	deles,	em	proveito	da	família.	
Alternativa	certa.	Art.	73.		O	cônjuge	necessitará	do	consentimento	do	outro	
para	 propor	 ação	 que	 verse	 sobre	 direito	 real	 imobiliário,	 salvo	 quando	
casados	sob	o	regime	de	separação	absoluta	de	bens.	
§	1o	Ambos	os	cônjuges	serão	necessariamente	citados	para	a	ação:	
I	 -	 que	 verse	 sobre	 direito	 real	 imobiliário,	 salvo	 quando	 casados	 sob	 o	
regime	de	separação	absoluta	de	bens;	
II	 -	 resultante	 de	 fato	 que	 diga	 respeito	 a	 ambos	 os	 cônjuges	 ou	 de	 ato	
praticado	por	eles;	
III	-	fundada	em	dívida	contraída	por	um	dos	cônjuges	a	bem	da	família;	
IV	-	que	tenha	por	objeto	o	reconhecimento,	a	constituição	ou	a	extinção	de	
ônus	sobre	imóvel	de	um	ou	de	ambos	os	cônjuges.	
D)	entre	alienante	e	adquirente	quando	ocorrer	a	alienação	de	
coisa	ou	de	direito	litigioso.	
Alternativa	 errada.	 A	 alienação	 não	 acarreta	 a	 alteração	 das	 partes. 
NCPC,	Art.	 109.	 	A	 alienação	 da	 coisa	 ou	 do	 direito	 litigioso	 por	 ato	 entre	
vivos,	a	título	particular,	não	altera	a	legitimidade	das	partes.	
§	1o	O	adquirente	ou	cessionário	não	poderá	ingressar	em	juízo,	sucedendo	
o	alienante	ou	cedente,	sem	que	o	consinta	a	parte	contrária.	
§	 2o	O	 adquirente	 ou	 cessionário	 poderá	 intervir	 no	 processo	 como	
assistente	litisconsorcial	do	alienante	ou	cedente.	
§	 3o	Estendem-se	 os	 efeitos	 da	 sentença	 proferida	 entre	 as	 partes	
originárias	ao	adquirente	ou	cessionário.	
	
Questão	7		
No	 que	 se	 refere	 a	 pressupostos	 processuais	 e	 condições	 da	
ação,	assinale	a	opção	correta.	
	
A)	 Constatada	 a	 carência	 do	 direito	 de	 ação,	 o	 juiz	 deverá	
determinar	 que	 o	 autor	 emende	 ou	 complemente	 a	
petição	 inicial	 e	 indique,	 com	 precisão,o	 objeto	 da	
correção	ou	da	complementação.		
ERRADA,	pois	o	feito	deverá	ser	extinto	sem	resolução	do	mérito.		
Art.	485.		O	juiz	não	resolverá	o	mérito	quando:	
VI	-	verificar	ausência	de	legitimidade	ou	de	interesse	processual;	
B)	 Na	 fase	 de	 cumprimento	 definitivo	 da	 sentença,	 o	 juiz	
poderá	 conhecer	 de	 ofício	 a	 falta	 de	 pressuposto	 de	
constituição	 ocorrido	 na	 fase	 cognitiva	 e	 declarar	 a	
nulidade	da	sentença	exequenda.	
ERRADA,	pois	se	o	cumprimento	é	definitivo,	 já	houve	trânsito	em	julgado.	
No	caso,	a	sentença	só	poderá	ser	alterada	através	de	ação	rescisória.	
C)	A	inépcia	da	petição	inicial	por	falta	de	pedido	e	a	existência	
de	 litispendência	 são	 exemplos	 de	 defeitos	 processuais	
insanáveis	 que	 provocam	 o	 indeferimento	in	 limine	da	
petição	inicial	
		
 	 5		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
ERRADA,	 pois	 no	 caso	 da	 falta	 de	 pedido,	 realmente	 a	 petição	 inicial	 será	
indeferida	 (art.	 330,	 I,	 c.c.	 o	 §	 1º,	 I,	 do	 mesmo	 artigo),	 mas	 no	 caso	 de	
litispendência,	o	feito	será	extinto	sem	resolução	do	mérito.	
Art.	485.		O	juiz	não	resolverá	o	mérito	quando:	
V	 -	reconhecer	 a	 existência	 de	 perempção,	 de	 litispendência	 ou	 de	 coisa	
julgada;	
D)	 A	 falta	 de	 condição	 da	 ação,	 ainda	 que	 não	 tenha	 sido	
alegada	 em	 preliminar	 de	 contestação,	 poderá	 ser	
suscitada	 pelo	 réu	 nas	 razões	 ou	 em	 contrarrazões	
recursais.	
CORRETA,	pois	se	trata	de	matéria	de	ordem	pública,	podendo	ser	alegada,	
até	o	trânsito	em	julgado,	em	qualquer	tempo	e	grau	de	jurisdição.	
	
Direito	Administrativo	
Questão	8	
O	 Ministério	 Público	 recebeu	 representação	 anônima	
denunciando	 supostas	 fraudes	 ocorridas	 em	 processo	
licitatório	na	modalidade	concorrência,	do	 tipo	menor	preço,	
levado	 a	 efeito	 pela	 Secretaria	 de	 Estado	 e	 Planejamento	de	
determinado	Estado-membro.	Após	a	instauração	do	inquérito	
civil	público,	apurou-se	que	os	 sócios	das	empresas	 licitantes	
negociaram	 secretamente	 os	 valores	 a	 serem	 apresentados	
nas	 respectivas	 propostas,	 de	 modo	 que	 a	 proposta	 da	
empresa	 GL	 seria	 considerada	 a	 mais	 vantajosa	 à	
Administração	 Pública.	 Fazendo	 isso,	 os	 valores	 excedentes	
seriam	 repartidos	 entre	 as	 empresas.	 Desta	 feita,	 a	 empresa	
GL	 se	 sagrou	 vencedora	 da	 licitação,	 sendo	 o	 objeto	
adjudicado	 por	 um	 valor	 muito	 acima	 do	 praticado	 no	
mercado.	
A	 partir	 da	 narrativa,	 é	 correto	 afirmar	 que	 os	 sócios	 das	
empresas:	
	
A)	 cometeram	 ato	 de	 improbidade	 administrativa	 na	
modalidade	enriquecimento	ilícito.	
Alternativa	 incorreta.	 Para	 que	 terceiro,	 não	 integrante	 da	 administração,	
cometa	ato	de	improbidade	administrativa,	é	imprescindível	que,	de	alguma	
forma,	 haja	 conluio	 com	agente	 público.	 (lei	 8.429/92,	 art.	 3º).	 Porém,	 tal	
situação	não	foi	suscitada	no	enunciado	da	questão.	
Art.	90.		Frustrar	 ou	 fraudar,	 mediante	 ajuste,	 combinação	 ou	 qualquer	
outro	expediente,	o	caráter	competitivo	do	procedimento	licitatório,	com	o	
intuito	 de	 obter,	 para	 si	 ou	 para	 outrem,	 vantagem	 decorrente	 da	
adjudicação	do	objeto	da	licitação:	
Pena	-	detenção,	de	2	(dois)	a	4	(quatro)	anos,	e	multa.	
B)	 incorreram	 na	 prática	 de	 tipo	 penal	 previsto	 na	 Lei	
8.666/93.	
Alternativa	correta.	Os	sócios	das	empresas	praticaram	o	crime	previsto	no	
artigo	90,	da	lei	8.666/93:	
C)	 caso	 sejam	 condenados	 em	 ação	 de	 improbidade	
administrativa,	não	poderão	sofrer	ação	penal	pelo	mesmo	
fato,	sob	pena	de	se	incorrer	em	bis	in	idem.	
Alternativa	incorreta.	A	alternativa	apresenta	dois	erros:	
Os	 sócios	 não	 poderão	 ser	 réus	 em	 ação	 de	 improbidade	 administrativa,	
uma	 vez	 que	 não	 agiram	 em	 conluio	 com	 agente	 público,	 portanto,	 não	
praticaram	o	ilícito	civil.	
A	 responsabilização	 por	 improbidade	 administrativa	 não	 repercute	 na	
instância	criminal.	Dessa	forma,	uma	vez	condenado	por	ato	de	improbidade	
administrativa,	 poderá	 o	 agente	 ímprobo	 ser	 responsabilizado	 em	 ação	
penal.	
D)	só	poderão	ser	responsabilizados	em	ação	de	improbidade	
administrativa	 caso	 seja	 comprovado	 efetivo	 prejuízo	 ao	
erário.	
Alternativa	 incorreta.	 Não	 podem	 ser	 responsabilizados	 em	 ação	 de	
improbidade	 administrativa,	 pois	 não	 agiram	 em	 conluio	 com	 agente	
público.	
	
Questão	9	
João,	 proprietário	 de	 uma	 fazenda	 no	 norte	 de	 Goiás,	 foi	
notificado	pelo	Poder	Público	que,	em	determinadas	áreas	de	
seu	 imóvel	 rural,	 seriam	 instaladas	 torres	 de	 transmissão	 de	
energia.	Por	razões	técnicas	e	de	segurança,	o	espaço	contido	
no	 raio	 de	 500	 m²	 do	 local	 de	 instalação	 deveria	 ser	
inutilizado.	 Ocorre	 que	 a	 sede	 da	 fazenda	 se	 localiza	
exatamente	dentro	do	perímetro	delimitado	para	a	instalação	
de	uma	torre.	
Considerando	a	situação	acima,	é	correto	afirmar	que:	
	
A)	 O	 Poder	 Público	 se	 utilizou	 da	 limitação	 administrativa,	
cabendo	a	João	a	comprovação	do	prejuízo	para	fazer	jus	à	
indenização.	
Alternativa	incorreta.	Não	se	trata	de	limitação	administrativa,	uma	vez	que	
essa	modalidade	interventiva	se	caracteriza	por	ser	medida	de	caráter	geral,	
que	 impõe	 a	 proprietários	 indeterminados	 obrigações	 positivas	 ou	
negativas,	 com	 a	 finalidade	 de	 assegurar	 que	 a	 propriedade	 atenda	 à	 sua	
função	social.	
B)	Não	há	amparo	constitucional	na	atuação	do	Poder	Público,	
uma	 vez	 que	 o	 direito	 à	 propriedade	 integra	 o	 rol	 de	
direitos	fundamentais.	
Alternativa	 incorreta.	Em	que	pese	o	direito	à	propriedade	integre	o	rol	de	
direitos	fundamentais,	a	própria	constituição	federal	condiciona	o	uso	desse	
direito	ao	atendimento	da	 função	social	 (cf,	art.	5º,	 xxiii).	Além	do	mais,	a	
intervenção	do	estado	na	propriedade	privada	é	fundamentada	no	princípio	
da	supremacia	do	interesse	público.	
C)		O	meio	interventivo	a	ser	utilizado	é	a	desapropriação,	que	
deverá	ser	precedida	de	indenização.	
Alternativa	 incorreta.	Não	 se	 trata	de	desapropriação,	 tendo	em	vista	que	
não	houve	transferência	da	propriedade	particular	para	o	poder	público.	
D)	Caso	João	se	recuse	a	celebrar	acordo	administrativo	com	o	
Poder	 Público,	 a	 instituição	 da	 servidão	 administrativa	
poderá	se	dar	mediante	sentença	judicial.	
Alternativa	correta.	A	servidão	administrativa	se	caracteriza	por	ser	um	ônus	
real	 de	 uso	 imposto	 pela	 administração	 pública	 à	 propriedade	 particular	
para	assegurar	a	execução	de	obras	e	serviços	de	interesses	coletivos.		Trata-
se	de	modalidade	 interventiva	que	pode	ser	 imposta	sob	duas	 formas:	por	
acordo	administrativo,	quando	o	proprietário	do	imóvel	particular	e	o	poder	
público	 celebram	 acordo	 formal	 por	 escritura	 pública,	 e	 por	 sentença	
judicial,	na	ausência	de	acordo	entre	as	partes.	
	
Questão	10	
A	empresa	Beta,	concessionária	de	distribuição	de	energia	do	
estado	 Alfa,	 a	 fim	 de	 minimizar	 a	 ação	 das	 árvores	 sobre	 a	
rede	elétrica	durante	a	ocorrência	de	chuvas	e	ventos,	executa	
rotineiramente	 o	 serviço	 de	 poda	 de	 árvores.	 Ocorre	 que,	
durante	a	execução	desse	serviço,	Pedro	e	João,	 funcionários	
da	 concessionária,	 não	 tomam	 as	 devidas	 precauções,	
deixando	 cair	 pesados	 galhos	 sobre	 o	 carro	 de	 Maria,	 que	
estava	estacionado	próximo	à	árvore	que	estava	recebendo	a	
poda.	 Em	 decorrência	 disso,	 Maria	 teve	 que	 desembolsar	
considerável	quantia	no	conserto	dos	amassados	e	arranhados	
provocados	em	seu	veículo.	
Com	 base	 no	 relato	 acima,	 relativamente	 aos	 danos	
provocados	à	Maria,	é	correto	afirmar	que:	
	
A)	 Caso	 seja	 responsabilizada,	 a	 empresa	 Beta	 poderá	
ingressar	com	ação	de	regresso	contra	Pedro	e	João.	
		
 	 6		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
Alternativa	correta.	Trata-se	de	direito	previsto	no	artigo	37,	§6º,	in	fine,	daconstituição	 federal.	 Nesse	 caso,	 a	 responsabilidade	 de	 pedro	 e	 joão	 é	
subjetiva,	ou	seja,	depende	de	comprovação	de	dolo	ou	culpa.	
B)		Em	decorrência	da	teoria	do	risco	integral,	a	empresa	Beta	
e	o	Estado	Alfa	respondem	de	forma	objetiva.	
Alternativa	incorreta.	Segundo	a	teoria	do	risco	integral,	ainda	que	o	evento	
danoso	 decorra	 de	 culpa	 exclusiva	 do	 particular,	 cabe	 à	 administração	
pública	 o	 dever	 de	 indenizar.	 Não	 se	 trata	 de	 teoria	 adotada	 pelo	
ordenamento	 jurídico	 brasileiro.	 Todavia,	 a	 responsabilidade	 objetiva,	 que	
prescinde	de	demonstração	de	 culpa	da	administração	pública,	 decorre	da	
teoria	do	risco	administrativo.	
C)		Maria	poderá	demandar	a	empresa	Beta	e/ou	Estado	Alfa.	
Alternativa	 incorreta.	 A	 assertiva	 dá	 a	 entender	 que	 a	 empresa	 Beta	 e	 o	
Estado	 Alfa	 responderiam	 solidariamente.	 Contudo,	 o	 Estado	 Alfa,	 na	
qualidade	 de	 concedente,	 responde	 de	 forma	 subsidiária	 pelos	 danos	
causados	pela	concessionária	de	serviço	público.	
D)	 O	 estado	 Alfa	 responde	 de	 forma	 objetiva,	 porém	 a	
responsabilização	 da	 empresa	 Beta	 está	 condicionada	 à	
demonstração	de	culpa.	
Alternativa	incorreta.	Tanto	o	estado	alfa	como	a	empresa	beta	respondem	
de	 forma	 objetiva	 pelos	 danos	 causados	 à	 maria,	 ou	 seja,	 independe	 de	
demonstração	 de	 culpa.	 Ressalta-se,	 porém,	 que	 a	 responsabilidade	 da	
entidade	política,	estando	na	qualidade	de	concedente	de	serviço	público,	é	
subsidiária.	
	
Questão	11	
Em	 relação	 as	 pessoas	 jurídicas	 da	 Administração	 Indireta,	
assinale	a	alternativa	correta:	
	
A)	 	As	autarquias	são	criadas	mediante	lei	com	personalidade	
de	direito	público.	
Correta,	pois	as	autarquias	sao	pessoas	juridicas	de	direito	público	(Art.	5,	I,	
Dec-Lei	 200/167)	 e	 sua	 criação	 é	 feita	 diretamente	 por	 lei	 (art.	 37,	 XIX,	
CF/88)	
B)	 As	 autarquias	 são	 autorizadas	 mediante	 lei	 com	
personalidade	jurídica	de	direito	privado.	
Incorreta,	primeiramente	que	as	autarquias	são	criadas	mediante	e	lei	e	não	
autorizadas	(art.	37,	XIX,	CF/88)	e	são	pessoas	de	direito	público.	
C)	 As	 empresas	 públicas	 são	 pessoas	 jurídicas	 de	 direito	
público,	criadas	por	lei.	
Incorreta,	pois	as	empresas	públicas	são	pessoas	juridicas	de	direito	privado	
(art.	5,	 II,	do	Decreto-Lei	200/1967),	e	sua	criação	é	autorizada	por	 lei	 (art.	
37,	XIX,	CF/88)	
D)	 As	 empresas	 públicas	 são	 pessoas	 jurídicas	 de	 direito	
privado,	 criadas	 para	 o	 exercício	 de	 atividades	 típicas	 do	
Estado	
Incorreta,	pois	as	autarquias	são	criadas	para	explorar	atividade	economica	
ou	para	meramente	executar	serviços	públicos.	
	
Questão	12	
	Sobre	os	órgãos	públicos,	assinale	a	alternativa	correta:	
	
A)			Em	seus	quadros	só	podem	conter	servidores	estatutários	
com	estabilidade.	
Incorreta,	pois	nos	órgãos	podem	conter	servidores	celetistas.	
B)	 São	 compartimentos	 internos	 das	 pessoas	 de	 direito	
público	destituído	de	personalidade	 jurídica,	mas	dotados	
de	competência	especifica	
Correta,	visto	que	é	exatamente	a	definição	de	orgãos.	
C)	 Não	 possuem	 capacidade	 de	 ser	 parte	 em	 processos	
judiciais	em	virtude	da	ausência	de	personalidade	jurídica	
Incorreta,	pois	para	defender	suas	prerrogativas	 institucionais,	a	 lei	defere,	
excepcionalmente,	personalidade	judiciaria	a	certos	órgãos.	
D)		São	de	natureza	colegiada	e	só	produzem	sua	vontade	com	
os	votos	da	totalidade	de	seus	membros.	
Incorreta,	pois	tal	matéria	pode	ser	disposta	de	outra	maneira	no	regimento	
do	 órgão	 assegurando,	 por	 exemplo,	 que	 a	 maioria	 de	 votos	 possa	 ser	
suficiente.	
	
Questão	13	
A	estabilidade	do	servidor	público	está	prevista	no	art.	41	da	
Constituição	 Federal,	 a	 partir	 disso,	 assinale	 a	 alternativa	
correta.	
	
A)	O	 servidor	público	 estável	 está	 sujeito	 a	perder	 seu	 cargo	
apenas	 em	 caso	 de	 decisão	 em	 processo	 administrativo	
disciplinas	
Incorreto,	pois	não	é	apenas	nesse	caso,	 tendo	também	a	possibilidade	de	
uma	sentença	judicial	transitada	em	julgado.	
B)	 É	 facultada	 a	 avaliação	 especial	 de	 desempenho	 por	
comissão	 instituída	 para	 essa	 finalidade	 como	 condição	
para	a	aquisição	da	estabilidade.	
Incorreta,	 pois	 a	 avaliação	 especial	 de	 desempenho	 é	 obrigatória	 e	 não	
facultativa.	
C)	 São	 estáveis	 após	 três	 anos	 de	 efetivo	 exercício	 os	
servidores	nomeados	para	cargo	de	provimento	efetivo	em	
virtude	de	concurso	público.	
Correto,	pois	está	em	perfeita	conformidade	com	o	art.	41,	caput	da	CF/88	
D)	São	estáveis	os	servidores	públicos	que	se	encontravam,	na	
data	 da	 promulgação	 da	 Constituição	 de	 1988,	 em	
exercício,	no	serviço	público,	por	quatro	anos	continuados	
Incorreta,	pois	nos	termos	do	art.	19	do	ADCT	são	exigidos	cinco	anos.	
	
Direito	Tributário	
Questão	14	
No	 dia	 01/01/2014,	 devido	 a	 um	 grande	 terremoto	 que	
assolou	 o	 município	 de	 Fãina/GO,	 foi	 aprovada	 uma	 lei	 que	
reabria,	por	um	ano,	o	prazo	de	pagamento	do	IPTU	já	vencido	
dos	 contribuintes	 proprietários	 de	 imóveis	 localizados	 nas	
áreas	atingidas	pela	enchente.		
Ao	 instituto	 que	 reabre	 ou	 concede	 um	 prazo	 maior	 para	
pagamento,	dá-se	o	nome	de:	
	
A)	Parcelamento;	
O	parcelamento	é	forma	de	suspensão	da	exigibilidade	do	crédito	tributário	
e	consiste	em	parcelar	o	valor	do	tributo	em	atraso;	
B)	Depósito	do	Montante	Integral;	
O	depósito	do	Montante	Integral	é	forma	de	suspensão	da	exigibilidade	do	
crédito	 tributário	 e	 consiste	 em	 depositar	 o	 valor	 judicialmente	
compreendendo	o	valor	nominal	do	crédito	acrescido	dos	acréscimos	legais	
para	 suspender	 a	 exigibilidade	 do	 crédito	 tributário.	 Importante	 ressaltar	
que	 a	 Súmula	 112	 do	 STJ	 dispõe	 sobre	 o	 depósito	 integral	 e	 em	 dinheiro.	
Este,	 inclusive,	é	o	entendimento	do	STJ	com	relação	ao	depósito	capaz	de	
suspender	a	exigibilidade	do	crédito.	
C)	Dilação	Temporal	Tributária;	
Não	existe	tal	instituto.	
D)	Moratória.	
A	moratória	 é	 forma	de	 suspensão	da	 exigibilidade	do	 crédito	 tributário	 e	
consiste	na	prorrogação	do	prazo	ou	a	outorga	de	novo	prazo,	se	já	findo	o	
original,	 para	 o	 cumprimento	 da	 obrigação	 principal.	 Está	 prevista	 nos	
artigos	152	a	155	do	CTN.	
	
Questão	15	
Acerca	do	empréstimo	compulsório,	regulado	pelo	artigo	148	
da	CF/1988	e	artigo	15	do	Código	Tributário	Nacional,	e	suas	
peculiaridades,	marque	a	alternativa	correta:		
		
 	 7		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
	
A)	 O	 empréstimo	 compulsório	 pode	 ser	 caracterizado	 como	
receita	 pública,	 já	 que	 arrecada,	 compulsoriamente,	
dinheiro	para	o	Estado.		
Errada	pois	o	empréstimo	compulsório	deve	ser	restituído	posteriormente.	
Portanto,	não	é	caracterizado	como	receita	pública;	
B)	 Pode	 ser	 instituído	 pela	 União,	 Estados,	 DF	 e	Municípios,	
por	meio	de	lei	ordinária	ou	lei	complementar,	desde	que	
atendam	os	requisitos	previstos	em	lei.	
Errada,	pois	o	empréstimo	compulsório	só	pode	ser	 instituído	pela	União	e	
por	meio	de	lei	complementar,	conforme	disposição	do	artigo	148	da	CF/88;	
C)	 O	 empréstimo	 compulsório	 só	 pode	 ser	 instituído	 pela	
União,	mediante	lei	complementar,	e	não	configura	receita	
pública,	 já	 que	 deve	 ser	 restituído	 quando	 cessados	 os	
requisitos	que	deram	origem	à	sua	instituição.	
Correta,	já	que	o	empréstimo	compulsório	só	pode	ser	instituído	pela	União	
por	 meio	 de	 lei	 complementar	 (art.	 148	 da	 CF)	 e	 não	 configura	 receita	
pública,	dado	seu	caráter	restituidor;		
D)	 É	 instituído	 para	 atender	 despesas	 extraordinárias	 de	
interesse	local	do	Estado	ou	Município,	e	o	contribuinte	só	
estará	 obrigado	 a	 pagar	 após	 decorridos	 90	 dias	 de	 sua	
instituição.		
Errada,	pois	o	empréstimo	compulsório	não	pode	ser	instituído	pelo	Estado	
ou	Município	e	muito	menos	para	atenderà	 interesses	 locais	desses	entes.	
Além	disso,	o	empréstimo	compulsório	pode	ser	exigido	já	no	mês	seguinte	
à	 sua	 instituição,	 não	 precisando	 de	 aguardar	 90	 dias,	 como	 disse	 o	
enunciado	 da	 questão,	 já	 que	 não	 se	 aplica	 a	 vedação	 ao	 princípio	 da	
anterioridade	nonagesimal,	conforme	art.	150,	§1º	da	CF/1988.	
	
Questão	16	
Sobre	o	Imposto	de	Importação,	marque	a	alternativa	correta:	
A)	A	majoração	da	alíquota	do	Imposto	de	Importação	pode	se	
dar	por	meio	de	mero	ato	do	poder	executivo,	 como	por	
exemplo,	 um	 decreto,	 sendo	 exceção	 ao	 princípio	 da	
legalidade;	
Correta.	 A	 majoração	 do	 I.I	 pode	 ser	 realizada	 por	 decreto	 do	 poder	
executivo,	conforme	art.	153,	§1º	da	CF;	
B)	 Quando	 instituído,	 o	 Imposto	 de	 Importação	 só	 pode	 ser	
exigido	 no	 exercício	 financeiro	 subsequente,	 sendo	
submisso	 ao	 princípio	 da	 anterioridade	 previsto	 na	
Constituição	Federal;	
Errada.	 O	 imposto	 de	 importação	 é	 uma	 das	 exceções	 ao	 princípio	 da	
anterioridade	 previsto	 na	 CF,	 podendo	 ser	 exigido	 no	 mesmo	 exercício	
financeiro,	nos	termos	do	art.	150,	§1º	da	CF/88;	
C)		Não	serve	para	regular	a	economia	e	o	mercado;	
Errada.	 O	 referido	 imposto	 serve	 justamente	 para	 regular	 o	 mercado	 e	 a	
economia.	 Por	 esse	 motivo	 ele	 é	 exceção	 ao	 princípio	 da	 anterioridade	 e	
legalidade;	
D)	 Só	 pode	 ser	 instituído	 mediante	 lei	 complementar	 ou	
ordinária,	 devendo	 ainda	 submeter-se	 à	 anterioridade	
nonagesimal,	nos	termos	do	art.	150,	§1º	da	CF/88;	
Errada.	O	I.I	pode	ser	instituído	por	decreto	executivo	e	não	somente	por	lei	
ordinária	 ou	 complementar,	 como	 quis	 a	 questão.	 Além	 disso,	 não	 está	
sujeito	 à	 anterioridade	 nonagesimal,	 já	 que	 o	 referido	 imposto	 é	 uma	
exceção	 ao	 princípio	 da	 anterioridade	 e	 da	 legalidade,	 justamente	 porque	
serve	como	parâmetro	para	regular	a	economia	e	controlar	o	mercado;	
 
Questão	17	
A	empresa	W	realizou	a	importação	de	mercadorias	e	não	fez	
o	recolhimento	do	Imposto	sobre	Circulação	de	Mercadorias	e	
Serviços	 (ICMS).	 Diante	 de	 tal	 fato,	 o	 Fisco	 reteu	 as	
mercadorias	 da	 empresa	W	 e	 condicionou	 sua	 devolução	 ao	
pagamento	 do	 referido	 tributo,	 interditando,	 ainda,	 o	
estabelecimento	comercial.	 
Diante	dos	fatos	narrados,	marque	a	alternativa	correta:	
	
A)		O	fisco	agiu	corretamente	ao	interditar	o	estabelecimento	
comercial	da	Empresa	W,	 já	que	o	 ICMS	é	tributo	e	como	
tal	deve	ser	exigido	pelo	Estado;	
Errada.	O	fisco	não	poderia	ter	interditado	o	estabelecimento	comercial.	Isso	
porque,	 consoante	 súmula	 nº	 70	 do	 STF,	 “é	 inadmissível	 a	 interdição	 de	
estabelecimento	como	meio	coercitivo	para	cobrança	de	tributo”.			
B)		A	devolução	da	mercadoria	condicionada	ao	pagamento	do	
tributo	(ICMS)	está	correta,	uma	vez	que	evita	a	sonegação	
fiscal	e	ajuda	na	fiscalização	do	Fisco;	
Correta.	A	retenção	de	mercadorias	e	sua	posterior	devolução	condicionada	
ao	pagamento	do	ICMS	encontra	amparo	legal	na	súmula	vinculante	nº	48,	
que	 assim	 dispõe:	 “na	 entrada	 de	 mercadoria	 importada	 do	 exterior	 é	
legítima	a	cobrança	do	ICMS	por	ocasião	do	desembaraço	aduaneiro”.	O	STF	
também	 já	 se	 manifestou	 em	 várias	 ocasiões	 como	 no	 RE	 193817,	 ARE	1022791	(2017).	
C)		A	devolução	da	mercadoria	condicionada	ao	pagamento	do	
tributo	(ICMS)	não	está	correta,	uma	vez	que	a	retenção	de	
mercadorias,	 por	 parte	 do	 Fisco,	 a	 fim	 de	 exigir	 o	
pagamento	 do	 tributo,	 constitui	 ato	 ilícito	 e	 repreensível,	
podendo	o	contribuinte,	inclusive,	exigir,	por	meio	de	ação	
judicial	 própria,	 a	 devolução	 de	 sua	 mercadoria	 além	 de	
perdas	e	danos	oriundos	do	ato	praticado;	
Errada.	 Como	dito,	 a	 retenção	de	mercadorias	 pelo	 Fisco	 a	 fim	de	 exigir	 o	
pagamento	do	tributo	é	admissível	e	não	constitui	ato	ilícito,	nos	termos	da	
súmula	vinculante	nº	48.	
D)	O	fisco	agiu	de	maneira	errada	nos	dois	casos	(retenção	da	
mercadoria	 e	 interdição	 do	 estabelecimento)	 vez	 que	 o	
tributo	não	pode	ser	exigido	através	de	meio	ou	métodos	
coercitivos;	
O	 fisco	 não	 agiu	 de	 maneira	 errada	 nos	 dois	 casos.	 A	 retenção	 de	
mercadorias	 é	 devida,	 nos	 termos	 da	 súmula	 vinculante	 nº	 48.	 Já	 a	
interdição	do	estabelecimento	comercial,	realmente	está	em	desacordo	com	
o	ordenamento	jurídico,	vez	que	a	súmula	nº	70	do	STF	proíbe	a	interdição	
de	estabelecimento	como	meio	coercitivo	para	a	cobrança	de	tributo.		
	
Questão	18	
Sobre	 o	 instituto	 da	 moratória,	 assinale	 a	 alternativa	
incorreta:	
A)	 Moratória	 é	 uma	 das	 modalidades	 de	 suspensão	 da	
exigibilidade	do	crédito	tributário,	mas	que	não	dispensa	o	
cumprimento,	 pelo	 sujeito	 passivo,	 das	 obrigações	
acessórias;	
		
 	 8		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
Correta.	 A	moratória	 é	 uma	modalidade	 de	 suspensão	 da	 exigibilidade	 do	
crédito	 tributário,	 nos	 termos	 do	 art.	 151,	 I	 do	 CTN	 e	 não	 dispensa	 o	
cumprimento	das	obrigações	acessórias	
B)	A	lei	que	institui	a	moratória	não	pode	delimitar	os	sujeitos	
passivos	que	dela	 se	beneficiarão	e	muito	menos	 instituir	
prazo	para	o	cumprimento	da	obrigação;	
Errada.	A	lei	que	institui	a	moratória	pode	delimitar	os	sujeitos	passivos	que	
dela	 se	 beneficiarão	 e	 ainda	 pode	 e	 deve	 instituir	 prazo	 para	 seu	
cumprimento,	na	forma	do	art.	152,	parágrafo	único	do	CTN	
C)	 A	 lei	 que	 institui	 a	 moratória	 deve	 ser	 interpretada	 em	
consonância	 com	 a	 literalidade	 de	 seu	 próprio	 texto.	 Tal	
requisito	 é	 exigido	 pelo	 CTN	 em	 razão	 da	 importância	 da	
moratória	como	benefício	fiscal;	
Correta.	A	lei	que	institui	a	moratória	deve	ser	interpretada	em	consonância	
com	 a	 literalidade	 de	 seu	 próprio	 texto,	 artigo	 111	 do	 código	 tributário	
nacional	
D)	 O	 benefício	 fiscal	 da	 moratória	 pode	 ser	 concedido	 de	
forma	 individual	 ou	 coletivo,	 devendo	 tais	 disposições	
estarem	contidas	na	referida	lei	que	instituir	o	benefício.	
Correta.	A	moratória	pode	ser	instituída	de	forma	individual	ou	coletiva,	no	
entanto,	 suas	 peculiaridades	 devem	 estar	 dispostas	 na	 lei	 que	 a	 instituir,	
consoante	previsão	do	art.	97,	inciso	VI	do	CTN	
Direito	Internacional	
Questão	19	
Aurélio	 é	 administrador	 de	 uma	 empresa	 industrial	 do	 ramo	
metalúrgico.	 Assistindo	 aos	 noticiários,	 veio	 a	 saber	 que	 o	
Ministro	 das	 Relações	 Exteriores	 do	 Brasil	 esteve	 em	
conferência	em	que	foi	assinado	um	tratado	internacional.	
Este	 tratado	 regula	 procedimentos	 que	 em	 tese	 impingiriam	
que	 a	 empresa	 que	 Aurélio	 administra	 se	 adequasse	 a	 tais	
procedimentos.	
Neste	caso,	sabendo	não	ter	havido	nenhum	ato	posterior,		
	
A)	ainda	assim	o	tratado	obrigada	a	empresa	administrada	por	
Aurélio,	 pois	 o	 Brasil	 adotou	 a	 internalização	 automática	
de	tratados	internacionais	
Alternativa	 errada.	 O	 Brasil	 não	 adota	 o	 sistema	 de	 internalização	
automática	dos	tratados	internacionais,	mas	sim	o	sistema	tradicional.	
B)	 a	 empresa	 administrada	 por	 Aurélio,	 não	 está	 ainda	
obrigado	 a	 observância	 do	 tratado,	 pois	 ainda	 está	
pendente	 o	 ato	 final	 de	 internalização,	 que	 é	 o	 decreto	
legislativo	do	Congresso	Nacional	
Alternativa	errada.	O	Decreto	Legislativo,	embora	seja	ato	 imprescindível	a	
internalização	 de	 tratados,	 não	 é	 o	 último.	 O	 último	 é	 a	 Ratificação	 do	
Presidente	da	República.	
C)	ainda	assim	o	tratado	obrigada	a	empresa	administrada	por	
Aurélio,	 pois	 sendo	 Ministro	 das	 Relações	 Exteriores	 a	
maior	autoridade	brasileira	em	tratados	internacionais,	sua	
assinatura	é	suficiente	para	internalizar	o	referido	tratado	
Alternativa	errada.	No	Brasil,	não	há	qualquer	autoridade	que	tenha	poder	
de	 internalizar	 os	 tratados	 sem	 o	 devido	 procedimento,	 nem	 mesmo	 o	
Ministro	das	RelaçõesExteriores.	
D)	 a	 empresa	 administrada	 por	 Aurélio,	 não	 está	 ainda	
obrigado	 a	 observância	 do	 tratado,	 pois	 ainda	 estão	
pendentes	o	decreto	legislativo	do	Congresso	Nacional	e	a	
Ratificação	pelo	Presidente	da	República	
Alternativa	certa.	O	Brasil	adota	o	 sistema	 tradicional	de	 internalização	de	
tratados	 internacionais.	 Por	 este	 sistema,	 além	 da	 assinatura	 do	 tratado	
pelo	 representante	 do	 Estado	 signatário,	 é	 necessária	 uma	 fase	 de	
internalização	dos	tratados.	
	
Questão	20	
Richard	é	nacional	de	país	estrangeiro	e	veio	a	falecer.	Aberta	
a	sucessão	de	seus	bens,	foi	constatado	em	inventário	que	era	
proprietário	de	diversos	imóveis	situados	no	Brasil.	
Ocorre	que,	Richard	era	casado,	mas	não	possuía	filhos	deste	
relacionamento.	Seu	único	filho	é	Thomas,	advindo	de	relação	
extraconjugal	que	tivera	no	Brasil,	sendo,	portanto,	brasileiro.	
Considerando	que	a	lei	do	país	de	origem	de	Richard	exclui	da	
sucessão	 os	 filhos	 “bastardos”,	 sabendo	 que	 não	 há	
testamento	e	à	luz	da	LINDB,	
	
A)	 prevalecerá	 que	 os	 imóveis	 situados	 no	 Brasil	 terão	 a	
sucessão	regulada	pela	lei	brasileira,	favorecendo	Thomas	
Alternativa	 certa.	 A	 LINDB	 estabelece	 que	 a	 sucessão	 de	 bens	 de	
estrangeiros,	situados	no	País,	será	regulada	pela	lei	brasileira	em	benefício	
do	cônjuge	ou	dos	filhos	brasileiros,	ou	de	quem	os	represente,	sempre	que	
não	lhes	seja	mais	favorável	a	lei	pessoal	do	de	cujus.	
Desta	 forma,	 em	 relação	 aos	 imóveis	 sitos	 em	 território	 nacional,	
considerarão	a	lei	brasileira	para	fins	de	sucessão.		
B)	 prevalecerá	 que	 os	 imóveis	 situados	 no	 Brasil	 terão	 a	
sucessão	regulada	pela	lei	estrangeira,	sendo	efetivamente	
excluído	 Thomas,	 vez	 que	 Richard	 não	 era	 nacional	 do	
Brasil	
Alternativa	 errada.	 As	 normas	 estrangeiras	 não	 terão	 eficácia	 no	 Brasil,	
porquanto	desfavoráveis	ao	nacional,	Thomas.	
C)	prevalecerá	que	todos	os	bens,	móveis	e	imóveis,	situados,	
ou	 não,	 no	 Brasil	 terão	 a	 sucessão	 regulada	 pela	 lei	
brasileira,	 pois	 havendo	 herdeiro	 brasileiro,	 aplica-se	
integralmente	 nosso	 ordenamento	 jurídico,	 favorecendo	
Thomas	
Alternativa	 errada.	 A	 lei	 brasileira	 condicionar	 a	 sucessão	 em	 território	
estrangeiro,	vez	que	isto	ofenderia	a	soberania	dos	demais	Estados.	
D)	prevalecerá	que	todos	os	bens,	móveis	e	imóveis,	situados,	
ou	 não,	 no	 Brasil	 terão	 a	 sucessão	 regulada	 pela	 lei	
estrangeira,	sendo	efetivamente	excluído	Thomas,	vez	que	
Richard	não	era	nacional	do	Brasil	
Alternativa	errada.	Novamente,	os	 imóveis	sitos	no	Brasil	 terão	a	sucessão	
regulada	por	lei	brasileira,	vez	que	a	estrangeira	é	desfavorável	ao	nacional.	
	
Direitos	Humanos	
Questão	21	
Roberta	 foi	 nomeada	 depositária	 judicial	 de	 sacas	 de	 soja.	
Vendo	o	progressivo	perecimento	dos	 grãos,	 e	 sem	expressa	
autorização,	 veio	 a	 aliená-los	 e	 depositar	 o	 produto	 em	
instituição	financeira.	
Instada	 pelo	 juiz	 a	 devolução	 dos	 grãos,	 não	 sendo	 possível	
fazê-la,	veio	a	ter	sua	prisão	civil	decretada.	
		
 	 9		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
Sabendo	que	o	Pacto	de	São	José	da	Costa	Rica	proíbe	a	prisão	
de	 depositário	 infiel,	 ajuizou	 habeas	 corpus	 com	 causa	 de	
pedir	 na	 inconstitucionalidade	 do	 decreto	 de	 prisão.	 Neste	
caso,	poderá	
	
A)	ser	declarada	a	inconstitucionalidade	do	decreto,	vez	que	o	
Pacto	 de	 São	 José	 da	 Costa	 Rica	 tem	 status	 de	 norma	
constitucional	
Alternativa	errada.	O	status	normativo	do	Pacto	de	São	José	da	Costa	Rica	é	
de	norma	 supralegal,	 porquanto	 a	 época	de	 sua	 incorporação	não	havia	 o	
permissivo	constitucional	do	§	3º	do	art.	5º,	introduzido	pela	EC	nº	45.	
B)	 não	 poderá	 ser	 declarada	 a	 inconstitucionalidade	 do	
decreto,	mas	mesmo	assim	este	poderá	ser	invalidado	por	
controle	de	convencionalidade		
Alternativa	certa.	Muito	embora	seja	verdade	que	no	Brasil	não	é	autorizada	
a	 prisão	 civil	 de	 depositário	 infiel,	 tal	 norma	que	 se	 encontra	 no	Pacto	de	
São	José	da	Costa	Rica	é	de	caráter	infraconstitucional.	
Sendo	assim,	o	procedimento	de	exame	de	atos	que	contrariem	tal	norma	
não	será	considerado	controle	difuso	de	constitucionalidade.	Mesmo	assim,	
considerando	 o	 caráter	 supralegal	 que	 a	 norma	 dispõe	 foi	 criada	 a	
terminologia	“controle	de	convencionalidade”	para	representar	o	exame	de	
validade	dos	atos	legais	ou	infralegais	que	ofendam	o	Pacto	de	São	José	da	
Costa	Rica.	
C)	 ser	 declarada	 a	 inconstitucionalidade	 do	 decreto,	 por	
ofensa	ao	princípio	da	livre	iniciativa,	que	é	autorizador	da	
alienação	do	bem	por	depositário	a	fim	de	reinvestimento	
dos	valores	
Alternativa	 errada.	 O	 Princípio	 da	 Livre	 Iniciativa,	 embora	
constitucionalmente	 consagrado	 como	 fundamento	 da	 República,	 não	
permite	a	alienação	de	bem	alheio	como	se	próprio	 fosse,	por	violar	outro	
Princípio,	este	com	status	de	Direito	Individual,	que	é	a	Propriedade	Privada.	
D)	 não	 poderá	 ser	 declarada	 a	 inconstitucionalidade	 do	
decreto,	 pois	 o	 Pacto	 de	 São	 José	 da	 Costa	 Rica	 não	 é	
norma	cogente	no	ordenamento	jurídico	brasileiro	
Alternativa	 errada.	 Muito	 embora	 realmente	 não	 possa	 ser	 declarada	 a	
inconstitucionalidade	 do	 decreto	 de	 prisão,	 o	 Pacto	 de	 São	 José	 da	 Costa	
Rica	é	sim	norma	cogente.	
	
Questão	22	
Eduardo,	indignado	com	a	atuação	legislativa	de	determinada	
câmara	municipal,	em	sessão	deliberativa	irrogou	xingamento	
contra	vereador	que	fazia	uso	da	tribuna.	
O	 referido	 vereador,	 sentindo-se	 ofendido,	 ajuizou	 queixa-
crime.	Em	seu	instrumento	de	petição	demandou	que	fossem	
criados	 em	 autos	 apartados	 incidente	 de	 deslocamento	 de	
competência	 do	 processo	 criminal	 da	 Justiça	 Estadual	 para	 a	
Justiça	Federal,	sob	a	alegação	de	que	a	ofensa	de	Eduardo	se	
constituía	 como	 crime	 atentatório	 aos	Direitos	Humanos	 por	
cercear	os	seus	Direitos	Políticos.	
Nesta	situação,	
	
A)		deve	ocorrer	o	deslocamento	da	competência,	pois	toda	e	
qualquer	 ofensa	 à	 Direitos	 Humanos	 deve	 se	 processar	
perante	a	Justiça	Federal	
Alternativa	errada.	Não	é	 toda	e	qualquer	ofensa	à	Direitos	Humanos	que	
devem	 ser	 processados	 na	 Justiça	 Federal.	 O	 referido	 crime,	 em	 tese,	 não	
possui	a	gravidade	e	compleição	para	tanto.	
B)	 	 não	 deve	 ocorrer	 o	 deslocamento,	 pois	 não	 se	 vislumbra	
no	caso	qualquer	interesse	da	União	
Alternativa	 errada.	 Embora	 não	 seja	 caso	 de	 deslocamento	 e	 interesse	 da	
União	 de	 fato	 não	 esteja	 presente,	 esta	 não	 é	 a	 única	 hipótese	 de	
competência	de	juízo	federal.	
C)		deve	ocorrer	o	deslocamento,	pois	a	honra	do	parlamentar	
municipal	recebe	valoração	distinta	da	honra	dos	cidadãos	
em	 geral,	 sendo	 a	 ofensa	 a	 tal	 direito	 excepcionalmente	
grave	 o	 suficiente	 para	 ensejar	 a	 competência	 da	 Justiça	
Federal	
Alternativa	errada.	Em	princípio,	não	há	qualquer	distinção	entre	a	honra	de	
parlamentar	municipal	 e	 cidadãos	 em	 geral,	 muito	menos	 a	 ponto	 de	 ser	
fundamento	 para	 deslocamento	 da	 competência	 jurisdicional	 para	 o	 foro	
federal.	
D)	não	deve	ocorrer	o	deslocamento,	pois	a	federalização	dos	
crimes	 contra	 Direitos	 Humanos	 é	 medida	 excepcional	
levada	a	cabo	em	casos	de	gravidade	singular,	o	que	não	se	
vislumbra	no	caso	
Alternativa	certa.	A	Emenda	Constitucional	nº	45,	conhecida	como	Reforma	
do	Judiciário,	criou	a	hipótese	de	federalização	do	processamento	de	crimes	
atentatórios	aos	Direitos	Humanos,	que	se	encontra	previsto	no	art.	5º,	§	5º	
e	art.	109,	V-A.	
Contudo,	o	entendimento	dominante	na	doutrina	e	jurisprudência	é	de	que	
os	 crimes	 sujeitos	 a	 tal	 deslocamento	 de	 competência	 são	 aqueles	
excepcionalmente	graves	e	que	se	deixados	na	esfera	estadual	poderiam	vir	
a	não	serem	efetivamente	punidos.	Um	exemplode	cabimento	seria	o	caso	
ensejador	 de	 tal	 disposições	 do	 poder	 constituinte	 reformador,	 que	 foi	 o	
assassinato	da	missionária	Dorothy	Stang,	em	que	as	autoridades	estaduais	
eram	 suspeitas	 de	 acobertar	 tal	 conduta.	 Não	 se	 pode	 equiparar	 mera	
injúria	a	quem	quer	que	seja	a	casos	sujeitos	a	federalização.	
Direito	Processual	do	Trabalho	
Questão	23	
Acerca	 da	 execução	 contra	 a	 Fazenda	 Pública	 na	 seara	
trabalhista	assinale	a	alternativa	correta: 
A)	Se	após	a	citação	para	apresentar	embargos	à	execução,	a	
Fazenda	Pública	se	quedar	inerte,	o	juiz	expedirá	mandado	
de	expropriação	direta	dos	bens	do	Estado.	
Incorreta	–	A	omissão	do	Ente	Público	implica	expedição	de	precatório	ou	de	
requisição	de	pequeno	valor	(RPV),	haja	vista	que,	os	bens	públicos	não	são	
passíveis	de	penhora	
B)	 Após	 liquidado	 o	 título	 executivo	 judicial,	 o	 juiz	 expedirá	
ofício	 ao	 governador	 do	 estado,	 em	 que	 circunda	 sua	
jurisdição,	 solicitando	 que	 o	 gestor	 pague	 a	 dívida	 sob	
pena	de	multa.	
Incorreta	–	A	omissão	do	Ente	Público	implica	expedição	de	precatório	ou	de	
requisição	de	pequeno	valor	(RPV),	haja	vista	que,	os	bens	públicos	não	são	
passíveis	de	penhora	
C)	 	 Apesar	 da	 omissão	 da	 CLT,	 a	 ordem	 de	 pagamento	 dos	
precatórios	será	cronológica.	
Correta	–	Embora	seja	omissa	a	CLT	neste	ponto,	aplica-se	a	regra	contida	no	
art.	100	da	CF:	
Art.	100.	Os	pagamentos	devidos	pelas	Fazendas	Públicas	Federal,	Estaduais,	
Distrital	 e	 Municipais,	 em	 virtude	 de	 sentença	 judiciária,	 far-se-ão	
exclusivamente	na	ordem	cronológica	de	apresentação	dos	precatórios	e	à	
conta	 dos	 créditos	 respectivos,	 proibida	 a	 designação	 de	 casos	 ou	 de	
		
 	 10		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
pessoas	nas	dotações	orçamentárias	e	nos	créditos	adicionais	abertos	para	
este	fim.	
D)	 Não	 se	 admite	 a	 requisição	 de	 pequeno	 valor	 para	 o	
pagamento	 de	 obrigações	 que	 a	 Fazenda	 Pública	 seja	
condenada	em	sentença	transitada	em	julgado.	
Incorreta	 –	 É	 perfeitamente	 admitido	 RPV	 na	 justiça	 trabalhista,	 tendo	
inclusive	OJ	Nº	09	do	TST	que	trata	sobre	como	é	feito	o	cálculo	da	dívida	de	
pequeno	valor	nas	execuções	plúrimas	
	
Questão	24	
Uma	reclamação	trabalhista	encontra-se	na	fase	de	liquidação	
de	sentença,	sendo	assim,	o	juiz	abre	vista	às	partes	e	à	União	
para	impugnação	devidamente	fundamentada.	
Diante	dessa	hipótese	e	com	relação	à	liquidação	de	sentença	
responda:	
	
A)		A	concessão	de	vistas	para	as	partes	e	para	a	União,	nesta	
fase,	constitui	faculdade	do	juiz.	
Correta	 –	 A	 concessão	 de	 vistas	 para	 as	 partes	 e	 para	 a	 União	 constitui	
faculdade	do	juiz,	uma	que	ele	pode	optar	em	homologar,	por	sentença,	os	
cálculos	 apresentados	 e	 remeter	 a	 discussão	 para	 a	 fase	 dos	 embargos	 à	
execução.	Art.	879	§2º	da	CLT	
B)	se	as	partes	ou	a	União	não	oferecerem	impugnação	dentro	
do	prazo,	 o	 juiz	 então	 concederá	 o	 prazo	 adicional	 de	 08	
(oito)	dias	para	fazerem-na.	
Incorreta	 –	 Se	 as	 partes	 ou	 a	União	não	oferecerem	 impugnação,	 arcaram	
com	o	ônus	processual	da	preclusão	que	implica	presunção	de	que	concorda	
com	os	valores	que	constam	dos	cálculos	de	liquidação	conforme	parte	final	
do	§2º	do	art.	879	da	CLT.	
C)		O	prazo	para	impugnação	é	de	15	dias.	
Incorreta	–	O	prazo	para	impugnação	é	de	10	(dez)	dias,	conforme	Art.	879	
§2º	da	CLT.	
D)	cabe	recurso	imediato	da	sentença	de	liquidação	ao	TRT.	
Incorreta	 –		A	 sentença	 de	 liquidação	 possui	 natureza	 interlocutória,	
irrecorrível	 de	 forma	 imediata.	 Podendo	 ser	 impugnada,	 pelo	 executado,	
somente	nos	embargos	à	penhora	Art.	884,	§3º	da	CLT.	
	
Questão	25	
Joana	lhe	procura	em	seu	escritório	advocatício	manifestando	
o	 interesse	 em	 ajuizar	 reclamação	 trabalhista	 contra	 a	
empresa	em	que	labora,	pois,	não	está	recebendo	o	adicional	
de	 insalubridade	 e	 periculosidade.	 Ajuizada	 a	 ação,	 a	
reclamada	 apresenta,	 como	 defesa,	 parecer	 técnico	 emitido	
por	 um	diretor	 e	 assinado	por	 diversos	 gestores	 da	 empresa	
afirmando	que	o	ambiente	não	é	insalubre	ou	perigoso.	
Em	face	dessa	situação	hipotética,	assinale	a	opção	correta:	
	
A)	O	juiz	não	precisará	determinar	a	realização	de	uma	perícia	
técnica	em	razão	da	celeridade	processual,	haja	vista,	que	
o	 parecer	 apresentado	 pela	 empresa	 é	 o	 suficiente	 para	
seu	convencimento.	
Incorreta	–	Ver	comentários	à	alternativa	“C”.	
B)	No	processo	do	 trabalho,	 a	 realização	de	perícia	 técnica	é	
indispensável	por	determinação	de	súmula	do	STF,	pois,	a	
CLT	é	omissa	a	respeito	do	tema.		
Incorreta	 –	 A	 CLT	 não	 é	 omissa	 no	 tocante	 a	 realização	 de	 perícia	 técnica	
vide	artigo	195	da	CLT	em	diante;	
C)	 A	 realização	 de	 perícia	 técnica	 é	 indispensável	 por	
determinação	 legal,	 nas	 hipóteses	 de	 insalubridade	 e/ou	
periculosidade,	mesmo	que	já	existam	nos	autos	pareceres	
técnicos.	
Correta	 –	 No	 processo	 do	 trabalho	 a	 realização	 de	 perícia	 técnica	 é	
indispensável,	 mesmo	 que	 já	 existam	 nos	 autos	 pareceres	 técnicos	 ou	
documentos	 elucidativos,	 o	 rol	 dos	 legitimados	 a	 realizarem	 a	 perícia	 é	
taxativo.	(CLT,	art.	195,	§2º)		
Art.	 .	 195	 -	 A	 caracterização	 e	 a	 classificação	 da	 insalubridade	 e	 da	
periculosidade,	 segundo	 as	 normas	 do	 Ministério	 do	 Trabalho,	 far-se-ão	
através	 de	 perícia	 a	 cargo	 de	 Médico	 do	 Trabalho	 ou	 Engenheiro	 do	
Trabalho,	registrados	no	Ministério	do	Trabalho.		
	§	1º	-	omissis.		
	§	 2º	 -	 Arguida	 em	 juízo	 insalubridade	 ou	 periculosidade,	 seja	 por	
empregado,	 seja	 por	 Sindicato	 em	 favor	 de	 grupo	 de	 associado,	 o	 juiz	
designará	 perito	 habilitado	 na	 forma	 deste	 artigo,	 e,	 onde	 não	 houver,	
requisitará	perícia	ao	órgão	competente	do	Ministério	do	Trabalho.	
D)	 determinada	 a	 realização	 de	 perícia	 técnica,	 o	 perito	
judicial	 encontra	 agente	 insalubre	 diverso	 do	 apontado	
pela	 reclamante,	 sendo	 assim,	 a	 ação	 deverá	 ser	 julgada	
improcedente.	
Incorreta	 –	 O	 fato	 de	 o	 perito	 ter	 encontrado	 agente	 insalubre	 diverso	
daquele	apontado	na	inicial	não	obsta	o	deferimento	do	pleito	do	adicional	
respectivo	conforme	entendimento	sumulado	do	TST:	
Súmula	nº	293	do	TST	
ADICIONAL	DE	INSALUBRIDADE.	CAUSA	DE	PEDIR.	AGENTE	NOCIVO	DIVERSO	
DO	APONTADO	NA	INICIAL	(mantida)	-	Res.	121/2003,	DJ	19,	20	e	21.11.2003	
A	 verificação	 mediante	 perícia	 de	 prestação	 de	 serviços	 em	 condições	
nocivas,	 considerado	 agente	 insalubre	 diverso	 do	 apontado	 na	 inicial,	 não	
prejudica	o	pedido	de	adicional	de	insalubridade.	
	
Questão	26	
Em	 reclamação	 trabalhista,	 na	 qual	 você	 figurava	 como	
advogado	da	autora,	seu	processo	era	o	primeiro	da	pauta	
de	 audiências,	 designado	 para	 as	 9h30min..	 Entretanto,	 já	
passados	 25	 minutos	 do	 horário	 da	 sua	 audiência,	 o	 juiz	
ainda	 não	 havia	 comparecido	 e	 você	 e	 seu	 cliente	 tinham	
audiência	em	outra	Vara	às	10h30min.	
Nesse	 caso,	 de	 acordo	 com	 previsão	 expressa	 na	 CLT,	
assinale	 a	 opção	 que	 apresenta	 o	 procedimento	 a	 ser	
adotado.	
	
A)	 O	 advogado	 e	 o	 cliente	 poderão	 se	 retirar,	 devendo	 o	
ocorrido	constar	do	livro	de	registro	de	audiências.		
B)	 O	 advogado	 e	 o	 cliente	 deverão	 aguardar	 até	 que	 se	
completem	30	minutos	para,	então,	se	retirar	e	consignar	
o	ocorrido	em	livro	próprio.	
C)	O	advogado	e	o	cliente	deverão	tentar	 inverter	a	pauta	de	
audiências,	 comunicando	ao	 secretário	de	 audiências	que	
estarão	em	outra	Vara	para	posterior	retorno	e	realização	
da	assentada.			
D)	O	advogado	e	o	 cliente	deverão	 se	 retirar	e	depois	 juntar	
cópia	da	ata	da	audiência	da	outra	Vara	com	a	justificativa	
pela	ausência.	
Art.	815	-	À	hora	marcada,	o	juiz	ou	presidente	declarará	aberta	a	audiência,	
sendofeita	pelo	secretário	ou	escrivão	a	chamada	das	partes,	testemunhas	
e	 demais	 pessoas	 que	 devam	 comparecer. 
		
 	 11		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
Parágrafo	único	-	Se,	até	15	(quinze)	minutos	após	a	hora	marcada,	o	juiz	ou	
presidente	não	 houver	 comparecido,	 os	 presentes	 poderão	 retirar-se,	
devendo	o	ocorrido	constar	do	livro	de	registro	das	audiências.	
	
Questão	27	
Com	 o	 advento	 do	 Novo	 Código	 de	 Processo	 Civil,	 a	
conciliação	 tomou	 ares	 de	 protagonista	 na	 tramitação	 dos	
processos	 judiciais,	 sendo	 uma	 das	 formas	 de	 solução	 dos	
litígios.	Sabendo	disso,	responda	as	questões	a	seguir	sobre	a	
conciliação	na	justiça	do	trabalho:	
	
A)	As	empresas	e	os	sindicatos	não	podem	instituir	Comissões	
de	Conciliação	Prévia,	uma	vez	que,	tal	comissão	somente	
é	formada	após	determinação	do	juiz	do	trabalho.	
Incorreta	 –	 As	 empresas	 e	 os	 sindicatos	 podem	 instituir	 Comissões	 de	
Conciliação	Prévia:	
Art.	 625-A	 CLT:	 As	 empresas	 e	 os	 sindicatos	 podem	 instituir	 Comissões	 de	
Conciliação	 Prévia,	 de	 composição	 paritária,	 com	 representante	 dos	
empregados	 e	 dos	 empregadores,	 com	 a	 atribuição	 de	 tentar	 conciliar	 os	
conflitos	individuais	do	trabalho.	
B)	 Se	 na	 localidade	 dos	 serviços	 prestados	 houver	 sido	
instituída	 Comissão	 de	 Conciliação	 Prévia	 no	 âmbito	 da	
empresa	 ou	 do	 sindicato,	 toda	 demanda	 de	 natureza	
trabalhista	será	submetida	à	sua	apreciação.	
Correta	–	Inteligência	do	art.	625-D	da	CLT:	
Art.	 625-D.	 Qualquer	 demanda	 de	 natureza	 trabalhista	 será	 submetida	 à	
Comissão	de	Conciliação	Prévia	 se,	na	 localidade	da	prestação	de	 serviços,	
houver	sido	instituída	a	Comissão	no	âmbito	da	empresa	ou	do	sindicato	da	
categoria.													
C)	As	Comissões	de	Conciliação	Prévia	têm	prazo	de	30	(trinta)	
dias	 para	 a	 realização	 da	 sessão	 de	 tentativa	 de	
conciliação.	
Incorreta	–	O	prazo	correto	é	de	10	(dez)	dias	conforme	Art.	625-F	
D)	 As	 Comissões	 de	 Conciliação	 Prévia	 não	 podem	 ser	
formadas	por	grupos	de	empresas.	
Incorreta	–	A	alternativa	está	em	desacordo	com	o	que	preconiza	o	
parágrafo	único	do	art.	625-A,	ou	seja,	as	CCP’s	podem	ser	formadas	por	
grupos	de	empresas	ou	ter	caráter	intersindical.	Veja-se:	
625-A.	CLT.	As	empresas	e	os	sindicatos	podem	instituir	Comissões	de	
Conciliação	Prévia,	de	composição	paritária,	com	representantes	dos	
empregados	e	dos	empregadores,	com	a	atribuição	de	tentar	conciliar	os	
conflitos	individuais	do	trabalho.	
Parágrafo	único.	As	Comissões	referidas	no	caput	deste	artigo	poderão	ser	
constituídas	por	grupos	de	empresas	ou	ter	caráter	intersindical.	
	
Direito	Penal	
Questão	28	
Para	a	caracterização	do	concurso	de	pessoas	são	necessários,	
entre	outros	elementos:		
A)		liame	subjetivo	e	relevância	causal	das	condutas.	
São	requisitos	do	concurso	de	pessoas:	
Pluralidade	de	pessoas	
Relevância	causal		
Identidade	de	infrações	
Liame	subjetivo.	
B)	 	 acordo	 de	 vontades	 entre	 os	 agentes	 e	 relevância	 causal	
das	condutas.	
Não	é	necessário	acordo	de	vontades,	uma	vez	que	o	concurso	pode	ocorrer	
mesmo	que	agentes	tenham	ânimos	distintos.	Nelson	Hungria	adiciona	esse	
requisito	ao	concurso	de	pessoas,	mas	trata-se	de	doutrina	minoritária.	
C)	 pluralidade	 de	 agentes	 e	 acordo	 de	 vontades	 entre	 os	
agentes.	
Não	é	necessário	acordo	de	vontades,	uma	vez	que	o	concurso	pode	ocorrer	
mesmo	que	agentes	tenham	ânimos	distintos.	Nelson	Hungria	adiciona	esse	
requisito	ao	concurso	de	pessoas,	mas	trata-se	de	doutrina	minoritária.	
D)		pluralidade	de	agentes	e	pluralidade	de	infrações	penais.	
Pelo	contrário,	faz-se	necessário	a	identidade	de	ifrações.	
	
Questão	29	
Orígenes	 é	 um	 homem	 aventureiro	 e	 não	 se	 importa	 em	
descumprir	 as	 normas	 penais.	 No	 mês	 de	 janeiro,	 casou-se	
sendo	 casado.	 No	 mês	 seguinte,	 manteve	 relações	 sexuais	
com	adolescente	de	13	anos	de	 idade,	com	o	consentimento	
da	menor.		
Em	julho,	Orígenes	vilipendiou	cinzas	humanas	de	um	cadáver	
já	cremado,	no	mês	que	se	seguiu,	utilizando	de	grave	ameaça	
exigiu	 para	 si	 vantagem	 econômica,	 sendo	 empregado	 de	
empresa	pública.		
Orígenes	lhe	procura	para	saber	sobre	suas	condutas	praticas.	
Assinale	 a	 alternativa	 correta	 sobre	 as	 condutas	 por	 ele	
praticadas:	
	
A)		As	cinzas	humanas	podem	ser	objeto	material	do	crime	de	
vilipêndio	a	cadáver.	
Código	Penal	Brasileiro.	Art.	212	-	Vilipendiar	cadáver	ou	suas	cinzas:	
Pena	-	detenção,	de	um	a	três	anos,	e	multa.	
B)	 	 No	 crime	 de	 bigamia,	 a	 data	 do	 fato	 constitui	 o	 termo	
inicial	do	prazo	prescricional.	
Código	 Penal	 Brasileiro.	 Art.	 111	 -	 A	 prescrição,	 antes	 de	 transitar	 em	
julgado	a	sentença	final,	começa	a	correr:		
	IV	-	nos	de	bigamia	e	nos	de	falsificação	ou	alteração	de	assentamento	do	
registro	civil,	da	data	em	que	o	fato	se	tornou	conhecido.		
C)	 Comete	 o	 crime	 de	 concussão	 o	 empregado	 de	 empresa	
pública	 que,	 utilizando-se	 de	 grave	 ameaça,	 exige	 para	 si	
vantagem	econômica.	
Código	Penal	Brasileiro.	Art.	316	 -	Exigir,	para	si	ou	para	outrem,	direta	ou	
indiretamente,	 ainda	 que	 fora	 da	 função	 ou	 antes	 de	 assumi-la,	 mas	 em	
razão	dela,	vantagem	indevida:	
Pena	-	reclusão,	de	dois	a	oito	anos,	e	multa.	
O	 artigo	 316	 descreve	 que	 para	 caracterização	 a	 exigência	 de	 vantagem	
econômica	deve	ser	em	razão	da	função,	ainda	que	fora	dela.	O	descritivo	no	
enunciado	não	disse	em	função	de	que	ele	pediu	vantagem	indevida.	O	fato	
de	ser	servidor	público	não	é	elementar	do	crime.	
D)	Ao	 contrário	do	que	ocorria	 com	a	Parte	Geral	 do	Código	
Penal	 de	 1940,	 o	 Código	 Penal	 atual	 não	 prevê,	
expressamente,	 a	 aplicabilidade	 das	 regras	 de	 excesso	
punível	às	quatro	causas	de	exclusão	de	ilicitude.	
Código	 Penal	 Brasileiro.	 Art.	 23.	 	Parágrafo	 único	 -	O	 agente,	 em	qualquer	
das	hipóteses	deste	artigo,	responderá	pelo	excesso	doloso	ou	culposo.	
	
Questão	30	
Atanásio	 iniciou	 o	 cumprimento	 de	 sua	 pena	 em	 janeiro	 de	
2010.	Em	dezembro	de	2012,	por	conta	de	induto	natalino	foi	
colocado	 em	 liberdade.	 Crisóstomo,	 companheiro	 de	 sela	 de	
Atanásio,	 obteve	 na	 mesma	 data	 a	 saída	 temporária	 do	
estabelecimento	 para	 visitar	 a	 família,	 sem	 que	 seja	
estabelecido	 judicialmente	 a	 vigilância	 direta.	 Sobre	 os	
institutos	supracitados,	é	correto	afirmar,	exceto:	
	
A)	O	 induto	natalino	 trata-se	de	perdão	 aos	 condenados	por	
determinados	crimes,	desde	que	cumpram	as	condições	do	
		
 	 12		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
induto,	 e,	 portanto,	 induz	 a	 extinção	 das	 penas	 a	 eles	
impostas.	
Trata-se	 de	 um	 verdadeiro	 perdão	 aos	 condenados	 por	 determinados	
crimes,	ensejando	a	extinção	de	suas	penas.	O	preso	sai	do	estabelecimento	
prisional	 para	 nunca	mais	 voltar,	 porque	 extinta	 está	 sua	 pena,	 conforme	
permitido	no	artigo	84,	XII	da	Constituição	Federal.	
B)	 A	 saída	 temporária	 para	 visitar	 a	 família	 não	 é	 prevista	
legalmente	para	condenados	em	regime	fechado.		
Lei	7.210/84	 (lei	de	Execuções	Penais	–	LEP)	Art.	122.	“Os	condenados	que	
cumprem	 pena	 em	 regime	 semi-aberto	 poderão	 obter	 autorização	 para	
saída	temporária	do	estabelecimento,	sem	vigilância	direta”	
A	saída	temporária,	tendo	em	vista	seu	objetivo	ressocializador,	é	concedida	
apenas	 aos	 presos	 definitivos	 em	 regime	 semiaberto	 e	 depende	 da	
observância	 de	 alguns	 requisitos	 como	 o	 comportamento	 adequado,	 por	
exemplo,	exigido	pelo	artigo	123	da	mesma	Lei.	
C)	 A	 ausência	 de	 vigilância	 direta	 impede	 a	 utilização	 de	
equipamento	de	monitoração	eletrônico	pelo	 condenado,	
na	saída	temporária	do	condenado.		
Lei	 7.210/84	 (lei	 de	 Execuções	 Penais	 –	 LEP)	 Art.	 122.	 Parágrafo	 único.	 A	
ausência	 de	 vigilância	 diretanão	 impede	 a	 utilização	 de	 equipamento	 de	
monitoração	eletrônica	pelo	condenado,	quando	assim	determinar	o	juiz	da	
execução.	
D)	 A	 saída	 temporária	 pode	 ser	 concedida	 para	 participação	
em	 atividades	 que	 concorram	 para	 o	 retorno	 do	
condenado	ao	convívio	social.		
Lei	7.210/84	 (lei	de	Execuções	Penais	–	LEP)	Art.	122.	“Os	condenados	que	
cumprem	 pena	 em	 regime	 semi-aberto	 poderão	 obter	 autorização	 para	
saída	 temporária	 do	 estabelecimento,	 sem	 vigilância	 direta,	 nos	 seguintes	
casos:	
III	 -	 participação	 em	atividades	 que	 concorram	para	 o	 retorno	 ao	 convívio	
social.”	
	
Questão	31	
Pelágio,	 motorista	 irregular,	 quando	 abordado	 por	 guarda	
municipal,	temeu	que	lhe	fosse	aplicada	sanção.	Sendo	assim,	
ofereceu	 a	 Agostinho,	 guarda	municipal,	 o	 valor	 de	 R$20,00,	
que	 era	 todo	 o	 dinheiro	 que	 tinha	 no	 momento,	 para	 que	
ignorasse	o	estado	das	peças	de	 seu	 carro,	 alegando	não	 ter	
condições	 financeiras	 para	 trocá-las.	 Agostinho,	 embora	
policial	comprometido	e	que	nunca	recebera	vantagem	ilícita,	
decidiu	 não	 receber	 o	 dinheiro	 por	 ter	 se	 compadecido	 da	
dificuldade	 econômica	 de	 Pelágio	 e	 o	 deixou	 partir	 sem	 que	
lhe	fosse	aplicada	sanção.		
Diante	do	entendimento	do	Superior	Tribunal	de	Justiça:	
	
A)	 A	 conduta	 pautada	 no	 oferecimento	 de	 vantagem	
econômica	a	guarda	municipal	 com	o	objetivo	de	escapar	
de	sanção	é	crime	formal,	consumando-se	no	momento	do	
oferecimento	 da	 vantagem	 indevida,	 ainda	 que	 o	 agente	
público	 não	 receba	 a	 referida	 vantagem,	 tipificada	 como	
corrupção	passiva.		
A	conduta	descrita	é	de	corrupção	ativa	e	não	ativa.	
	Códgo	Penal	Brasileiro.	Art.	333	-	Oferecer	ou	prometer	vantagem	indevida	
a	funcionário	público,	para	determiná-lo	a	praticar,	omitir	ou	retardar	ato	de	
ofício:	
	Pena	–	reclusão,	de	2	(dois)	a	12	(doze)	anos,	e	multa.	
B)	 O	 agente	 não	 integrante	 dos	 quadros	 da	 administração	
pública	não	pode	ser	sujeito	ativo	do	crime	de	concussão.		
Código	Penal	Brasileiro.	Art.	316	-	Exigir,	para	si	ou	para	outrem,	direta	ou	
indiretamente,	 ainda	 que	 fora	 da	 função	 ou	 antes	 de	 assumi-la,	 mas	 em	
razão	dela,	vantagem	indevida:	
Pena	-	reclusão,	de	dois	a	oito	anos,	e	multa.	
O	fato	de	ser	servidor	público	não	é	elementar	do	crime.	
C)	 Somente	 podem	 ser	 delegados	 no	 Poder	 de	 Polícia	 o	
consentimento	 e	 a	 fiscalização,	 mas	 não	 a	 legislação	 e	 a	
aplicação	 de	 sanções,	 razão	 pela	 qual	 o	 município	 não	
pode	 estabelecer	 órgão	 que	 aplique	 sanções	
administrativas,	 mas	 apenas	 fiscalizar	 a	 ocorrência	 de	
infrações.		
O	que	é	dito	na	questão	concernente	ao	Poder	de	Polícia	é	verdadeiro,	mas	
sua	conclusão	é	falsa.	Órgãos	não	são	entes	a	parte	do	Município,	mas	sim	
compõem	a	mesma	pessoa	jurídica.	Assim	sendo,	não	se	trata	de	delegação	
ao	 particular	 a	 criação	 de	 órgão	 pelo	município	 que	 exerça	 plenamente	 o	
Poder	de	Polícia.	
D)	 Responderá	 Agostinho	 por	 prevaricação,	 crime	 de	menor	
potencial	 ofensivo,	 por	 ter	 deixado	 de	 praticar	
indevidamente	 ato	 de	 ofício,	 para	 satisfazer	 interesse	 ou	
sentimento	pessoal.		
Art.	319	 -	Retardar	ou	deixar	de	praticar,	 indevidamente,	ato	de	ofício,	ou	
praticá-lo	 contra	 disposição	 expressa	 de	 lei,	 para	 satisfazer	 interesse	 ou	
sentimento	pessoal:	
Pena	-	detenção,	de	três	meses	a	um	ano,	e	multa.	
	
Questão	32	
Tertuliano,	 Gregório,	 Clemente,	 Irineu	 e	 Policarpo,	 todos	
maiores	de	18	anos,	 formaram	associação	 secreta,	 reunindo-
se	 periodicamente,	 com	 divisão	 de	 tarefas	 e	 caráter	
transnacional,	 compromissados	 em	 ocultar	 o	 objetivo	 da	
referida	associação.	Diante	da	conduta	supracitada	Tertuliano,	
Gregório,	Clemente,	Irineu	e	Policarpo:		
	
A)		Não	praticam	infração	penal.	
Embora	não	seja	crime,	é	contravenção	penal	a	conduta	descrita,	conforme	
o	artigo	39	da	Lei	de	Contravenções	Penais.		
Decreto-Lei	nº	3.688	de	1941.	Art.	 39.	Participar	de	associação	de	mais	de	
cinco	pessoas,	que	se	reunam	periodicamente,	sob	compromisso	de	ocultar	
à	 autoridade	 a	 existência,	 objetivo,	 organização	 ou	 administração	 da	
associação:	
Pena	–	prisão	simples,	de	um	a	seis	meses,	ou	multa,	de	trezentos	mil	réis	a	
três	contos	de	réis.	
B)		Não	cometeram	crime.	
Não	há	nenhuma	conduta	de	crime	descrita	no	enunciado.	
C)		Cometem	o	crime	associação	criminosa,	previsto	no	Código	
Penal.	
Código	 Penal	 Brasileiro.	 Art.	 288.	 	Associarem-se	 3	 (três)	 ou	mais	 pessoas,	
para	o	fim	específico	de	cometer	crimes:	
Pena	-	reclusão,	de	1	(um)	a	3	(três)	anos.	
O	tipo	exige	a	associação	com	o	fim	de	prática	de	crime,	o	que	não	ocorreu.	
D)	Conforme	previsão	constitucional,	é	livre	a	associação	para	
quaisquer	 fins,	 vedado	 apenas	 as	 associações	 de	 caráter	
paramilitar.		
CRFB.Art.	5º,	inciso	XVII	-	é	plena	a	liberdade	de	associação	para	fins	lícitos,	
vedada	a	de	caráter	paramilitar;	
Sendo	assim,	não	é	livre	a	associação	para	quaisquer	fins,	mas	sim	para	fins	
lícitos.	
	
Questão	33	
Durante	 a	 realização	 de	 guerra	 externa,	 lei	 temporária	
estabeleceu	pena	de	morte,	em	caso	de	agressão	estrangeira,	
em	 guerra	 autorizada	 pelo	 Congresso	 Nacional,	 mas	 não	
referendada.	Durante	a	vigência	desta	lei,	 Inácio	incorreu	nas	
condutas	descritas	pela	 lei,	mas	conseguiu	 fugir	para	Burkina	
Fasso,	onde	se	escondeu	até	o	fim	da	guerra	e	da	vigência	da	
lei.		
Diante	da	situação	descrita:	
	
		
 	 13		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
A)		Inácio	não	poderá	ser	condenado	a	pena	de	morte,	visto	já	
ter	acabado	a	vigência	da	lei.		
Código	 Penal	 Brasileiro.	 Art.	 3º	 -	 A	 lei	 excepcional	 ou	 temporária,	 embora	
decorrido	 o	 período	 de	 sua	 duração	 ou	 cessadas	 as	 circunstâncias	 que	 a	
determinaram,	aplica-se	ao	fato	praticado	durante	sua	vigência.	
B)	 	 É	 inconstitucional	 a	 lei	 temporária	 que	 estabeleceu	 pena	
de	morte,	visto	não	ter	sido	referendada	pelo	congresso	a	
declaração	de	guerra	que	autorizaria	o	estabelecimento	de	
pena	de	morte.		
CRFB.	“Art.	84.	Compete	privativamente	ao	Presidente	da	República:	
XIX	 -	 declarar	 guerra,	 no	 caso	 de	 agressão	 estrangeira,	 autorizado	 pelo	
Congresso	Nacional	 ou	 referendado	 por	 ele,	 quando	 ocorrida	 no	 intervalo	
das	 sessões	 legislativas,	 e,	 nas	 mesmas	 condições,	 decretar,	 total	 ou	
parcialmente,	a	mobilização	nacional;”	
Assim	 sendo,	 é	 necessário	 que	 a	 declaração	 de	 guerra	 seja	 autorizada	OU	
referendada	pelo	Congresso	Nacional.	
C)	 	 Inácio	será	condenado	a	pena	de	morte,	ainda	que	tenha	
cessado	 a	 vigência	 da	 lei	 e	 a	 circunstância	 que	 a	
determinou,	 por	 ter	 praticado	 o	 ato	 na	 vigência	 da	 lei	
temporária.	
Código	 Penal	 Brasileiro.	 Art.	 3º	 -	 A	 lei	 excepcional	 ou	 temporária,	 embora	
decorrido	 o	 período	 de	 sua	 duração	 ou	 cessadas	 as	 circunstâncias	 que	 a	
determinaram,	aplica-se	ao	fato	praticado	durante	sua	vigência.	
D)	 Lei	 posterior	 que	 de	 qualquer	 modo	 estabelecer	 pena	
menos	severa	para	a	conduta	praticada	por	Inácio,	aplica-
se	 aos	 fatos	 anteriores	 por	 ele	 praticados,	 visto	 que	 a	 lei	
penal	só	retroage	em	benefício	do	agente.		
Lei	 penal	mais	 benéfica	 não	 retroage	diante	 de	 lei	 	 temporária	 vigente	 ao	
tempo	do	fato.	
	
Direito	Civil	
Questão	34	
No	 dia	 31	 de	 maio	 de	 2017,	 Marcos	 celebrou	 contrato	 de	
compra	e	venda	com	André,	dono	de	uma	loja	de	barcos,	para	
adquirir	 a	 lancha	 X	 pelo	 valor	 de	 R$	 80.000,00	 (oitenta	 mil	
reais),	 pagos	 à	 vista	 na	 data	 da	 assinatura	 do	 contrato.	 Nos	
termos	 pactuados,	 a	 entrega	 do	 bem	 seria	 realizada	 60	
(sessenta)	dias	depois,	em	30	de	 julho	de	2017,	na	cidade	de	
Goiânia,	domicílio	do	vendedor.	Entretanto,	no	dia	29	de	julho	
de	2017,	um	deslizamento	de	terra	soterrou	a	 loja	de	André,	
situadaao	 pé	 de	 um	 morro,	 destruindo,	 com	 perca	 total,	
dentre	 outros	 barcos,	 aquele	 que	 tinha	 sido	 adquirido	 por	
Marcos.	
Diante	do	exposto,	Marcos:	
	
A)	 fará	 jus	 à	 restituição	 de	 metade	 do	 valor,	 diante	 da	
ausência	de	culpa	de	André.	
Alternativa	incorreta.	No	presente	caso,	inequívoca	é	a	ausência	de	culpa	de	
André,	 uma	 vez	 que	 o	 perecimento	 do	 bem	 se	 deu	 por	 motivo	 de	 força	
maior.	 Entretanto,	 em	 se	 tratando	 de	 obrigação	 de	 dação	 de	 coisa	móvel	
certa	 e	 tendo	 o	 perecimento	 do	 bem	 ocorrido	 antes	 da	 tradição,	 ou	 seja,	
antes	 da	 entrega,	Marcos	 tem	direito	 à	 restituição	 integral	 do	 valor	 pago,	
nos	termos	do	art.	234,	do	Código	Civil.	Inexistindo	culpa	ou	concorrência	de	
Marcos	no	perecimento	do	bem,	não	há	 falar-se	em	fracionamento	de	sua	
restituição.	
B)	 não	 tem	 direito	 à	 restituição	 do	 pagamento	 de	 R$	
80.000,00.	
Alternativa	incorreta.	Em	se	tratando	de	obrigação	de	dação	de	coisa	móvel	
e	tendo	o	perecimento	do	bem	ocorrido	antes	da	tradição,	ou	seja,	antes	da	
entrega,	Marcos	tem	direito	à	restituição	integral	do	valor	pago,	nos	termos	
do	art.	234,	do	Código	Civil.	
C)	 terá	 direito	 à	 restituição	 de	 todo	 o	 valor,	 pois	 ainda	 não	
havia	ocorrido	a	tradição	no	momento	do	perecimento	do	
bem.	
Alternativa	 correta.	Conforme	 preceitua	 o	 art.	 1.226,	 do	 Código	 Civil	 –	 CC,	
“os	direitos	reais	sobre	coisas	móveis,	quando	constituídos,	ou	transmitidos	
por	atos	entre	vivos,	só	se	adquirem	com	a	tradição”.	Isso	implica	dizer	que	
apenas	 a	 entrega	 da	 coisa	 pode	 outorgar	 ao	 adquirente	 a	 condição	 de	
proprietário,	nos	termos	do	art.	1.225,	I,	do	mesmo	Codex.	In	casu,	verifica-
se	que	o	bem	se	perdeu	antes	da	entrega,	ou	seja,	antes	da	tradição.	Diante	
disso,	é	de	se	aplicar	o	disposto	no	art.	234,	do	CC,	que	reza	que	quando	a	
coisa	se	perde,	sem	culpa	do	devedor	(aquele	sobre	quem	recai	a	obrigação	
de	 entrega	 do	 bem),	 antes	 da	 tradição,	 fica	 resolvida	 a	 obrigação	 para	
ambas	as	partes.	Importante	lembrar	que	o	termo	“resolver”,	empregado	na	
redação	 do	 artigo,	 não	 significa	 “extinguir”	 as	 obrigações	 para	 ambas	 as	
partes,	mas	sim	tornar	ao	status	quo	ante,	ou	seja,	retornar	ambas	as	partes	
às	mesmas	condições	em	que	se	encontravam	antes	do	estabelecimento	da	
obrigação.	Nesse	 sentido,	 conclui-se	que	André,	mesmo	sem	culpa,	deverá	
devolver	todo	o	dinheiro	à	Marcos.	
D)	 fará	 jus	 à	 restituição	 em	 dobro	 do	 valor	 pago,	 diante	 da	
presença	de	culpa	de	André.	
Alternativa	incorreta.	Tendo	o	perecimento	da	coisa	ocorrido	por	motivo	de	
força	maior,	inexiste	culpa	de	André.	Contudo,	ainda	que	houvesse	a	culpa,	
incabível	 seria	 a	 restituição	 em	 dobro,	 tendo	 em	 vista	 que	 a	 repetição	 de	
indébito	só	se	justifica	na	hipótese	de	cobrança	indevida	(salvo	a	ocorrência	
de	engano	justificável),	nos	termos	do	art.	42,	§	único,	do	Código	de	Defesa	
do	 Consumidor	 –	 CDC.	 Todavia,	 não	 se	 trata	 o	 presente	 caso	 de	 cobrança	
indevida,	mas	do	direito	de	André	à	restituição	do	valor	face	ao	perecimento	
do	 bem	antes	 da	 tradição.	Nesse	 caso,	 é	 de	 se	 reconhecer	 o	 seu	 direito	 à	
restituição	 integral,	 mas	 na	 forma	 simples,	 de	 acordo	 com	 o	 art.	 234,	 do	
Código	Civil.	
	
Questão	35	
Adão,	 Ralf,	 João	 e	Mateus	 realizaram	 um	 empréstimo	 de	 R$	
1.000.000,00	 (um	 milhão	 de	 reais)	 com	 Joaquim	 para	 a	
aquisição	de	uma	Ferrari.	Foi	estabelecido	que	o	débito	seria	
pago	em	quatro	parcelas	iguais	de	R$	250.000,00	(duzentos	e	
cinquenta	mil	 reais)	 e	que	 todos	os	devedores	 responderiam	
solidariamente	pelo	total	do	débito.	
Considerando	o	caso	descrito,	marque	a	opção	correta.	
	
A)	Se	Joaquim	recebesse	de	Adão	um	terço	do	valor	da	dívida,	
ficaria	 impedido	 de	 cobrar	 somente	 de	 João	 o	 valor	
restante.	
Alternativa	 incorreta.	 A	 solidariedade	 impõe	 a	 todos	 os	 co-devedores	 a	
responsabilidade	 por	 toda	 a	 dívida,	 podendo	 Joaquim,	 nesses	 termos,	
demandar	 qualquer	 um	 dos	 devedores	 solidários	 pelo	 restante	 da	 dívida,	
inclusive,	 o	 próprio	 Adão,	 caso	 não	 tenha	 concedido	 remissão	 a	 ele.	
Inteligência	dos	arts.	264,	265,	277	e	388,	do	Código	Civil.	
B)	 Joaquim	 poderia	 escolher	 quaisquer	 dos	 devedores	 para	
cumprir	a	obrigação	por	inteiro.	Entretanto,	qualquer	deles	
teria	 o	 direito	 de	 pagar	 a	 sua	 parte	 na	 dívida,	 tão	 logo	
ocorresse	o	vencimento.	
Alternativa	incorreta.	Conforme	preceitua	o	art.	265,	do	Código	Civil	–	CC,	a	
solidariedade	deriva	da	lei	ou	da	vontade	das	partes.	O	artigo	anterior	(264)	
estabelece	 que,	 havendo	 solidariedade,	 as	 partes	 possuem	 direito	 ou	
obrigação	 à	 dívida	 toda.	 No	 caso	 em	 comento,	 verifica-se	 que	 foi	
convencionada	cláusula	de	solidariedade	entre	os	devedores.	Desse	modo,	
inexiste	 o	 direito	 de	 distribuição	 de	 responsabilidade	 por	 apenas	 uma	
parcela	 da	 dívida,	 haja	 vista	 que,	 existindo	 solidariedade	 entre	 as	 partes,	
todos	são	responsáveis	por	todo	o	débito.	
C)	Caso	Mateus	venha	a	falecer,	Joaquim	poderá	demandar	de	
um	dos	herdeiros	a	totalidade	da	dívida.	
Alternativa	 incorreta.	De	acordo	com	o	art.	276,	do	Código	Civil	–	CC,	 caso	
Mateus	 venha	 a	 falecer,	 seus	 herdeiros	 se	 obrigam	 apenas	 ao	 limite	 da	
quota	correspondente	ao	seu	quinhão	hereditário,	salvo	se	a	obrigação	for	
indivisível,	o	que	não	é	o	caso.		
		
 	 14		 II	SIMULAJURIS	COMENTADO	-	XXIV	1a	FASE	 	
D)	 Se	 Joaquim	 conceder	 à	 Ralf	 remissão	 correspondente	 à	
uma	parcela	da	dívida,	a	obrigação	estará	extinta	para	esse	
devedor.	
Alternativa	correta.	Nos	termos	do	art.	388,	do	Código	Civil	–	CC,	a	remissão	
concedida	 à	 Ralf	 pela	 parcela	 reconhecida	 por	 Joaquim	 extingue	 a	 sua	
obrigação	 como	 devedor,	 não	 podendo	 a	 parcela	 remida	 ser	 cobrada	 dos	
demais	co-devedores.	Importante	lembrar	ainda	que	a	remissão	não	alcança	
aos	demais	responsáveis	solidários,	consoante	ao	art.	277,	do	CC.	
	
Questão	36	
Paulo	 concede	 a	 Emílio	 direito	 de	 usufruto	 sobre	 um	
apartamento	de	que	é	proprietário,	pelo	prazo	de	trinta	anos.	
O	 direito	 real	 foi	 devidamente	 concebido	 por	 meio	 de	
escritura	pública,	registrada	no	respectivo	cartório	de	registro	
de	imóveis.	Sete	anos	após	a	constituição	do	usufruto,	Emílio	
morre,	deixando	como	herdeiro	seu	filho	José	Felipe.		
Acerca	do	exposto,	assinale	a	correta.	
	
A)	 José	 Felipe	 herda	 o	 direito	 real	 de	 usufruto	 sobre	 o	
apartamento.	
Alternativa	 incorreta.	 José	 Felipe	 não	 herdará	 o	 direito	 real	 de	 usufruto	
sobre	o	apartamento,	uma	vez	que	tal	direito	se	extingue	com	a	morte	do	
usufrutuário,	de	acordo	com	o	art.	1.410,	I,	do	Código	Civil.	
B)	O	direito	real	de	usufruto	se	extingue	com	o	falecimento	de	
Paulo.	
Alternativa	 correta.	 De	 acordo	 com	 o	 art.	 1.410,	 I,	 do	 Código	 Civil,	 “o	
usufruto	 extingue-se,	 cancelando-se	 o	 registro	 no	 Cartório	 de	 Registro	 de	
Imóveis	pela	renúncia	ou	morte	do	usufrutuário”.	
C)	 José	 Felipe	 herda	 somente	 o	 direito	 de	 uso	 do	
apartamento.	
Alternativa	incorreta.	Com	o	falecimento	de	Emílio,	o	direito	de	usufruto	se	
extingue,	 nos	 termos	 já	 delineados.	 Portanto,	 José	 Felipe	 não	 possui	
qualquer	direito	real	sobre	o	apartamento	de	Paulo.	
D)	 José	 Felipe	 deve	 ingressar	 em	 juízo	 para	 obter	 sentença	
constitutiva	 do	 seu	 direito	 real	 de	 usufruto	 sobre	 o	
apartamento.	
Alternativa	incorreta.	Com	o	falecimento	de	Emílio,	o	direito	de	usufruto	se	
extingue,	 nos	 termos	 já	 delineados.	 Portanto,	 José	 Felipe	 não	 possui	
qualquer	direito	real	sobre	o	apartamento	de	Paulo.	
	
Questão	37	
Depois	de	quatro	anos	de	namoro,	Pedro	e	Lana,	 finalmente,	
casam-se.	 Dois	 anos	 depois,	 nascem	 os	 filhos	 do	 casal,	 os	
gêmeos	 Zeca	 e	 Bia.	 Apesar	 da	 estabilidade	 financeira	 e	 da	
ajuda	 dos	 pais,	 o	 casamento

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