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APOSTILA DE TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Professor Mário E. Longato Versão 2.0 – 01.05.1999 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 2 Sumário A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 3 1. Introdução Esta apostila tem por objetivo complementar a literatura específica da disciplina “Tecnologia das Telecomunicações”. Ela mostra de forma sucinta alguns conceitos sobre como iniciou a transmissão de sinais, a entrada dos computadores no cenário das comunicações, serviços específicos como telefonia móvel, fixa, satélite, meios como pares metálicos, fibra-óptica, serviços públicos de comunicação de dados,, como Rede de Pacotes, Frame Relay e ATM. Ao final da apostila o aluno terá uma bibliografia rica na área, que é considerada a de mais atividade na entrada do novo milênio, as Telecomunicações. 2. Sinalização Digital e Analógica No inicio das telecomunicações, as informações eram consideradas simplesmente como sinais elétricos. Estes sinais também são conhecidos como sinais analógicos. Esta definição diz que um sinal analógico é aquele que pode assumir infinitos valores de amplitude ao longo do tempo. A figuras 1 ilustra este tipo de sinal. SINAL ANALÓGICO O primeiro sinal nesta categoria foi o telégrafo, inventado no século passado, ele transmitia informações através de um sistema de cabos. Atualmente os sinais analógicos são utilizados na telefonia fixa, telefonia celular, televisão, etc. Outros exemplos de sinais analógicos, que não necessariamente são utilizados para transmitir dados, é a energia elétrica que alimenta nossos equipamentos. Este sinal tem a forma de uma senóide, e possui uma freqüência de 60 Hz. SINAL DIGITAL Definição de um sinal digital: Sinal digital é aquele que assume finitos valores no eixo (Y ou Amplitude) ao longo do tempo. T e m p o Ampl i tude T e m p o Ampl i tude Figura 1 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 4 Com o advento a informática passamos a conhecer e trabalhar com os sinais digitais. Este tipo de sinal foi introduzido inicialmente nos computadores, pois estes são considerados máquinas binárias, ou seja, entendem apenas 2 amplitudes de sinal. Na área da computação estes níveis recebem os nomes de bits (bit 0) ou Bit (1). Sendo assim os sinais elétricos que representam a informação assumem valores de amplitude pré determinados no tempo. Mais a frente estudaremos sinais PCM, Redes Banda Base, etc. A figura 2 mostra alguns tipos de sinais digitais. Não é o objetivo desta disciplina, mas vamos definir alguns conceitos: Onda: podemos definir a onda como uma perturbação que se move através de um meio. Exemplo: quando lançamos uma pedra em um lago, observamos um deslocamento da água que formam elevações e depressões a partir do local onde a pedra caiu. A frente de onda vai perdendo força ao longo do lago, até a mesma desaparecer. Este fato chama-se atenuação. Freqüência: Número de oscilações por segundo de um sinal elétrico repetitivo. A unidade desta grandeza é Hertz (Exemplo: A freqüência do sistema de energia aqui no Brasil é de 60 Hz). Amplitude de um sinal: é o valor de pico do sinal, normalmente expresso em volts, milivolts. Período: é o inverso da freqüência. A unidade é segundos – T = 1/f Comprimento de onda: é o tamanho do comprimento da onda emitida. É expressa na unidade métrica convencional (metros, kilometros, etc). O comprimento de onda é inversamente proporcional à freqüência. O símbolo que identifica o comprimento de onda é o l. Atenuação: é a diminuição da potência de um sinal elétrico no seu percurso. Velocidade da onda: a velocidade pode ser definida pela fórmula: V = f / ll onde V=velocidade, f=freqüência, ll = comprimento de onda Amplitude Amplitude Tempo Tempo Figura 2 Amplitude tempo Comprimento de onda A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 5 3. Largura de Banda A largura de banda de um meio esta associada com a capacidade de transmissão de sinais através dele. Cada meio, fibra-óptica, ar, água, fio de cobre, fio de alumínio, fio de aço, etc possuí uma banda de transmissão própria. Nos meios metálicos esta banda está associada ao tipo de material. O ouro é o que possuí uma banda passante grande, pois sua resistividade elétrica é baixa. O ar também possuí uma resistividade elétrica em relação à propagação das Ondas Eletro Magnéticas. A umidade do ar e a quantidade dos gases influenciam esta resistividade. 4. Meios de Transmisão 4.1- Introdução A transmissão de informações pode ser efetuada utilizando vários meios. No mundo das telecomunicações estes meios são: Fio metálico (através de corrente elétrica) Fibra-ótica (através de emissão de luz) Espaço (através de Ondas Eletro Magnéticas) Cada tipo de meio pode ser dividido em categorias. Por exemplo, fio metálico pode ser dividido em cabos coaxiais, pares metálicos blindados e não blindados, etc. Em cada categoria podemos referenciar os pontos positivos e negativos, as aplicações com mais possibilidade de integração ao meio, etc. 4.2 Fio Metálico As linhas de transmissão por fios ou cabos são bastante empregadas para a transmissao de sinais com frequências que vão desde um valor pequeno , para telégrafo, dados em velocidades lentas, até vários megahertz para sistemas digitais. As linhas de transmissão são clasificadas de acordo com sua utilização, o material empregado, comprimento, tipo de construção e bitola. Com relação ao tipo de construção temos: Cabo coaxial Par de fio trançado Par de fio paralelo Cabo de pares Do material podemos classificar: Cobre Alumínio Sobre a bitola, ou o diâmetro da seção do cabo, as especificações são em mm ou em AWG. A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 6 Nas aplicações podem ser divididos em: Sinal de telefonia – Cabo de pares são utilizados para interligação de PABXs e DGs Distribuidores Gerais (Cabos de 20, 30, 50, 100, 200 até 2400 pares são encontrados. Eles possuem um código de cores interno o qual se repete várias vezes dentro do cabo e cada bloco é separado normalmente por uma cinta de nylon ou barbante. Nesta área também encontram-se os cabos para interligação de ramais telefônicos, os fios EK trançados e com 1 par. Os cabos também podem ser classificados para uso interno as edificações (cabos CI) ou para utilização externa (CTP-APL). A diferença reside na proteção existente em cada um em relação ao material plástico externo empregado. Estes cabos também podem ter outros dispositivos, como um cabo de aço interno, caso este cabo seja instalado em um vão muito grande, e este cabo de aço tem o objetivo de sustentar a tração sobre o cabo. Cabos a prova de roedores também foram desenvolvidos, visando inibir a ação de ratos. Estes cabos são aplicados em linhas enterradas. Alguns exemplos de cabos Quadro de especificação – REDE EXTERNA URBANA CT-APL Rede Externa como cabo tronco ou primário com instalação em dutos. Especificação TELEBRA 235.320.703 CTS-APL Rede Externa como cabo tronco ou primário com instalação em dutos subterrâneos ou diretamente CTS-APL-G enterrados. Especificação TELEBRA 235.320.714 CTP-APL Rede Externa como cabo secundário de distribuição sendo instalado em dutos subterrâneos ou CTP-APL-G linhas aéreas CTP-APL-AS Especificação TELEBRA 235.320.701, 235.320.702, 235.720.304 CTP-APL-SN Cotos de transição para uso em armários de distribuição, caixas terminais e entradas de edifícios. Especificação TELEBRA 235.320.713 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 7 DADOS CONSTRUTIVOS Dados / Tipo CT-APL CTP-APL-SN CONDUTOR Cobre NU Cobre Estanhado DIÂMETRO 0,40 0,50 (mm) No DE PARES 200 a2400 10 a 600 ISOLAMENTO Papel Seco e Ar Polietileno ou Polipropileno ENFAIXAMENTO Fitas de Papel Fitas de material não higroscópico CAPA EXTERNA Capa APL Capa APL DADOS DIMENSIONAIS Designação Nr. Pares Diâmetro Externo Massa líquida Comprimento Nominal Máximo Nominal (kg/Km) por Bobina (m) CT-APL-40 200 27,5 735 500 300 32,0 1050 500 . . . . 2400 75,0 7250 400 Outros cabos são utilizados para as redes de computadores, cabos como o UTP Categoria 5, são utilizados em redes de computadores que trafegam milhões de bits por segundo. E para esta velocidade a frequência que percorre o cabo esta em milhões de Hz, como por exemplo 20 MHz para as redes Token-Ring a 16 Mega bits por segundo, ou 100 MHz para as redes Fast Ethernet de 100 Mega Bits por segundo. Efeitos nos cabos A corrente elétrica provoca efeitos nos cabos metálicos, sendo estes efeitos indesejáveis e limitadores da distância da linha e consequentemente na sua utilização. Estes efeitos são: A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 8 Efeito Skin-Effect ou Efeito Pelicular – Este efeito ocorre quando um condutor metálico é percorrido por uma corrente alternada. O mesmo consiste na distribuição não homogenea da corrente no condutor, grande parte dela se distribui na periferia do condutor, e no seu núcleo pouca corrente passa. Neste sentido podemos afirmar que a resistência do cabo aumenta, pois não utilizamos toda a seção do fio para o transporte da energia elétrica. Este efeito aumenta com o aumento da freqüência. Resistência para corrente contínua em circuitos simétricos (dois condutores iguais em paralelo) – Podems dizer que a resistência sobe a medida que sobre o comprimento dos condutores. Podemos calcular a resistência coma fórmula abaixo: R = rr L / S , onde rr - resistividade, L = comprimento e S = área EXEMPLOS DE CABOS CTP-APL-G Aplicação: Rede externa como cabo secundário de distribuição, sendo instalado em dutos subterrâneos ou linhas aéreas. Especificação: Telebrás 235.320.702 CCE-APL Aplicação: Conexões telefônicas externas em instalações aéreas ou subterrâneas em dutos, como derivação a partir das emendas de distribuição até as entradas de assinantes. Especificação: Telebrás 235.320.710 A área útil é: p r2 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 9 4.3 Fibra óptica As fibras ópticas são meios confiáveis e de alta largura de banda. A utilização deste tipo de meio esta em franco crescimento. As empresas de telefonia estão cada vez mais utilizando a fibra- óptica para a interligação de suas localidades. As vantagens das fibras ópticas sobre os meios metálicos são: · Largura de faixa muito ampla para a transmissão de informações · As separações entre as estações repetidoras são maiores que os sistemas à cabo metálico · Menor espaço ocupado por utilizar “fios” com pequenas seções · Grande imunidade a interferências Podemos classificar as fibras ópticas comerciais em dois tipos básicos: A fibra multimodo e a monomodo. Fibras monomodo –Possuem um núcleo de diâmetro muito pequeno, com alguns micrometros. Sendo assim os raios de luz seguem praticamente o mesmo caminho. Estas fibras são as de melhor desempenho quanto à transmissão de sinais, tem menor atenuação ao longo de seu comprimento comparadas às fibras multimodo. Estas fibras são normalmente empregadas em aplicações onde se exige cobrir grandes distâncias com confiabilidade e qualidade (Figura 4.3.1). Fibras multimodo – Estas possuem um núcleo maior que as monomodo, sendo que s raios de luz acabam percorrendo caminhos diferentes de um extremo ao outro. Dentro deste tipo de fibra, existe outra classificação denominado gradual e degrau. Casca Núcleo Figura 4.3.1 CIT Aplicação: Uso interno em centrais telefônicas, prédios comerciais, industriais e residênciais. É utilizado também em rede digital de serviços integrados (RDSI) Especificação: Telebrás 235.310.702 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 10 Fibra multimodo índice degrau – são assim chamadas pois o índice de refração da casca e do núcleo são bem diferentes e variam bruscamente (Figura 4.3.2). Revestimento Externo Casca Núcleo Figura 4.3.2 Fibra multmodo índice gradual – neste caso o índice de refração núcleo casca obedece uma mudança gradual (figura 4.3.3) Revestimento Externo Núcleo Casca Figura 4.3.3 Conectores – Existem vários tipos de conectores, cada um deles é tem suas características operacionais, como atenuação, tipo de fixação, material empregado, etc. Conector SC, Conector ST, Conector SMA Dispositivos Opto-eletrônicos – Estes dispositivos são os responsáveis pela emissão da luz e recuperação da informação nas extremidades da fibra. Diodo Laser – emite radiação coerente, ou seja, os raios de luz são paralelos e não se dispersam. Estes dispositivos normalmente equipam os equipamentos que são ligados em sistemas com fibras monomodo. Diodo Emissor de Luz LED – ao contrário do Diodo Laser a luz emitida pelo LED não é coerente. Este tipo de dispositivo é utilizado em equipamentos que operam com fibras multimodo. A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 11 4.4 Ondas Eletro Magnéticas 4.4.1 Introdução A propagação através de sistemas de irradiação esta relacionada com a existência de uma Onda Eletro-Magnética (OEM) interligando uma estação transmissora com uma ou mais estações receptoras. A estação transmissora é composta por um elemento transmissor que é o responsável pela geração da energia de radio-freqüência, uma linha de transmissão que leva este sinal à uma antena, e a antena, a qual é responsável pela conversão desta energia em uma onda eletro-magnética.A estação receptora tem os mesmos componentes, só que a direção do sinal e inversa. A propagação de sinais através de OEMs é muito utilizada no mundo das telecomunicações. Quanto as peculiaridades na transmissão, do mesmo modo das fibras ópticas e dos cabos metálicos, podemos classificar os principais pontos fortes e principais pontos fracos deste tipo de transmissão. Estes pontos podem ser avaliados quanto a: - Custo - Atenuação - Aplicações - Limitações de distância - Interferências cósmicas e geradas pelo homem Inicialmente iremos abordar alguns conceitos: Refração – ocorre quando a OEM passa pela região limítrofe entre dois meios, com constantes dielétricas distintas (ex.: água e ar). Reflexão – é a mais comum das ações que as OEM sofrem. O solo, os prédios, as montanhas refletem o sinal recebido. Difração – ocorre quando uma frente de uma OEM se depara com um obstáculo com dimensões comparáveis ao seu comprimento de onda. Figura 4.4.1 ONDA DIRETA ONDA DIFRATADA ONDA REFRATADA ONDA REFLETIDA IONOSFERA SOLO ANTENA A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 12 Desvanecimento ou fading – é uma flutuação que ocorre na intensidade de uma onda eletro- magnética, principalmente devido a interferência entre duas ondas que incidem sobre a mesma antena receptora. 4.4.2 Meios (Troposfera, Ionosfera, Estratosfera) Para efeito de propagação de sinais, podemos dizer que basicamente a atmosfera é dividida em 3 camadas, como mostra a figura 3.2.1 4.4.3 Espectro de Frequências As Ondas Eletro Magnéticas podem ser classificadas de acordo com suas aplicações. Esta classificação baseia-se no comprimento de onda, ou na faixa de frequência que opera. 300Hz-3 KHz 30 KHz 300 KHz 3 MHz 30 MHz 300 MHz 3 GHz 30 GHz 300 GHz ELF VLF LF MF HF VHF UHF SHF EHF ELF-Extremely Low Frequency – faixa de freqüências que possuem um comprimento de onda enorme e penetramrazoavelmente em água, solo. Por esta razão são aplicadas as comunicações submarinas, em minas, etc. Como característica os transmissores nesta faixa operam com grande potência. VLF – Very Low Frequency – Esta faixa de freqüências utilizam a reflexão ionosférica para propagação. LF – Low Frequency – Esta faixa também utiliza a reflexão troposférica para atenuação. MF – Medium Frequency – Nesta faixa de freqüências é utilizada as ondas de superfície para propagação. Este tipo de propagação tem um melhor desempenho em relação a reflexão ionosférica, ou seja, tem menos atenuação. É nesta faixa que situam-se as rádios comerciais AM. HF – High Freqency- Utiliza a reflexão inosoférica para sua propagação. Cada camada age de forma diferente na propagação das Ondas Eletro Magnéticas, seja por causa da temperatura que possuem, ou pela composição química das mesmas. A troposfera é muito utilizada nas telecomunicações mas é instável, a estratosfera é pouco utilizada porém estável, e a ionosfera, recebe este nome pois é altamente ionizada e sofre muito com as interferências solares. Desta forma o comportamento desta camada não é constante, pois é influenciada pelas radiações solares. TROPOSFERA 11 kM ESTRATOSFERA +/- 50 kM IONOSFERA +/- 350 kM Fig 3.2.1 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 13 VHF – Very High Frequency – Caracterizam-se em sistemas de visibilidade. A reflexão ionosférica já não é mais possível, pois as ondas não mais retornam à terra, são perdidas no espaço. Aqui situam- se as rádios FM. UHF – Ultra High Frequency – Também estão dentro dos sistemas de visibilidade. Aqui situam-se as aplicações para TV Comercial, Telefonia Celular. SHF – Super High Frequency – Nesta faixa estão os sistemas de micro-ondas, utilizados pelas empresas de telefonia, u sistemas de micro-ondas privativos. Aqui estão os enlaces de 15 GHz com rádios de empresas como Ericsson (MiniLink) ou na faixa de 18 GHz (Pasolink da NEC). EHF – Extremely High Frequency – A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 14 5. Tipos de modulação 5.1 Introdução A modulação é o processo pelo qual são modificadas uma ou mais características de uma onda denominada portadora, segundo um sinal modulante. 5.2 Amplitude Modulada (ASK-Amplitude Shift Key) 5.3 Freqüência Modulada (FSK-Frequency Shift Key) 5.4 Modulação por fase (PSK-Phase Shift Key) A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 15 5.5 Modulação por fase diferencial (DPSK-Diferencial Phase Shif Key) 6. REDES DE INFRA-ESTRUTURA Os sinais nas redes do mundo todo são transferidos, graças à infra-estrutura de comunicação instalada. No início dos sistemas de comunicação, toda a informação era transmitida por pares metálicos. E para cada par de Transmissor x Receptor era necessário um par. Desta forma se tivéssemos necessidade de permitir a comunicação simultânea entre duas localidades de até 100 usuários, precisaríamos instalar um cabo telefônico de 100 pares. No decorrer dos tempos esta infra-estrutura mudou, tendo como característica principal a sinalização digital, uma vez que os sinais digitais podem ser traduzidos como sinais binários, e desta forma conseguimos manipula-los. Os PABX modernos, as centrais de telefones celulares e os sistemas especializados de dados, trabalham com tecnologia digital, facilitando a integração destes com os meios de comunicação. As redes de infra-estrutura entre os equipamentos das companhias de telecomunicações atuais estão quase que totalmente digitalizadas, os equipamentos por sua vez também são digitais. Os próximos passos (para o ano 2000) é digitalizar entre o assinante e as centrais de comunicação/comutação. 7. DIGITALIZAÇÃO DA VOZ A voz quando transmitida em meios metálicos (par de fios) ou até mesmo quando é transmitida pelo ar, deve ser considerada como um sinal analógico, ou seja possuí infinitos valores de amplitude e várias freqüências. No início do século XX, os pesquisadores desenvolveram uma tese de que não era preciso transmitir a voz o tempo todo para que a mesma fosse compreendida. bastava enviar amostras do sinal, e depois recuperar estes sinais para recompor a voz, sendo que a inteligibilidade da mesma não fosse comprometida. Um engenheiro da Bell System, Harry Nyquist, pesquisou e chegou a conclusão que se obtivessemos 8000 amostras por segundo, seria o suficiente para que o sinal fosse recomposto do outro lado. A próxima tarefa seria como transmitir cada amostra pela linha. Na pesquisa foi determinado que o eixo onde o sinal era amostrado (amplitude do sinal ) fosse dividido em 256 patamares pré definidos. Como 256 combinações podem ser expressas em 8 bits (28 = 256), então conclui-se que cada amostra dever possuir 8 bits. A velocidade de transmissão fica definida como 64.000 bits por segundo (8 x 8000 = 64000). Este processo é conhecido como PCM – Pulse Code Modulation, ou Modulação por código de pulso. A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 16 Exemplo SINAL ANALÓGICO Amplitude Tempo Tempo 11001100 11001011 10011000 00011001 00011100 00000111 Sinal transmitido: Amplitude SINAL DIGITAL Tempo Após a explanação anterior, já conhecemos como o processo de digitalização de uma sinal analógico como a voz acontece. Para que isso fosse viável, foram desenvolvidos conversores analógicos/digitais. 8. SISTEMAS ASSÍNCRONOS E SÍNCRONOS Existem duas formas de enviarmos os sinais digitais por uma linha de comunicação. O modo Assíncrono e o modo Síncrono. Freqüência de amostragem Amplitudes de cada Amostra 1 1 0 1 1111 10 0 0 0 Teoria da Amostragem A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 17 O modo assíncrono foi o primeiramente desenvolvido, e consiste em enviar informação precedida por um símbolo de início e um símbolo de fim. O intervalo entre a recepção de uma informação e outra é imprevisível (esta é a origem do assíncrono). Esta modalidade foi criada para fosse possível um operador enviar informações conforme as mesmas fosse sendo tecladas por um operador (Caso da telegrafia e do telex). Este modo é interessante para transmissão não velozes, uma vez que quando maior a velocidade menor é o tempo de duração de um BIT, e quanto menor é o tempo de duração de um BIT, maior a possibilidade de distorção do mesmo. O modo síncrono é o recomendado para transmissões velozes. Este é o modo ideal para os circuitos de dados de alta velocidade da Internet, das redes X.25, FrameRelay, dentre outras. Na transmissão síncrona sempre teremos um conjunto de bits que formarão o trem inicial de sincronismo (veja exemplo) ....... SYN SYN STX DADOS ETX BCC SYN SYN ....... SYN – Byte de Sincronismo STX – Início do Texto ETX – Fim do Texto BCC – Byte de Controle 9. SISTEMAS PDH – PLESÍOCHRONOUS DIGITAL HIERARCHY A arquitetura PDH ainda é a mais utilizado no mundo, os sistemas PCM estão baseados nesta estrutura a qual também é conhecida aqui no Brasil como enlaces E1. O sistema brasileiro é o mesmo adotado pela Europa. Os Estados Unidos (enlaces T1) e o Japão utilizam sistemas próprios. O sistema E1 implantado no Brasil, obedece a seguinte hierarquia. 1 2,048 8,448 34,368 139,264 2 Mbps Mbps Mbps Mbps 565 Mbps 30 30 Canais 120 Canais 480 Canais 1920 Canais 7680 Canais E1 E2 E3 TDM 1a Ordem TDM 2a Ordem TDM3a Ordem TDM 4a Ordem TDM 5a Ordem Fig. 9.1 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 18 Hierarquia T1 – Americana 24 canais de 64 = 1,544 Mbps 1a Ordem T1 96 canais de 64 = 6,312 Mbps 2a Ordem T2 T1 vezes 4 672 canais de 64 = 44,736 Mbps 3a Ordem T3 T2 vezes 7 4032 canais de 64 = 274,176 Mbps 4a Ordem T4 T3 vezes 6 Os equipamentos que agregam os canais são chamados de Multiplexadores. O protocolo que de utilização do meio que estes multiplexadores utilizam é o TDM – Time Division Multiplex, ou em Português, Multiplexação por Divisão do Tempo. Se necessitamos de transmitir 64.000 bits em uma unidade de tempo de 1 segundo, de quanto tempo necessitamos para transmitir 30 canais de dados? A resposta é o mesmo 1 segundo, pois todos as transmissões devem levar apenas 1 segundo para vencer a distância entre dois pontos. Para estipular a velocidade resultante de 30 canais no prazo de 1 segundo, temos que aumentar a velocidade 30 vezes, ou seja 2,048 Mbps. Na realidade 30 x 64000 resulta de 1920 Mbps, a diferença é que 2 canais de 64000 são utilizados pelos multiplexadores para sinalização de controle. Esta hierarquia de equipamentos permite que levemos de uma cidade a outra uma grande quantidade de sinais de informação. No caso do TDM de maior hierarquia, temos a capacidade para transportar de uma única vez, e por um par de fibras ópticas, 7680 canais, caso contrário precisaríamos de um cabo de 7680 pares de fios telefônicos para termos simultaneidade de transmissões entre 2 pontos. TDM- Time Division Multiplex (Multiplexação por Divisão de Tempo) – é uma técnica de utilização de um meio de comunicação, empregada em vários sistemas, sejam eles, telefonia celular, satélite, dados, etc. O conceito de TDM aplicado aos sistemas E1 é o seguinte: 125 ms 3,90625 ms 1 1 1 1 1 1 1 A B C D E F G 2 2 2 2 2 2 2 A B C D E F G 3 3 3 3 3 3 3 A B C D E F G 32 32 32 32 32 32 32 A B C D E F G 32 ..... 3 2 1 32 ...... 3 2 1 32 ..... . 3 2 1 ......... G G G G F F F F E E E E SLOT PCM 32 PCM 1 PCM 2 PCM 3 M U X Neste exemplo, notamos que o MUX transfere cada canal de entrada exatamente no mesmo tempo que cada um ocupa, ou seja, 64 Kbps. Fig. 9.2 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 19 O equipamento possui 32 canais de entrada, por onde entram as informações dos canais de usuários. Para cada canal será reservado uma janela de tempo. Cada canal deste ocupará uma parte do tempo enviando informações. A figura a 9.2 ajuda a esclarecer o sistema. Embora este sistema é de grande utilidade na transmissão de sinais, sendo seu ponto forte a transmissão de vários canais em apenas 1 par de fibra óptica ou 1 enlace de microondas, ele apresenta um problema. Vamos imaginar um circuito de 140 Mbps estabelecido neste sistema, o qual está instalado entre São Paulo e Rio de Janeiro. Neste circuito conseguimos passar 1920 canais de 64 Kbps em cima de uma infra-estrutura de fibra pequena. O problema acontece quando necessitamos extrair uma parte destes circuitos de 64 Kbps no meio do caminho. Nesta situação teremos que efetuar toda a demultiplexação neste ponto e depois efetuarmos novamente a multiplexação para recompor os 140 Mbps e seguir em frente. Este tipo de atitude nos levaria a gastar muito em equipamentos e manutenção. Veja figura a seguir: 10. SISTEMAS SDH – SYNCHRONOUS DIGITAL HIERARCHY Os sistemas SDH resolvem um grande problema das redes PDH. A extração e inserção de de enlaces, sem que seja necessário efetuar a demultiplexação. Esta facilidade deve-se ao fato da rede ser puramente síncrona, portanto é possível sabermos onde inicia e onde termina cada enlace, ou seja, cada conjunto de bits. A concepção deste tipo de rede iniciou em estudos no ano de 1984, nos 140 Mbps Para R.Janeiro140 Mbps Para S.Paulo 34 Mbps 8 Mbps 2 Mbps 64 Kbps Um grande problema neste tipo de rede, é a inserção ou extração de um simples circuito de 64 Kbps Cidade situada, no meio do trajeto Fig. 9.2 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 20 Estados Unidos. Em 1985 foi publicada a proposta SONET – Synchronous Optical Network. Esta proposta padronizou o formato dos quadros de transmissão, as velocidades e as interfaces ópticas. Em 1988 o então CCITT publicou as tres primeiras recomendações sobre o SDH. Atualmente o SONET pode ser considerado um sub-padrão do SDH. A taxa de transmissão básica dos sistemas SDH é de 155,52 Mbps. A estrutura do quadro de transmissão deste tipo de rede contém 2430 bytes, que duram 125 microsegundos (o mesmo tempo de um canal PCM de 64 Kbps). Este quadro está organizado em 270 colunas por 9 linhas. 9 COLUNAS 261 COLUNAS As primeiras 9 colunas são utilizadas para transmitir informações de controle, gerenciamento e sincronismo, e as demais (261 colunas) são utilizadas para transmitir informações do usuário. Tabela de recomendações STM-1 155,52 Mbps 155 Mbps STM-4 622,08 Mbps 622 Mbps 4xSTM-1 STM-16 2.488,32 Mbps 2,5 Gbps 16xSTM-1 STM-64 9.953,28 Mbps 10,0 Gbps 64xSTM-1 1 seção de overhead 2 (RSOH) rótulo de grupo 3 ponteiros 4 5 seção de overhead 6 7 (MSOH) 8 9 ÁREA ÚTIL PARA DADOS A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 21 TOPOLOGIA DE UMA REDE SDH – STM-1 Projeto ROTA NORTE (Porto Seguro – Natal) (Projeto desenvolvido e implantado pela Schahin Cury) 155 Mbps 155 Mbps 155 Mbps 155 Mbps 1 23 ....... 63 1 23 ....... 63 63 canais de 2 Mbps Extensão de 1.634Km Oito lances submarinos Nove estações terminais Três enlaces locais terrestres · Travessia do Rio Sergipe (1,2 km) · Amplificadores ópticos de alta tecnologia · Equipamento de hierarquia digital síncrona (SDH) · Transposição de áreas de corais, arrecifes, rochas Fig. 10.1 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 22 11. Sistemas para Transmissão de Dados 11.1 Introdução Como aconteceu com a telefonia no início , a partir dos anos 60 começaram a aparecer as redes especializadas em dados. Foram desenvolvidas técnicas de protocolos de comunicação, equipamentos de transmissão/recepção, materiais condutores, etc. 11.2 Redes de Dados X.25 11.3 Redes de Dados Frame-Relay 12. Técnicas de acesso ao meio 12.1 TDM 12.2 FDM 12.3 SDTM 13. Telefonia Fixa 13.1 Comutação x.1.1 Introdução x.2 Plano de Numeração x.3 Protocolos de comunicação entre PABXs x.4 Cálculo de tráfego (Erlangs) x.5 Tarifação 13.2 Transmissão 13.3 Cabeamento Externo (Assinante x Centra Telefônica) 13.4 Normas de Perda de ligação no assinate PAB A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 23 14. Redes móveis celulares 14.1 Introdução Sistema de telefonia móvel terrestre, também conhecido como telefonia celular, veio complementar os serviços de comunicação por meio da rede fixa (ver capítulo yy) e do trunking (ver capítulo xx). Este tipo de sistema conquistou o mundo da comunicação. Desde a década de 80, milhões de estações foram instaladas pelo mundo. No Brasil o sistema tomou impulso em meados dos anos 90. A Telefonia celular aqui no Brasil iniciou com as empresas do Sistema Telebrás (governamentais) utilizando a Banda A. A banda B foi licenciada para operadoras privadas em meados de 1997. Em 1998 foi completada a privatizaçãodas empresas telefônicas aqui no Brasil. 14.2 A tecnologia AMPS 14.3 A Tecnologia TDMA 14.4 A tecnologia CDMA 15. MODEMS Como estudamos anteriormente, as linhas de comunicação foram dimensionadas para trafegar voz, e a voz humana. Sendo estes sinais analógicos, a energia está distribuída de modo não uniforme em uma faixa de freqüências que vai de 15 Hz à 15000 Hz. Por questões de simplicidade e economia, foi escolhida a faixa de voz entre 300 Hz e 3400 Hz, para a construção das linhas telefônicas. É nesta faixa que concentra-se 85% da inteligibilidade e 68% da energia. Como o sinal emitido por um computador é digital e podemos decompor um sinal digital conforme figura a seguir: ONDA FUNDAMENTAL COMPOSIÇÃO DA FUNDAMENTAL COM 3o HARMÔNICO COMPOSIÇÃO DA FUNDAMENTAL COM 3o E 5o HARMÔNICOS 2Asenwwt pp 2Asenwwt + 1 . 2Asen3wwt pp 3 pp 2Asenwwt + 1 . 2Asen3wwt + 1 . 2Asen5wwt pp 3 pp 5 pp pp pp pp 2pp 2pp 2pp t t t A A A A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 24 Como podemos observar, quanto mais harmônicas ímpares incluirmos no sinal fundamental, estaremos aproximando o sinal a uma onda quadrada. Para podermos Ter um sinal digital perfeito seria necessário termos uma banda passante infinita, pois seria necessário incluirmos muitas freqüências ímpares ao sinal fundamental. Como os sistemas telefônicos foram construídos para barrar as freqüências acima de 3400 Hz, não podemos injetar um sinal digital diretamente na rede telefônica, pois este sinal chegaria ao destino completamente distorcido, e o receptor não saberia distinguir o “0” do “1”. Além dos problemas citados anteriormente as linhas telefônicas possuem outras limitações. Estas limitações são decorrentes à existência de resistências, capacitâncias e indutâncias ao longo da fiação e circuitos comutadores, amplificadores e multiplexadores. Estas distorções podem ser definidas como: · DISTORÇÕES DE AMPLITUDE Componentes resistivos + Capacitivos e Indutivos à Degeneração do sinal. Se não for mantida dentro de certos limites, pode inviabilizar a transmissão. · RUÍDOS Ruído branco: Cobre a faixa de freqüências de zero a infinito. Causa: movimento aleatório de elétrons nos átomos do material constituinte das linhas e dos equipamentos eletrônicos intermediários à transmissão. Ruído impulsivo: Apresenta-se na forma de pulsos, e é causado por interferências atmosféricas, comutações nas centrais telefônicas e induções decorrentes de descargas na rede de transmissão de energia elétrica. · ECO Parte do sinal transmitido retorna ao receptor através da bobina híbrida, utilizada para converter a linha do assinante (2 fios) em linha utilizada pelas centrais (4 fios). Dispositivos supressores à Interrompe a transmissão em um dos sentidos enquanto o outro está transmitindo. (Ruim para modemsàSemi-Duplex). SINAL DIGITAL INJETADO NA LINHA SINAL QUE É RECEBIDO NO RECEPTOR 1 0 0 1 1 0 1 0 0 A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 25 Existem várias técnicas de modulação, a seguir estudaremos algumas: Como já vimos anteriormente as técnicas de modulação podem ser for Amplitude, Freqüência, fase, ou uma combinação destas. Todas as freqüências mostradas nas figuras anteriores devem estar contidas na faixa de 300 Hz à 3400 Hz, para que o sinal possa passar pela rede telefônica sem sofrer alterações (Corte das freqüências altas pelos sistemas de transmissão. TÉCNICAS MULTINÍVEL Estas técnicas são atualmente as mais utilizadas, pois possibilitam uma maior velocidade na transmissão, expresa em BPS-Bits Por Segundo, uma vez que não podemos aumentar a faixa de freqüências para podermos aumentar a taxa de velocidade. DIBIT: Modulação da Fase da portadora 1baud = 2 bits. TRIBIT: Modulação da Fase da portadora 1baud = 3bits. QAM TETRABIT: Modulação da Fase e Amplitude da portadora 1baud=4bits. 0 1 0 0 1 0 1 1 0 SINAL MODULANTE PORTADORA SINAL MODULADO EM AMPLITUDE SINAL MODULADO EM FREQÜÊNCIA A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 26 Quadribit Fase Amplitude 0 0 0 1 0o 3 0 0 0 0 45o Ö2 0 0 1 0 90o 3 0 0 1 1 135o Ö2 0 1 1 1 180o 3 0 1 1 0 225o Ö2 0 1 0 0 270o 3 0 1 0 1 315o Ö2 1 1 0 1 315o 3Ö2 1 1 0 0 270o 5 1 1 1 0 225o 3 1 1 1 1 180o 5 1 0 1 1 135o 3Ö2 1 0 1 0 90o 5 1 0 0 0 45o 3Ö2 1 0 0 1 0o 5 Os modems são divididos em categorias, definidas pelo ITU – International Telecomunications Union, órgão responsável pela padronização (antigo CCITT – Comitê Consultivo Internacional de Telefonia e Telegrafia). · V.22, V.22 bis – 1200 e 2400 bps / síncrono e assíncrono, full duplex, sobre dois fios dedicados ou de discagem. Acomoda os equipamentos encontrados na típica rede "híbrida" de hoje: mainframes e terminais síncronos, e PC's assíncronos. · V.25, V.25 bis - Discagem automática e circuitação de resposta para uso em linhas de discagem direta. A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 27 · V.32 – 9600 (4800)bps / síncrono e assíncrono, full-duplex sobre discagem direta de 2 fios, ou de linhas dedicadas de 2/4 fios. Primeiro padrão universal. · V.32 bis – 14400 (12000, 9600, 7200, 4800)bps / síncrono e assíncrono, full-duplex sobre linhas dedicadas ou de discagem sobre dois fios. Training – negociação na conexão. (taxa de transmissão) Retraining – negociação durante a conexão. (redução da velocidade) · V.33 – 14000 (12000)bps / assíncrono, full-duplex, sobre linhas dedicadas de 4 fios. · V.34 – 28,8 a 2,4 kbps / síncrono e assíncrono, full-duplex, sobre dois fios, e linhas dedicadas com queda automática para os modems compatíveis menos potentes, tais como V.32 bis, V.32, e V.22 bis. · V.35 - é um padrão internacional denominado "Transmissão de Dados em 48 Kbps Utilizando Circuitos Group Band de 60-108 KHz." Ele é normalmente usado para ambientes que fazem a interface com uma portadora digital de alta velocidade. · V.90™ 56kbps - É baseada em um conceito totalmente diferente dos modems V.34 largamente usados em conexões casa-a-casa. Ela toma vantagem da atual explosão de acesso a Internet, criando uma nova topologia de conexão onde o modem do usuário final conecta por uma linha telefônica analógica em um modem de servidor que é diretamente ligado a uma rede telefônica digital via T1 ou linha PRI. Esse novo tipo de conexão pode portanto ser definida como uma conexão casa-Provedor de Internet. Esta conexão só é possível caso a Central Telefônica do Cliente seja CPA. 16. Notações TERA 1012 GIGA 109 MEGA 106 KILO 103 MILI 10-3 MICRO 10-6 PICO 10-9 NANO 10-12 FEMTO 10-15 ATO 10-18 17. Unidades Hz (Hertz) - Freqüência Bps (Bits por Segundo) – Velocidade em linha de transmissão dB (Decibel) - Relação logarítimica entre a potência de entrada e potência de saída A TECNOLOGIA DAS TELECOMUNICAÇÕES Curso de Graduação 28 18. Bibliografia Vicente Soares Neto; Sistema Móvel e Telefonia Celular – Tópicos Avançados; Editora Érica, 1997 Luis Javier Ojeda; TV Via Satélite; Editorial Paraninfo Madrid Espanha; 1992 Guilherme Costa Cardoso; Estações Terrenas para TV Via Satélite; Editora Érica; 1996 Donald H. Hamsher; Sistemas de Telecomunicações; Editora Guanabara Dois; 1980 Vicente Soares Neto, Tulio Manuel F. Rattes, Roberto Correa da Silva e José Correa da Silva; Telefonia em Sistemas Locais – Tópicos Avançados; Editora Érica; 1998 Lloyd Temes; Princípios de Telecomunicações; Editora McGraw-Hill; 1990 Jorge Luis da Silveira; Comunicação de Dados e Sistemas de Teleprocessamento; Makron Books; 1991 Luiz Alves;Comunicação de Dados; Makron Books; 1992 Ovídio Barradas; Você e as Telecomunicações; Editora Interciência; 1995 M. Sánchez e J.A.Corbelle; Transmissão Digital e Fibras Ópticas; Makron Books; 1994 Alcides Tadeu Gomes; Telecomunicações – Transmissão, Recepçao AM-FM-Sistemas Pulsados; Editora Érica; 1991
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