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CULPABILIDADE

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CULPABILIDADE
 	Para começarmos nossos estudos, Culpabilidade, é necessário rever rapidamente as características do crime. 
 	Para que haja crime, é preciso, em primeiro lugar uma conduta humana positiva ou negativa, mas nem toda a conduta humana constitui um delito. Em face do Princípio da reserva legal, somente os descritos pela lei penal podem assim ser considerados. Portanto, (citar exemplo do furto de uso) é um fato irrelevante para a nossa legislação penal, pois não se subsume à norma penal incriminadora do art. 155. 
Falta-lhe o fim do assenhoramento definitivo, contido na expressão “para si ou para outrem” do tipo. Sem ele o fato não se ajusta a norma. O fato é atípico. Dessa forma, somente o fato típico, ou seja, somente o fato que se amolda ao conjunto de elementos descritivos do crime contido na lei, é penalmente relevante. 
 	Não basta, porém, que o fato seja típico para que exista crime. É preciso que seja contrário ao delito, antijurídico. 
Por ex. “A” em legítima defesa, atira em “B”, matando- o. O fato se enquadra na descrição legal do homicídio: é típico. Mas, não basta que seja típico, necessita também ser contrário à ordem jurídica. 
No caso, concorre uma causa de exclusão de antijuricidade, prevista nos artigos. 23, inciso II e 25 do CP. 
 	De ver-se, porém, que não basta que seja o fato típico e antijurídico. Exige-se, ainda, que o agente seja culpável.
Ex. “A” atira em “B”, matando - o Prova-se que “A”, por erro de proibição invencível, acreditava-se achar-se na iminência de uma agressão injusta. Ocorre uma causa de exclusão da culpabilidade, chamada erro de proibição. 
Aplica-se o art. 21, caput, 2ª Parte do CP. O fato é típico e antijurídico, mas não incide o juiz o de reprovação social (culpabilidade). O crime existe, mas o sujeito não sofre pena, uma vez que está ausente a culpabilidade, pressuposto da imposição da sanção penal. 
 De tudo que foi dito resulta que são características do crime sob o aspecto formal: 
 
1° o fato típico; e dolo? Consciência, vontade e consciência atual da licitude (dolo normativo). Os seguintes elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. 
 
Trata o artigo 20, § 1º como erro de proibição. 
 
A culpabilidade não tem espécie. 
 
Essa foi a teoria adotada pelo Brasil.
 Segundo Damásio, são três as teorias da culpabilidade: 
 
a) Psicológica; 
b) Pscológico-normativa (normativa da culpabilidade); 
c) Normativa Pura (extrema ou estrita), sendo que esta se subdivide na Teoria Limitada da Culpabilidade. 
 
1) Teoria Psicológica: De acordo com essa teoria, culpabilidade é o nexo psíquico que liga o delito ao seu autor, fazendo-o penalmente responsável. Dolo e culpa são as duas espécies de culpabilidade, que tem por pressuposto a imputabilidade do agente. 
Quando à consciência da ilicitude, não há uniformidade em seu tratamento; 
A ideia de concentrar a culpabilidade no dolo ou na culpa desmoronou-se diante dos estudos levados a efeito pelos finalistas, os quais vieram a demonstrar que dolo e culpa pertence à conduta. O juizado de censura, que é o principal fator da culpabilidade, não é lembrado por essa teoria. 
 	(Não Falar) A concepção psicológica não encontra resposta para explicar a coação moral irresitível nem a obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal.
 	De fato, nesses dois casos, o agente procede com dolo, mas obviamente não responde pelo crime, só sendo punido o autor da coação ou da ordem.
 De acordo com esse entendimento, em razão de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado. (Tal sistema foi adotado como regra). 
 
Para este sistema a inimputabilidade é composta de três requisitos: 
Causal: existência de doença mental completa ou desenvolvimento mental incompleto (retardado); dependência química ou embriaguez completa de caso fortuito ou força maior. Somente essas causas podem tirar a capacidade de entender ou de querer do agente; 
Cronológica: ao tempo da ação ou omissão delituosa; 
c) Consequêncial: perda completa da capacidade de entender e querer praticar o delito. 
 
Causas que excluem a imputabilidade: 
a) doença mental art. 26; 
b) desenvolvimento mental incompleto art. 26 e 27; 
c) desenvolvimento metal retardado art. 26; 
d) embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior art. 28 § 1°. 
 
DOENÇA MENTAL (art. 26): É a perturbação mental de qualquer ordem. 
Exemplo: psicose, esquizofrenias, loucuras, paranóias, psicopatia, epilepsia etc. A dependência patológica de substâncias psicotrópicas (drogas entorpecentes, estimulantes e alucinógenas) configura doença mental (art. 19 e p.u., e art. 19 da Lei 6368/76) e pode levar a interdição civil (Decreto Lei n° 891/38), Demência arteriosclerótica (senilidade). 
 
Exemplo: Epilepcia, fora da síndrome o epilético é inteiramente responsável pelo delito que cometer. Prova da Inimputabilidade: exame pericial. 
É condenado ou absolvido? Ocorre a absolvição imprópria, ou seja, aplica-se uma sanção penal, não se aplica a pena e sim Medida de Segurança.
Conceito: É a perda de parte da capacidade de entendimento eautodeterminação, em razão de doença mental, ou de desenvolvimento incompleto ou retardado. 
CUIDADO com o parágrafo único do C P art. 26 que traz a figura do semi-imputável. No caso do semi-imputável haverá denúncia, processo, condenação, seguida de pena diminuída ou medida de segurança. 
O parágrafo único, ao contrário do caput, não exclui a imputabilidade. 
 Requisitos: 
a)Causal: em razão de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado (§ único do art. 26. A lei emprega a expressão perturbação mental, no lugar de doença mental); 
b)Cronológico: ao tempo da ação ou da omissão; 
c)Consequencial: perda de parte da capacidade de entender e querer. 
Consequências: Não exclui a imputabilidade. 
O Juiz está obrigado a reduzir a pena de um a dois terço (Capez - Posição Dominante), existindo outra posição em que entendem que há mera faculdade do Juiz em reduzir ou não a pena. 
O Juiz pode se preferir substituir a pena por medida de segurança (nunca as duas ao mesmo tempo – sistema vicariante).
 
O QUE É SISTEMA VICARIANTE? 
MENORIDADE ART. 27: (desenvolvimento mental incompleto por presunção legal). 
Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos apenas às medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. 
Mesmo casado ou emancipado o agente só responde penalmente aos 18 anos.

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