Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO POSTURAL DEFINIÇÃO: A avaliação postural ou exame estrutural é uma observação estática do paciente e uma parte extremamente importante de todo o processo de exame físico. O examinador pode obter uma quantidade considerável de informações com relação ao paciente com base apenas na estrutura. A postura normal: mantida por músculos equilibrados, fortes e flexíveis ligamentos intactos fáscia com movimentação livre articulações saudáveis e com o funcionamento apropriado linha de gravidade equilibrada bons hábitos posturais. AVALIAÇÃO POSTURAL As alterações no alinhamento postural podem ser secundárias a malformação estrutural, degeneração articular, mudança no centro de gravidade, maus hábitos de postura ou dor. Lei da Unidade do Corpo (Osteopatia) AVALIAÇÃO POSTURAL Compensações Um alinhamento errado gera estresse e sobrecarga desnecessários no indivíduo, criando alongamentos excessivos ou encurtamentos adaptativos dos músculos. O estiramento ou encurtamento eficiência cinesiológica O exame estrutural auxilia o examinador a compreender melhor a predisposição do paciente a apresentar uso excessivo ou desenvolver lesão. AVALIAÇÃO POSTURAL Permite que o examinador integre a estrutura a função de todas as articulações e reconheça que, quando uma pessoa desenvolve músculos alongados ou encurtados, pode não desenvolver imediatamente os sintomas. Às vezes, podem decorrer muitos anos de estresse e sobrecarga para que os problemas alcancem reconhecimento clínico. INÍCIO DA AVALIAÇÃO Para iniciar o exame solicita-se ao paciente vista roupa de banho adequada, permitindo ao examinador visualizar as áreas a serem examinadas É importante a iluminação da sala. O paciente deve ser instruído a ficar no meio da sala de exame, com os pés juntos e com o peso do corpo distribuído igualmente entre ambos os pés. OBSERVAÇÃO É solicitado ao paciente que remova os calçados para que os pés possam ser observados pelo examinador Se, contudo, o paciente tiver uma discrepância conhecida na perna e usar calço ou dispositivo ortótico, o examinador deve avaliar o paciente com e sem o calço ou dispositivo . INFORMAÇÃO DOS PÉS ITENS OBSERVADOS: Simetria de estruturas incluindo referenciais ósseos tônus muscular massa muscular defesa ou atrofia alinhamento das articulações. A postura ideal e mais eficiente é a mais simétrica e equilibrada. É necessário reconhecer que ninguém é perfeitamente simétrico e que variações menores são consideradas funcionais. ITENS OBSERVADOS: Diferenças significativas podem ser secundárias a um mal posicionamento anatômico, que pode ser congênito ou adquirido A disfunção mecânica pode ocorrer devido a hipomobilidade ou a hipermobilidade A disfunção de partes moles, por sua vez, pode ser hipertrofia, atrofia, rigidez ou frouxidão Retração das cadeias musculares. Simetrógrafo Cadeias muculares Mestre Posterior Suspensória Anterior Cadeia Anterior Cadeia Posterior Cervical cabeça anterior hiperlordose retificação ou inversão Dorsal bossa de bison retificação hipercifose inversão da curva Lombar hiperlordose diafragmática hiperlordose diafragmática hiperlordose lombar hiperlordose lombar Quadril anteversão retroversão Joelhos rotação interna varos valgos varo recurvato Pés pronados supinados calcâneos valgos cavos calcâneos varos AVALIAÇÃO - Vista Posterior: Normal: Em um indivíduo normal o calcâneo, está em alinhamento neutro, com o tendão calcâneo verticalmente alinhado Os pés devem ter os dedos virados de 8 a 10° para fora. Os maléolos mediais devem ter altura igual em ambos os lados. As tíbias devem estar retas, sem qualquer arqueamento ou torção As fossas polpíteas devem possuir alturas iguais, e as articulações do joelho devem mostrar 13 a 18° de valgo. Os trocanteres maiores e as pregas glúteas devem ter alturas iguais. A pelve deve ser da mesma altura em ambos os lados, com as espinhas ilíacas póstero- superiores alinhadas no plano horizontal. A coluna vertebral deve ser reta, sem quaisquer curvas laterais As escápulas devem ser equidistantes da coluna e achatadas contra o arcabouço costal. Os níveis dos ângulos inferiores e das espinhas das escápulas devem apresentar alturas iguais. Os ombros também devem ter a mesma altura A cabeça e o pescoço devem ser retos sem qualquer inclinação lateral ou rotação. AVALIAÇÃO - Vista Posterior: Possíveis DESVIOS do normal: Pés: planos ou cavos e em que graus. Observar se o paciente é capaz de colocar o pé no solo quando não estiver usando calçado, ou se precisa de um calçado com um salto devido a um pé equino Calcâneos: valgo ou varo. Observar também o alinhamento do tendão do calcâneo, bem como a perímetro e a simetria das panturrilhas. Note se existe atrofia ou edema. 19 / 51 Tíbia: mais curta que a outra, se existe arqueamento ou torção tibial Joelho: alinhamento da articulação do joelho. Observar um joelho recurvado, varo ou valgo. Qualquer uma dessas deformidades irá causar uma diferença no comprimento da perna, a menos que sejam bilaterais simétricos. É preciso também observar a altura das cabeças da fíbula. Uma diferença na altura pode indicar uma diferença anatômica no comprimento da tíbia e da fíbula. Desvios Posturais Desvios Posturais Desvios Posturais AVALIAÇÃO - Vista Posterior: Possíveis DESVIOS do normal: Quadril: Uma flexão aumentada pode estar presente, secundária a uma contratura em flexão de quadril. Verifique se há rotação medial ou lateral excessiva e observe as alturas dos trocanteres maiores. Uma diferença na altura pode ser secundária a uma diferença estrutural no comprimento do fêmur. Pelve: coloque as mãos sobre as cristas ilíacas e observe suas alturas relativas. Logo, posicione os polegares sobre as espinhas ilíacas póstero- superiores e note a sua localização relativa. Uma mudança na altura pode ser secundária a uma rotação pélvica, a uma disfunção sacro ilíaca ou a uma discrepância no comprimento da perna. AVALIAÇÃO - Vista Posterior: Possíveis DESVIOS do normal: Coluna vertebral: primeiro preste atenção nas partes moles, verificando zonas de defesa ou espasmos musculares. Elas podem circundar uma área de disfunção. Posteriormente, note quaisquer diferenças nas pregas cutâneas. Isso irá permitir que as curvas laterais e rotações espinhais sejam visualizadas. Observe os processos espinhosos e examine se o dorso está em alinhamento reto ou se o paciente apresenta escoliose ou cifose Caso uma escoliose esteja presente, verifique o arcabouço costal, o grau de rotação e a presença de quaisquer gibas laterais Analise se existe expansão costal simétrica anterior, posterior e lateral e se existe desvios laterais. AVALIAÇÃO - Vista Posterior: Possíveis DESVIOS do normal: Escápulas: verifique se estão equidistantes da coluna e se elas possuem altura igual. Observe ainda se estão aduzidas ou abduzidas e se um lado está mais alto que o outro Extremidades superiores: observe se o paciente posiciona ambos os braços da mesma maneira, bem como se um braço está mais longe do tronco ou com maior rotação interna ou externa. Cabeça e pescoço: verifique se a cabeça está em postura para frente, rodada ou flexionada lateralmente IMPORTANTE: observar possíveis hipotrofias ou hipertrofias musculares adaptativas. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Normal: Os dedos dos pés devem mostra-se virados de 8 a 10° para fora, devendo haver um arco longitudinal medialnorma bilateral simétrico A tuberosidade navicular deve estar localizada na linha de Feiss (a partir do maléolo medial até a primeira articulação metatarsofalangeana) As tíbias devem ser retas, sem arqueamentos e torções. Os joelhos devem possuir 13 a 18° de valgo (ângulo Q normal). Ângulo Q O ângulo Q mede a tendência da patela em se alinhar lateralmente. Esse é o ângulo formado entre o eixo médio do fêmur e a linha que se estende a partir do ponto médio da patela até o tubérculo tibial. A subluxação patelofemural lateral e os problemas relacionados ao alinhamento estão associados com ângulos Q maiores que 15º. O ângulo Q normal do sexo feminino é de geralmente alguns graus a mais do que no sexo masculino. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Normal: As patelas devem apontar para frente. As cabeças da fíbula devem ter a mesma altura. A pelve deve ter altura igual em ambos os lados. As espinhas ilíacas ântero- superiores devem estar bilateralmente alinhadas. A coluna reta sem desvios laterais. Embora a coluna não seja visualizada anteriormente, pode-se supor curvas por meio da observação da parte anterior do tronco e do padrão de distribuição dos pêlos. O arcabouço costal deve ser simétrico, sem qualquer protrusão ou depressão das costelas ou do esterno. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Normal: Os ombros devem estar na mesma altura. A inclinação e o desenvolvimento dos trapézios devem ser simétricos. As articulações acromioclaviculares, as clavículas e as articulações esternoclaviculares devem ter alturas iguais a partir do tronco, com o mesmo grau de rotação. Os cotovelos devem demonstrar um valgo igual (ângulo de carregamento) bilateral. - Homens = 5 graus - Mulheres = 13 graus A cabeça e o pescoço devem estar retos, sem qualquer rotação ou inclinação lateral A posição normal da mandíbula deve estar onde os lábios estejam se tocando, porém relaxados, com um pequeno espaço entre os dentes superiores e os inferiores A língua deve ficar no palato duro, atrás dos dentes superiores. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Possíveis DESVIOS do normal: Pés: Observar o arco longitudinal medial do paciente. Verificar arco normal, pé plano ou cavo. Note se o paciente tem hálux valgo ou dedos em garra. Observe ainda a coloração da pele e o padrão de crescimento de pêlos e unhas. Isso irá fornecer informações sobre o estado vascular periférico do paciente, destacando qualquer desvio da normalidade. Tíbia: possíveis arqueamento e rotações Fíbula: observar de as cabeças das fíbulas estão na mesma altura Patela: estrábicas (patelas viradas uma para outra) ou divergentes e se têm alturas iguais Analise ainda a massa muscular do quadríceps. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Possíveis DESVIOS do normal: Joelho: valgo, varo ou recurvado Quadril: rotações medial ou lateral exagerada. Pode haver uma quantidade excessiva de anteversão ou retroversão pélvica Trocanteres maiores: mesma altura. Posicione as mãos sobre as cristas ilíacas e verifique altura, depois com os polegares verifique as espinhas ilíacas ântero-superiores. Caixa torácica: verifique a simetria durante o ciclo respiratório Tronco: observe desvios laterais Clavículas e esterno: as articulações esternoclavicular e acrômioclavicular, quanto a altura e se há alguma separação do ombro. Observe se o paciente apresenta peito escavado ou peito carinado. AVALIAÇÃO - Vista Anterior: Possíveis DESVIOS do normal: Membros superiores: note se o paciente é capaz de posicionar os membros superiores da mesma maneira. Verifique se um braço está pendendo mais longe do tronco ou mantido em uma rotação mais medial ou lateral Cabeça: inclinada para algum lado. Verifique a presença de torcicolo, com a cabeça posicionada em inclinação lateral e rotação no lado oposto. AVALIAÇÃO - Vista Lateral Normal: É importante observar o paciente tanto do lado direito quanto do lado esquerdo e comparar os achados. Os pés devem mostrar o arco longitudinal normal. A tuberosidade navicular deve estar localizada na linha de Feiss (do maléolo medial até a primeira articulação metatarsofalangeana). Os joelhos devem estar de 0 a 5° de flexão. Os quadris devem estar em 0° de flexão. A pelve deve estar alinhada, de tal forma que as espinhas ilíacas ântero-superiores e póstero-superiores estejam no mesmo plano horizontalmente, criando uma lordose fisiológica A pelve não deve estar rodada. A espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica devem estar no mesmo plano verticalmente A coluna deve mostrar as curvaturas fisiológicas ântero-posteriores: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar. AVALIAÇÃO - Vista Lateral Normal: O tórax deve ter contorno suave, sem quaisquer áreas de depressão ou protrusão Os ombros devem estar em alinhamento apropriado, sem estarem protraídos ou retraídos A cabeça deve ficar sobre os ombros, com o lóbulo da orelha em linha vertical com o processo do acrômio. AVALIAÇÃO - Vista Lateral Possíveis DESVIOS do normal: Pé: verificar o arco longitudinal, pé plano ou cavo Joelhos: recurvado ou flexo EIAS e EIPS: deve-se observar a diferença de altura entre as espinhas ilíacas anterior e posterior. Indicando uma lesão de báscula para anterior ou posterior. Curvaturas da coluna: aumento ou diminuição das curvaturas fisiológicas Ombros: arredondados e anteriormente deslocados Cabeça: projetada para anterior ou em retração.
Compartilhar