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História da Cultura e da Sociedade no Mundo Contemporâneo - Leitura da Matéria

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História da Cultura e da Sociedade no Mundo Contemporâneo
• Guerra Fria: bipolarização mundial
O século XX presenciou a formação e crescimento da URSS, que, desde 1917, apresentava uma nova opção de modelo econômico. Enquanto, na década de 1930, o mundo capitalista passava por uma grave crise econômica, a URSS alcança índices de crescimento econômico impressionantes. Em contrapartida temos os Estados Unidos como principal economia capitalista e em busca de novos mercados para impulsionar ainda mais a economia.
Citação - Segundo José Sombra Saraiva:
“O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de 1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia de dois gigantes sobre o mundo. Os estados Unidos e a União Soviética assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só foi abalado no final da década de 1960 e início da de 1970.”[1]
[1] SARAIVA, José Sombra. (org) História das relações internacionais da sociedade internacional do século XIX à era da globalização. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 197.
O período em questão ficou conhecido como: Guerra Fria.
O que é? É a designação atribuída ao momento histórico de disputas estratégicas entre a União Soviética, representando o Socialismo, e os Estados Unidos, representando o capitalismo, do  final da Segunda Guerra Mundial (1945) até a extinção da União Soviética (1991).
Em resumo, foi um conflito de ordem política, militar, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
Sobre a Guerra Fria:
 De fato, a Guerra Fria foi um período de corrida armamentista entre as duas potências. Os EUA tiveram relativa liderança nesse campo, pois foram os primeiros a usar a bomba atômica, a ter a bomba de Hidrogênio e a aperfeiçoar os mísseis intercontinentais, embora fossem acompanhados de perto pela URSS. No entanto, o período foi de disputa também pela superioridade científica e tecnológica. Nesse sentido, os soviéticos espantaram o mundo ao ouvir de Yuri Gagarin em 1961, o primeiro homem a conhecer o espaço, a frase “A terra é azul”. O período da Guerra Fria foi marcado por momentos que favoreceram um ou outro bloco. Dentre os desdobramentos, podemos destacar o período de coexistência pacífica entre as duas potências, a descolonização da África e da Ásia e a criação do terceiro mundo e a procura de uma política independente e a Détente.
Plano Marshall:
Com a Europa destruída devido à II Guerra Mundial, os EUA lançaram um programa que visava a reerguer os países do velho continente. Essa política ficou conhecida como Plano Marshall.
Com o aporte financeiro, os Estados Unidos financiaram a reconstrução européia após a Segunda Guerra. Essa medida unia os interesses econômicos e políticos, pois ajudava a fortalecer a parceria diminuindo as chances de descontentamento e revolta em relação à hegemonia norte-americana. Nesse momento, Itália e França possuíam fortes partidos comunistas. Assim, essa ajuda garantiria a instalação de grandes empresas norte-americanas nestes países, favorecendo ainda mais o mercado norte-americano.
COMECON:
O aparecimento do Comecon, que surgiu no contexto europeu do pós-guerra, foi a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava a apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental. Além disso, durante o período de existência, reuniu os principais países socialistas do mundo, como URSS, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria e Romênia. Mais tarde, outros países juntaram-se à COMECON.
Alianças Militares:
	OTAN:
Organização do Tratado do Atlântico Norte: uma aliança militar ocidental criada em 1949 cujo objetivo era a união de forças militares contra o comunismo. Essa aliança era liderada pelos EUA e tinha duas bases nos principais países europeus.
	PACTO DE VARSÓVIA:
Em resposta a criação da OTAN, em 1955, a União Soviética lança uma união dos países da Europa Oriental, com exceção da Iugoslávia, para evitar que os países se afastassem da influência soviética e para defender militarmente os países socialistas que pudessem ser atacados.
Desde a primeira guerra mundial, observaram-se tentativas de emancipação por parte de países africanos e asiáticos, mas foi após a Segunda Guerra Mundial que esses países tiveram êxito na proclamação de suas independências.
Dentre os motivos para a de alguns países foi um dos aspectos importantes originados da guerra. Desde a primeira guerra mundial, observaram-se tentativas de emancipação por parte de países africanos e asiáticos, mas foi após a Segunda Guerra Mundial que esses países tiveram êxito na proclamação de suas independências.
O termo “Terceiro Mundo” foi usado pela primeira vez em 1949, referindo-se aos países pobres da África e Ásia. Em 1955, países africanos e asiáticos realizaram a conferência de Bandung, onde foi anunciada uma nova posição política, e queriam ser não alinhados, ou seja, buscavam a neutralidade diante dos blocos socialista e capitalista. Foi a primeira vez que se defendeu abertamente uma postura diferenciada em relação às duas grandes potências daquele momento, onde o colonialismo e a política de blocos são rejeitados, colocando em evidência a resolução pacífica das divergências internacionais, a proclamação da liberdade e igualdade dos povos e nações. o mesmo tempo em que, na década de 1960, crescia a participação de países no movimento, ocorriam divergências internas. O conceito inicial de solidariedade afro-asiática começa a desaparecer, assim como o de neutralidade não pode ser mantido em longo prazo por causa da difícil situação econômica, sendo agravado pelo atraso no desenvolvimento desses países recém-independentes. Com isso, ficava ainda mais difícil manter posições comuns tanto nas questões da política internacional quanto nas crises internas.
• A alternativa socialista
Durante a Guerra Fria, a URSS tentou expandir o modelo socialista pelo mundo, conseguindo, inclusive, criar uma área de influência direta nas Américas, fazendo os Estados Unidos perceber a real importância desse regime. Porém, o socialismo se apresentou de formas diferentes para as nações que o adotaram.
Podemos perceber o caso cubano, chinês e vietnamita em que cada um aderiu ao socialismo por inspirações diferentes e, mesmo com a supervisão soviética, administrou seu regime de forma diferente.
O caso chinês é um ótimo exemplo, pois chegou a romper com a União Soviética em defesa de seus próprios parâmetros.
Revolução chinesa – instauração do comunismo:
	1911: 
Os revolucionários liderados por Sun Yat-sen proclamaram a república na China. O mesmo líder fundou o partido Kuomintang (KMT) que tinha a proposta de transformar a China em um país moderno e industrializado
	1921: 
A China funda seu Partido Comunista (PCC) que inicialmente seria parceiro do KMT contra o imperialismo. Pretendia transformar a China de camponês em um país industrializado. 
	1927: Massacre de Xangai
Com a morte de Sun Yat-sem o KMT começa uma perseguição aos comunistas.
O auge dessa perseguição foi quando Kai-Chek ordena o massacre de centenas de comunistas.Os partidos estavam entraram em guerra.
A invasão Japonesa ao território Chinês fez com que a disputa entre os partidos tivesse uma trégua e estes se uniram para expulsar as forçar invasoras.
Neste período, o Partido Comunista conquistou popularidade, seus combatentes se destacavam em relação aos do KMT e isso fazia com que grande parte da população aderisse ao partido, mesmo sem saber corretamente o que significava o modelo ideológico proposto.
Quando os Japoneses foram expulsos, em 1945, a guerra civil teve continuidade, mas a maior parte da população pertencia ao PCC.
Em 1949, Mao Tse-Tung e os combatentes comunistas chegam a Pequim vitoriosos e o socialismo era  instaurado na China.
Dica: Enquanto isso, na URSS, não se acreditava que o comunismo funcionaria na China. Era defendido que o PCC deveria se aliar ao KMT e promover uma revolução democrático-burguesa para, aospoucos, chegar ao ideal comunista. Mao Tse-Tung, porém, liderou a revolução socialista e, mesmo não seguindo os planos de Stálin, a China recebeu bastante apoio soviético tanto político quanto econômico.
No regime de Mao Tsé-tung, o confucionismo continuou sendo condenado como empecilho para o pregresso. No entanto, a influência do confucionismo persistiu e permanece até os dias de hoje.
CONFUCIONISMO:
 O princípio básico do confucionismo é conhecido pelos chineses como junchaio (ensinamentos dos sábios) e define a busca de um caminho superior (tao) como forma de viver bem e em equilíbrio entre as vontades da terra e as do céu. Confúcio é mais um filósofo do que um pregador religioso. Suas ideias sobre como as pessoas devem comportar-se e conduzir sua espiritualidade se fundem aos cultos religiosos mais antigos da China, que incluem centenas de imortais, considerados deuses, criando um sincretismo religioso. O Confucionismo foi a doutrina oficial na China durante quase 2 mil anos, do século II até o início do século XX.
A fonte do poder do partido provém do Exército de Libertação Popular.
Como dizia o presidente Mao Tsé-Tung: “o poder político nasce do cano de fuzis, mas o partido deve estar sempre a comandar essas armas.”. 
Da mesma maneira, o Partido Comunista também se considerava depositário da autoridade moral; se julgava “grandioso, glorioso e correto.”.
Inicialmente, a China adotou o modelo soviético de desenvolvimento no qual o Estado, controlava a produção industrial do país. 
No entanto, a receita stalinista de crescimento não alcançou rápida eficiência, sendo motivo de críticas mesmo dentro do partido Comunista Chinês (PCCh).
Houve tentativas de impulsionar o crescimento econômico chinês para que o país se tornasse uma grande potência, porém a industria cresceu muito pouco. E, com isso, a China acabou por perder o apoio soviético.
Com as ligações diplomáticas interrompidas, a China teve espaço para seguir um caminho livre para o socialismo. Para eles, os países socialistas deveriam estimular as revoltas por todo mundo e enfrentar a guerra fria, enquanto a União Soviética era favorável a uma postura mais moderada de coexistência.
Ambos se acusavam de traidores do socialismo, pois defendiam formas diferentes de alcançar a revolução e de administrar o novo modelo político.
A URSS cortou todo o tipo de apoio à China e se recusou a compartilhar a tecnologia nuclear, iniciando um período de grande hostilidade. Nessa época, a China chega a apoiar governos contrários ao soviético, como a ditadura no Chile, além de tentar uma aproximação, com os Estados Unidos.
Revolução Cubana:
Ocorrida em 1959, à revolução marcou a mudança política que levaria Cuba a tornar-se o único país socialista da América Latina.
O apoio dos EUA a independência de Cuba colocou-a sob domínio norte-americano nos âmbitos econômicos, e políticos. Os EUA nomeavam e depunham governantes apoiados pela elite cubana e legalizados na emenda Platt.
Nos anos 30 essa política se tornou impopular e os Estados Unidos acabaram por nomear um novo governante, Fulgêncio Batista, para exercer a política da boa-vizinhança.
	1953:
Fidel Castro, jovem advogado, lidera o ataque ao quartel de Moncada, movimento contra a ditadura instalada em Cuba. As forças de Batista reprimem o ataque com violência. Diante da enorme pressão popular, Fidel é libertado, mas é exilado no México em 1954.
	1954:
No México, Fidel e seu irmão Raul fundam o Movimento Revolucionário ou MR-26. Raul apresenta a Fidel seu amigo argentino, Che Guevara, um jovem médico socialista, interessado na luta pela igualdade social na América Latina.
Inicialmente, a revolução visava a mudanças nacionais radicais e não ao socialismo, o povo ficava dividido entre as elites que apoiavam a intervenção norte-americana e a classe média que temia uma “ditadura comunista”.
A economia cubana estava diretamente ligada aos Estados Unidos que, nesse momento, interrompe o comércio com Cuba. Esse fator fará com que ela decida pelo alinhamento à URSS.
Temendo dificultar as relações com os Estados Unidos, outros países ocidentais também irão interromper o comércio com Cuba.
Os únicos países a ajudarem-na foram a União Soviética e a China, que passaram a comprar o açúcar cubano por preços elevados.
Dica: O governo norte-americano não aceitou facilmente a libertação cubana. Em 1961, o presidente Kennedy enviou tropas para invadir o país, porém não obteve sucesso e, no mesmo ano, Cuba oficialmente se tornou um país socialista.
Guerra no Vietnã:
A Guerra do Vietnã foi um conflito armado que começou no ano de 1959 e terminou em 1975. As batalhas ocorreram nos territórios do Vietnã do Norte, Vietnã do Sul, Laos e Camboja. Essa guerra pode ser enquadrada no contexto histórico da Guerra Fria.
Após a Segunda Guerra Mundial, os vietnamitas, que já haviam lutado por sua independência, são invadidos pelos franceses, que buscavam a recolonização da área. 
O exército vietnamita obteve êxito diante a tentativa francesa e ficou decidido que seriam dois territórios independentes: Laos e Kampuchea. O primeiro seria um governo capitalista e o segundo, socialista. Porém, o acordo previa uma reunificação em 1956 a partir de eleições gerais.
Ao perceberem que, se houvesse uma eleição geral, o presidente do lado socialista, Ho Chi Minh, seria eleito, os Estados Unidos decidiram intervir pois temiam que se o governo socialista fosse instaurado, poderia influenciar  países vizinhos.
Mesmo com todo o investimento e esforço norte-americano, não conseguiram sair vitoriosos. Os combatentes vietnamitas conheciam melhor o território e estavam motivados pela busca da liberdade, enquanto os soldados norte-americanos eram enviados por obrigação e não conheciam o território.
Em 1973, o presidente Nixon ordena a retirada das tropas.
Os Estados Unidos saíram da Guerra levando consigo mais de 50.000 mortos e 300.000 mil feridos. O Vietnã foi reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista, aliado da União Soviética.
• Política externa norte-americana e soviética
A luta constante pela manutenção da hegemonia capitalista e socialista fez com que Estados Unidos e União Soviética criassem formas de exportar e manter seus modelos políticos e econômicos, utilizando planos de ajuda, intervenções diretas, sabotagem, espionagem.
Os Estados Unidos intensificou sua influência sobre as Américas, principalmente depois da Revolução Cubana em 1959, que deu força para a União Soviética, pois conseguiu estabelecer um governo socialista “no quintal” do inimigo.
A grande ameaça de um confronto nuclear entre as duas potências que poderia levar à destruição mundial, favoreceu a coexistência pacífica durante a década de 1970. Esse período levou ao diálogo entre os dois principais países do globo.
Política externa norte-americana e soviética:
Estados Unidos e União Soviética criaram o Plano Marshall, Comecon, a OTAN, o Pacto de Varsóvia, entre outros, como forma de conter a expansão um do outro e evitar que seus aliados se revoltassem, garantindo seus interesses econômicos.
Com a Revolução Cubana em 1959 e a instauração de um governo socialista nas Américas, as relações se tornaram turbulentas e os Estados Unidos passaram a intervir diretamente nas Américas para impedir que o sistema socialista avançasse.
Com as crises no período de 1973 a 1979, o clima de confiança mútua ficou abalado. A União Soviética, que enfrentava uma instabilidade política mais intensa do que os Estados Unidos vai receber reclamações ligadas à liberdade política, pois a URSS interferia diretamente nos partidos comunistas das outras nações e com a sucessão de crises, perde forças para reprimir as reclamações.
A propaganda, a espionagem e o terrorismo foram extremamente utilizados na Guerra Fria. No caso norte-americano, até mesmo o cinema foi utilizado como forma de exportar seus valores para o mundo. 
As agências CIA, norte-americana, e a KGB, soviética exerciam o treinamento de agentes para sabotagem, assassinatos, chantagense coleta de informações.
Reflexos na América Latina: os anos de chumbo:
Os Estados Unidos, desde 1823, com a doutrina Monroe defendiam a “América para os americanos”, porém, com a Guerra Fria, tiveram que ampliar esse conceito para impedir que o sistema socialista se expandisse. Embora estivessem firmes na Europa, não mediram esforços para afastar o socialismo das Américas, principalmente após a Revolução Cubana.
Voltaram suas atenções para a América, intervindo nos governos e depondo chefes de estado com tendências socialistas, como no caso da Guatemala, apoiando a instalação de uma ditadura, e até mesmo Cuba, embora não tenha derrubado o regime, criou uma série de embargos para prejudicar o país.
Ação americana na Guatemala:
Em 1954, Os Estados Unidos, articularam um golpe para depor o presidente da Guatemala, Jacobo Arbenz, que fora eleito com o apoio dos comunistas. 
Obtendo êxito, foi instaurada uma ditadura que atendia aos interesses norte-americanos, já que o governo anterior fez a reforma agrária e expropriou terras de empresas norte-americanas.
Ação americana no Chile:
Com a ideia de que as ditaduras militares eram necessárias à América naquele momento, os Estados Unidos vão ajudar a formar o golpe militar que depôs o presidente socialista Salvador Allende.
	1970: 
O presidente socialista Salvador Allende, eleito por eleições diretas realizou a reforma agrária, melhorou o sistema de saúde pública e saneamento básico, além de promover a nacionalização de diversas empresas norte-americanas.
	1973: 
Em 1973, Augusto Pinochet chega ao poder através de golpe. Ele irá devolver as empresas nacionalizadas por Allende aos Estados Unidos. Seu governo era baseado na repressão e tortura e somente em 1988 foi deposto, porém continuou no governo como chefe das Forças Armadas, impedindo, assim, o julgamento de seus próprios crimes durante a ditadura.
Ditadura na Argentina:
Com a crise que ocorreu no final dos anos de 1960, o país passou por um período em que os líderes políticos ficavam pouco tempo no poder.
Em 1976, houve o golpe que ficou conhecido como “Guerra Suja”, liderado pelo general Jorge Rafael Vindela, colocando no poder do país uma junta militar, fechando o congresso e perseguindo oposicionistas.
Logo em 1982, o regime já começava a ruir, o então presidente Leopoldo Galtieri ordena a invasão das Ilhas Malvinas como forma de estimular o nacionalismo argentino, mas a investida não foi apoiada no âmbito internacional e perdeu rapidamente ao enfrentar a Grã-Bretanha.
Com isso, foi obrigado a renunciar e seu substituto, Reynaldo Bignone, deu inicio às negociações para devolver os direitos aos civis.
O Brasil no contexto internacional: Golpe civil-militar
Ditadura no Brasil:
A década de 1960 no Brasil representa um período de crise e instabilidade política. 
O presidente eleito em 1961, Jânio Quadros, renuncia, após sete meses de governo, buscando aumentar seus poderes políticos, porém a renúncia é aceita, gerando mais um problema: os militares de direita não queriam a posse de seu vice, João Goulart pela identificação do mesmo com o trabalhismo de Getúlio Vargas. 
As crises são controladas e ele toma posse.
Ao tomar posse, Jango se vê diante de novas crises, o país esperava pela modernização e a estética norte-americana se fazia presente. 
Ele fortalece movimentos sindicais, estudantis e camponeses, anuncia reformas de base, porém adota uma postura política que busca ser independente das potências da Guerra Fria e chega a iniciar uma aproximação com a URSS. Isso faz com que a direita e a população entrem em atrito com o governo, temendo a implantação do comunismo.
O golpe aconteceu aos 31 de março de 1964. A ditadura brasileira foi marcada pela repressão, censura e tortura. As liberdades democráticas foram suspensas, a imprensa era duramente censurada.
A ideologia por trás do golpe estava ligada ao combate ao comunismo através de um governo forte e centralizado. A sociedade, de forma geral, apoiou o golpe, embora a memória oficial tenha se tornado uma memória de resistência ao regime.
O momento de maior repressão na ditadura brasileira se deu quando o presidente Costa e Silva assinou o Ato Constitucional Nº 5 (AI-5), que garantia o poder de cassar mandatos políticos, decretar o recesso do Congresso, impor estado de sítio e suspender as garantias individuais.
• Movimentos culturais (1960-1970)
Durante as décadas de 1960 e 1970, ocorreram enormes transformações sociais e comportamentais em todo o mundo. 
Da Europa à América Latina, eclodiram movimentos, majoritariamente guiados pela juventude, que visavam desde a derrubada de ditaduras até a luta contra o consumismo cada vez mais crescente na sociedade ocidental. 
Importantes filósofos, como Herbet Marcuse, ficaram conhecidos pelos seus estudos sobre a repressão sexual e a padronização do ser humano no capitalismo.
Nesse contexto, é importante citar, também, o psicanalista Wilhelm Reich que enxergou na luta pela liberdade sexual um sinônimo de enfrentamento contra a sociedade burguesa. 
O historiador Eric Hobsbawm classifica esse período como revolução cultural e afirma que, a partir da família e da casa, iniciaram-se as transformações que modificariam as relações sociais em várias partes do mundo.
Nos anos de 1950, nos Estados Unidos, ainda existia o apartheid.  
Os negros eram proibidos de frequentar lugares reservados para brancos, como bares e restaurantes. O fato de haver escolas somente para negros e lugares reservados para estes deixava claro a institucionalização do preconceito racial.
Um dos principais líderes dos direitos civis dos negros, em 1963, o reverendo King reuniu mais de 250 mil pessoas em Washington, onde proferiu seu mais famoso discurso, I have a Dream, no qual pregava a igualdade de direitos entre negros e brancos.
Martin Luther King foi assassinado em 1968 por um branco em Memphis, Tenessee.
Movimento Hippie: paz e amor.
Mais do que um estilo, este é um movimento extremamente politizado em suas origens. Pregavam contra as armas nucleares, a Guerra do Vietnã e eram favoráveis à paz mundial e ao amor livre.
As palavras de ordem: “Make love not war” (faça amor e não a guerra) marcou o movimento que ficou também caracterizado pela estilização das roupas, utilização de flores e pelas cores fortes. O símbolo do movimento passou a significar “paz e amor”.
Movimento Feminista:
O movimento feminista remonta ao século XIX, primeiro, com o envolvimento das mulheres na abolição da escravidão. Depois, com a luta pelo voto.
O pós-guerra, nos anos 50, marcou a grande virada das feministas. Sutiãs foram queimados, as mulheres passaram a adotar novas maneiras de vestir. A estilista Mary Quant inventou a minissaia, surgiram as primeiras pílulas anticoncepcionais, as mulheres passaram a participar do mercado de trabalho.
Maio de 1968:
O ano de 1968 foi marcado por grandes manifestações em todo o mundo. Em maio de 68, na França, os jovens foram às ruas reivindicando liberdade de expressão e direitos trabalhistas.
A Juventude nas ruas:
No mundo todo, a censura gerava protestos. 
Na Europa, a proibição de exibir filmes e as manifestações conservadoras contra as demais formas de cultura, como o teatro e a literatura, acabaram gerando uma série de manifestações. 
Na América Latina, boa parte dos países vivia sob o regime militar. Estados Unidos e União Soviética viviam a Guerra Fria, o que acirrava as tensões mundiais e legitimava o controle do Estado sobre os meios de comunicação.
Liberdade de Imprensa:
A censura dirigia sua atenção, sobretudo para os jornais. 
A constante vigilância provocou a proliferação dos panfletos e jornais clandestinos que, por não estarem sujeitos ao crivo do Estado, denunciavam a violência, a corrupção, os desaparecimentos e prisões, além de exigirem mudanças urgentes no regime e nas Constituições que os legitimavam.
Grandes mudanças:
Os movimentos culturais deram base à diversas mudanças importantes nas sociedades contemporâneas:
- Diretosiguais, independente da etnia e do gênero; 
- Primeiras manifestações contra guerras e armas nucleares; 
- Conquistas de direitos trabalhistas.
Ditadura Militar e repressão no Brasil:
No Brasil, como vimos na aula passada, o período foi marcado pelo golpe civil-militar a João Goulart e a instauração da ditadura militar que se estendeu até 1985. 
Embora iniciada em 1964, o recrudescimento da ditadura aconteceu em 1968 com O Ato Institucional Nº 5, ou simplesmente AI 5, que entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968.
A ditadura militar brasileira ficou marcada pela censura aos meios de comunicação, além da tortura utilizada como ação do Estado sobre presos políticos.
Cultura brasileira: Cinema / Teatro / Música
As décadas de 1960 e 1970 foram um momento fértil para o surgimento de vários movimentos artísticos e culturais que transformaram as concepções estéticas vigentes. Tal fato se deu no campo cinematográfico, teatral e musical.
	Nos teatros eram encenadas peças baseadas nas novas concepções do Oficina e do Arena.
	O Tropicalismo era cantado ao som das guitarras elétricas.
	No cinema, dois movimentos marcaram a cinematografia nacional, no primeiro caso a mundial: o Cinema Novo e o Cinema Marginal.
Dica: Observe-se que, concomitantemente ao surgimento de manifestações esteticamente notáveis, como o Cinema Novo, o desenrolar da produção cultural brasileira nos anos 1960 deu-se em um contínuo processo de massificação do consumo de divertimentos que, de algum modo, foi capaz, inclusive, de abranger aquelas expressões com estéticas mais escandalizáveis para o momento.
Cinema Novo:
Movimento cinematográfico inspirado no neorrealismo italiano.  Seu marco inicial foi o filme Rio 40 graus de Nelson Pereira dos Santos. Glauber Rocha tomou a frente política do movimento quando escreveu o manifesto Estético da Fome, em 1965.
De uma forma geral, o Cinema Novo trouxe às telas do cinema a realidade social brasileira. Além disso, em plena ditadura militar, colocou-se na ordem do dia questões de ordem política e social.
Embora muito bem aceito pelos críticos cinematográficos, não obteve grande sucesso de público. No entanto, Glauber deixou eternizada a frase “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.”.
Cinema Marginal:
O Cinema Marginal originou-se dos desdobramentos do Cinema Novo, mas com uma clara crítica ao movimento que o precedeu. 
Os cineastas ligados ao “marginal” descambaram para a representação da marginalidade e do amoralismo. O marco fundador foi o filme Bandido da Luz Vermelha, de 1968, do diretor Rogério Sganzerla. 
Embora o primeiro filme tenha um tom político-social, os filmes da Boca do Lixo tinham como temáticas recorrentes o adultério, a homossexualidade, o tráfico de drogas, a bissexualidade, as taras sexuais e a violência. O tipo de filme emblemático foi a comédia erótica, conhecida como pornochanchada. Esse gênero marcou de forma decisiva o cinema nacional tendo sido alguns deles sucesso de público, embora hostilizados pela crítica.
• A internacionalização da economia: o neoliberalismo
Os anos de 1980 resgataram a efervescência na luta entre capitalismo e socialismo, a détente foi abandonada e se intensificou a busca de mercados e novas políticas para promover o capitalismo e manter sua hegemonia.
Surge então o neoliberalismo, baseado na defesa dos direito individuais em detrimento aos direitos coletivos, que irá se adequar à lógica capitalista e servir como modelo.
Os países capitalistas em geral, inclusive os do terceiro mundo, irão aderir ao novo modelo que será defendido e propagado principalmente por dois governantes: Ronald Reagan e Margareth Thatcher, o primeiro, presidente dos Estados Unidos e a segunda, Primeira Ministra britânica.
O Estado de Bem-Estar Social:
O Estado de Bem-Estar Social, Welfare State, em Inglês, foi um modelo político em que o Estado servia como agente na regulamentação das ações econômicas, políticas e sociais. Desenvolveu-se principalmente na Europa. 
Em diversos países, após o crack da bolsa de Nova York, em 1929, foi se formando a ideia de que o Estado deveria interferir na economia para tentar melhorar os índices de crescimento. 
As intervenções irão regular e apaziguar os problemas ocorridos na sociedade, o Estado servirá como estabilizador político-econômico.
A ideia de crescimento econômico através da intervenção estatal se une à ideia dos direitos humanos, em que o Estado seria o responsável por garantir o cumprimento de tais direitos.
Aliado a esse pensamento, há um resgate do ideal de felicidade  ser alcançado somente através de uma sociedade baseada no trabalho.
Neoliberalismo:
Surge o neoliberalismo, uma readaptação do liberalismo clássico, onde defende-se a não intervenção do estado na economia. O Estado passa a ser o moderador das atividades econômicas, somente intervindo quando necessário, agindo como regulador. 
Defende o livre comércio como forma de garantir o crescimento econômico dos países capitalistas.
Esse período coincide com o fim ou, pelo menos, afrouxamento das ditaduras militares instauradas na América Latina, que no período de redemocratização irão aderir à política neoliberal.
Desde muito cedo, a América Latina sofreu influências e intervenção direta dos Estados Unidos, fazendo com que se desenvolvessem ali as mesmas práticas de consumo.
Nos anos de 1980, com o fim da détente e a retomada do combate ao comunismo, Reagan vai instituir o force projection, projeção da força, ou seja, os Estados Unidos deveriam dispor de força militar para intervir, a qualquer momento, em qualquer país da América Latina. 
Exemplos dessa política estão presentes na invasão a Granada (1983), nas manobras militares em Honduras (1985) e na criação de uma estação de rádio com propagandas anticomunistas em Cuba (1985).
• O Brasil no contexto internacional
Durante a década de 1980, a América Latina lutava pelo crescimento econômico e ao mesmo tempo travava o duelo contra altas taxas de inflação.
No Brasil, os anos 80 se inauguram com uma profunda crise, iniciada por pelos menos dois fatores: as rígidas restrições externas, provocadas por dois choques do petróleo (em 1973 e 1979) e o aumento dos juros americanos entre 1979 e 1982. A ditadura militar começava a  apresentar brechas para a volta da democracia. Devido à inflação, o governo do presidente Figueiredo negocia com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e admite a impossibilidade de pagar a dívida externa. A ajuda vem, e com ela as duras exigências do FMI, como a redução de salários e a diminuição do gasto público. Em outras palavras, o governo aceita frear o crescimento brasileiro.
Esse cenário econômico também foi percebido em outras partes da América Latina.
Em 1978, Figueiredo, do MDB, foi eleito e, logo ao assumir, em 1979, assinou a Lei de Anistia, permitindo que presos políticos, artistas e demais exilados pudessem voltar ao Brasil. 
Nesse mesmo ano, ele institucionalizou o pluripartidarismo no Brasil e, com isso, os antigos partidos políticos, que haviam caído na ilegalidade durante o regime, voltaram a funcionar.
Com tais medidas também atraiu a fúria dos que não queriam a abertura política, que nesse momento se tornou ainda mais iminente. Em 1981 uma bomba explodiu durante um evento no centro de convenções Rio Centro.
No ano de 1983, a insatisfação com o regime começou a tomar forma a partir da proposta da Emenda Constitucional Dante de Oliveira, e, em 1984, ocorreu o movimento popular conhecido como “Diretas Já”, que se caracterizou por várias manifestações em todo o país clamando por eleições presidenciais diretas. 
A Constituinte de 1986 e a Constituição de 1988:
O problema estava em como essa Constituição seria formulada. Ficou decidido que os deputados e senadores acumulariam essa função e seriam os responsáveis pela elaboração da nova carta.
Diversas linhas de pensamento expressavam suas idéias a respeito de como se daria a Assembléia. A corrente progressista defendia que a bancada deveria ser eleita pelo povo, pois assimela teria maior representatividade, por ter função exclusiva.
• Derrocada da URSS 
Durante a década de 1980, ficou nítido o atraso econômico da União Soviética em relação aos países ocidentais. Nessa década, o modelo no qual toda a economia estava concentrada no estado mostrou-se insuficiente para atender às demandas sociais. A URSS fechada para os países não socialistas, não conseguiu manter-se como grande potência e continuar no páreo contra os Estados Unidos.
Enquanto o mundo assistia o ruir da União Soviética, a China, que já exercia políticas de abertura de mercado e que desde cedo já havia negociado, inclusive, com os Estados Unidos, firmava-se cada vez mais no comunismo e como potência mundial.
Planos: Glasnost / Perestróica
	A Glasnost foi uma política que consistia em uma abertura nas discussões internas do país, um processo que acabou por intensificar a instabilidade, pois contribuiu com os conflitos étnicos e regionais já existentes.
Dentre as medidas da Glasnost, encontramos a libertação de presos políticos, o afastamento de funcionários corruptos e a censura sobre jornais e livros foi suspensa.
	A Perestróica foi política de reestruturação econômica e, para tanto, foi decidido que as tropas enviadas ao Afeganistão deveriam ser retiradas, pois havia a necessidade de baixar os custos com a defesa.
Outras medidas foram o fim do monopólio do Estado sobre alguns setores, a permissão para a abertura de empresas privadas no país, a permissão para as empresas estrangeiras atuarem na indústria de bens de consumo e no comércio varejista, o estímulo à renovação tecnológica e à competitividade entre as empresas.
As medidas foram tomadas com a intenção de diminuir a rigidez do controle do Estado soviético. Um dos pontos altos desse momento de abertura foi a quebra do monopólio partidário, o que permitiu o multipartidarismo e a instauração de eleições diretas para 1994.
Queda do Muro de Berlim:
A conferência de Potsdam dividiu a Alemanha em quatro zonas de influência: britânica, francesa, norte-americana – capitalista e soviética - socialista.
A divisão na Alemanha criou a República Democrática Alemã (RDA) e a República Federalista Alemã (RFA).
Berlim ficava bem no centro a Alemanha Oriental e tambem foi dividida em quatro zonas de influência. Mesmo com a divisão, as pessoas podiam circular de Berlim ocidental para Berlim Oriental.
Fim da URSS:
Em 1985, Gorbachev assume e começa a dar sinais para o fim da Guerra Fria, porém suas ideias e práticas inovadoras (Perestróica e Glasnost) não impulsionam a economia conforme o esperado, além de gerar uma cisão dentro do Partido Comunista. 
Esse clima de instabilidade econômica e política abriu espaço para reclamações mais efetivas chegando ao golpe militar.
• O mundo atual: globalização
O fim da Guerra Fria, a dissolução da URSS, a reunificação alemã, a abertura econômica na China e as reformas econômicas na Índia, contribuíram para a ideia de que o modelo capitalista seria o meio correto de guiar a economia e promover o crescimento econômico. 
Os Estados Unidos saíram como os vencedores da guerra fria. 
A base da economia da maioria dos países do mundo já não dependia mais do campo. As indústrias estavam imersas nas políticas neoliberais e a constante expansão pela busca de novos mercados fez com que a economia se tornasse cada vez mais unificada.
Os produtos circulavam por praticamente todo o mundo e as economias estavam  dependentes umas das outras.
A grande especificidade da globalização se dá no campo tecnológico e da comunicação.
A globalização é vista também como uma padronização dos costumes, pois a constante propaganda e exportação de produtos acabam por influenciar as culturas fazendo com que se perca o que há de nacional em cada país.
Um dos críticos mais ferrenhos da Globalização é Eric Hobsbawn. Ele diz no livro “Globalização, democracia e terrorismo” que sobre a Globalização três observações são importantes:
	Globalização acompanhada de mercados livres, trouxe consigo uma dramática acentuação das desigualdades econômicas e sociais no interior das nações e entre elas.
	O impacto é mais sensível para os que menos se beneficiam dela. Isso gera pontos de vista opostos sobre ela: os que estão protegidos contra seus efeitos negativos – os empresários, profissionais de alta tecnologia e os formados em cursos de educação superior – e os que não estão protegidos.
	Embora a escala real da globalização permaneça modesta, seu impacto político é desproporcionalmente grande. Assim, a imigração é um problema político substancial na maior parte das economias desenvolvidas do Ocidente.”
• O terrorismo no mundo atual
A década de 1990 traz novos desafios para a economia mundial, a grande concorrência faz com que áreas de livre comércio sejam criadas para favorecer determinados países e garantir o crescimento econômico. Enquanto isso, os Estados Unidos afirmam, cada vez mais, sua posição como única potência mundial, exportando sua cultura, seu modelo político e econômico.
Essa constante busca de mercados e o processo de globalização da cultura vai favorecer a criação de grupos de extrema-direita, ligados ou não a ideologias religiosas, que vão buscar defender sua visão de mundo.
Em 11 de setembro, nos Estados Unidos, temos o exemplo de ataque terrorista. Esse acontecimento marcou uma nova era da política mundial. Afetou as relações econômicas e políticas, tanto internas quanto externas, desde a criação de leis para aumentar o poder da polícia quanto à intervenção direta em países como Afeganistão e Iraque.
O terrorismo é uma forma de violência que pode ter diferentes motivos: religioso, político, nacionalista, étnico etc. Usa a violência, física ou psicológica, em tempos de paz, como estratégia política. É uma prática bastante antiga das sociedades, mas teve seu momento se ascensão, por assim dizer, com a Guerra Fria.
Tanto os Estados Unidos como a União Soviética desenvolveram poderosas agências de espionagem e se utilizaram da espionagem e do terrorismo para legitimar seus poderes. Assim, com a Guerra Fria o terrorismo incorpora as agências de várias estados.
O caso de terrorismo de maior impacto, e por isso mais presente na memória, foi o ataque ao World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de Setembro de 2001.
Nesta data dois aviões atingiram as torres gêmeas, o World Trade Center, em Nova Iorque (EUA), trazendo os prédios abaixo. 
Aliados aos ataques aos prédios, outros ataques, como ao Pentágono, foram executados no mesmo dia. 
Os aviões foram sequestrados após decolarem, burlando toda a segurança aérea do país e demonstrando como o plano foi meticulosamente planejado.

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