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Autodepuração Prof. Daniel F. N. Pimenta E-mail: professordanielpimenta@gmail.com Pontifícia Universidade Católica – PUC Minas Campus Poços de Caldas Departamento de Engenharia Civil SANEAMENTO II Autodepuração 2 Autodepuração Matéria orgânica Principal problema de poluição dos corpos d'água. Consomem oxigênio em sua degradação. Nos esgotos sanitários (METCALF e EDDY, 2003): Proteínas (40 – 60%). Carboidratos (25 – 50%). Gorduras e óleos (8 – 12%). Ureia, surfactantes, fenóis, pesticidas, metais e outros (menor quantidade). 3 Autodepuração Composição típica do esgotos sanitários 4 Parâmetro Esgoto bruto DBO 250 - 400 DQO 500 - 800 N - org 15 - 30 N - NH3 20 - 40 P 10 - 20 Ca 50 - 70 Mg 20 - 30 pH 7 CT 107 - 108 nmp/100 ml Autodepuração A importância desse estudo... • Equilíbrio no meio aquático por mecanismos essencialmente naturais, após as alterações induzidas pelos despejos líquidos. • Nível de tratamento necessário e a eficiência a ser atingida na remoção de poluentes. • Escolha do processo de tratamento. • Flexibilizar os padrões de lançamento! 5 Autodepuração Deliberação Normativa Conjunta COPAM-CERH Nº 1 de 2008 e CONAMA 357 “ Os limites de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), estabelecidos para as águas doces de classes 2 e 3, poderão ser elevados, caso o estudo da capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre que as concentrações mínimas de oxigênio dissolvido (OD) previstas não serão desobedecidas, nas condições de vazão de referência, com exceção da zona de mistura, conforme modelos internacionalmente reconhecidos.” 6 7 Autodepuração 8 Autodepuração Zona de degradação Característica geral Alta concentração de matéria orgânica, ainda em seu estágio complexo. Aspecto estético A água se apresenta turva devido ao excesso de partículas em suspensão. Matéria orgânica e oxigênio dissolvido Inicia-se o processo de decomposição da matéria orgânica. Quantidade de oxigênio dissolvido entra em depleção devido aos microrganismos. Micro-organismos decompositores Aclimatação dos micro-organismos, aumento da degradação da matéria orgânica. Aumento dos microrganismos aeróbios. 9 Autodepuração Zona de decomposição ativa Característica geral Fase mais acentuada de degradação do corpo d’água. Aspecto estético A coloração da água apresenta-se ainda escura. Matéria orgânica e oxigênio dissolvido Nesta zona o oxigênio dissolvido chega a valores bem baixos. Aumenta a degradação da matéria orgânica por micro- organismos anaeróbios. Microrganismos decompositores O número de microrganismos começa a diminuir devido a estabilização da matéria orgânica. 10 Autodepuração Zona de recuperação Característica geral Inicia-se a recuperação do corpo d’água devido a insuficiência de matéria orgânica disponível. Aspecto estético A água apresenta aspecto mais límpido, com menos odores ofensivos . Matéria orgânica e oxigênio dissolvido A degradação da matéria orgânica é mínima e a demanda de oxigênio diminui. Comunidade aquática O número de bactérias é muito reduzido As algas apresentam-se em pleno crescimento. A cadeia alimentar está mais equilibrada e inicia o aparecimento de hidras, moluscos, crustáceos e peixes mais resistentes. 11 Autodepuração Zona de águas limpas Característica geral As águas tornam-se novamente semelhante ao seu estado anterior. Aspecto estético As água apresentam seu aspecto estético semelhante ao seu estado anterior. Matéria orgânica e oxigênio dissolvido A matéria orgânica já esta mineralizada A concentração de oxigênio é próxima da saturação devido a produção pelas algas. 12 Autodepuração 13 Autodepuração Modelo de Streeter-Phelps • Streeter-Phelps (1925) estabeleceu as bases matemáticas para representar a curva de oxigênio dissolvido em um curso d’água. Tornou-se um modelo clássico dentro da Engenharia, servindo de base para todos os demais modelos sofisticados. 14 Autodepuração Modelo de Streeter-Phelps Pontos característicos da curva de depleção de OD 15 Tempo (d) ou distância (km) OD (mg·L-1) Dc Cc Co tcto Cs Co Do Autodepuração Modelo de Streeter-Phelps Coeficiente do modelo: K1 Coeficiente de desoxigenação – Características da matéria orgânica – Temperatura – Presença de substâncias inibidoras • OBS: efluentes tratados possuem valores menores para K1 , pelo fato da maior parte da M.O. mais facilmente degradável já ter sido removida. 16 Autodepuração Coeficiente de desoxigenação 17 Autodepuração Coeficiente de reaeração – K2 18 Autodepuração Coeficiente de reaeração – K2 19 Autodepuração Equações do modelo de Streeter-Phelps 20 Autodepuração Atividade 1 QUESTÃO AUTODEPURAÇÃO 1 Uma cidade lança seu efluente domestico in natura num corpo receptor, causando a degradação do mesmo. Com base nos dados abaixo, responda: a) Qual é a concentração mínima de oxigênio dissolvido durante o processo de autodepuração? b) A concentração critica de oxigênio encontrada é preocupante ? Explique. 21 Autodepuração Atividade 1 QUESTÃO AUTODEPURAÇÃO Dados: Efluente • DBO5= 400 mg/L • Vazão (Qe) = 0,100 m3/s • Coeficiente de desoxigenação (K1 )= 0,45 d -1 • Constante de transformação DBO5 em DBOúltima ( KT) = 1,12 Corpo receptor – rio • DBO5= 2,5 mg/L • Vazão (Qr) = 0,650 m3/s • Coeficiente de reaeração (K2 )= 3,0 d -1 • Oxigênio dissolvido (ODr )= 7,0 mg/L • Oxigênio dissolvido de saturação (Cs) = 7,8 mg/L 22 Autodepuração Atividade 2 QUESTÃO AUTODEPURAÇÃO 2 Caso uma estação de tratamento de esgoto de nível secundário começasse a operar na cidade com uma eficiência de remoção de matéria orgânica estimada em 77,5% Responda: a) Qual é a concentração mínima de oxigênio dissolvido durante o processo de autodepuração? b) A concentração critica de oxigênio encontrada é preocupante ? Explique. 23 Autodepuração 24 OBRIGADO
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