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Questões: Sócrates, Platão e Aristóteles

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Filosofia Geral e Ética Geral
 (Sócrates, Platão e Aristóteles)
1) O método argumentativo de Sócrates (469 – 399 a.C.) consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:
I – Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística.
II – Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.
III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias contradições e ignorâncias.
IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.
Assinale:
a) se apenas a afirmação III é correta.
b) Se as afirmações I e IV são corretas.
c) Se apenas a afirmação IV é correta.
d) Se as afirmações II e III são corretas.
2) Sócrates era um cidadão comum de Atenas, até o oráculo de Delfos indicar que ele era o homem mais sábio de seu tempo. A partir daí, ele tomou como missão a Maiêutica, que significava a “arte de trazer à luz” (“parto das ideias”), através de longas conversas com interlocutores de todas as classes sociais. O que significava essa arte?
A) Sócrates, que também era médico, auxiliava nos partos de Atenas.
B) A luz do pensamento de Sócrates ofuscava todo o conhecimento da outra pessoa.
(C) Através do diálogo promovido por Sócrates, a pessoa podia formular suas ideias e pensamentos.
(D) A luz indicava que a pessoa não precisava se esforçar para adquirir conhecimento.
3) Sócrates representava um marco importante da história da Filosofia; enquanto a Filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (fies), Sócrates procurava o conhecimento indagando o homem. Assinale a alternativa que contém a afirmação incorreta.
a) Sócrates, para não ser condenado á morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos da sua Filosofia.
b) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus Diálogos, o seu mestre.
c) O método socrático compõem-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.
d) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude do conhecimento a apontar um novo caminho para a sabedoria.
4) Quais foram às acusações que levaram Sócrates a ser condenado pela assembleia ateniense?
A)De disseminar o diálogo filosófico e de corromper a juventude.
B)De criticar o governo dos tiranos e ensinar os jovens a pensar por si mesmo.
C)De cobrar por seus ensinamentos e criticar o trabalho feito pelos sofistas.
D)De não acreditar nos deuses da cidade de Atenas e de corromper a juventude.
5) Há diferentes formas de se periodizar a Filosofia Grega. Há autores que consideram que ela pode ser dividida em três períodos, outros que ela pode ser dividida em até seis períodos. Compreendendo a Filosofia Grega a partir da divisão em quatro períodos, escolha a alternativa que corresponde a eles.
a) Período Pré-Socrático, Socrático, Escolástico e Patrístico;
b) Período Sofista, Pré-Socrático, Socrático e Pós-Socrático;
c) Período Pré-Socrático, Socrático, Platônico e Aristotélico;
d) Período Pré-Socrático, Socrático, Pós-Socrático e Greco-Romano (ou helenístico).
6) Relacione os nomes dos períodos às características listadas:
I) Período Pré-Socrático
II) Período Socrático
a) Período que compreende desde o final do século V ao século IV a.C.
b) Período que compreende desde o final do século VII ao século V a.C
c) Também considerado o apogeu da filosofia grega;
d) A filosofia de Sócrates se desenvolvia a partir de diálogos e era composta de dois momentos básicos: A refutação ou ironia e a Maiêutica;
e) Para Sócrates, é importante para todos aqueles que querem conhecer alguma coisa, devem começar reconhecendo a própria ignorância.
f) Caracteriza-se pela investigação acerca da physis e pelo início de uma forma de argumentar e expor as ideias;
g) Caracteriza-se pela investigação centrada no homem, sua atividade política, suas técnicas, sua ética.
h) Compreende a escola jônica, pitagórica, eleática e pluralista
7) A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na Grécia Antiga. Defende-se isso a partir do entendimento de que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram:
a) poesia grega, religião grega e condições sociopolíticas.
b) poesia grega, tragédia grega e mitologia grega.
c) poesia grega, matemática grega e condições sociopolíticas.
d) poesia grega, matemática grega e cristianismo.
8) Quais as características da religião grega que contribuíram para o pensamento filosófico?
a) A existência de um livro sagrado que servia de base para que os filósofos sustentassem seus argumentos.
b) A concepção da existência humana a partir da oposição entre corpo e alma.
c) A ideia de juízo final pelo qual os atos praticados pelos homens durante a vida serão examinados pelos deuses;
d) A inexistência de um livro sagrado e de uma interpretação dogmática das crenças. Isso permitiu que os filósofos não enfrentassem resistência aos seus pensamentos.
9) Na Grécia antiga, principalmente na cidade de Atenas no século V a.C., desenvolveu-se uma corrente de pensadores conhecidos como Sofistas. Tidos como “sábios”, eram pagos para ensinar os jovens principalmente à arte da argumentação. Abaixo, CONSIDERE as afirmações sobre a importância que esta (arte) tinha em seu pensamento.
I – Os sofistas não acreditavam na verdade absoluta, para eles o importante era conseguir convencer os outros de suas ideias.
II – Os sofistas acreditavam que uma boa argumentação era a única maneira de se chegar ao conhecimento da verdade absoluta.
III – Os sofistas acreditavam que através dos argumentos era possível se chegar à melhor solução em cada caso.
A – Apenas a III é verdadeira.
B – Apenas a I é verdadeira
C – Apenas a I é falsa.
D – Apenas a II é verdadeira.
E – Apenas a II é falsa.
10)“O homem é a medida de todas as coisas.” Vimos em sala que um dos principais Sofistas que viveu em Atenas foi Protágoras de Abdera, a quem se atribui a afirmação acima. Sobre sua CORRETA interpretação, CONSIDERE:
I – Protágoras é considerado o “pai dos sofistas”, uma vez que seus discípulos seguiam a sua frase citada acima.
II – Protágoras quis dizer que a verdade só é verdade na medida em que alguém a considera como tal.
III – Podemos dizer que Protágoras não acredita na verdade absoluta, pois para ele as coisas só são verdadeiras para um indivíduo, que a interpreta como tal, e não de maneira coletiva, por todos.
A – Todas são verdadeiras.
B – Apenas a I é falsa.
C – Apenas a II é falsa.
D – Apenas a III é falsa.
E – Apenas a II é verdadeira
11) Grupo de filósofos que se dedicavam a ensinar técnicas de persuasão para os jovens de modo que, numa assembleia eles tivessem preparados para vencer os debates com argumentos fortes e imbatíveis. Esta afirmação caracteriza os filósofos que são historicamente conhecidos como:
A)Sofistas.
B)Pré-socráticos.
C)Socráticos.
D)Platônicos.
12) “Sofista” é o termo que significa sábio, especialista do saber. Sobre os sofistas é correto afirmar:
a) Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos.
b) Eram sábios, detentores de alto saber filosófico.
c) Interessavam-se pelo saber autêntico das coisas.
d) Tinham como objetivo desenvolver o poder da argumentação, baseado na verdade real e na essência das ideias.
e) Eram filósofos que estudaram na escola de Platão.
13) O método argumentativo de Sócrates (469 – 399 a.C.) consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:
I – Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística.
II – Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões,cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.
III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias contradições e ignorâncias.
IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.
Assinale:
a) se apenas a afirmação III é correta.
b) Se as afirmações I e IV são corretas.
c) Se apenas a afirmação IV é correta.
d) Se as afirmações II e III são corretas.
14) Sócrates era um cidadão comum de Atenas, até o oráculo de Delfos indicar que ele era o homem mais sábio de seu tempo. A partir daí, ele tomou como missão a Maiêutica, que significava a “arte de trazer à luz” (“parto das ideias”), através de longas conversas com interlocutores de todas as classes sociais. O que significava essa arte?
A) Sócrates, que também era médico, auxiliava nos partos de Atenas.
B) A luz do pensamento de Sócrates ofuscava todo o conhecimento da outra pessoa.
(C) Através do diálogo promovido por Sócrates, a pessoa podia formular suas ideias e pensamentos.
(D) A luz indicava que a pessoa não precisava se esforçar para adquirir conhecimento.
15) Sócrates representava um marco importante da história da Filosofia; enquanto a Filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (fies), Sócrates procurava o conhecimento indagando o homem. Assinale a alternativa que contém a afirmação incorreta.
a) Sócrates, para não ser condenado á morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos da sua Filosofia.
b) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus Diálogos, o seu mestre.
c) O método socrático compõem-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.
d) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude do conhecimento a apontar um novo caminho para a sabedoria.
16) Quais foram às acusações que levaram Sócrates a ser condenado pela assembleia ateniense?
A)De disseminar o diálogo filosófico e de corromper a juventude.
B)De criticar o governo dos tiranos e ensinar os jovens a pensar por si mesmo.
C)De cobrar por seus ensinamentos e criticar o trabalho feito pelos sofistas.
D)De não acreditar nos deuses da cidade de Atenas e de corromper a juventude.
17)Após o período cosmológico, surge outro movimento muito importante para a filosofia (nascente) no ocidente. Passa a ser abordado agora um novo tipo de problema e teremos, então, não só as figuras principais do novo cenário da filosofia grega, mas de toda a história da razão ocidental: Sócrates, Platão e Aristóteles. Com Sócrates, a filosofia ganha uma nova “roupagem”. Sócrates viveu em Atenas no momento de apogeu da cultura grega, o chamado período clássico (séculos V e IV a.C.), fase de grande expressão na política, nas artes, na literatura e na filosofia. O que há de mais forte na filosofia de Sócrates é o seu método e a maneira pela qual ele buscava discutir os problemas relacionados à filosofia .
A partir do texto acima e dos conhecimentos que você possui sobre a filosofia de Sócrates é,CORRETO afirmar QUE: (QUESTÃO SOMATÓRIA, SOME OS NÚMEROS DOS ITENS CORRETOS E COLOQUE O VALOR NO QUADRADO ABAIXO)
(01) Sócrates oferecia grande importância às experiências sensíveis, o que caracterizou fortemente o seu método filosófico.
(02) Ao proceder em suas investigações, Sócrates partia sempre de sua “dúvida metódica”.
(04) Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública para dialogar e questionar.
(08) A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte de seu método é: “só sei que nada sei”, por isso questionava as ideias de seus interlocutores.
(16) Para fazer com que os seus interlocutores enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates praticava o método “maiêutico” (assinalado por ele), ou “parto das ideias”, no qual ele demonstrava os erros e opiniões comuns entre os homens.
Total:
18) (UEM/2008) – Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; enquanto a filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (physis), Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. ASSINALE o que for CORRETO. (QUESTÃO SOMATÓRIA, SOME OS NÚMEROS DOS ITENS CORRETOS E COLOQUE O VALOR NO QUADRADO ABAIXO)
(01) Sócrates, para não ser condenado à morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos da sua filosofia.
(02) O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.
(04) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus ensinamentos.
(08) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude diante do conhecimento e apontar um novo caminho para a sabedoria.
(16) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus diálogos, o seu mestre.
Total:
19)Na Grécia antiga, principalmente na cidade de Atenas no século V a.C., desenvolveu-se uma corrente de pensadores conhecidos como Sofistas. Tidos como “sábios”, eram pagos para ensinar os jovens principalmente a arte da argumentação. Abaixo, CONSIDERE as afirmações sobre a importância que esta (arte) tinha em seu pensamento.
I – Os sofistas não acreditavam na verdade absoluta, para eles o importante era conseguir convencer os outros de suas ideias.
II – Os sofistas acreditavam que uma boa argumentação era a única maneira de se chegar ao conhecimento da verdade absoluta.
III – Os sofistas acreditavam que através dos argumentos era possível se chegar à melhor solução em cada caso.
A – Apenas a III é verdadeira.
B – Apenas a I é verdadeira
C – Apenas a I é falsa.
D – Apenas a II é verdadeira.
E – Apenas a II é falsa.
20) “O homem é a medida de todas as coisas.” Vimos em sala que um dos principais Sofistas que viveu em Atenas foi Protágoras de Abdera, a quem se atribui a afirmação acima. Sobre sua CORRETA interpretação, CONSIDERE:
I – Protágoras é considerado o “pai dos sofistas”, uma vez que seus discípulos seguiam a sua frase citada acima.
II – Protágoras quis dizer que a verdade só é verdade na medida em que alguém a considera como tal.
III – Podemos dizer que Protágoras não acredita na verdade absoluta, pois para ele as coisas só são verdadeiras para um indivíduo, que a interpreta como tal, e não de maneira coletiva, por todos.
A – Todas são verdadeiras.
B – Apenas a I é falsa.
C – Apenas a II é falsa.
D – Apenas a III é falsa.
E – Apenas a II é verdadeira
21) Sócrates era um cidadão comum de Atenas, até o oráculo de Delfos indicar que ele era o homem mais sábio de seu tempo. A partir daí, ele tomou como missão a Maiêutica, que significava a “arte de trazer à luz” (“parto das ideias”), através de longas conversas com interlocutores de todas as classes sociais. O QUE SIGNIFICAVA ESSA ARTE?
A) Sócrates, que também era médico, auxiliava nos partos de Atenas.
B) A luz do pensamento de Sócrates ofuscava todo o conhecimento da outra pessoa.
C) Nenhuma das anteriores está correta.
D) Através do diálogo promovido por Sócrates, a pessoa podia formular suas ideias e pensamentos.
E) A luz indicava que a pessoa não precisava se esforçar para adquirir conhecimento.
22) Sócrates foi um dos mais importantes filósofos da antiguidade. Para ele, a filosofia não era um simples conjunto de teorias, mas uma maneira de viver. Sobre o pensamento e a vida de Sócrates, assinale o que for incorreto.
( ) Sócrates acreditava que passar a vida filosofando, isto é, a examinar a si mesmo e a conduta moral das pessoas.
( ) Nas conversações que mantinha nos lugares públicos da Atenas do século V a.C., Sócrates repetia nada saber para, assim, não responder às questões que formulava e motivar seus interlocutores a darem conta de suas opiniões.
( ) Em polêmica com Aristóteles, para quem a cidade nasce de um acordo ou de um contrato social, Sócrates escreveu a República, na qual demonstra ser o homem um animal político.
( ) O exercício da filosofia, para Sócrates, consistia em questionar e em investigar a natureza dos princípios e dos valores que devemgovernar a vida. Assim se comportando, Sócrates contraiu inimizades de poderosos que o executaram sob a acusação de impiedade e de corromper a juventude.
( ) A maiêutica socrática é a arte de trazer à luz, por meio de perguntas e de respostas, a verdade ou os conhecimentos mais importantes à vida que cada pessoa retém em sua alma.
23) (Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos. b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
24) (UFU – 2012) Leia o trecho abaixo, que se encontra na Apologia de Sócrates de Platão e traz algumas das concepções filosóficas defendidas pelo seu mestre. “Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que se supor sábio quem não o é, porque é supor que sabe o que não sabe. Ninguém sabe o que é a morte, nem se, porventura, será para o homem o maior dos bens; todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos males. A ignorância mais condenável não é essa de supor saber o que não se sabe”? Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P .O que é a Filosofia Antiga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61.
Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, assinale a alternativa INCORRETA. .
a) Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua missão, qual seja: buscar, por meio da filosofia, a verdade, para além da mera aparência do saber.
b) Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, fazendo-o tomar consciência das contradições que traz consigo.
c) Para Sócrates, pior do que a morte é admitir aos outros que nada se sabe. Deve-se evitar a ignorância a todo custo, ainda que defendendo uma opinião não devidamente examinada.
d) Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, colocado diante da própria ignorância, admite que nada sabe. Admitir o não-saber, quando não se sabe, define o sábio, segundo a concepção socrática.
25) (Uncisal 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre avida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia
a) transmitia conhecimentos de natureza científica.
b) baseava-se em uma contemplação passiva da realidade.
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense.
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica.
26) (UEL) Sócrates inaugura o período clássico da filosofia grega, também chamado de período antropológico. O problema do conhecimento passou a ser uma problemática central na filosofia socrática, pois "a briga" de Sócrates com os sofistas tinha por objetivo resgatar o amor pela sabedoria e a valorização pela busca da verdade. Nesse contexto, Sócrates inaugura seu método que se fundamenta em dois princípios básicos, que são:
A) A indução e dedução das verdades lógicas;
B) A doxa e o lógos convergindo para o conceito racional.
C) A ironia e a Maiêutica enquanto caminhos para conhecer a verdade através do autoconhecimento (conhecer-te a ti mesmo).
D) O diálogo e a dúvida dialética.
E) A amizade e a justiça social.
27) Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins na obra "Filosofando: introdução à Filosofia" desenvolvem um paralelo entre Sócrates e a própria filosofia, de onde advém as seguintes conclusões possíveis, exceto: A) A filosofia de Sócrates não ocorre em um "gabinete" e sim na praça pública, de onde se pode deduzir que a vocação da filosofia é política, pois pública.
B) Sócrates é "subversivo" porque "desnorteia", perturba a "ordem" do conhecer e do fazer e, portanto, deve morrer. A filosofia pode ser assim "morta" quando tornada discurso do poder.
C) Sócrates guia-se pelo princípio de que nada sabe e, desta perplexidade primeira, inicia a interrogação e o questionamento do que é familiar retirando o caráter dogmático que destrói a filosofia.
D) Sócrates desperta as consciências adormecidas, mas não se considera um "farol" que ilumina; o caminho novo deve ser construído pela discussão, que é intersubjetiva, e pela busca criativa das soluções em que a filosofia apresenta-se como atitude diante de situações plurais.
E) O conhecimento de Sócrates não é livresco, mas sim vivo e em processo de se fazer; o conteúdo é a experiência cotidiana.
28. (Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
29. (Uel 2013) Leia o texto a seguir. 
Tudo isso ela [Diotima] me ensinava, quando sobre as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela me perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o motivo desse amor e desse desejo? A natureza mortal procura, na medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E ela só pode assim, através da geração, porque sempre deixa um outro ser novo em lugar do velho; pois é nisso que se diz que cada espécie animal vive e é a mesma. É em virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor acompanham.
(Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o amor em Platão, assinale a alternativa correta.
a) A aspiração humana de procriação, inspirada por Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza física.
b) O eros limita-se a provocar os instintos irrefletidos e vulgares, uma vez que atende à mera satisfação dos apetites sensuais.
c) O eros físico representa a vontade de conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por obras que perdurarão na memória.
d) O ser humano é idêntico e constante nas diversas fases da vida, por isso sua identidade iguala-se à dos deuses. e) Os seres humanos, como criação dos deuses, seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite eternidade.
30. (Ufu 2012) Em primeiro lugar, é claro que, coma expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência).
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma).
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel.
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.
31. (Uenp 2011) As discussões iniciais sobre Lógica foram organizadas por Aristóteles no texto conhecido como “Organon”, onde o filósofo sistematiza e problematiza algumas das afirmações que tinham sido feitas pelos pré-socráticos (Parmênides, Heráclito) e por Platão. Sobre a lógica aristotélica é incorreto afirmar:
a) Aristóteles considera que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento, tendo em vista posições contrárias de debatedores, e a escolha de uma opinião contra a outra não garante chegar à essência da coisa investigada, por isso sugere a substituição da dialética pela lógica.
b) Entre as principais diferenças que existem entre a lógica aristotélica e a dialética platônica estão: a primeira é um instrumento para o conhecer que antecede o exercício do pensamento e da linguagem; a segunda é um modo de conhecer e pressupõe a aplicação imediata do pensamento e da linguagem.
c) A lógica aristotélica é um instrumento para trabalhar os contrários, e as contradições para superá-los e chegar ao conhecimento da essência das coisas e da realidade.
d) A lógica aristotélica sistematiza alguns princípios e procedimentos que devem ser empregados nos raciocínios para a produção de conhecimentos universais e necessários.
e) Contemporaneamente não se pode considerar a lógica aristotélica como plenamente formal, tendo em vista que Aristóteles não afasta por completo os conteúdos pensados, para ficar com formas vazias (como se faz na lógica puramente formal). Embora tenha avançado no sentido da lógica formal, se comparada com a dialética platônica, que dependia absolutamente do conteúdo dos juízos.
32. (Uncisal 2012) No contexto da Filosofia Clássica, Platão e Aristóteles possuem lugar de destaque. Suas concepções, que se opõem, mas não se excluem, são amplamente estudadas e debatidas devido à influência que exerceram, e ainda exercem, sobre o pensamento ocidental. Todavia é necessário salientar que o produto dos seus pensamentos se insere em uma longa tradição filosófica que remonta a Parmênides e Heráclito e que influenciou, direta ou indiretamente, entre outros, os racionalistas, empiristas, Kant e Hegel.
Observando o cerne da filosofia de Platão, assinale nas opções abaixo aquela que se identifica corretamente com suas concepções.
a) A dicotomia aristotélica (mundo sensível X mundo inteligível) se opõe radicalmente as concepções de caráter empírico defendidas por Platão.
b) A filosofia platônica é marcada pelo materialismo e pragmatismo, afastando-se do misticismo e de conceitos transcendentais.
c) Segundo Platão a verdade é obtida a partir da observação das coisas, por meio da valorização do conhecimento sensível.
d) Para Platão, a realidade material e o conhecimento sensível são ilusórios.
e) As concepções platônicas negam veementemente a validade do Inatismo.
33. (Unisc 2012) Nos livros II e III, Platão, através de Sócrates, discute sobre as artes no contexto da educação dos guardiães. Já no livro X, ele trata de vários tipos de práticas artísticas, que devem ser consideradas na cidade como um todo, não somente nas instituições pedagógicas. Nesse último livro, Sócrates é duro ao afirmar que a poesia (imitativa) deve ser inteiramente excluída da cidade (595a). Em que obra essa recusa de Sócrates está registrada?
a) No diálogo “Banquete”, de Platão, em que Sócrates trata dos diversos tipos de arte.
b) No diálogo “Teeteto”, de Platão, em que Sócrates e esse personagem discutem sobre a natureza da arte, especialmente da poesia.
c) No diálogo “Timeu”, de Platão, em que Sócrates discorre sobre o tema da arte, reportando-se à natureza da pintura e da poesia.
d) No diálogo “Político”, de Platão, em que Sócrates apresenta a arte da política aos cidadãos atenienses.
e) No diálogo “República”, de Platão, no qual Sócrates afirma que a poesia pode levar à corrupção do caráter humano.
34. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Para esclarecer o que seja a imitação, na relação entre poesia e o Ser, no Livro X de A República, Platão parte da hipótese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz é a mesa e não a sua ideia. O poeta pertence à mesma categoria: cria um mundo de mera aparência.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, é correto afirmar:
a) Deus é o criador último da ideia, e o artífice, enquanto co-participante da criação divina, alcança a verdadeira causa das coisas a partir do reflexo da ideia ou do simulacro que produz.
b) A participação das coisas às ideias permite admitir as realidades sensíveis como as causas verdadeiras acessíveis à razão.
c) Os poetas são imitadores de simulacros e por intermédio da imitação não alcançam o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas.
d) As coisas belas se explicam por seus elementos físicos, como a cor e a figura, e na materialidade deles encontram sua verdade: a beleza em si e por si.
e) A alma humana possui a mesma natureza das coisas sensíveis, razão pela qual se torna capaz de conhecê-las como tais na percepção de sua aparência.
35. (Uenp 2011) Platão foi um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental. Para ele, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida. Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino em busca do caminho de casa. Para tanto, deveria transpor os limites do corpo e contemplar o inteligível. Assinale a alternativa correta.
a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a todo pensamento platônico.
b) Como Sócrates, Platão desenvolveu uma ética racionalista que desconsiderava a vontade como elemento fundamental entre os motivadores da ação. Ele acreditava que o conhecimento do bem era suficiente para motivar a conduta de acordo com essa ideia (agir bem).
c) Platão propõe um modelo de organização política da sociedade que pode ser considerado estamental e antidemocrático. Para ele, o governo não deveria se pautar pelo princípio da maioria. As almas têm natureza diversa, de acordo com sua composição, isso faz com que os homens devam ser distribuídos de acordo com essa natureza, divididos em grupos encarregados do governo, do controle e do abastecimento da polis.
d) Platão chamava o conhecimento da verdade de doxa e o contrapõe a uma outra forma de conhecimento (inferior) denominada episteme.
e) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas material e final.36. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Platão, em A República, tem como objetivo principal investigar a natureza da justiça, inerente à alma, que, por sua vez, manifesta-se como protótipo do Estado ideal. Os fundamentos do pensamento ético-político de Platão decorrem de uma correlação estrutural com constituição tripartite da alma humana. Assim, concebe uma organização social ideal que permite assegurar a justiça. Com base neste contexto, o foco da crítica às narrativas poéticas, nos livros II e III, recai sobre a cidade e o tema fundamental da educação dos governantes. No Livro X, na perspectiva da defesa de seu projeto ético-político para a cidade fundamentada em um logos crítico e reflexivo que redimensiona o papel da poesia, o foco desta crítica se desloca para o indivíduo ressaltando a relação com a alma, compreendida em três partes separadas, segundo Platão: a racional, a apetitiva e a irascível.
Com base no texto e na crítica de Platão ao caráter mimético das narrativas poéticas e sua relação com a alma humana, é correto afirmar:
a) A parte racional da alma humana, considerada superior e responsável pela capacidade de pensar, é elevada pela natureza mimética da poesia à contemplação do Bem.
b) O uso da mímesis nas narrativas poéticas para controlar e dominar a parte irascível da alma é considerado excelente prática propedêutica na formação ética do cidadão.
c) A poesia imitativa, reconhecida como fonte de racionalidade e sabedoria, deve ser incorporada ao Estado ideal que se pretende fundar.
d) O elemento mimético cultivado pela poesia é justamente aquele que estimula, na alma humana, os elementos irracionais: os instintos e as paixões.
e) A reflexividade crítica presente nos elementos miméticos das narrativas poéticas permite ao indivíduo alcançar a visão das coisas como realmente são.
37. (Uncisal 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia
a) transmitia conhecimentos de natureza científica.
b) baseava-se em uma contemplação passiva da realidade.
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense.
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica.
38. (Uel 2012) Leia o texto a seguir.
No ethos (ética), está presente a razão profunda da physis (natureza) que se manifesta no finalismo do bem. Por outro lado, ele rompe a sucessão do mesmo que caracteriza a physis como domínio da necessidade, com o advento do diferente no espaço da liberdade aberto pela práxis. Embora, enquanto autodeterminação da práxis, o ethos se eleve sobre a physis, ele reinstaura, de alguma maneira, a necessidade de a natureza fixar-se na constância do hábito.
(Adaptado de: VAZ, Henrique C. Lima. Escritos de Filosofia II. Ética e Cultura. 3ª edição. São Paulo: Loyola. Coleção Filosofia - 8, 2000, p.11-12.)
Com base no texto, é correto afirmar que a noção de physis, tal como empregada por Aristóteles, compreende:
a) A disposição da ação humana, que ordena a natureza.
b) A finalidade ordenadora, que é inerente à própria natureza.
c) A ordem da natureza, que determina o hábito das ações humanas.
d) A origem da virtude articulada, segundo a necessidade da natureza.
e) A razão matemática, que assegura ordem à natureza.
39. (Ufpa 2012) Tendemos a concordar que a distribuição isonômica do que cabe a cada um no estado de direito é o que permite, do ponto de vista formal e legal, dar estabilidade às várias modalidades de organizações instituídas no interior de uma sociedade. Isso leva Aristóteles a afirmar que a justiça é “uma virtude completa, porém não em absoluto e sim em relação ao nosso próximo”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 332.
De acordo com essa caracterização, é correto dizer que a função própria e universal atribuída à justiça, no estado de direito, é
a) conceber e aplicar, de forma incondicional, ideias racionais com poder normativo positivo e irrestrito.
b) instituir um ideal de liberdade moral que não existiria se não fossem os mecanismos contidos nos sistemas jurídicos.
c) determinar, para as relações sociais, critérios legais tão universais e independentes que possam valer por si mesmos.
d) promover, por meio de leis gerais, a reciprocidade entre as necessidades do Estado e as de cada cidadão individualmente.
e) estabelecer a regência na relação mútua entre os homens, na medida em que isso seja possível por meio de leis.
40- (Uenp 2011) Platão foi um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental. Para ele, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida. Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino em busca do caminho de casa. Para tanto, deveria transpor os limites do corpo e contemplar o inteligível. Assinale a alternativa correta.
a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a todo pensamento platônico.
b) Como Sócrates, Platão desenvolveu uma ética racionalista que desconsiderava a vontade como elemento fundamental entre os motivadores da ação. Ele acreditava que o conhecimento do bem era suficiente para motivar a conduta de acordo com essa ideia (agir bem).
c) Platão propõe um modelo de organização política da sociedade que pode ser considerado estamental e antidemocrático. Para ele, o governo não deveria se pautar pelo princípio da maioria. As almas têm natureza diversa, de acordo com sua composição, isso faz com que os homens devam ser distribuídos de acordo com essa natureza, divididos em grupos encarregados do governo, do controle e do abastecimento da polis.
d) Platão chamava o conhecimento da verdade de doxa e o contrapõe a uma outra forma de conhecimento (inferior) denominada episteme.
e) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas material e final.
41- (Uncisal 2011) Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia
a) transmitia conhecimentos de natureza científica.
b) baseava-se em uma contemplação passiva da realidade.
c) transmitia conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense.
d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão.
e) procurava transmitir às pessoas conhecimentos de natureza mitológica.
42- Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação,um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
A- Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
B- Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
C- Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
D- Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
E- Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
43. Qual o nome da escola filosófica fundada por Platão?
a) Academia
b) Liceu
c) Placomia
d) Bibliomia
44. Quem deve ser o governante, segundo Platão?
a) O rei
b) O sábio
c) O eleito democraticamente
d) O mais forte do poder militar
45. As idéias platônicas são de natureza:
a) Material e Sensível
b) Imaterial e Inteligível
c) Mista e Sutis
d) Molecular e Atômica
46. Em qual diálogo está o Mito da Caverna?
a) Protágoras
b) Menón
c) Neméia
d) República
47. Como se classificam as almas segundo Platão?
a)Inteligível e Racional
b)Imortal e Mortal
c)Sensível, Racional
d)Concupiscível e Racional
48. Qual é o verdadeiro nome de Platão?
a) Dión
b) Arístocles
c) Sócrates
d) Aristófanes
49. A opinião (doxa), no pensamento de Platão representa um saber sem fundamentação metódica. É um saber que possui sua origem:
a) Nos mitos religiosos, lendas e poemas;
b) Nas imprevisões e nas sensações das coisas sensíveis;
c) No discurso dos sofistas na época da democracia ateniense;
d) Num saber eclético, provenientes do pensamento de alguns filósofos.
50. Assinale a afirmativa correta:
a) A epistemologia é a parte do conhecimento que estuda as sombras e as imagens do mundo sensível;
b) A dupla divisão do conhecimento em doxa e episteme corresponde à divisão do mundo sensível e inteligível;
c) Para Platão, o conhecimento verdadeiro é chamado de doxa e trata das questões do mundo sensível.
51- (UEM – Verão 2008) “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).
Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale V para as questões corretas e F para as Falsas.
(  ) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
(   ) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria das Idéias.
(   ) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
(   ) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Idéias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Idéias ou são suas cópias imperfeitas.
(   ) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.
52- Platão achava que as coisas que percebemos são somente imagens, as sombras projetadas em nossa pequena caverna, oriundas de realidades superiores que existem, perenes, imutáveis, perfeitas, no mundo das ideias Acima de tudo, a ideia do bem. Isso corresponde à Teoria das Ideias?
a) Sim, é parte do resumo dos conceitos de Platão.
b) Não, este resumo trata de uma conversação entre Sartre e Heidegger.
c) outra resposta
53 - No famoso mito da caverna, Platão (428-347 a.C.) imagina uma caverna onde estão  acorrentados os homens desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada, onde  á  ma fogueira, apenas enxergam o fundo da caverna. A luz da fogueira projeta, nesse fundo, sombras das  coisas que passam as suas costas. Ora, se um desses homens se libertasse das correntes e chegasse à luz  o dia, voltaria contando aos outros o que são realmente os verdadeiros objetos. Entretanto, seus  companheiros o tomariam por louco, pois não acreditariam em suas palavras. Esse mito pode ser  analisado sob dois pontos de vista: o epistemológico (como surge o conhecimento humano) e o político  aquele que apreende as ideias verdadeiras é apto para governar). Do ponto de vista epistemológico (do  conhecimento), é CORRETO afirmar:
1. Acima do mundo ilusório sensível, há o mundo das idéias gerais e essências imutáveis.
2. O mundo dos fenômenos só existe se participa do mundo das idéias.
3. O homem atinge as essências imutáveis através da contemplação e da depuração dos enganos dos sentidos.
4. A alma humana pode elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às coisas unas e imutáveis.
5. As idéias unas e imutáveis são hierarquizadas e no topo delas está a idéia de Bem.
ASSINALE a alternativa CORRETA.
A) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
B) Somente as afirmativas 1, 4 e 5 são verdadeiras.
C) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras.
E) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
54 - No livro VII da República, Platão apresenta o célebre mito (ou alegoria) da caverna. Pode-se afirmar que com esse mito ele pretendia
A) demonstrar que a democracia não é um bom sistema de governo.
B) provar a imortalidade da alma humana.
C) mostrar que os cidadãos são geralmente injustos com aqueles que querem ser justos.
D) esclarecer algumas questões sobre a importância da educação dos filósofos, que viriam a ser
no futuro, os governantes da cidade justa.
55 - O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.
I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do
conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
56 - As figuras abaixo são um fragmento da obra do cartunista Maurício de Souza em que borda ludicamente o Mito da Caverna de Platão. Acerca do referido mito, analise as assertivas a seguir assinale a alternativa correta.
I- Apesar da “distância histórica” da obra de Platão (427-347 a.C), a mesma continua exercendo influência nos dias de hoje devido aos temas que suscita, relacionados à liberdade, alienação, ceticismo, dentre outros.
II- No Mito da Caverna, Platão demonstra, alegoricamente, a dualidade da existência humana, o conflito entre realidade e aparência.
III- O papel do filósofo no Mito da Caverna é desmistificar as diversas construções da “realidade”.
IV-Para Platão, a condição de quem vive nas sombras é de completa vida enganada, portanto, cabe ao filósofo fazer com que ele enxergue um mundo que está além das sombras e da caverna.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas IV está correta.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
57- (Enem 2012 - Primeiro Dia)
TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.
entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.
atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
58 (Enem 2012 - Primeiro Dia)
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descedência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”
GILSON, E.: BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que
eram baseadas nas ciências da natureza.
refutavam as teorias de filósofos da religião.
tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
postulavam um princípio originário para o mundo.
defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
59 (Enem 2012 - Primeiro Dia)
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecmento a eles.
Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
60 (Enem 2012 - Primeiro Dia)
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.
61-(UFSJ 2010) Na obra “O que é Filosofia”, de Caio Prado Júnior, “O Mundo das ideias”, para Platão, pode ser assim descrito:
a) Os dados da experiência são reflexos ou cópias irretocáveis e perfeitas das ideias.
b) Todas as ideias que podemos registrar em nossa mente, em estado de vigília.
c) Um processo de construção do mundo sensível.
d) O pensamento, a função pensante e a atividade racional do Homem.
62-(UEL 2011) Leia o texto a seguir.
Para esclarecer o que seja a imitação, na relação entre poesia e o Ser, no Livro X de A República, Platão parte da hipótese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz é a mesa e não a sua ideia. O poeta pertence à mesma categoria: cria um mundo de mera aparência.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, é correto afirmar:
a) Deus é o criador último da ideia, e o artífice, enquanto co-participante da criação divina, alcança a verdadeira causa das coisas a partir do reflexo da ideia ou do simulacro que produz.
b) A participação das coisas às ideias permite admitir as realidades sensíveis como as causas verdadeiras acessíveis à razão.
c) Os poetas são imitadores de simulacros e por intermédio da imitação não alcançam o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas.
d) As coisas belas se explicam por seus elementos físicos, como a cor e a figura, e na materialidade deles encontram sua verdade: a beleza em si e por si.
e) A alma humana possui a mesma natureza das coisas sensíveis, razão pela qual se torna capaz de conhecê-las como tais na percepção de sua aparência.
63-(Cesgranrio – 2005) Na República idealizada por Platão a justiça pode ser alcançada quando
a) Na hierarquia das classes cada uma desempenhar apenas a função que lhe compete e de acordo com a virtude que lhe é própria.
b) A classe governante, seja ela qual for, garantir e respeitar os direitos de isonomia e de isegoria para todos os cidadãos de todas as classes.
c) A diferença entre as classes sociais for eliminada através da comunidade de bens, de mulheres e de ocupações.
d) As virtudes da sabedoria, da coragem e da temperança estiverem de igual modo desenvolvidas em todas as classes sociais.
e) As leis passarem a ser elaboradas pelo conjuntodos cidadãos, sem distinção de classe social ou gênero sexual.
64(UFU 2008) Leia o trecho abaixo.
E que existe o belo em si, e o bom em si, e, do mesmo modo, relativamente a todas as coisas que então postulamos como múltiplas, e, inversamente, postulamos que a cada uma corresponde uma idéia, que é única, e chamamos-lhe a sua essência (507b-c).
PLATÃO. República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 8ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 1996.
Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Platão.
a) Somente por meio dos sentidos, em especial da visão, pode o filósofo obter o conhecimento das idéias.
b) No pensamento platônico, o conhecimento das idéias permite ao filósofo discernir a unidade inteligível em face da multiplicidade sensível.
c) Para que a alma humana alcance o conhecimento das idéias, ela deve elevar-se às alturas do inteligível, o que somente é possível após a morte ou por meio do contato com os deuses gregos.
d) Tanto a dialética quanto a matemática elevam o conhecimento ao inteligível; mas, somente a matemática, por seu caráter abstrato, conduz a alma ao princípio supremo: a idéia de Bem.
65-(FESP RJ – 2008) Na sua República, Platão expõe, no Livro VII, a famosa “alegoria da caverna”. Sócrates, personagem central do diálogo, busca com ela fornecer a Glauco, seu interlocutor, uma imagem do que dissera antes. Para ele, a saída do prisioneiro da caverna é “a ascensão da alma para a região do inteligível”. No limite extremo desta região encontra-se a idéia suprema, comparada ao sol. Ela precisa ser contemplada por quem quiser:
a) Agir com sabedoria exclusivamente na vida pública
b) Agir com sabedoria exclusivamente na vida particular
c) Agir com sabedoria tanto na vida pública como na particular
d) Abdicar de agir em prol da dedicação ao pensamento puro
e) Deixar de agir apenas na vida privada em prol da ação política
66-No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
a) suspensão do juízo como reveladora da verdade.
b) realidade inteligível por meio do método dialético.
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
67. (UEL) Leia o texto a seguir. O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a lógica dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não permitia explicar o progresso do conhecimento científico – foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o método indutivo como alternativa ao método lógico-dedutivo aristotélico.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Bacon, é correto afirmar que o método indutivo consiste
A) na derivação de consequências lógicas com base no corpo de conhecimento de um dado período histórico.
B) no estabelecimento de leis universais e necessárias com base nas formas válidas do silogismo tal como preservado pelos medievais.
C) na postulação de leis universais com base em casos observados na experiência, os quais apresentam regularidade.
D) na inferência de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades científicas aceitas universalmente.
E) na observação de casos particulares revelados pela experiência, os quais impedem a necessidade e a universalidade no estabelecimento das leis naturais.
68. PUC/Paraná – 2008
Em relação à definição de Bem apresentada por Aristóteles, no Livro I da Ética a Nicômaco, considere as seguintes alternativas: 
I. O Bem é algo que está em todas as coisas, sendo identificada nos objetos, mas não entre os 
homens. 
II. O Bem é aquilo a que todas as coisas tendem, ou seja, o bem é definido em função de um fim. 
III. O Bem é o meio para termos uma ciência eficiente e útil, tal como a arte médica será 
eficiente se tivermos o bem como meio de sua prática. 
IV. O Bem é algo abstrato, de difícil acesso à compreensão humana. 
De acordo com tais afirmações, podemos dizer que: 
A) Apenas a alternativa II está correta. 
B) As alternativas II e III estão corretas. 
C) Todas as alternativas estão corretas. 
D) As alternativas III e IV estão corretas. 
E) Apenas a alternativa III está correta.
69. PUC - Paraná (2008)
Para Aristóteles, em Ética a Nicômaco, “felicidade [...] é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie”. Assinale a alternativa que NÃO condiz com a referida definição aristotélica de felicidade: 
A) Felicidade só é possível mediante uma capacidade racional, própria do homem. 
B) Ter felicidade é obter coisas nobres e boas da vida que só são alcançadas pelos que agem retamente. 
C) Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si. 
D) Nenhum outro animal atinge a felicidade a não ser o homem, pois os demais não podem participar de tal atividade. 
E) A finalidade das ações humanas, o Bem do homem, é a felicidade.
70. (UFU 2007) Leia atentamente o trecho de Aristóteles, citado abaixo, e assinale a alternativa que o interpreta corretamenente.
“Como já vimos há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento à instrução (por isto ela requer experiência e tempo); quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito [...]”.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. ColeçãoOs Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
A) A excelência moral é superior à intelectual porque é resultado do nascimento.
B) A excelência intelectual é positiva e a moral negativa.
C) As excelências intelectual e moral anulam-se respectivamente.
D) As excelências moral e intelectual possuem, respectivamente, origem no hábito e na instrução.
71. (UEL – 2011) Leia o texto a seguir. Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, é-o em especial porque é o único poeta que não ignora o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos possível, pois não é através disso que faz a imitação. Os outros intervêm, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele, pelo contrário, depois de fazer um breve preâmbulo, põe imediatamente em cena um homem, uma mulher ou qualquer outra personagem e nenhum sem caráter, mas cada uma dotada de caráter próprio.
(ARISTÓTELES. Poética. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) As personagens devem aparecer agindo menos e o poeta falando mais, como faz Homero.
b) Ao intervir muito no poema, sem colocar personagens, o poeta imita com qualidade superior.
c) Ao dizer o menos possível, Homero coloca as personagens em ação e assim ele é mais imitador.
d) Homero é elogiado por iniciar seus poemas com breves preâmbulos e pouco se referir a personagens em ação.
e) O poeta deve fazer uma breve introdução e iniciar a ação narrando sem necessidade de personagens.
72. (UEL – 2011) Leia o texto a seguir. A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a virtude ética
a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
b) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta.
c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
d) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas.
e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos.
73.(UEL – 2011) Leia os textos a seguir.
Aristóteles, no Livro IV da Metafísica, defende o sentido epistêmico do princípio de não contradição como o princípio primário, incondicionado e absolutamente verdadeiro da “ciência das causas primeiras”, ou melhor, o princípio que se apresenta como fundamento último (ou primeiro) de justificação para qualquer enunciado declarativo em sua pretensão de verdade. “É impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma relação. [...] Não é possível, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e não seja, como alguns acreditam que Heráclito disse [...]. É por esta razão que toda demonstração se remete a esse princípio como a uma última verdade, pois ela é, por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais axiomas.”
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 93.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:
a) Aqueles que sustentam, com Heráclito, conceber verdadeiramente que propriedades contrárias podem subsistir e não subsistir no mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não contradição.
b) Pelo princípio de não contradição, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciação verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito, em um mesmo sentido.
c) Nas demonstrações sobre as realidades suprassensíveis, é possível conceber que propriedades contrárias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradição lógica, ontológica e epistêmica.
d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiomático do princípio de não contradição, exige-se que sua evidência, enquanto princípio primário, seja submetida à demonstração.
e) Com o princípio de não contradição, torna-se possível conceber que, se existem duas coisas não idênticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas também poderá ser aplicado necessariamente à outra.
74: (Enem 2013)
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:
	A) 
	busca por bens materiais e títulos de nobreza.
	B) 
	plenitude espiritual e ascese pessoal.
	C) 
	finalidade das ações e condutas humanas.
	D) 
	conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
	E) 
	expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
75- (Enem 2009)
Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:
	A) 
	possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
	B) 
	era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
	C) 
	estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica
	D) 
	tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
	E) 
	vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
76 - Qual é a obra na qual Aristóteles dedica-se a pensar sobre a felicidade?
a) Política
b) Poética
c) Ética a Nicômaco
d) Metafísica
ver resposta
77 - O que significa dizer que a filosofia aristotélica é teleológica?
a) Uma filosofia voltada para preocupações existenciais e religiosas;
b) Uma filosofia orientada pela busca do prazer;
c) Uma filosofia orientada pela comprovação científica;
d) Uma filosofia que está orientada pela busca por uma finalidade.
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78- Como podemos interpretar a seguinte citação de Aristóteles: “O bem é aquilo a que todas as coisas tendem” (Aristóteles, 1973, p. 249)?
a) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “bem”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que todas as coisas tendem a um bem.
b) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “prazer”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que devemos buscar uma vida de satisfação dos impulsos.
c) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “honra”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso realizar grandes feitos para ser reconhecido e isso é a verdadeira felicidade.
d) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “riqueza”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso acumular a maior quantidade de dinheiro possível, pois só assim é possível prevenir-se da pobreza.
ver resposta
79 - Como podemos interpretar a seguinte citação de Aristóteles: “O fim da arte médica é a saúde, o da construção naval é um navio, o da estratégia é a vitória e o da economia é a riqueza” (Aristóteles, 1973, p. 249)?
a) Todas as coisas têm uma finalidade em si mesmas.
b) Algumas coisas não têm finalidade em si mesmas.
c) A arte médica é a ciência que tem privilégio em relação às outras, pois seu fim é a saúde.
d) A arte econômica é a ciência que tem privilégio em relação às outras, pois seu fim é a acumulação de riqueza.
ver resposta
80 - Aristóteles, ao observar que não existe um consenso a respeito do conceito de felicidade, identifica três modos de vida. Cada modo de vida tem uma percepção distinta a respeito do que é a felicidade. Quais são eles?
a) Vida ética, Vida política, Vida prática;
b) Vida ética, Vida ativa; Vida contemplativa;
c) Vida política; Vida guiada pelo prazer; Vida contemplativa;
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
81- (UFU – 2011) “Segundo Aristóteles, tudo tende a passar da potência ao ato; tudo se move de uma para outra condição. Essa passagem se daria pela ação de forças que se originam de diferentes motores, isto é, coisas ou seres que promoveriam esta mudança. No entanto, se todo o Universo sofre transformações, o estagirita afirmava que deveria haver um primeiro motor [...]”. CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2006, p. 58. Com base em seus conhecimentos e no texto acima, assinale a alternativa que contenha duas características do primeiro motor.
A) O primeiro motor é imóvel, caso contrário, alguma causa deveria movê-lo e ele não seria mais o primeiro motor; é imutável, porque é ato puro.
B) O primeiro motor é imóvel, mas não imutável, pois pode ocorrer de se transformar algum dia, como tudo no Universo.
C) O primeiro motor é imutável, mas não imóvel, pois do seu movimento ele gera os demais movimentos do Universo.
D) O primeiro motor não é imóvel, nem imutável, pois isto seria um absurdo teórico. Para Aristóteles, o primeiro motor é móvel e mutável, como tudo.
82- (UFU – 2008) Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C), apesar de ter sido discípulode Platão, criou sua própria filosofia. Uma das diferenças marcantes entre os dois é a importância dada aos fenômenos naturais do chamado mundo sensível. No mundo sensível, a mudança é constante, característica que Aristóteles procura explicar a partir das concepções de matéria, forma, potência e ato. Com base nos seus conhecimentos e no texto acima, assinale a alternativa que define corretamente a concepção aristotélica de ato e potência.
A) A potência e o ato são conceitos que não se referem, de fato, às coisas materiais sujeitas à transformação.
B) A potência é o momento presente, atual da matéria; ato é o que ela poderá vir a fazer.
C) A potência e o ato não se relacionam com a matéria.
D) A potência é o que a matéria virá a ser, seu devir, o princípio do movimento; ato é aquilo que ela é no presente
83- (UEL – 2011) Leia o texto a seguir. Homero, sendo digno de louvor por muitos motivos, é-o em especial porque é o único poeta que não ignora o que lhe compete fazer. De fato, o poeta, em si, deve dizer o menos possível, pois não é através disso que faz a imitação. Os outros intervêm, eles mesmos, durante todo o poema e imitam pouco e raramente. Ele, pelo contrário, depois de fazer um breve preâmbulo, põe imediatamente em cena um homem, uma mulher ou qualquer outra personagem e nenhum sem caráter, mas cada uma dotada de caráter próprio. (ARISTÓTELES. Poética. Trad. A. M. Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 94-95.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a mímesis em Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) As personagens devem aparecer agindo menos e o poeta falando mais, como faz Homero.
b) Ao intervir muito no poema, sem colocar personagens, o poeta imita com qualidade superior.
c) Ao dizer o menos possível, Homero coloca as personagens em ação e assim ele é mais imitador.
d) Homero é elogiado por iniciar seus poemas com breves preâmbulos e pouco se referir a personagens em ação. e) O poeta deve fazer uma breve introdução e iniciar a ação narrando sem necessidade de personagens.
84. (UEL – 2011) Leia o texto a seguir. A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. (Aristóteles. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a virtude ética
a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
b) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta.
c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
d) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas.
e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos.
85. (UEL – 2011) Leia os textos a seguir. Aristóteles, no Livro IV da Metafísica, defende o sentido epistêmico do princípio de não contradição como o princípio primário, incondicionado e absolutamente verdadeiro da “ciência das causas primeiras”, ou melhor, o princípio que se apresenta como fundamento último (ou primeiro) de justificação para qualquer enunciado declarativo em sua pretensão de verdade. “É impossível que o mesmo atributo pertença e não pertença ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma relação. [...] Não é possível, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e não seja, como alguns acreditam que Heráclito disse [...]. É por esta razão que toda demonstração se remete a esse princípio como a uma última verdade, pois ela é, por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais axiomas.” (ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 93.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristóteles, é correto afirmar:
a) Aqueles que sustentam, com Heráclito, conceber verdadeiramente que propriedades contrárias podem subsistir e não subsistir no mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não contradição.
b) Pelo princípio de não contradição, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciação verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito, em um mesmo sentido.
c) Nas demonstrações sobre as realidades suprassensíveis, é possível conceber que propriedades contrárias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradição lógica, ontológica e epistêmica.
d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiomático do princípio de não contradição, exige-se que sua evidência, enquanto princípio primário, seja submetida à demonstração.
e) Com o princípio de não contradição, torna-se possível conceber que, se existem duas coisas não idênticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas também poderá ser aplicado necessariamente à outra.
86. (UEL – 2009) Para Aristóteles, Só julgamos que temos conhecimento de uma coisa quando conhecemos sua causa. E há quatro tipos de causa: a essência, as condições determinantes, a causa eficiente desencadeadora do processo e a causa final. (ARISTÓTELES. Analíticos Posteriores. Livro II. Bauru: Edipro. 2005. p. 327.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a metafísica aristotélica, é correto afirmar:
a) A existência de um plano superior constituído das idéias e atingido apenas pelo intelecto permite a Aristóteles a compreensão objetiva dos fenômenos que ocorrem no mundo físico.
b) A realidade, para Aristóteles, sendo constituída por seres singulares, concretos e mutáveis, pode ser conhecida indutivamente pela observação e pela experimentação.
c) Para a compreensão das transformações e da mutabilidade dos seres, Aristóteles recorre ao princípio da criação divina.
d) Na metafísica aristotélica, a compreensão do devir de todas as coisas está vinculada à determinação da causa material e da causa formal sobre a causa final.
e) Para Aristóteles, todas as coisas tendem naturalmente para um fim (telos), sendo esta concepção teleológica da realidade a que explica a natureza de todos os seres.

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