Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Microrganismo Características gerais Deteriorante? Tipo de deterioração Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Bacillus G+ Aeróbico ou anaeróbico facultativo Bacillus cereus é anaerobico facultativo Produtores de várias enzimas Esporulado --> esporos resistentes a FI e FE Amplamente distribuído na natureza Podem ser móveis ou não pH 4,4 a 9,3 Aw 0,91 a 0,95 Temp 4° a 65°C Mau competidor Sim Flat-sour --> acidez em enlatados, mas não causa estufamento (não produz gás), causa cheiro ruim e caldo turvo Ocorre quando existe alta contaminação da MP ou com TT inadequado Rope --> deterioração em corda --> hidrólise do amido em pão ou bolo, formando "teias" ou "cordinhas" no meio do pão; o forneamento mata células vegetativas e competidores, mas não é suficiente para matar os esporos; Presença do Bacillus no pão --> pela MP contaminada ou por recontaminação (deteriora na superfície) Como controlar --> QLD da MP, TT adequado, higienização do ambiente Coágulo doce --> hidrólise da caseína do leite, coagula sem acidificar, principalmente B. cereus Contaminação com B. licheniformis --> seu metabolismo pode aumentar o pH do meio e favorecer o crescimento de C. botulinium (sinergismo) Geobacillus stearothermophilus --> faz deterioração flat sour Bioindicador de esterilização (porque é termófilo) Bacillus subtilis --> deterioração rope Bacillus cereus --> causa coágulo doce Sim Bacillus cereus Mesofilo Em geral, sintomas mais leves, com subnotificação de casos Toxiinfecçao alimentar --> Duas sindromes 1) Emética Produz toxina no alimento Emese = vômito --> ação no nervo vago Alimentos como arroz, macarrão (Muito no Japão) Sintomas --> vômito, mal estar geral, náuseas Período de incubação --> 1 a 5 horas Duração --> 12 a 24 horas Toxina emética Termorresistente; resistente em pH entre 2 e 11 e às enzimas digestivas Legislação --> certa faixa de tolerância, em geral até 10³ 2) Diarréica Consome o alimento com o MO --> bactéria chega no intestino e produz a toxina lá --> resposta mais lenta Precisa consumir bastante MO Gastroenterite Sintomas --> diarréia intensa, dores abdominais Período de incubação --> 8 a 16 horas Duração --> 12 a 24 h Alimentos --> carnes e derivados, leite e derivados e vegetais Toxina (Hemolisina) é termolábil, sensível a enzimas digestivas, pode causar necrose das microvilosidades BPF e TT adequado Conservantes Controle na cadeia do frio Alimento + Água tamponada --> diluições seriadas Semeadura em superfície Identificação: G+ Catalase + Degrada tirosina, amido e caseína VP positivo (anel vermelho) Motilidade Hemolisina + (ágar sangue) Coloração de esporos ---> esporos verdes OBS: Formação e Germinação de esporos Formado por divisão binária desigual, a parte maior envolve a menor e o DNA da maior é degradado. Ocorre troca de nutrientes e íons e o esporo perde H2O, ficando desidratado; o resto da célula é degradado, liberando o esporo, que tem menor metabolismo, tem nutrientes de reserva e dura por muito tempo A germinação pode ser ativada por tratamento térmico ou presença de aa e nutrientes; assim o esporo absorve todos os nutrientes que tinha disponível e começa a produzir metabólitos de crescimento; assim ocorre a germinação e o esporo volta a ser uma célula vegetativa Valor D Binomio tempo x temperatura necessario para matar 90% dos MO Microrganismo Características gerais Deteriorante? Tipo de deterioração Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Clostridium G+ Sim Sacarolíticos Degradam açúcares, formando ac orgânicos Acidificação, odor forte de queijo Mesófilos pH 4,2-4,4 Deterioram enlatados levemente ácidos Esporos pouco resistentes ao calor Contaminação pós processamento Estufamento tardio (acidifica e produz gás) Proteolíticos Degradam proteínas e aa, formando gás, compostos sulfurados (odor podre) e nitrogenados Pode esverdear alimentos Mesófilos Deterioram alimentos com pH acima de 4,8 (enlatados de baixa acidez subprocessados) Estufamento e odor pútrido Psicrófilas Podem ser sacarolíticas e proteolíticas Deterioram carnes à vácuo Deve-se refrigerar abaixo de 4°C Produção de gás --> estufamento de embalagens Não controla por refrigeração Sim C. botulinum C. perfringens C. perfringens Mesófilo sacarolítico, com grande produção de gás Microaerófilo Cápsula (mec de defesa, evita fagocitose) Imóveis, esporos, pH 6,0 a 7,0; Fatores --> resfriamento e reaquecimento inadequados e demora para servir o alimento; Toxinas: 1) Enterotoxina --> Tipo A Diarréia --> perda de eletrólitos Ingestão de alimento com muitos esporos (MO) --> a toxina é produzida no intestino Sintomas --> gastroenterite (diarréia aquosa com dor abdominal) Incubação --> 8 a 24 horas Associado ao consumo de carnes --> uso de nitrito impede a germinação dos esporos 2) Tipo B --> Nova Guiné 3) Tipo C Geralmente fatal Diarréia sanguinolenta, danos ao int Fator de risco --> associada a baixo nível de proteases pancreáticas (desnutrição e ingestão de inibidores de proteases aumentam a severidade da doença) C. botulinum Anaeróbio estrito, em geral proteolíticos Botulismo --> paralisação dos músculos, flacidez Neurotoxinas --> 7 tipos --> impedem a liberação de acetilcolina dos nervos A, B, E e F são principais para botulismo humano Alimentos --> enlatados; pH > 4,5; sub processamento ou recontaminação Três enfermidades 1) Intoxicação alimentar clássica Toxina pré formada no alimento --> toxina é termolábil, pode-se evitar aquecendo o alimento 2) Botulismo Infantil Ingestão do alimento com esporos (MO) --> produz toxina no intestino da criança Ingestão de mel e de alimentos crus (não pode até 2 anos, não tem microbiota totalmente formada) Colonização do TGI 3) Ferimentos C. difficile Alimento é o veículo, mas só causa doença quando toma antibiótico junto, daí reduz a competição e ele dá problema C. tetani Tétano --> enrijece os músculos Prevenção Redução do nível de contaminação Controle da MP Refrigeração <3°C Acidificação (pH < 4,5 (4,6 FDA)) Uso de nitritos Aw abaixo de 0,9 Altas [ ] de sal Tratamento do botulismo Soro antibotulínico Utilizado em laboratório -- > C. sporogenes (não patogênico, mas deteriorante) Identificação: G+ Catalase - Meio com gema de ovo -- > quebra lecitina (halo) Sulfito redutor --> colônias pretas Hidrólise do amido Liquefação de gelatina Litmus milk (observa-se coagulação e mudança de cor) anaeróbico estrito (C. botulinum) ou facultativo/micro aerófilo (C. perfringens) Esporos termoresistentes Bastonetes Sensíveis a O2 --> meio de cultura deve ter baixa [ ] de O2 ou ausência Sulfito redutor -- > reduz SO2 a H2S, formando colônias pretas Tipos de deterioração 1) TA (Termófilos anaeróbios não sulfito redutores) Crescimento em alta T --> muito resistente ao calor Alimentos enlatados pH >= 4,7 Produção de ácido e gás 2) Gasosa MO sacarolíticos Ferm. butírica com produção de grande qnt de gás e ac butírico Queijos e produtos lácteos 3) Turbulenta do leite C. perfringens Formam coágulos disformes e muito gás Sacarolíticos e proteolíticos Microaerófilos Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Staphylococcus G+ Não Sim Contaminação pela manipulação Pode entrar por cortes na pele S. epidermidis Patógeno hospitalar Resistente à antimicrobianos S. aureus Produzem cápsula Maus competidores --> precisa de vantagem competitiva Temperatura 7 a 48°C pH 4,0 a 9,8Até 20% de NaCl tolera 30% a 40% de açucar inibe Enterotoxina: Produção depende dos FI e FE: T entre 13 e 40°C pH 5,15 a 9,0 Aw mínimo 0,9 (ou 0,86) NaCl até 10% Açúcar até 30% Secretada durante a fase de crescimento Necessita de grande qnt de MO Atua no estômago, causando emese, estimula o centro do vômito Super antígenos --> Resposta imune exarcebada (a própria resposta imune causa os sintomas) Precisa se reproduzir no alimento (se ingerir o MO, não produz a toxina no corpo) Vários tipos de toxina, porém nem todas são eméticas Clássicas --> A, B, C1, C2, C3, D e E --> Kits de Detecção A é a mais presente em surtos Resistente à enzimas digestivas Alimentos envolvidos --> leite (mastítico) e seus derivados, carnes curadas (presunto e salame, devido ao maior teor de sal), em geral, cresce devido à vantagem competitiva, incluindo TT inadequado Prevenção Identificação e eliminação dos pontos de risco Monitorar o sistema: Contagem alta --> deficiência sanitária Contagem baixa --> processo eficiente BPF Estocagem abaixo de 10°C, acima de 45°C Cultivo em meio BP --> colônias negras S. aureus forma 2 halos (um + opaco e outro + translúcido) Identificação: G+ Catalase + Coagulase + ou - Anaeróbico facultativo Não esporulado Forma de cachos Exigem aa e vitaminas do compl B para seu desenvolvimento Mesófilo Habitat --> animais e humanos Comensais e/ou Patogênicos Forma biofilme Consegue sobreviver em menor Aw (0,83 - 0,86) Toleram maior [ ] de sal Toleram maior [ ] de açucar Famílias Coagulase Positiva S. aureus Coagulase Negativa S. epidermidis Coagulase é a enzima de proteção/defesa Importante para legislação (conta só +), porém ambas as famílias produzem toxinas Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Listeria G+ Não Sim Surtos de listeriose em leite pasteurizado (TT inadequado, recontaminação) Listerose Dois tipos Não Invasiva --> causa gastroenterite febril comum, infecção no feto e nasc prematuro Invasiva Fator de risco (grupos: idosos, crianças, imunocomprometidos, gestantes) Coloniza o intestino e invade os tecidos, chegando a outros órgãos como o SNC e causam infecções graves SAFADA --> Mesmo fagocitada pelos macrófagos, consegue se libertar e se multiplicar dentro dos macrófagos e depois saem como se nada tivesse acontecido (DANADA) e contaminam outros tecidos Período longo de incubação --> 2 dias a 6 semanas (Problema na identificação) Dose infectante não estabelecida (Brasil nem tem legislação pro frango) Fatores de virulência Adesão e Invasão --> Hemolisinas Motilidade baseada na actina (se movimenta pelos filamentos dos músculos) Alimentos Queijos maturados --> não cresce, maturação tem fatores que impedem o crescimento Queijos frescos --> cresce essa mierda Refrigeração aumenta o risco Refrigeração + ATM modificada aumenta mais ainda! Deve-se controlar antes de refrigerar, na MP, pois cresce em menor T Isolamento --> Deve-se enriquecer o alimento, pois está presente em menor quantidade Cultivo em ágar seletivo (Oxford) --> Colônias pequenas de aspecto liso Identificação Gram + Catalase + Oxidase - Motilidade ---> forma guarda chuva a 25°C Hemólise na presença de Staphylococcus (sinergismo) Testes bioquímicos rápidos Anaeróbico facultativo Não esporulado Forma de bastonetes pequenos (coco bacilos) Móvel Aw ótima 0,97 T 0 a 42°C pH 6,0 a 8,0 Menos sensível ao calor quando comparado à Salmonella Habitat --> em todo ambiente (ubíqua), alguns são portadores assintomáticos Psicrotrófico --> Se reproduz em T de refrigeração Resistente ao congelamento e secagem Resiste a altas [ ] de sal (10,5 a 30%) Formação de biofilme (pequenas perfurações em aço inox pode contaminar o alimento) Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Salmonella Bastonetes G - Não Sim Salmonella Causa INFECÇÃO, não intoxicação --> consumimos o alimento com o MO que produz toxina no nosso corpo Maioneses caseiras --> ovo cru Principal reservatório --> frango --> tem afinidade pelos órgãos genitais da galinha, que se estiver contaminada com Salmonella também contamina o ovo Por isso não se deve lavar o ovo! Legislação brasileira não tem controle de Salmonella para frangos, a "sorte" é que o frango é cozido, de forma que a Salmonella é destruída com o TT (Legisl. Brasileira proibe qualquer quant de salmonella em qualquer alim exceto para frango q é perimitido um valor) Dose infectatnte baixa --> pequenas quantidades do MO já são capazes de causar doença, dependendo do sorotipo Maioria dos surtos --> contaminação cruzada (usar a mesma tábua de corte, que cortou o frango...) Alimentos mais gordurosos --> uma quantidade de células menor já causa doença --> gordura protege a parede do MO, assim o ácido estomacal e etc não conseguem agir efetivamente Febre Tifóide Salmonella typhi Febre sistêmica causada por água ou alim contaminados; problemas no sist nervoso; raramente causa gastroenterite Período de incubação: 1 semana a 1 mês Sintomas -> anorexia, dor de cabeça e abdominal, febre. Pode causar convulsões, delírios, etc. Infecções gastrointestinais S. enteritidis, S. tryphimurium Período de incubação: 6 a 24 horas Salmonella adere ao int, invade e libera toxinas Sintomas -> dores abdominais, diarréia (as vezes sanguinolenta), vômito e febre. Infecções extra intestinais Sídrome urêmica hemolítica (rins começam a paralisar, pode ser fatal se causar falência dos rins) meningite septecemia pneumonia Veículos de transmissão: Intestino do homem e outros animais Portadores (frangos assintomáticos) ou doentes Água doce ou de estuários contaminados Alimentos -> carnes e derivados; leite e derivados; ovos; frutos do mar; saladas; chocolate Leite em pó em Tamb --> recontaminação Pode sobreviver por longo tempo em chocolate, diminuindo a atividade metabólica Medidas de controle Controle da diseminação entre animais (ex: transporte de frango) Eliminar/reduzir presença de portadores no local de manipulação Evitar ovos crus Evitar contaminação cruzada Ermazenar em T< 5ºC ou T> 65ºC Higiene pessoal Sanificação de equipamentos e utensílios Isolamento/Enriquecimento Meios enriquecidos! --> Já que o MO é presente em menor quantidade no alimento e o meio irá favorecer seu crescimento... Cultivo Meios de cultura --> XLD, SS, cromogênicos Identificação Salmonella -> Gram - Oxidase - Glicose + Lactose - --> forma de diferenciar Salmonella de E. coli, já que crescem muito parecido H2S + (sulfito redutores) Anaeróbico facultativo Não esporulado Fermentam Glicose Deteriorantes/patogênicos Contaminação --> ciclo fecal/oral Reservatório --> intestino de animais Também estão presentes no ambiente Maioria dos sorotipos é móvel por flagelo Salmonella Móveis Mesófila --> Sobrevive em Temp. 5 a 47ºC (refrigeração consegue inibir, em 5°C demora muito para se desenvolver) Aw entre 0,94 e 0,99 Não cresce em Aw <0,93 MAS SOBREVIVE pH 3,8 a 9,5 Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação E. coli Bastonetes G - Não Sim Maioria são comensais (não causam doenças) Porém existem 5 tipos diarreiogênicos --> existem diferentes surtos por existirem diferentes genes nesses MO --> porém, pela evolução, pode ser que o gene de um passe para outra, podendo existir cepas que produzam mais de um tipo de toxina 1) Enterotoxigênica(ETEC) Fatores de virulência = toxinas Causa gastroenterite normal (diarréia aquosa, dores abdominais, náuseas...) Período de incubação de 8 a 48 horas Dose infectante alta (precis de mais células para doença) Toxina termolábil --> se liga a adenilato ciclase, causando o acúmulo de AMPc no intestino; esta maior [ ] de AMPc causa a perda de eletrólitos e a perda de H2O (distúrbio na homeostase da água), o que caracteriza a diarréia Toxina termoestável --> similar ao AMPc, mas ocorre acúmulo de GMPc já que se liga a guanilato ciclase 2) Enteroinvasiva (EIEC) MO invade a célula e destrói o epitélio intestinal Diarréia aquosa ou sepse ou desinteria bacilar (mais severo, pois o MO pode ir para o SNC) 3) Enteroagregativa (EAEC) MO agregam nas microvilosidades --> "parede de tijolo" Deformam as microvilosidade, produzindo muco e toxinas Aumentam a [ ] de AMPc --> diarréia persistente 4) Enteropatogênica Mais branda que as demais Adere ao intestino na forma de pedestal, causando deformação das microvilosidades --> diminuem a absorção de nutrientes Maior [ ] de nutrientes no lúme --> Libera H2O --> Diarréia Fator de virulência --> fímbria e proteína TIR (adesão ao epitélio) 5) Enterohemorrágica (EHEC) Fatores de virulência --> Toxinas de Shiga E. coli O 157:H7 --> Causa a paralisia dos rins --> Síndrome urêmica hemolítica Principal reservatório --> carne bovina Big Six --> existem outros tipos enterohemorrágicos (70-75% dos casos) Para a identificação do MO que provocou a doença, deve-se identificar qual(is) gene(s) produziu qual(is) das 2 toxinas de Shiga: O 157:H7 possui os dois genes --> produz as duas toxinas de Shiga os outros sorotipos possuem um gene ou outro, então produzem uma toxina Isolamento Não precisa de enriquecimento! Coloca-se o alimento direto na placa Cultivo Meios de cultura --> XLD, SS, cromogênicos Identificação Gram - Oxidase - Glicose + Lactose + --> forma de diferenciar da Salmonella, já que crescem muito parecido No teste NMP, os tubos para E. coli são + (produção de gás) H2S + (sulfito redutores) Motilidade Anaeróbico facultativo Não esporulado Fermentam Glicose e Lactose com produção de gás Maioria é móvel Habitat --> int de animais e humanos Ambiente --> alimento Possuem cápsula Antígenos --> O, H e K --> patogenicidade T multiplicação 8 a 45,5°C T ótima 30 a 42°C Sobrevivem a T de refrigeração (3 a 7°C) Aw 0,95 pH próximo da neutralidade Se os outros fatores estão ótimos --> pode sobreviver em pH 2,0 por 2h e em pH 3,5 por meses Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Shigella Bastonetes G - Não Sim Doença relacionada a falta de saneamento e higiene Shigelose Dose infectante baixa (10 a 200 células) Sintomas: febre, dores abdominais, vômito, diarreia (fezes com pus, snague e muco) Complicação: Síndrome de Reiters --> começa a causa artrite Toxina de Shiga (citotóxica) --> ataca mais os rins e também o instestino, inibe a síntese proteica dentro da célula, problema no transporte de eletrólitos (liberação de fuidos), destruição da célula epitelial Invasão celular por proteínas Isolamento é difícil em alimento Isolamento de material clínico (feses no início da infecção) Isolamento é semelhante à Salmonella e testes bioquímicos são semelhantes à E. coli Identificação Gram - Lactose - Não esporulado T cresc 10 a 48°C Aw 0,95 pH de 5 a 8 Sensível ao calor Sobrevive a refrigeração, congelamento e 5% de NaCl Resiste em frutas e vegetais Não é tão persistente no ambiente quando Salmonella e E. coli Como a prevalência no ambiente é menor, uma menor dose infectante já causa doença Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Yersinia Bastonetes G - Não Sim Yersinia enterocolitica Grupo de risco II (doença não é grave mas o período em que tem se tem a doença é severo) Fatores de virulência: Adere, invade e coloniza Enterotoxina Yst: causa diarreia Alimentos: tortas, carnes bovinas e suínas, frutos do mar... Dose infectante relativamente alta Perído de incubação longo (1 a 11 dias) Sintomas: dores abdominais, diarreia aguda e febre (similar à apencite), infecção sistêmica e pode ocorrer diarreia sanguinolenta. Não esporulado Psicrotrófica (-2 a 45ºC) Anaeróbia facultativa (risco em embalagens com atmosfera à vácuo e em refrigeração) Não resiste à pasteurização Cresce em pH de 4,5 a 9 É inibida em 7% de NaCl Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Vibrio Bastonetes G - Não Sim Vibrio cholerae Cólera --> relacionada à falta de saneamento básico Período de incubação: 12h a 5 dias Transmissão por ingestão de água, alimentos contaminados e mal cozidos, ou pelo contato com ambiente aquático Características antigênicas: antígeno O (sorotipo O1 é a maior preocupação) Biotipos: Clássico (sensível à polimixina) e El Tor Patogenicidade do sorotipo O1: diarreia aquosa profunda (água de arroz), náuseas, vômitos, morte por desidratação grave Intestino é bem destruído, veia saltada na barriga Fatores de virulência: flagelo (anda entre os tecidos), degrada vários tipos de proteínas, destruição do intestino, toxina colérica e toxina colérica acessória (Ace) Tratamento -> hidratção oral ou endoversa e antibiótico terapia com (tetraciclina) V. parahaemolyticus Gastroenterite comum e produz hemolisina (principal fator de virulência) período de incubação de 15 a 96 h Usa ágar TCBS, que possui bile e muito sal. Meio esverdeado, fica amarelo com o vibrio Habitat: ambiente aquático e moluscos (são filtrantes) Não esporulado Flagelados O vibrio sobrevive bem com sal (água salgada) Microrganismo Características gerais Deteriorante? Patogênico? Patogenicidade Como evitar / reduzir? Identificação Campylobacter Bastonetes G - Não Sim MO adere e invade causando inflamação com formação de muco Sintomas -> diarréia aquosa profusa (Abundante), cólicas abdominais, febre Dura de 2 a 7 dias Dose infectante pequena Baixa letalidade Fatores de virulência Proteínas de adesão e invasão lipooligossacarídeo (LOS) são parecidos com gangliosídeos, com isso, quando o sistema imune ataca a bactéria ele acaba atacando as bainhas de mielina, causando assim a Síndrome de Guillain- Barré Proteína que induz resposta inflamatória Flagelos -> auxilia na invasão enterotoxina VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO Produtos de origem animal (leite cru) Carne de frango cru ou mal cozida Água contaminada Contaminação cruzada Enriquecimento Meios de cultura com uso de antibióticos (+ SELETIVO) Microaerófilo Formato de vírgula (espirilo) Flagelados Possui cápsula Cresce melhor a 42ºC Muito presente em frango nos órgãos reprodutivos Infecção pela ingestão de água e alim contaminados Microrganismo Características gerais Indicadores Pode ser indicador higiênico (ambiente) ou sanitário (patógeno, inocuidade, fecal) Principal indicador: coliformes O custo de analisar todos os MO patógenos é alto e é difícil identificar. O indicador indica a possível presença do patógeno (pode ser que tenha o indicador e não o patógeno, ou pode ter o patógeno, mas não ter o indicador) Características desejáveis do indicador: fácil manuseio e crescimento, deve crescer no alimento de forma parecida com o patógeno, deve sobreviver mais no alimento que o patógeno, não ser paogênico, deve ter elevada concentração nas fezes, deve ser detectado mesmo na presença de muitosoutros MO, deve ser bom competidor... 1) Coliformes totais Bastonetes G-, não formadores de esporos, anaeróbios facultativos, T de crescimento 35°C fermentam a lactose com produção de gás --> NMP Grupos: E. coli (exclusivamente fecal), Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter (os 3 últimos são mais relacionados à ambiental) 2) Coliformes termotolerantes Diferença: T de crescimento 45°C, aó E. coli cresce (excluimos os outros gêneros e fica só a E. coli) Fermentam a lactose e produzem gás E. coli pode ficar em equipamentos, formar biofilmes e contaminar alimentos (E. coli pode também ser indicador higiênico-sanitpario) NMP da água VB - coliformes totais EC - coliformes termotolerantes 3) Contagem padrão a) Mesófilos: 35 °C, alimentos em geral, 48h São mais indicadores higiênicos, em [ ] muito elevada pode ser indicador de patógeno (sanitário). Limitações: não consegue avaliar qualidade sensorial. b) Psicrotróficos: 7 °C, alimentos refrigerados, 10 dias c) Termófilos: 50 °C, alimentos com TT (incluindo enlatados), 24h 4) Contagem de bolores e leveduras Alimentos: cereais ou de baixa aw Possível presença de micotoxinas Usa o meio PDA acidificado, para evitar o crescimento de bactérias Microrganismo Características gerais Microbiologia de água Qualidade da água afeta a qualidade do alimento processado Leis PORTARIA MS 2914 (2011) -> Regula a qualidade da água para consumo humano, proveniente de abastecimento RDC 275 (2005) -> Regulamento para água natural engarrafada (mineral ou não) Parâmetros -> E. Coli ou coliformes termotolerantes; Enterococcus; Pseudomonas; Clostridium sulfito redutor -> Meios diferentes porém análise é a mesma (NMP) Plano de amostragem Avaliar a existência de patógenos ou deteriorantes São planos de ACEITAÇÃO/REJEIÇÃO de amostras --> não substituem uma sistemática de inspeção na linha Não é possível informar a qualidade do lote inteiro --> para ter certeza, deveria-se analisar o lote inteiro, o que é inviável Amostra indicativa (quantidade de amostras é menor do que o n previsto na legislação). Amostra representativa é o valor de n desscrito na lesgislação (número de amostras a serem analisadas) Tipos de plano de amostragem Plano de 2 classes NÃO TEM INTERVALO, APENAS ACEITA (-) OU REJEITA (+) Plano de 3 classes Verifica se o produto atende, não atende ou se está intermediário, dentro de um intervalo. Produto provisóriamente aceito --> aquele que fica em uma posição intermediária entre os valores de m e M Produto aceito --> atende a todas as especificações Rejeitado --> Não atende as especificações (possui mais amostras entre m e M do que o c permitido; se uma das amostras já ultrapassa o valor de M...) Conceitos m -> Limite inferior aceitável; valores abaixo desse limite são desejáveis M -> Limite superior aceitável (Máximo) n -> Nº de quantidade de amostras c -> Nº de amostra que pode ter entre os dois limites --> em geral, 5 amostras (para produtos infantis deve-se aumentar o numero de amostras analisadas, pois o risco é maior) Exemplo --> Salmonella tem c = 0; n = 5; M = - e m = Ausente Exemplo --> n = 5; c =3 ; m = 5000; M = 10000 --> Se houver até 3 amostras entre m e M o lote é provisoriamente aceito, se houver mais que 3 (ou se alguma delas já passar o valor de M), o lote inteiro é descartado Quando o produto é provisoriamente aceito, o que fazer? --> Anailsar as condições de armazenamento! 1) Manter --> se o MO reduzir no armaz. pode liberar o lote 2) Manter, mas alterar o prazo de validade --> se a quantidade de MO não se alterar no alimento. Exemplo: Doces, em que a Aw é menor, coliformes sobrevivem mas não crescem 3) Descartar --> se o MO aumentar durante o armaz. deve-se descartar o lote inteiro Exemplo: queijo minas frescal, em que não se pode confiar na cadeia do frio Legislação RDC 12, 02/01/01 --> estabelece os padrões MO dos alimentos prontos para consumo ou que serão preparados para consumo MAPA --> regula a MP RDC 07 --> para micotoxinas
Compartilhar