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Dia de infecção Tr ip a n o ss o m a s (l og io ) p o r m L de s a n gu 1 0 15 370 Parte V - - IMUNIDADE NA DEFESA E DOENÇA FIG. 15-7 Variação antigênica nos tripanossomas um camundongo infectado experimentalmente corr único clone de Trypanosoma rhodesiense, a contager parasitas no sangue mostra flutuações cíclicas. Cada 1 ação é devida a uma nova variante antigênica do par (identificada como variantes A, B e C) que expressa nova glicoproteína de superfície variável (VSG, o antí( imunodominante do parasita) e cada declínio é o resul de uma resposta de anticorpo específica para aguei; riante. (Cortesia do Dr. John Mansfield, University of consin, Madison.) larvas dos esquistossomas, que migram para os pulmões dos animais infectados e durante essa migração desen- volvem um tegumento que é resistente ao dano pelo com- plemento e pelos CTLs. As bases bioquímicas dessa alte- ração não são conhecidas. o Os parasitas protozoários podem se esconder do sistema imunológico vivendo dentro das células do hospedeiro ou desenvolvendo cistos que são resistentes aos efetores imu- nológicos. Alguns parasitas helmínticos residem nos lu- mens intestinais e são protegidos dos mecanismos imu- nológicos efetores mediados por células. Os parasitas po- dem também expelir suas coberturas antigênicas, quer espontaneamente, quer após ligação com anticorpos es- pecíficos. A expulsão dos antígenos torna o parasita resis- tente ao subseqüente ataque mediado pelo anticorpo. o Os parasitas inibem as respostas imunológicas do hospe- deiro por múltiplos mecanismos. A anergia das células T aos antígenos parasitários foi observada na esquistosso- míase grave envolvendo o fígado e o baço e nas infecções por filaria. Os mecanismos da ausência de resposta imu- nológica nessas infecções não são bem compreendidos. Na filaríase linfática, a infecção dos linfonodos com desor- ganização subseqüente da arquitetura pode contribuir para uma imunidade deficiente. Alguns parasitas, como Leish- mania, estimulam o desenvolvimento de células T regula- doras CD25', as quais suprimem a resposta imunológica o suficiente para possibilitar a persistência dos parasitas. Um grau maior de imunossupressão não-específica e genera- lizada é observado na malária e na tripanossomíase afri- cana. Esta imunodeficiência foi atribuída à produção de citocinas imunossupressoras pelos macrófagos ativados e pelas células T e a defeitos na ativação das células T. As implicações mundiais das infestações parasitárias para a saúde e o desenvolvimento econômico são bem estimadas. Tentativas de desenvolver vacinas efetivas contra essas infec- ções têm sido perseguidas ativamente por muitos anos. Em- bora o progresso venha sendo mais lento do que se poderia esperar, a elucidação dos mecanismos fundamentais das res- postas imunológicas aos parasitas e da evasão imunológica por parasitas representa uma promessa para o futuro. ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE VACINAS O nascimento da imunologia como uma ciência data da cinação bem-sucedida por Edward Jenner contra a var em 1796. A importância da imunização profilática coi doenças infecciosas é mais bem ilustrada pelo fato de programas de vacinação no mundo levaram a uma err cação completa ou quase completa de muitas dessas dc ças nos países desenvolvidos (Cap. 1, Tabela 1-1). O sucesso da imunização ativa na erradicação de dc ças infecciosas depende de numerosos fatores: O Vacinas são eficazes se o agente infeccioso não estab cer latência, se ele não sofrer muita ou nenhuma varia antigênica, e se ele não interferir com a resposta imu lógica do hospedeiro. É difícil vacinar eficazmente co : micróbios como o HIV, que estabelece infecção laten altamente variável, e incapacita componentes- chavi sistema imunológico. o Vacinas são mais eficazes contra infecções que são li tadas a hospedeiros humanos e que não têm reservatd animais. As vacinas induzem proteção contra infecções estimu do o desenvolvimento de células efetoras e células de moda de vida longa. A maioria das vacinas em uso rotin hoje em dia atua induzindo a imunidade humoral, e e: em andamento tentativas de estimular, pela vacinação respostas imunológicas mediadas por células. Na seção seguinte, resumiremos as abordagens para a cinação que estão sendo estudadas (Tabela 15-6) e suas p cipais vantagens e limitações. Vacinas Bacterianas e Virais Atenuadas e Inativadas As vacinas compostas de microrganismos não -patogên intactos são feitas pelo tratamento do microrganism( modo que ele não possa mais causar doença (i.e., sua 1, lência é atenuada) ou destruindo o microrganismo mas servando sua imunogenicidade. A grande vantagem da: Capítulo 15 — IMUNIDADE AOS MICRORGANISMOS I 371 Tabela 15 -6. Estratégias de Vacinação Tipo de vacina Exemplos Bactérias vivas atenuadas ou mortas BCG, cólera Vírus atenuados vivos Pólio, raiva Vacinas Vacinas (antígenos) de subunidades Toxóide tetânico, toxóide diftérico conjugadas Haemophilus influenzae, pneumococo Vacinas sintéticas Hepatite (proteínas recombinantes) Vetores virais Experiências clínicas de antígenos HIV em vetor canaripox Vacinas de DNA Experiências clínicas em andamento para várias infecções Abreviações: BCG, bacilo de Calmette-Guérin; HIV, vírus da imunodeficiência humana. tinas microbianas atenuadas é que elas desencadeiam todas as respostas imunológicas naturais e adquiridas (tanto me- diadas por célula quanto humoral) que o microrganismo patogênico desencadearia, e elas são, portanto, a maneira ideal de induzir imunidade protetora. Louis Pasteur foi o primeiro a demonstrar que bactérias vivas, atenuadas, po- diam conferir imunidade específica. As vacinas bacterianas atenuadas ou mortas em uso hoje em dia normalmente in- duzem uma proteção limitada e são eficazes apenas por cur- tos períodos. As vacinas virais vivas, atenuadas, são geral- mente mais efetivas; pólio, sarampo e febre amarela são três bons exemplos. A abordagem usada mais freqüentemente para a produção de tais vírus atenuados é a passagem repe- tida em culturas celulares. Mais recentemente, começaram a ser gerados mutantes sensíveis à temperatura e por dele- ção, com o mesmo objetivo em mente. As vacinas virais fre- qüentemente induzem imunidade específica de longa du- ração, de modo que a imunização das crianças é suficiente para a proteção por toda a vida. Algumas vacinas de vírus atenuados (p.ex., pólio) podem causar doença em hospedei- ros imunocomprometidos, e por esta razão vacinas de po- liovirus inativados são agora comumente usadas. Vacinas de Antígeno Purificado (Subunidade) As vacinas de subunidades são compostas de antígenos pu- rificados de microrganismos ou toxinas inativadas e são nor- malmente administradas com um adjuvante. Um uso eficaz para os antígenos purificados como vacina é para a preven- ção de doenças causadas por toxinas bacterianas. As toxinas podem se tornar inócuas sem a perda da imunogenicidade, e tais "toxóides" induzem fortes respostas de anticorpos. A difteria e o tétano são duas infecções cujas conseqüências perigosas para a vida foram em grande parte controladas de- tido à imunização de crianças com preparações de toxóides. As vacinas compostas de antígenos polissacarídicos bacte- rianos são usadas contra Pneumococcus e H. influenzae. Como os polissacarídeos são antígenos T-independentes, eles ten- dem a evocar respostas de anticorpos de baixa afinidade, e podem ser muito pouco imunogênicos em lactentes (que não edificam respostas fortes de anticorpos independentes das células T). Respostas de anticorpos de alta afinidade podem ser geradas contra antígenos polissacarídicos mesmo em crianças, acoplando-os a proteínaspara formar vacinas con- jugadas. Tais vacinas agem como conjugados hapteno-car- readores e são uma excelente aplicação prática do princípio da cooperação celular T-B (Cap. 10). As vacinas de H. influen- zae, pneumocócica e meningocócica atualmente usadas são vacinas conjugadas. As vacinas com proteínas purificadas estimulam as células T auxiliares e as respostas de anticor- pos, mas não geram CTLs potentes. A razão para o mau de- senvolvimento do CTL é que as proteínas exógenas (e os pep- tídeos) são ineficazes na entrada da via de apresentação de antígenos pelo MHC classe I e não podem deslocar rapida- mente os peptídeos das moléculas classe I de superfície. Como resultado, as vacinas protéicas não são reconhecidas eficientemente pelas células T CD8+ restritas à classe I. Vacinas com Antígenos Sintéticos O objetivo atual da pesquisa com vacinas é identificar os an- tígenos ou epitopos antigênicos microbianos mais imuno- gênicos para sintetizá-los no laboratório e usar os antígenos sintéticos como vacinas. É possível deduzir as seqüências protéicas de antígenos microbianos de dados da seqüência de nucleotídeos e preparar grandes quantidades de proteí- nas por tecnologia do DNA recombinante. As vacinas feitas com antígenos derivados de DNA recombinante estão atu- almente em uso para o vírus da hepatite, o vírus do herpes simples e o vírus da febre aftosa (o principal patógeno para os animais de criação) e estão sendo testadas para o vírus do papiloma humano e rotavírus. Vetores Virais Vivos Outra abordagem para o desenvolvimento de vacinas é intro- duzir genes que codificam antígenos microbianos em um ví- rus não-citopático e infectar indivíduos com este vírus. Assim, o vírus serve como uma fonte de antígeno em um indivíduo inoculado. A grande vantagem dos vetores virais é que, como outros vírus vivos, eles induzem o complemento integral das respostas imunológicas, incluindo fortes respostas de CTLs. Essa técnica tem sido usada mais comumente com os vetores do vírus da vacínia. A inoculação de tais vírus recombinantes em muitas espécies de animais induz ambas as imunidades, humoral e mediada por células, contra o antígeno produzido pelo gene estranho (e, logicamente, também contra os antí- genos do vírus da vacínia). Um problema potencial que ocor- re com os vetores virais é que os vírus podem infectar várias células do hospedeiro e, embora eles não sejam patogênicos, podem produzir antígenos que estimulam as respostas de CTLs que destroem as células infectadas do hospedeiro. Essas e outras preocupações quanto à segurança limitaram o uso propagado dos vetores virais para a fabricação de vacinas. Vacinas de DNA Um método de vacinação interessante foi desenvolvido com base em uma observação inesperada. A inoculação de um 372 Parte V — IMUNIDADE NA DEFESA E DOENÇA plasmídeo contendo DNA complementar (DNAc) que codi- fica um antígeno protéico leva a respostas imunológicas hu- morais e mediadas por células fortes e duradouras contra o antígeno. É provável que APCs, tais como as células dendrí- ticas, sejam transfectadas pelo plasmídeo e o DNAc seja transcrito e traduzido em proteína imunogênica que desen- cadeie respostas específicas. A característica peculiar das vacinas de DNA é que elas proporcionam uma abordagem única, além dos vírus vivos, para desencadear fortes respos- tas de CTLs, porque as proteínas codificadas pelo DNA são sintetizadas no citosol das células transfectadas. Além disso, plasmídeos bacterianos são ricos em nucleotídeos CpG não- mediados e são reconhecidos por um receptor semelhante ao Toll (TLR9) nos macrófagos e em outras células, desen- cadeando, portanto, uma resposta imunológica natural que acentua a imunidade adquirida (Cap. 2). Portanto, as vaci- nas de DNA de plasmídeo são efetivas mesmo quando são administradas sem adjuvantes. A facilidade de manipulação dos DNAc para expressar muitos antígenos diferentes, a ca- pacidade de armazenar DNA sem refrigeração para uso no campo e a capacidade de co-expressar outras proteínas que podem acentuar as respostas imunológicas (tais como cito- cinas e co-estimuladores) torna essa técnica promissora. Entretanto, as vacinas de DNA não foram efetivas como es- perado nos ensaios clínicos, e os fatores que determinam a eficácia das vacinas de DNA, especialmente no homem, ain- da não estão completamente definidos. Adjuvantes e Imunomoduladores A iniciação das respostas imunológicas dependentes das cé- lulas T contra antígenos protéicos requer que os antígenos sejam administrados com adjuvantes. A maioria dos adju- vantes desencadeia respostas imunológicas naturais, com expressão aumentada de co-estimuladores e produção de citocinas, tais como a IL-12, que estimulam o crescimento da célula T e a sua diferenciação. Bactérias mortas pelo calor são adjuvantes potentes comumente usados em animais ex- perimentais. Entretanto, a inflamação local grave que tais adjuvantes desencadeiam exclui seu uso em seres humanos. Muitos esforços têm sido empreendidos atualmente para desenvolver adjuvantes seguros e eficazes para uso no ho- mem. Vários estão na prática clínica, incluindo o gel de hi- dróxido de alumínio (o qual parece promover respostas de células B) e formulações de lipídeos que são ingeridas pelos fagócitos. Uma alternativa para os adjuvantes é administrar substâncias naturais que estimulam as respostas de células T junto com os antígenos. Por exemplo, a IL-12 incorporada nas vacinas promove uma forte imunidade mediada por cé- lulas e está sendo testada em ensaios clínicos preliminares. Como mencionado, o DNA do plasmídeo possui atividades intrínsecas semelhantes aos adjuvantes e é possível inserir co-estimuladores (p.ex., moléculas B7) ou citocinas dentro das vacinas de DNA plasmidial. Imunização Passiva A imunidade protetora pode também ser conferida pela imu- nização passiva, p.ex., pela transferência de anticorpos es- pecíficos. Na situação clínica, a imunização passiva é mais comumente utilizada para o tratamento rápido de doenças potencialmente fatais causadas por toxinas, tais como o té- tano, e para proteção contra raiva e hepatite. Os anticorpos contra o veneno de cobra podem ser um tratamento salva- dor da vida para mordidas de cobras venenosas. A imunida- de passiva é de vida curta porque o hospedeiro não respon- de à imunização e a proteção dura apenas o tempo que os anticorpos injetados persistem. Além disso, a imunização passiva não induz memória, de modo que o indivíduo imu- nizado não está protegido contra a exposição subseqüente a toxinas ou microrganismos. RESUMO • A interação do sistema imunológico com organismos infecciosos é um jogo dinâmico dos mecanismos do hospedeiro visando a eliminar as infecções e as estra- tégias microbianas projetadas para permitir a sobrevi- vência em face dos poderosos mecanismos de defesa. Diferentes tipos de agentes infecciosos estimulam ti- pos distintos de respostas imunológicas e desenvolve- ram mecanismos ímpares para escapar da imunidade. Em algumas infecções, a resposta imunológica é a cau- sa da lesão tecidual e da doença. • A imunidade natural contra as bactérias extracelulares é mediada pelos fagócitos e pelo sistema do comple- mento (as vias alternativa e de lectina). • A principal resposta imunológica adquirida contra bac- térias extracelulares consiste em anticorpos específicos que opsonizam as bactérias para a fagocitose e ativam o sistema do complemento. As toxinas produzidas por tais bactérias também são neutralizadas por anticor- pos específicos. Algumas toxinas bacterianas são in- dutoras potentes de produção de citocina, e as citoci- nas respondem pela maior parte da doença sistêmica associada a infecções graves, disseminadas por esses microrganismos. • A imunidade natural contra bactérias intracelularesé mediada principalmente pelos macrófagos. Entretanto, as bactérias intracelulares são capazes de sobreviver e se replicar dentro das células do hospedeiro, incluindo os fagócitos, porque elas desenvolveram mecanismos para resistir à degradação dentro dos fagócitos. • A imunidade adquirida contra as bactérias intracelu- lares é principalmente mediada por células e consiste na ativação de macrófagos por células T CD4+ (como na DTH), bem como na destruição de células infecta- das pelos CTLs CD8*. A resposta patológica caracterís- tica à infecção por bactérias intracelulares é a inflama- ção granulomatosa. • As respostas protetoras aos fungos consistem princi- palmente em imunidade natural, mediada por neutró- filos e macrófagos, e imunidade adquirida, mediada por células e humoral. Os fungos são, em geral, ime- diatamente eliminados pelos fagócitos e por um siste- ma imunológico competente, razão pela qual as infec- Capítulo 15 — IMUNIDADE AOS MICRORGANISMOS 1 373 ções fúngicas disseminadas são vistas principalmente em pessoas imunodeficientes. • A imunidade natural contra vírus é mediada por IFNs tipo I e células NK. Os anticorpos neutralizantes prote- gem contra a entrada dos vírus nas células no início do curso da infecção, e, mais tarde, se os vírus forem libe- rados das células infectadas mortas. O principal meca- nismo de defesa contra a infecção estabelecida é a mor- te das células infectadas mediada por CTL. Os CTLs po- dem contribuir para a lesão tecidual mesmo quando o vírus infeccioso não é perigoso por si só. Os vírus esca- pam das respostas imunológicas por meio da variação antigênica, da inibição da apresentação de antígeno e da produção de moléculas imunossupressoras. • Os parasitas, tais como protozoários e helmintos, dão origem a infecções crônicas e persistentes porque a imunidade natural contra eles é fraca e os parasitas desenvolveram múltiplos mecanismos para escapar e resistir à imunidade específica. A diversidade estrutu- ral e antigênica dos parasitas patogênicos é refletida na heterogeneidade das respostas imunológicas ad- quiridas que eles desencadeiam. Os protozoários que vivem dentro das células do hospedeiro são destruídos pela imunidade mediada por células, enquanto os hel- mintos são eliminados por anticorpos IgE e destruição mediada por eosinófilos e por outros leucócitos. Os parasitas escapam do sistema imunológico pela varia- ção dos seus antígenos durante a residência nos hos- pedeiros vertebrados, pela aquisição de resistência aos mecanismos imunológicos efetores e pelo mascara- mento e expulsão dos seus antígenos de superfície. Leituras Sugeridas Baker MD, KR Achary. Superantigens: structure-function relation- ships. International Journal of Medical Microbiology 293:529-537, 2004. urton DR. Antibodies, viruses and vaccines. Nature Reviews Im- munology 2:706-713, 2002. anova J-L, L Abel. The human model: a genetic dissection of im- munity to infection in natural conditions. Nature Reviews Immu- nology 4:55-66, 2004. herty PC, JP Christensen. Accessing complexity: the dynamics of virus-specific T cell responses. Annual Review of Immunolo- gy18:561-592, 2000. Donnelly JJ, B Wahren, MA Liu. DNA vaccines: progress and chal- lenges. Joumal of Immunology 175:633-639, 2005. ay BB, G McFadden. 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