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Artigo 248 – Induzimento a fuga, entrega arbitraria ou sonegação de incapazes. Objetividade Jurídica: Proteger Os direitos decorrentes do poder familiar, da tutela ou da curatela. Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusive os pais se destituídos ou temporariamente privados do poder familiar, da tutela ou da curatela. Sujeito passivo: Os titulares do poder familiar, da tutela ou da curatela, bem como o menor ou o interdito. Elemento subjetivo: O dolo, consistente na vontade livre e consciente de induzir, confiar ou deixar de entregar – dolo genérico. Inexiste forma culposa. Consumação e Tentativa: consuma-se com a fuga, ou seja, com o afastamento do menor ou do interdito, contra a vontade expressa ou tácita do responsável; no caso da entrega arbitraria, consuma-se o delito assim que o menor ou o interdito for confiado a terceiro, isto é, quando passou para o seu poder e na sonegação Consuma-se com a sonegação, ou seja, quando está caracterizada a retenção do incapaz. A tentativa não é admissível no caso de sonegação de incapaz, mas é admissível no caso de entrega arbitraria e induzimento a fuga. Ação Penal: Ação Penal Publica Incondicionada. Considerações gerais: A pena é alternativa, podendo ser detenção de um mês á um ano, ou multa. É cabível suspensão condicional do processo. Artigo 249 – Subtração de incapazes Objetividade jurídica: Proteger a guarda de menores ou de interditos. Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusive os pais se destituídos ou temporariamente privados do poder familiar, da tutela ou da curatela. Sujeito passivo: Os titulares do poder familiar, da tutela ou da curatela, bem como o menor ou o interdito. Elemento subjetivo: O dolo, consistente na vontade livre e consciente de induzir, confiar ou deixar de entregar – dolo genérico. Inexiste forma culposa. Consumação e tentativa: Acontece com a efetiva subtração à guarda do responsável. A tentativa é admissível. Ação Penal: Ação Publica Incondicionada. Considerações gerais: É cabível o perdão judicial (§ 2º), no caso de restituição voluntária ou espontânea do menor ou interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações. (Causa de extinção da punibilidade, conforme art.107, IX, CP). Artigo 250 - Incêndio Objetividade jurídica: proteger a incolumidade pública (a segurança e a tranquilidade de um número indeterminado de pessoas) Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: a coletividade e também a pessoa que é ameaçada por tal conduta Elemento subjetivo: o dolo. A modalidade culposa está prevista no §2º do artigo 250, do CP Consumação e tentativa: consuma- se com o estabelecimento da situação de perigo comum. É cabível a tentativa. Ação Penal: Ação Publica Incondicionada. Considerações gerais: Formas qualificadas - As penas aumentam-se de um terço: I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio; II - se o incêndio é: a) em casa habitada ou destinada à habitação; b) em edifício público ou destinado ao uso público ou à obra de assistência social ou de cultura; c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo; d) em estação ferroviária ou aeródromo; e) em estaleiro, fábrica ou oficina; f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável; g) em poço petrolífero ou galeria de mineração; h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. Artigo 251- Explosão Objetividade jurídica: defender a incolumidade pública Sujeito ativo: qualquer pessoa Sujeito passivo: a coletividade e todos aqueles ameaçados pela explosão, arremesso ou colocação de dinamite ou substância de efeitos análogos. Elemento subjetivo: o dolo de perigo. A Modalidade culposa está prevista no §3º do artigo 251 CP. Consumação e tentativa: consuma-se com a explosão, o arremesso ou a colocação do engenho, instalando-se uma situação de perigo comum. A tentativa é cabível nas duas primeiras modalidades. Ação Penal: Ação Publica Incondicionada. Considerações gerais: Formas qualificadas - Se da explosão resulta lesão grave, aumenta-se a pena de metade, ou o dobro, no caso de morte (artigo 258 CP, 1ª parte).
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