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1 ENGENHARIA ELÉTRICA Instrumentos de testes e medidas para fibra óptica Adriano da Costa Silveira 140459 Felipe Meyer Escher 163405 Guilherme Katsumi Mishima 131876 Jefferson Galindo de Melo 151597 Vinicius Gonzaga Silva 121570 Professor: Henri Castelli Data da apresentação: 10/04/18 Data de entrega: 13/04/18 Sorocaba/SP 2 Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................... 3 2. Desenvolvimento ................................................................................................................. 4 2.1 Caneta Identificadora de Falhas ....................................................................................... 4 2.2 Power Meter e Power Source ........................................................................................... 5 2.3 OTDR ............................................................................................................................... 5 2.4 Máquina de Fusão ............................................................................................................ 6 3. Conclusão ........................................................................................................................... 7 4. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 8 3 1. Introdução As primeiras teorias, conceitos e trabalhos relacionados aos fenômenos de transmissão da luz e sua dispersão começou em 1870, quando o físico inglês Jonh Tyndall provou para um determinado público de estudiosos que a luz não era algo “indobrável”, ou seja, retilínea e constante, como até então se imaginava na época. John quebrou um paradigma ao demonstrar o princípio de guiamento de luz, através de uma experiência muito simples: com uma lanterna dentro de um recipiente opaco furado e com água, ele provou que a luz podia, sim, fazer curvas. O experimento e suas teorias envolvidas na época de nada serviram, e só voltou a aparecer 100 anos depois. Foi quando o físico Narinder Singh Kapany começou a estudar, em seu doutorado em ótica, sobre as singularidades da reflexão total interna. Ele buscava um material que tivesse o menor índice de refração para, assim, conseguir algo que funcionasse como um espelho. Quanto maior a diferença entre os índices de refração, menor o ângulo limite, portanto, toda luz que entrasse seria refletida em todas direções possíveis. Mas ele precisava de alguma forma, manter a luz dentro desse material, para que ela só saísse na outra extremidade, independente do formato do tubo. Então a luz agiria da mesma forma sempre, com milhares de reflexões sucessivas. Pronto, estava formulada a teoria que resultaria no que conhecemos hoje de internet. Com as fibras de vidro, que já vinham sendo usadas como isolante térmico desde o século XVIII, e os outros materiais readaptados até chegar nas dimensões de um fio de cabelo e no estágio perfeito, Narander Kapany cunhou a expressão fibra óptica e patenteou a invenção. Mas ele só enxergava sua criação com utilidade para o campo da medicina. Foi então que o físico chinês Charles Kao, em 1966, teve a ideia de usar as fibras ópticas para a transmissão de dados, sendo que ele conseguiu provar que os recém- inventados cabos de fibras ópticas, embora muito menores que os cabos convencionais, tinham uma capacidade enorme de transmitir dados, tanto de voz quanto de televisão, computador, internet, e que custaria muito menos, e o mais importante sem perdas significativas. Atualmente, um dos principais e mais utilizados meios de transmissão de dados em todo o mundo é por meio da fibra óptica, seja essa transmissão em menor escala, como 4 por exemplo, internet banda larga residencial, ou transmissão de dados entre continentes, via cabos submarinos, capazes de interligar todo o planeta, sendo sem dúvida, um dos principais viabilizadores da globalização e transformação na maneira em que o mundo se conecta e interage. Como em todo o sistema construído, é de vital importância ter se equipamentos para verificar a eficiência, funcionalidade e realizar manutenção de um sistema, e no caso das fibras ópticas não é diferente. Tem se diversos equipamentos para tais inspeções, partindo de equipamentos simples e de manutenção e verificação rápida em caixas de distribuição ou até mesmo em DIO’s, como por exemplo, a Caneta Identificadora de Falhas, passando por itens de média complexidade como o Power Meter e Power Source, os quais já são passíveis de certa interação com o equipamento e até mesmo configurando aspectos relevantes como o comprimento de ondas e como itens de alta complexidade, utilizados em sistemas longos e trechos onde seria extremamente inviável estar realizando tais verificações sem o OTDR, extremamente complexo, porém com vital importância para manutenção e verificação da eficiência do sistema. 2. Desenvolvimento 2.1 Caneta Identificadora de Falhas Instrumento mais simples utilizado para analisar a fibra óptica, porém é de grande importância para técnicos e responsáveis por testes e manutenção do sistema óptico. Consiste basicamente de uma fonte emissora de luz, no caso um laser, o qual não importa o comprimento de onda da luz sendo emitida, pois se trata de um equipamento de uso totalmente visual, ou seja, ao emitir a luz em um ponto da fibra, se houver alguma fissura quebradura ou rompimento na fibra, a luz há de ser emitida neste ponto, ficando nítido ao responsável pela inspeção o ponto em que há problema, pois a luz literalmente é propagada pelo ponto com problema. Caso não haja nenhum problema, a luz emitida deve sair no outro ponto da fibra, sem problemas ou grande diminuição na sua intensidade, pois se houver diminuição na intensidade da luz emitida, pode se concluir que se não há pontos de rompimento, a fibra deve estar com uma atenuação maior do que o esperado. Por se tratar de algo extremamente visual, é um item o qual todo técnico que trabalha com fibra óptica possui ou deve possuir, pois é de muita facilidade seu 5 uso, barato e portátil, porém limitado tecnicamente, sendo que se houver necessidade outros equipamentos pré-configuráveis devem ser utilizados para detecção de problemas. 2.2 Power Meter e Power Source Para testar o desempenho de ponta a ponta de um sistema de fibra óptica, um instalador precisa de dois equipamentos portáteis, sendo o Power Source e Power Meter. O Power Source, que basicamente envia uma fonte de luz com (normalmente) duas formas de onda diferentes, com comprimentos de onda que podem ser de 850 nm e 1300 nm, podendo ser considerado, em sua forma mais básica uma lanterna, cujo envia um determinado comprimento de onda de luz pela fibra, algo similar com o que ocorre na Caneta Identificadora de Falhas. Na outra extremidade do cabo, o Power Meter recebe essa luz, ou nível de potência óptica, e determina a quantidade de perda de sinal, mostrando ao responsável pela medição qual a atenuação que influenciando sobre a fibra. Embora essa tarefa seja crucial para a instalação de fibra ótica, o Power Meter e o Power Source permaneceram por algum tempo relativamente simples em sua evolução sendo considerados extremamente simples e algumas vezes até mesmo como não confiáveis, porém em virtude do desenvolvimento de novas tecnologias e a expansão de sistemas ópticos, nos últimosanos, os fabricantes tornaram esses dispositivos mais fáceis de operar e mais eficientes por meio da adição de novos recursos e tecnologias, deixando os cada vez mais simples, precisos e de grande valia no mundo óptico. 2.3 OTDR O OTDR, reflectômetro óptico no domínio do tempo, é uma ferramenta de rede que serve para analisar a transmissão da fibra óptica. As formas de utilização dessa ferramenta dependem do modelo do OTDR escolhido, porém, é comum encontrar alguns 6 modos de leitura, tais como: leitura automática, leitura média e teste em tempo real, sendo estes os mais importantes para realização de testes em campo. O funcionamento do OTDR se deve à utilização do princípio da dispersão de Rayleigh. Esse princípio trata da dispersão de luz quando ocorre mudança no índice de refração. Quando esta ocorre, a luz emitida pelo OTDR é refletida de volta para o equipamento e pelo momento em que a reflexão é recebida, o OTDR calcula o valor da atenuação do cabo óptico. As principais utilizações do OTDR são para validação e manutenção da rede óptica. No momento de implantação de um projeto óptico, pode-se utilizar o OTDR para fazer leitura da rede óptica. Nesta leitura serão demonstradas as perdas das emendas, sendo por fusão ou conexão dos cabos ópticos. Estas perdas devem respeitar o projeto óptico para que a rede assegure estabilidade e confiabilidade. Caso a implantação seja realizada por uma empresa terceirizada, o OTDR também pode ser utilizado para certificação do trabalho realizado, pois o mesmo pode gerar relatórios e salvar as medições para apresentação da qualidade do trabalho realizado. Por não se fazer necessário nenhum outro ativo de rede em conjunto, o OTDR também facilita a certificação de uma rede óptica, já que pode realizar os testes e gerar os relatórios com fibras apagadas. Em um dado momento de manutenção da rede óptica, o OTDR é capaz de realizar a medição exata do local onde há um cabo óptico com algum defeito ou até mesmo um rompimento, garantindo a precisão da manutenção da rede no ponto exato do acontecimento do problema. Isso se deve ao princípio de Rayleigh, cujo trata da dispersão da luz em pontos com índices de refração diferente. Além de ser utilizado para certificação de uma rede óptica, o OTDR possui outro ponto de grande importância, que está relacionado com o tempo de manutenção, ou seja, demanda um tempo menor de manutenção, pois tem uma grande precisão, permitindo ao responsável pela manutenção ir direto ao ponto problemático, reduzindo o custo operacional do provedor, pois como estará de acordo com o especificado, ela deverá gerar menos manutenção. 2.4 Máquina de Fusão A fusão óptica é a união entre duas fibras ópticas, realizada por um equipamento chamado máquina de fusão óptica, ou apenas máquina de fusão. Esse dispositivo alinha 7 os cabos e dispara um arco voltaico, que faz com que a emenda seja realizada. Após esses procedimentos, são realizados alguns testes, a fim de verificar a atenuação da emenda e garantir que a fusão não se desfaça se certa tração for exercida. Por fim, é inserida uma capa protetora (também chamada de tubete) sobre a emenda. Acontece que existem dois tipos principais de alinhamentos e um intermediário, e é preciso saber quais as diferenças entre eles na hora de comprar sua máquina de fusão. A peça que alinha a fibra na máquina de fusão é chamada de V-Groove. Ela tem o formato em V e acomoda a fibra, permitindo uma fusão eficiente. O padrão dos alinhamentos na máquina de fusão geralmente é pelo V-Groove, que realiza a fusão pelo núcleo ou pela casca. O alinhamento pelo núcleo era bastante eficiente no início dos anos 2000, quando muitas fibras não tinham o núcleo centralizado com a casca. Hoje, no entanto, com o aperfeiçoamento do processo de fabricação das fibras ópticas, praticamente todas possuem o núcleo centralizado com a casca, e assim não existe muita diferença entre os dois tipos de alinhamento (casca x núcleo). Algumas máquinas possuem algumas características que não são tão essenciais, porém facilitam o processo, que seriam itens como câmera para acompanhamento da fusão, tela LCD e outros itens que são complemento do processo e facilitam na interação durante a fusão da fibra. 3. Conclusão Fundamental no processo de medição, inspeção e manutenção de fibra óptica, os equipamentos para tais funções foram amplamente melhorados e desenvolvidos de acordo com a necessidade e a grande expansão e utilização que ocorreu e ainda está ocorrendo com a implementação cada vez maior das redes de fibra óptica em nosso país. Os equipamentos voltados para as redes de fibra óptica variam de acordo com a necessidade da inspeção ou manutenção à ser realizado, podendo ser itens simples como a caneta identificadora, que é um item extremamente simples porém importante, pela sua agilidade e facilidade de uso e simples diagnóstico, porém por ser somente visual, este equipamento fica limitado com relação à distância e com relação à atenuações não fornece informações eficazes. Têm se também equipamentos similares, porém configuráveis, são o caso do conjunto Power Meter e Power Source, onde um complementa o outro, e realizam basicamente o mesmo princípio da caneta, mas é 8 voltado para identificar atenuações na rede, dando sua leitura por meio de um mostrador digital, uma espécie de multímetro no Power Meter. Por último e mais importante têm se o OTDR, equipamento robusto, totalmente digital e configurável de acordo com a necessidade da situação, gera até mesmo relatórios das medições realizadas, mostra graficamente os valores de atenuações, pontos de conexões e proporciona grandes medições, sendo utilizados para diagnósticos de problemas em grandes enlaces ópticos, não sendo utilizado em pequenos enlaces ou caixas de distribuição. Desta forma os equipamentos apresentados fazem total diferença no mundo da fibra óptica, porque se não houvesse eles, haveria transmissão por fibra, porém seria difícil imaginar como controlar e ajustar os sistemas ópticos sem os recursos proporcionados por este magnífico mundo dos equipamentos ópticos. 4. Referências Bibliográficas INFOREDE. Oficina da Net. História da fibra óptica. 2015. Disponível em: <http://inforrede.com.br/historia-da-fibra-optica/>
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