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Comportamento das Variáveis Macroeconômicas em Períodos de Recessão e Crescimento Econômico

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
Comportamento das Variáveis Macroeconômicas em Períodos de 
Recessão e Crescimento Econômico 
Atividade da Unidade 2 
 
 
Situação problema: 
 
Um determinado país precisa analisar dois cenários econômicos distintos, um com 
retração econômica e outro com crescimento econômico, com variáveis 
macroeconômicas, tais como: taxa de inflação, taxa de juros, PIB e câmbio para saber 
como a economia deste país vai ser comportar diante destas duas situações. 
 
Variáveis Econômicas CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 
Taxa de Inflação 8,5% 3,5% 
Taxa de Juros (Selic) 14% 9% 
PIB 2,5% 7,5% 
Câmbio Apreciação cambial Desvalorização cambial 
 
 
Introdução 
 
Antes de qualquer análise é preciso definir as variáveis econômicas citadas. 
 
 Taxa de Inflação: A inflação é um aumento dos preços dos bens e dos serviços e 
a taxa de inflação é um coeficiente que exprime a relação entre dois períodos, podendo 
ser semanal, mensal, trimestral, semestral, anual, etc. Medimos a inflação através de uma 
cesta de consumo média da população. No caso do Brasil diversos índices medidores, 
como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que mostra 
mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 
40 salários mínimos das principais regiões metropolitanas do país, o INPC (Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor) parecido com o IPCA, verifica a variação do custo 
médio das famílias com rendimento familiar médio entre 1 e 5 salários mínimos, 
indicando as variações de preços nos grupos que gastam todo rendimento em consumo 
corrente, sendo mais sensíveis às variações, e o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor 
Semanal) que verifica preços de 388 itens de alimentação, produtos de limpeza, higiene 
e serviços, a cada 10 dias. 
 Taxa de Juros: Taxa de juros é a taxa de lucratividade recebida num 
investimento. No caso da taxa de juros de um país (Selic - Sistema Especial de Liquidação 
e Custódia), falamos da taxa que o governo, ou no caso o Banco Central, controla e serve 
de referência para todos os contratos feitos em território nacional. Com esse controle o 
governo tem o poder de aquecer (queda da taxa) ou desaquecer (alta dos juros) a economia 
e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico do País. 
 PIB: O produto interno bruto representa a soma (em valores monetários) de todos 
os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (países, estados ou 
cidades), durante um período determinado (mês, bimestre, ano, etc.), não levando em 
conta as entradas e saídas de renda para o exterior, como no caso do PNB. O PIB é um 
dos indicadores mais utilizados na macroeconomia. 
 Câmbio: A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países entre o 
preço de uma delas medido em relação à outra. Ela expressa as relações de troca entre 
dois países e é uma das variáveis macroeconômicas mais importantes, sobretudo para as 
relações comerciais. O regime de câmbio pode ser fixo, sendo as taxas definidas pelas 
autoridades monetárias do país, ou flutuante, onde as taxas são formadas no mercado 
cambial, através dos movimentos de oferta e demanda por ativos em moeda estrangeira. 
Temos ainda a taxa de câmbio atrelada, que tenta ser uma mistura dos dois primeiros, 
onde o Banco Central faz intervenções diárias para manter a moeda flutuando entre 
limites estabelecidos. As taxas de câmbio são forte influência no comércio de um país, 
pois podem tornar o produto nacional mais atraente para exportação, no caso de 
desvalorização da moeda nacional, ou aumentar as importações, quando a moeda se 
valoriza, e os produtos internacionais ficam mais baratos e acessíveis. 
 
 
Sendo assim, faça a sua análise tendo como base nas seguintes perguntas: 
 
a) Qual cenário caracteriza maior fragilidade na condução da política macroeconômica? 
Justifique sua resposta avaliando cada variável apresentada e os desdobramentos no 
mercado. 
 
Considero o “Cenário 1” como sendo o mais frágil na condução da política 
macroeconômica. Chego a essa conclusão analisando suas variáveis, começando pela alta 
taxa de inflação, que corrói o poder de compra da população assalariada, prejudicando 
principalmente a população de baixa renda, que não tem capacidade de investir, mas não 
é só o trabalhador que sai perdendo, as pequeno e médias empresas têm mais dificuldade 
de lidar com o aumento do preço de matéria-prima, tendo que optar por pagar mais caro 
a cada nova remessa ou fazer um grande estoque, o que aumenta o risco de depreciação 
do produto. Altas taxas de inflação tornam toda a economia mais ineficiente. O segundo 
índice tem relação direta com o primeiro, pois as altas taxas de juros são impostas pelo 
governo para tentar frear a inflação, tornando o financiamento menos atrativo e, 
consequentemente diminuindo o consumo. Porém a alta taxa de juros tira o poder de 
compra do consumidor já lesado pela alta taxa de inflação, endivida a população e 
dificulta o desenvolvimento das empresas, fragilizando ainda mais o mercado. Tudo isso 
reflete no PIB, que despenca, como vemos na terceira variável, pois o país produz menos 
com tantos entraves. Por fim temos a apreciação cambial, que aumenta o valor da moeda 
e deixa os produtos nacionais menos atraentes para o consumidor externo, diminuindo as 
exportações, atraindo menos capital estrangeiro, tornando a economia dependente do 
consumo interno, já fragilizado pelos outros índices. 
 
b) A decisão de aumentar a taxa de juros (Selic) caracteriza que tipo de política 
monetária? Justifique sua resposta. 
 
Quando o governo aumenta a taxa de juros (Selic) ele está claramente tentando 
conter a alta dos preços, o que chamamos de política monetária contracionista. Com o 
custo de crédito elevado, fica mais caro tomar um empréstimo ou financiar um bem ou 
serviço, desestimulando o consumo. A alta dos juros também estimula os poupadores a 
manterem seu dinheiro aplicado, rendendo mais, ou seja, temos menos dinheiro 
circulando tanto nas classes baixas que precisam dos empréstimos, mas não podem arcar 
com taxas elevadas, e nas classes altas, que preferem manter o dinheiro rendendo juros, 
ao invés de consumir. Pela lei de oferta e demanda, sempre que a procura diminui, os 
preços baixam. Nem sempre essa ferramenta é um tiro certeiro pois o mercado nem 
sempre é tão previsível, podemos citar o caso de empresas que, no momento que embutem 
a alta dos juros no preço do bem ou serviço, não aumentam o valor, mas sim o número de 
parcelas, fazendo com que o produto continue acessível à compra, porém endividando 
por mais tempo o consumidor, com maior risco de inadimplência. 
 
c) Qual variável econômica é diretamente afetada em momento de turbulência externa? 
Considere em seu argumento o efeito contágio da desaceleração e os desdobramentos 
para o país. 
 
Quando ocorrem turbulências externas a primeira variável impactada é a taxa de 
câmbio, pois com a alteração da moeda estrangeira, o valor da moeda nacional oscila. 
Com a moeda nacional supervalorizada, por exemplo, a indústria sofre com a queda das 
exportações, pois o produto nacional se torna caro aos consumidores estrangeiros, e ainda 
aumenta a concorrência interna, pois além de ter que tentar escoar a produção 
internamente, a indústria e comércio ainda têm que lidar com a competitividade das 
importações, que aumentam pois com a moeda internacional desvalorizada, os produtos 
importados se tornam mais atraentes ao consumidor direto, o que traz um efeito destrutivo 
para a indústria local. O inverso, no caso de desvalorização excessiva da moeda nacional, 
também é prejudicial à economia, pois apesar de a alta da moeda estrangeira
favorecer as 
exportações, muitos produtores dependem de ferramentas, tecnologia e material 
importados, que ficam mais caros, sem contar que viagens internacionais e consumo de 
produtos estrangeiros se tornam muito mais caros, o que aumenta o consumo interno, 
aumentando a inflação. Por isso é necessário um equilíbrio nas variáveis econômicas, e 
quando sofrem desvios, seja por causas internas ou externas, o governo deve intervir para 
reequilibrar o mercado. 
Referências: 
http://blog.bussoladoinvestidor.com.br/cenario-economico-brasileiro/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_cambial 
http://g1.globo.com/economia/inflacao-como-e-medida/platb/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_c%C3%A2mbio

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