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1 Resumo para Acompanhamento das aulas Prof. Dr. Ronald T. P. Fernandes Modulo: Neurológico Alterações do SNC: Pode-se desenvolver durante a internação ou já chegar ao atendimento com o estado neurológico alterado. É preciso fazer uma anamnese para saber o que aconteceu (se teve algum trauma emocional, que seria o principal desencadeador) Avaliar o estado neurológico também é importante para questões quanto ao suicídio, depois de um trauma emocional. A exposição tóxica também é um fator que pode causar alterações do SNC FATORES A OBSERVAR NA ALTERAÇÃO DO SNC: Traumas emocionais Tentativa de suicídio Uso abusivo de drogas e álcool Exposição tóxica (ex: frentista do posto de gasolina) Hipoglicemia Diminuição de O2 OBSERVAR: Odor bucal: que pode ser de álcool, ou cetonas Tamanho da pupila Pode ser preciso contenção mecânica no leito, manutenção de VAS, oxigenioterapia Na pupila observar: Fotorreação e Tamanho/simetria Observar também o nível de consciência Se a causa for intoxicação por via oral, faz-se lavagem gástrica OBS: A anamnese sempre é muito importante. O doente com alteração do nível de comportamento, letargia ou agitação tem que ser observado do ponto de vista NEUROLÓGICO E METABÓLICO 2 Metabólico: Verificar os eletrólitos, a gasometria (pode ser por uma acidose), respiração Paciente renal crônico pode agitar pela grande quantidade de escórias no sangue (aumento do nível de uréia) Quando se utiliza O2 é preciso cautela, pois, muito O2 causa vasoconstricção tendo então efeito deletério (é o que se chama de aumento da resistência periférica) SÍNCOPE: Pode ser gradual ou abrupta. Sendo gradual se chama LIPOTÍMIA, sendo abrupta se chama SÍNCOPE Sua duração é variável, se demorada é preciso fazer manutenção de via aérea. É preciso investigar se existem problemas cardiológicos ou neurológicos. OBSERVAR: Hipotensão postural Convulsão Traumatismo seguido de síncope (é sinal de gravidade) Gravidez SINAIS E SINTOMAS: Palpitações, dor torácica => sintomas cardiológicos Dor abdominal, náusea, vômito, hematêmese, melena =>sintomas gastrointestinais Dor de cabeça, vertigem, evidência de trauma em cabeça ou boca Para os sintomas cardiológicos pode-se avaliar ECG e ECO Náusea pode ser pelo aumento da PIC Sintomas gastrointestinais também pode ser por gastroenterite Na síncope não tem memória recente de modo geral, é uma das formas de se diferenciar a síncope da lipotímia Cardiopata tem que ter alimentação laxativa para não ter problemas de constipação, pois a constipação induz à força para evacuar, que faz estímulo vagal, que causa bradicardia podendo causar síncope EXAME NEUROLÓGICO: É importante: 3 Determinar nível de consciência; Padrão respiratório (para saber se é problema neurológico, se o paciente entrar em acidose faz respiração do tipo Kussmaul –arritmia respiratória ocorrem 2 incursões respiratórias para 1 período de apnéia ) Avaliar abalos ou tremores; (saber se é uma convulsão) Avaliar déficit motor (pode ocorrer por isquemia ou hemorragia cerebral) Freqüência e ritmo cardíaco; Níveis tensionais; (que podem justificar a cefaléia por exemplo: crise hipertensiva) História pregressa; (ex: hipertenso?) Uso de medicamentos; Determinar nível de consciência e responsividade; Exame primário com AVDI; Avaliação neurológica – Escala de Glasgow; Pressão Intracraniana (PIC): é dada pela relação entre aquela na calota craniana e a à atmosférica. Três elementos fundamentais: fluxo sanguíneo, LCR e parênquima cerebral Causas da Elevação da PIC: Síndrome de Cushin: Pulso diminuído e respirações diminuídas. Edema cerebral: Aumento da massa sendo comprimido na calaota craniana Tipos: Vasogênico: incapacidade de controle dos líquidos de dentro pra fora e vice versa Citotóxico: edema de células endoteliais ou de neurônios isoladas Tratamento: Diurético osmótico; dose 0,25 a 2 g/kg Suporte ventilatório: hiperventilação,, Aspiração de VAS. Analgesia e sedação. CRISE CONVULSIVA: A crise se classifica em PEQUENO MAL E GRANDE MAL (o grande mal é mais associado a epilepsia) Se divide em duas formas: 4 TÔNICA: Também chamada de localizada, pois o tremor é localizado. O tremor ou a repercussão é localizada, ocorrendo apenas em um local do corpo, mas também apresenta alteração do nível de consciência TÔNICO-CLÔNICA: Também chamada de generalizada, ocorre no corpo inteiro, é mais grave e de maior intensidade A crise interrompe sinapses do cérebro, logo as musculaturas contraem de forma exacerbada que pode causar uma parada respiratória, pois o músculo diafragma fica “exausto”. (quando contraio o diafragma tenho parada respiratória ou respira com muita dificuldade) É tratada com: FENITOÍNA, FENOBARBITAL, BENZODIAZEPÍNICOS, ANTICONVULSIVANTES. Também se usa analgésicos pois a crise causa muita dor (os anticonvulsivantes são usados como prevenção e tratamento) TRISMO: é contração Observar: Incursão de tórax para avaliar respiração, coloração da pele e mucosas e esforço respiratório Causas: traumas, edema cerebral, hemorragia intracraniana, doenças infecciosas (meningite), doenças congênitas (epilepsia), intoxicação exógena (medicamentos, hiponatremia, distúrbios hidroeletrolíticos, álcool, drogas. INTERVENÇÃO: Abrir via aérea Ventilação se necessário Contenção mecânica OBS: o benzodiazepínico é feito preferencialmente EV, mas se o paciente estiver agitado posso fazer IM, e em crianças retal. Após a crise o paciente pode ou não ter memória e voltar ao seu estado de consciência (acordado). Neste momento faz-se AVDI Se o paciente estiver irresponsivo, é chamado doente em período PÓS COMICIAL (que é o período após a crise). 5 É preciso proteger a via aérea, sendo o ideal a intubação orotraqueal (de forma geral, se glasgow igual ou menor que oito é indicação para TOT) se não houver TOT disponível pode-se utilizar GUEDEL para proteger a via aérea. OBS: Posso usar a Guedel mesmo se o glasgow for maior que oito. Esta será contra indicada em caso de o paciente apresentar reflexo de vômito/deglutição. A guedel abaixa a língua. A secreção provavelmente irá se acumular em via aérea, sendo preciso aspiração AVALIAÇÃO DE DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS: Indicações para suspeita destas doenças: Cefaléia holocraniana (quando dói a cabeça inteira) Febre Sinais de irritação meníngea (sendo a rigidez da nuca a principal) Vômito em jato (quando não tem como segurar o vômito) Petéquias pelo corpo Mialgia (dor no corpo) É importante avaliar a cefaléia (o tipo, a localização e característica) A febre interfere no nível de consciência e causa desidratação SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA: Rigidez nucal Braudizinski I Braudizinski II Kerning I Kerning II Braudizinski: relacionado a inervação, quando flexiono a cabeça a perna flexiona junto Kerning: Relacionado a força, quando flexiono uma perna a outra levanta Petéquia: quando pressionada ela some DOENÇA CÉREBRO VASCULAR: 6 ETIOLOGIAS (CAUSAS): AVC hemorrágico ou isquêmico HAS – encefalopatia hipertensiva (ocorre cefaléia holocraniana forte) hemorragia subaracnóide (por trauma) ataque isquêmico transitório hemorragia cerebral vasculite cerebral neoplasias Na HAS a PIC pode estar aumentada causando problemas neurológicose alteração no nível de consciência. Qualquer TCE com perda de consciência é indicativo para TC ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO – TIA: “Seria o princípio do derrame”. O paciente faz um pico hipertensivo, um coágulo bloqueia o vaso, ocorrem os sintomas, a própria pressão alta desbloqueia o vaso e o coágulo se solta, e o “ataque” passa. AVCI: acidente vascular cerebral isquêmico AVCH: acidente vascular cerebral hemorrágico (seus sintomas são mais exacerbados) ABORDAGEM: Monitoração Acesso venoso Escala de cincinatti ESCALA DE CINCINATTI: Avalia AIT e AVC. Paciente apresenta: DISARTRIA (fala arrastada, é o “fala torto”) BAIXA DE FORÇA MUSCULAR (com o paciente sentado ou em pé pede para ele esticar os dois braços e um desses dois braços fraqueja e cai.) DESVIO DE COMISSURA LABIAL (“boca de lado”) podendo ser direito ou esquerdo Um dos três fatores sozinho já positiva a escala! 7 OBS: Se o paciente estiver deitado, pede para ele movimentar os quatro seguimentos, se não conseguir movimentar um dos lados, ele está hemiparético direito ou esquerdo, também é positivo para escala de cincinatti (um dos lados paralisados) CUIDADOS: Mudança de decúbito AVCI: anticoagulante AVCH: o tratamento é clínico (conservador) ou cirúrgico Balanço hídrico TC Monitorização Tratamento clínico: uso manitol que é um diurético osmótico para aumentar a permeabilidade vascular jogando líquido para dentro do vaso, isso irá alterar a hemodinâmica (aumento de PA, aumento de FC –taquicardia, aumento da diurese). Geralmente é associado ao diurético de alça – furosemida SINAIS E SINTOMAS: Desvio de comissura labial Parestesia Perda de força muscular Dislalia Alteração pupilar Alteração da marcha Cefaléia Vômitos Confusão mental Paresia Plegia de membros e face Crise convulsiva Perda da visão Afasia (ausência da fala) Disartria (dificuldade para articular palavra) Diplopia (visão dupla) 8 Disfagia (dificuldade para deglutição)
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