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Disciplina: Trabalho e Sociabilidade Análise crítica do filme: Eles não usam black-tie O filme relata importantes movimentos sociais da classe trabalhadora. Esse movimento teve início devido à crise da ditadura militar e o começo da democracia no início dos anos 80, foi uma fase que fortaleceu os sindicatos. O filme mostra uma família proletária, onde todos contribuem com seu trabalho. O que chama mais atenção é o trabalho dos metalúrgicos que o casal Maria e Tião são operários nesta fabrica, no qual o pai de Tião também é, através de um movimento grevista por parte da classe operaria eles reivindicam melhores salários e condições dignas de trabalho. “Essa investida a favor do crescimento econômico dos oligopólios e contra o desenvolvimento social atinge visceralmente a luta sindical em um quadro de recessão e desemprego. (...) A exigência ao nível da produção é reduzir custos e ampliar as taxas de lucratividade. ” (Serviço Social em tempo de Capital e Fetiche, Marilda Villela Iamamoto,2012, p.143) “(...) ao longo da evolução do capitalismo, constatou-se que o melhor instrumento para os trabalhadores evitarem os salários caiam abaixo do seu valor é sua organização classista e política: quando dispõem de sindicatos fortes e partidos políticos que os representa, (...)” (Economia política, José Paulo Netto,2012, p.177) O filme mostra dois pensamentos oposto de Tião e seu pai Otávio, Tião preocupado com a gravidez de Maria e também por querer uma vida melhor (medo de ser pobre) resolveu furar a grave, tornando uma pessoa individualista para todos. Seu pai Otávio é uma pessoa que apoia sempre a sua classe trabalhadora e sempre reivindicando pelos seus direitos, e por ser um líder do movimento sindicalista não se agradou com a atitude de seu filho Tião. Revoltados, Otávio com seus amigos continuaram a reivindicação das suas condições de trabalho junto com a jornada de trabalho. “(...) ao efetuar essas reflexões reafirma a relação indissolúvel entre trabalho e questão social. O trabalho encontra-se no centro da questão social: tantas formas de trabalho, quanto a apologia ao trabalho, ou seja, louvação ou beatificação expressa na “ética do trabalho”. (...)” (Serviço Social em tempo de Capital e Fetiche, Marilda Villela Iamamoto,2012, p.140) “De fato, ao longo da jornada de trabalho se desdobra em duas partes. Numa delas, o trabalhador produz o valor correspondente aquele que cobre a sua reprodução – é a esse valor que é equivalente o salário que recebe; tal parte da jornada denomina-se tempo de trabalho necessário. Na outra parte, ele produz o valor excedente (mais-valia) que lhe é extraído pelo capitalista(...)” (Economia política, José Paulo Netto,2012, p.119 e 120) Podemos perceber o filme retrata do FGTS, que foi criados pelos governos militares, Tião reconhece esse benefício como um ganho individual por isso não se preocupa com a classe. Percebemos também a vida, e a infraestrutura nas favelas aonde os trabalhadores moram e padrões burgueses como empresários e políticos. “As desigualdades que presidem o processo de desenvolvimento do País tem sido uma de suas particularidades históricas. O ‘moderno’ se constrói por medo do ‘arcaico’ recriando elementos de nossa herança histórica colonial e patrimonialista, ao atualizar marcas persistentes e, ao mesmo tempo, transforma-las, no contexto de mundialização do capital sob hegemonia financeira. As macas históricas persistentes, ao serem atualizadas, repõem-se, modificadas, antes as inéditas condições históricas persistentes, ao mesmo tempo imprimem uma dinâmica própria aos processos contemporâneos(...)” (Serviço Social em tempo de Capital e Fetiche, Marilda Villela Iamamoto,2012, p.128) “Ao contrário do que suponha a traição marxista-leninista, o Brasil experimentou um processo de modernização capitalista, sem por isso ser obrigada a realizar uma “revolução democrático-burguesa” a realizar “libertação nacional’ segundo modelo jacobino(...)” (Serviço Social em tempo de Capital e Fetiche, Marilda Villela Iamamoto,2012, p.132)
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