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Estácio EAD_Gestão da Cadeia de Suprimentos_Resumo Aula 10

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O papel dos transportes
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos 
logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas 
dimensões do Serviço ao Cliente.
Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que em 
alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por 
exemplo, do setor de distribuição de combustíveis.
As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e 
utilidade de lugar.
Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos 
onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo 
com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte 
continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na 
quantidade certa, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível.
Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, 
vislumbram na Logística, e mais especificamente na função transporte, uma forma de obter 
diferencial competitivo. Entre as iniciativas para aprimorar as atividades de transporte, destacam-se 
os investimentos realizados em tecnologia da informação, que objetivam fornecer às empresas 
melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por soluções intermodais que 
possibilitem uma redução significativa nos custos.
Aqui, a função transporte será tratada inicialmente sob a perspectiva de integração às demais 
funções logísticas. Em seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classificados sob a ótica de 
custos e serviço. Também serão tratadas as questões que tornam a matriz de transporte brasileira 
desbalanceada. O texto também trata de uma discussão sobre os impactos que a tecnologia da 
informação, mais especificamente a Internet, vem causando na gestão do transporte.
O ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque?
Sim, o ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque. Dentro de 
uma visão não integrada, o gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos 
com estoque sem analisar todos os custos logísticos. Este tipo de procedimento impacta, de forma 
negativa, outras funções logísticas, como, por exemplo, a produção que passa a necessitar de uma 
maior flexibilidade (com lotes menores e mais frequentes, ocasionando um custo maior) e uma 
gestão de transporte caracterizada pelo transporte mais fracionado, aumentando uma forma geral o 
custo unitário de transporte.
Atenção-
É importante deixar claro que esta política pode ser a mais adequada em situações em que se 
utilizam estratégias baseadas no tempo, como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o 
estoque a partir de uma visão integrada da Logística, exigindo da função transporte a rapidez e a 
consistência necessária para atender aos tamanhos de lote e aos prazos de entrega. Além disso, em 
muitos casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode ser de um turno ou até 
de uma hora.
Outra questão importante ligada a esta análise está associada à escolha de modais. Dependendo do 
Aula 10
quinta-feira, 31 de maio de 2018 19:38
 Página 1 de Gestão de Suprimentos 
Outra questão importante ligada a esta análise está associada à escolha de modais. Dependendo do 
modal escolhido, o transit time poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de Sáo 
Paulo para Recife pelo modal rodoviário demora em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser 
realizado em cerca de 18 dias. A escolha dependerá evidentemente do nível de serviço desejado 
pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. O custo total desta operação deve contemplar 
todos os custos referentes a um transporte porta a porta, mais os custos do estoque, incluindo o 
estoque em trânsito. Para produtos de maior valor agregado, pode ser interessante o uso de modais 
mais caros e de maior velocidade.
O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. Todas as funções 
logísticas vistas contribuem para o nível de serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O 
impacto do transporte no Serviço ao Cliente é um dos mais significativos, e as principais exigências 
do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do serviço, à capacidade de prover um serviço 
porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma grande variedade de 
produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o 
transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar 
outras funções logísticas. As respostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao 
desempenho e às características de cada modal de transporte, tanto no que diz respeito às suas 
dimensões estruturais, quanto à sua estrutura de custos.
Classificação dos Modais de Transporte
O ferroviário;✓
O rodoviário;✓
O hidroviário;✓
O aeroviário;✓
Os dutos e os de multimodalidade e intermodalidade.✓
A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, do 
volume de tráfego, da receita e da natureza da composição do tráfego.
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema de transporte é preciso 
ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça:
Os fluxos nas diversas ligações da rede;✓
O nível se serviço atual;✓
O nível de serviço desejado;✓
As características ou parâmetros sobre a carga;✓
Os tipos de equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricante, etc.);✓
E os sete princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico.✓
Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; 
dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade da carga; grau de perecibilidade; 
estado físico; assimetria; e compatibilidade entre cargas diversas.
Sendo assim, pode-se observar que no transporte de produtos, vários parâmetros precisam ser 
observados para que se tenha um nível de serviço desejável pelo cliente.
 Página 2 de Gestão de Suprimentos 
observados para que se tenha um nível de serviço desejável pelo cliente.
Dependendo das características do serviço, será feita a seleção de um modal de transporte ou do 
serviço oferecido dentro de um modal.
A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de custos fixos/variáveis e 
a classificação das características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, 
confiabilidade, capacidade e frequência que serão discutidas a seguir.
Segundo Ballou (2001:156), a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma 
vantagem competitiva do serviço. Para tanto, destaca-se a seguir algumas características dos modais 
de transporte.
Ferroviário•
No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes 
tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas.
Como exemplo destes produtos estão: os minérios (de ferro, de manganês), carvões minerais, 
derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No entanto, em países da 
Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de 
meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5 
toneladas) e transporte ferroviário de semi-reboque rodoviário (piggyback).
Segundo Ballou (1993:127), existem duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e o 
privado. Um transportadorregular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado em 
termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário 
particular, que o utiliza em exclusividade.
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais 
e vias férreas, entre outros. Porém, seu custo variável é baixo.
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é amplamente 
utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a problemas de 
infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
Rodoviário•
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do 
território nacional, pois desde a década de 50, com a implantação da indústria automobilística e a 
pavimentação das rodovias, esse modelo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. 
Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos 
acabados e semiacabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os 
modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou 
perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este 
modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem 
também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes desejam obter um serviço mais 
adequado às suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos 
associados à frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Os transportadores 
contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos de longa duração. Já os 
transportadores isentos são aqueles livres de regulamentação econômica, como por exemplo, 
veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas.
O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com 
fundos públicos), porém seu custo variável (combustível, manutenção etc.) é médio.
 Página 3 de Gestão de Suprimentos 
fundos públicos), porém seu custo variável (combustível, manutenção etc.) é médio.
As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e de 
adequação aos tempos pedidos, assim como frequência e disponibilidade dos serviços. Apresenta 
como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas.
Hidroviário•
O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, 
carvão, cereais e bens de alto valor (operadores internacionais) em contêineres. Os serviços 
hidroviários existem em todas as formas legais citadas anteriormente. Como exemplos de meios de 
transporte hidroviário, pode-se citar os navios dedicados, os navios contêineres e os navios 
bidirecionais para veículos (roll-on, roll-off, vessel).
Este tipo de transporte pode ser dividido em três formas de navegação: a cabotagem, que é a 
navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando a via marítima, ou 
entre esta e as vias navegáveis interiores (até, aproximadamente, 12 milhas da costa); a navegação 
interior, que é realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional e, por fim, a 
navegação de longo curso, realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.
Em relação aos custos, o transporte hidroviário apresenta custo fixo médio (navios e equipamentos) 
e custo variável baixo (capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem). É o modal 
que apresenta o mais baixo custo.
Este modal apresenta como vantagem a capacidade de transportar mercadoria volumosa e pesada e 
o fato dos custos de perdas e danos serem considerados baixos, quando comparados com outros 
modais. Suas principais desvantagens são a existência de problemas de transporte no porto; a 
lentidão, uma vez que o transporte hidroviário é, em média, mais lento que a ferramenta e a forte 
influência do tempo. Sua disponibilidade e confiabilidade são afetadas pelas condições 
meteorológicas.
Aeroviário•
O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora o seu frete seja 
significativamente mais elevado que o correspondente rodoviário. Em compensação, seu 
deslocamento porta a porta pode ser bastante reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, 
principalmente no transporte de grandes distâncias.
Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário 
(artigos eletrônicos, relógios, alta moda etc.) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos etc). 
Como exemplos deste meio de transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha.
Segundo Ballou (1993:129), no modo aéreo existem os serviços regulares, contratuais e próprios. O 
serviço aéreo é oferecido em alguns dos sete tipos: linhas-tronco domésticas-regulares, cargueiras 
(somente cargas), locais (principais rotas e centros menos populosos, passageiros e cargas), 
suplementares (charters, não tem programação regular), regionais (preenchem rotas abandonadas 
pelas domésticas, aviões menores), táxi aéreo (cargas e passageiros entre centros da cidade e 
grandes aeroportos) e internacionais (cargas e passageiros).
Dutos•
A utilização do transporte dutoviário é ainda muito limitada. Destina-se principalmente ao 
transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem ficar suspensos (petróleo 
bruto e derivados, minérios). A movimentação via dutos é bastante lenta, sendo contrabalançada 
pelo fato de que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por semana. Os direitos de acesso, 
construção, requisitos para controle das estações e capacidade de bombeamento fazem com que o 
transporte dutoviário apresente o custo fixo mais elevado. Em contrapartida, o seu custo variável é o 
mais baixo, nenhum custo com mão de obra de grande importância. É, portanto, o segundo modal 
 Página 4 de Gestão de Suprimentos 
mais baixo, nenhum custo com mão de obra de grande importância. É, portanto, o segundo modal 
com mais baixo custo, ficando atrás apenas do modo de transporte hidroviário.
Como vantagens, o transporte dutoviário se apresenta como o mais confiável de todos, pois existem 
poucas interrupções para causar variabilidade nos tempos e os fatores meteorológicos não são 
significativos. Além disso, os danos e perdas de produtos são baixos. Como desvantagem está a 
lentidão na movimentação dos produtos, o que inviabiliza seu uso para o transporte de perecíveis.
Multimodalidade e Intermodalidade•
A multimodalidade pode ser definida como a integração entre modais, com o uso de vários 
equipamentos, como contêineres. Já a intermodalidade caracteriza-se pela integração da cadeia de 
transporte, com o uso de um mesmo contêiner, um único prestador de serviço e documento único. 
No Brasil utiliza-se a multimodalidade. Segundo Nazário (In: Fleyry et al., 2000:145), uma das 
principais barreiras ao conceito da intermodalidade no Brasil diz respeito a sua regulamentação da 
prática do Operador de Transporte Multimodal (OTM).
Com a implantação de um documento único de transporte, alguns estados argumentam que seriam 
prejudicados na arrecadação do ICMS.
A integração entre modais pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviário-
rodoviário, aquário-ferroviário, aquário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de 
mais de um modal agrega vantagens a cada modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo. 
Combinados, permitem uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente 
menor, buscando equilíbrio entre preço e serviço.
O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua importância pode ser medida 
através de pelo menos trêsindicadores financeiros: custos, faturamento e lucro.
Custos-
A economia e a precificação dos transportes dizem respeito aos fatores e às características que 
direcionam os custos. Para desenvolver uma estratégia de logística eficaz é necessário atender tais 
fatores e características. Segundo Bowersox (2006), os custos de transporte são calculados a partir 
de sete fatores. Apesar de não ser componente de tarifa direta, cada um deles influencia na tarifa de 
frete. Tais fatores são: distância, volume, densidade, capacidade de acondicionamento, manuseio, 
responsabilidade e aspectos de mercado. É importante ressaltar que cada fator varia de acordo com 
as características específicas dos produtos. A distância é o fator de maior influência nos custos de 
transporte, pois contribuem diretamente para despesas variáveis, como mão de obra, combustível e 
manutenção. Outro fator é o volume de carga. Em muitas atividades logísticas, existem economias 
de escala do transporte para a maioria das movimentações. Essa relação indica o custo de 
transporte por unidade de peso, que diminui à medida que o volume de carga aumenta. Isso ocorre 
porque os custos fixos de coleta e de administração podem ser diluídos no incremento do volume. 
Outro fator é a densidade do produto, combinação de peso e volume. Eles são importantes, pois o 
custo de transporte para qualquer movimentação é cotado em valor por unidade de peso. A relação 
dos custos de transporte normalmente são avaliados como baixos e decrescentes por unidade de 
peso à medida que aumenta a densidade. A capacidade de acondicionamento refere-se como as 
embalagens dos produtos podem acomodar-se nos equipamentos de transporte. Já o manuseio 
refere-se aos equipamentos utilizados para manusear a carga durante o processo de carregamento e 
descarga de caminhões, vagões ferroviários e navios, por exemplo.
A responsabilidade envolve características dos produtos que podem resultar em danos ou 
reclamações potenciais. E, aspecto de mercado, o último fator a ser considerado dentre os fatores 
econômicos, refere-se ao volume de transporte em uma rota ou ao balanceamento. Ambos também 
influenciam os custos de transporte.
 Página 5 de Gestão de Suprimentos 
Faturamento-
Importante ressaltar que os valores apresentados anteriormente podem variar substancialmente, de 
setor para setor, e de empresa para empresa. A participação no faturamento, que em média é de 
3,5%, pode variar, por exemplo, de 0,8%, no caso da indústria farmacêutica, a 7,1%, no caso da 
indústria do papel e celulose. Como regra geral, quanto menor o valor agregado do produto, maior a 
participação das despesas de transporte no faturamento da empresa.
Os cinco modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo 
possuem, cada um, custos e características operacionais próprios, que os tornam mais adequados 
para certos tipos de operações e produtos. Os critérios para escolha de modais devem sempre levar 
em consideração aspectos de custos, por um lado, e características de serviços, por outro. Em geral, 
quanto maior o desempenho em serviços, maior tende a ser o custo do mesmo.
Lucro-
As diferenças de custo/preço entre os modais tendem a ser substanciais. Tomando como base um 
transporte de carga fechada à longa distância, verifica-se que, em média, os custos/preços mais 
elevados são os do modal aéreo, seguido pelo rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário, pela 
ordem.
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. 
São cinco as dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços 
oferecidos: dimensão e disponibilidade, velocidade, consistência e capacidade.
Dimensão e Disponibilidade•
A dimensão disponibilidade se refere ao número de localidades onde o modal se encontra. Aqui, 
aparece a grande vantagem do rodoviário, que quase não tem limites no lugar que pode chegar. 
Teoricamente, o segundo em disponibilidade é o ferroviário, mas isto depende da extensão da 
malha ferroviária do país. Nos EUA, tal malha, com cerca de 300 mil quilômetros, é sem dúvida a 
segunda em destinação. No Brasil, nossa malha, de apenas 29 mil quilômetros, tem baixa oferta fora 
das regiões Sul e Sudeste, o que faz com que o modal aéreo apresente maior disponibilidade em 
muitas regiões. O modal aquaviário, embora ofereça potencial de alta disponibilidade devido à nossa 
costa de 8 mil quilômetros, e nossos 50 mil quilômetros de rios navegáveis, apresenta, de fato, uma 
baixa disponibilidade, por causa da escassez de infraestrutura portuária, de terminais e de 
sinalização.
Velocidade•
Em termos de velocidade, o modal aéreo é o mais veloz, seguido pelo rodoviário, ferroviário, 
aquaviário e dutoviário. No entanto, considerando que a velocidade deve levar em consideração o 
tempo gasto no porta a porta. Esta vantagem do modal aéreo só ocorre para distâncias médias e 
grandes, devido ao tempo de coleta e entrega que precisa ser computado. Ou seja, quanto maior a 
distância a ser percorrida, maior a vantagem do modal aéreo em termos de velocidade. Por outro 
lado, é bom lembrar que, na prática, o tempo do rodoviário e do ferroviário depende 
fundamentalmente do estado de conservação das vias e do nível de congestionamento das mesmas.
Consistência•
A consistência, que representa a capacidade de cumprir os tempos previstos, tem o duto como a 
melhor opção. Por não ser afetado pelas condições climáticas ou de congestionamentos, o duto 
apresenta uma alta consistência, seguida na ordem pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo. 
O baixo desempenho do aéreo resulta de sua grande sensibilidade a questões climáticas e de sua 
elevada preocupação com questões de segurança, o que torna bastante comuns atrasos nas saídas e 
nas chegadas. Vale lembrar novamente que, assim como no caso da velocidade, o desempenho do 
 Página 6 de Gestão de Suprimentos 
nas chegadas. Vale lembrar novamente que, assim como no caso da velocidade, o desempenho do 
rodoviário e do ferroviário depende fortemente do estado de conservação das vias e do nível de 
congestionamento do trânsito.
Capacidade•
A capacidade está relacionada à possibilidade de um determinado modal trabalhar com diferentes 
volumes e variedades de produtos. Nesta dimensão, o destaque do desempenho é o modal 
aquaviário, que praticamente não tem limites sobre o tipo de produto que pode transportar, assim 
como do volume, que pode atingir centenas de milhares de toneladas. O duto e o aéreo apresentam 
sérias restrições em relação a esta dimensão. O duto é muito limitado em termos de produtos, pois 
só trabalha com líquidos e gases, e o aéreo possui limitações em termos de volumes e tipos de 
produtos.
A combinação de preço/custo com o desempenho operacional nestas dimensões de serviços resulta 
na escolha do modal mais adequado para uma dada situação de origem - destino e tipo de produto.
Decisão sobre propriedade da frota: própria ou de terceiros?
A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda mais importante 
decisão estratégica no transporte. Neste caso, o processo decisório deve considerar além do custo e 
da qualidade do serviço, a rentabilidade financeira das alternativas. A grande ênfase dada 
atualmente pelas empresas, principalmente as de grande porte, na rentabilidade sobre os 
investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a influenciar as empresas na 
direção de utilizar terceiros nas suas operações de transporte. Como a rentabilidade sobre 
investimentos é o resultado do lucro sobre os investimentos do acionista, a maneira mais rápida de 
aumentar a rentabilidade, é reduzir os investimentos dos acionistas, o que pode ser feito através da 
utilização de ativos de terceiros, no caso ativos de transportes.
Uma série de características da operação,e do setor, também contribui para o processo decisório de 
propriedade da frota. Dentre estas se destacam:
O tamanho da operação;✓
A competência gerencial interna;✓
A competência e competitividade do setor;✓
A existência de carga de retorno; e os modais a serem utilizados.✓
Quanto maior o tamanho da operação de transporte, maior a possibilidade de que a utilização de 
frota própria seja mais atraente do que a utilização de terceiros. Em primeiro lugar porque a 
atividade de transporte apresenta enormes economias de escala. Quanto maior a operação, maior 
as oportunidades de redução de custos. Segundo porque as operações de transporte estão ficando 
cada vez mais sofisticadas em termos de tecnologia e gestão. Ser pequeno significa ter pouca 
capacidade de manter equipes especializadas e de fazer investimentos contínuos em tecnologia, e 
em especial, tecnologias de informação.
 Página 7 de Gestão de Suprimentos 
O modal utilizado também influencia a decisão de propriedade da frota. Quanto mais intensivo em 
capital for o modal, como por exemplo, ferrovia ou dutovia, maior a possibilidade de utilização de 
um terceiro. Modais intensivos em capital dependem de escala para serem eficientes, o que na 
maioria das vezes tornam inviáveis a um embarcador operar tais modais. Já no caso de veículos 
rodoviários, existe grande flexibilidade de volume, o que aumenta a atratividade de frota própria.
Seleção e negociação com transportadoras
Uma vez decidida à utilização de terceiros, torna-se necessário estabelecer critérios para seleção de 
transportadores. São seis os principais critérios utilizados na seleção dos prestadores de serviços de 
transporte: confiabilidade; preço; flexibilidade operacional; flexibilidade comercial; saúde financeira; 
qualidade do pessoal operacional; e informações de desempenho.
1. Confiabilidade O primeiro, é normalmente mais importante, critério para seleção de um 
prestador de serviços de transportes tende a ser a confiabilidade, ou seja, a 
capacidade de cumprir aquilo que foi combinado como, por exemplo, prazos de 
entrega e coleta, disponibilidade de veículos, segurança, preço, informações. 
Surpresa desagradável é tudo que um embarcador quer evitar. No mundo do 
just-in-time em que vivemos nos dias atuais, desvios no planejado podem 
resultar em impactos substanciais na operação do destinatário. Portanto, ter 
certeza de que o planejado vai ser cumprido, é um critério fundamental na 
hora de selecionar um transportador.
2. Preço O preço, como não poderia deixar de ser, tende a ser o segundo critério mais 
importante. De fato, enquanto a confiabilidade tende a ser um critério 
 Página 8 de Gestão de Suprimentos 
importante. De fato, enquanto a confiabilidade tende a ser um critério 
qualificador, ou seja, é uma condição mínima necessária para um transportador 
ser pré-selecionado, o preço tende a ser um critério classificador, ou seja, dado 
que o critério confiabilidade foi atendido, aquele transportador com menor 
preço tende a ser selecionado. Importante lembrar, no entanto que, muitas 
vezes, critérios de desempenho são tão críticos, como no caso de produtos 
perigosos, ou de altíssimo valor agregado, que as questões de segurança pesam 
mais do que simplesmente o preço do frete.
3. Flexibilidade 
operacional e 
comercial
Flexibilidade, tanto comercial, quanto operacional, tem se tornado um critério 
cada dia mais importante no processo de seleção de transportadores. No 
mundo turbulento em que hoje vivemos, onde a segmentação de clientes e 
mercados é cada vez mais utilizada, e a inovação é uma constante, ter 
flexibilidade para adaptar a operação e renegociar preços e contratos é uma 
necessidade básica da maioria dos embarcadores. Questões como local e 
horários de entrega, tipos de veículos e embalagem, níveis de serviço, são 
algumas das dimensões importantes de flexibilidade valorizadas pelos 
embarcadores.
4. Saúde 
financeira
A saúde financeira do prestador de serviço é outro critério crescentemente 
utilizado na hora de selecionar uma transportadora. A forte tendência por 
parte dos embarcadores, de reduzir o número de transportadoras utilizadas, 
assim como de estabelecer um relacionamento cooperativo de longo prazo, faz 
com que a saúde financeira do fornecedor de serviços cresça de importância. 
Nada pior do que investir tempo e recursos no desenvolvimento de um 
relacionamento sob medida, para descobrir mais adiante o parceiro não terá 
condições de acompanhar suas necessidades, seja em termos de capacidade de 
transporte, seja em termos de modernização tecnológica ou gerencial.
5. Qualidade do 
pessoal 
operacional
Com a crescente sofisticação das operações de transportes, tanto do ponto de 
vista tecnológico, quanto do ponto de vista de serviços, a qualidade do pessoal 
operacional passou a ter uma importância fundamental no desempenho dos 
transportadores. Por qualidade do pessoal entenda-se educação formal, 
capacitação técnica, e habilidade comportamental. Portanto, ao selecionar uma 
transportadora, torna-se cada vez mais necessário conhecer e analisar o perfil 
profissional do pessoal operacional.
6. Informações de 
desempenho
O monitoramento contínuo das operações é uma das principais características 
das empresas, modernas que possuem sistemas logísticos avançados. Ao 
contratar um terceiro para executar suas operações de transportes, as 
empresas correm o risco de perder contato com seu desempenho no campo. 
Para garantir que isto não aconteça, torna-se necessário selecionar um 
prestador de serviços com capacidade de medir o desempenho e disponibilizar 
as informações para a empresa contratante.
 Página 9 de Gestão de Suprimentos

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