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AV2 BIOMECÂNICA (1)

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AULA 1.pdf
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
BIOMECÂNICA 
ESTÁCIO 
Evolução Histórica 
 
 Cinesiologia = “kinein” (mover) + “logos” 
(estudar). 
“A ciência dos movimentos dos corpos” 
Há uma combinação entre o movimento 
(mecânica) + estrutura (anatomia) + função do 
corpo (fisiologia). 
-384-322 a.c. – Aristóteles - pai da cinesiologia – 
conhecimento sobre centro de gravidade; leis de 
movimento e de alavanca. 
 
-131-201 d.c - galeno - ensaio “de motu 
musculorum” – entre músculos agonistas e 
antagonistas; nervos motores e sensitivos e 
termos como diartrose e sinartrose. 
Aproximadamente 1000 anos sem evolução. 
-1452-1519 – leonardo da vinci – 1º a registrar 
dados científicos da marcha humana. 
Posteriormente tivemos galileu galilei, afonso 
borelli, etc...; a cinesiologia não parou mais 
de evoluir. 
 
Biomecânica – O conceito 
Mecânica dos seres vivos – relacionada com movimentos, 
forças e dinâmica do corpo humano, e dos seus segmentos. 
 
Comportamento do segmento corporal no espaço 
(movimento em torno de uma articulação (diartrose)) e 
maior atenção ao aproveitamento da energia por parte do 
músculo (contração muscular). 
 
Relação com outras ciências (base para construção do 
conhecimento): 
- anatomia = estrutura; - fisiologia = função; - mecânica = 
movimento. 
 
Conceitos sobre biomecânica 
 
“Estudo anatomofisiológico e mecânico do movimento 
do homem e dos seus segmentos corporais”. 
“O estudo da estrutura e da função dos sistemas 
biológicos utilizando os métodos de mecânica”. 
Hatze 
“Biomecânica é a ciência que examina as forças internas 
e externas que atuam no corpo e seus efeitos”. Hay 
“Biomecânica é a ciência que investiga a ação das 
forças internas e externas agindo sobre os corpos 
vivos. Não é um conceito novo. O que é novo é um 
aumento na amplitude da área de investigação da 
biomecânica, para as muitas possibilidades de 
movimento humano”. Miller 
 
Áreas de Atuação da Biomecânica 
 Biomecânica interna 
Preocupa-se com a determinação das forças internas (forças 
articulares e musculares) e às conseqüências resultantes 
dessas forças, frente às diferentes formas da solicitação 
mecânica. 
 Biomecânica externa 
Representa aqueles parâmetros de determinação quantitativa 
e/ou qualitativa referentes às mudanças de lugar e posição 
do corpo humano em movimento, com o auxílio de 
medidas descritivas cinemáticas e dinâmicas. Pode 
também ser analisada a partir da condição estática. 
Identifica e quantifica as forças externas (gravidade, atrito, 
etc...) que estão atuando sobre o corpo e as conseqüências 
resultantes dessas forças. 
Áreas de Estudos da Biomecânica 
 Antropometria 
Medidas inerciais do corpo do corpo humano. Utiliza trena, balança, 
paquímetros digitais e até sistemas de digitação a laser no 
registro dos parâmetros antropométricos. Permite criar um 
modelo biomecânico a partir do modelo antropométrico gerado 
em função das medidas coletadas. 
 
Medidas necessárias para a normalização dos dados, para a 
personalização dos modelos físico-matemáticos e para os 
métodos de simulação. 
 
O movimento pode ser descrito e até modelado matematicamente, 
permitindo a maior compreensão dos mecanismos internos 
reguladores e executores de movimentos do corpo humano. 
Áreas de Estudos da Biomecânica 
 Cinemetria 
Sistemas orientados para as medições dos movimentos e 
posturas dos gestos humanos, através de imagens, registro 
de trajetórias, decurso de tempo, determinação de curvas 
de velocidade e de aceleração, etc... . São usados 
normalmente sistemas de videografia, com uma ou mais 
câmeras, de alta freqüência, para reconstrução bi e 
tridimensional do movimento. 
Considera o registro de imagens do movimento humano. 
Reconstruções com auxilio de pontos marcados no corpo 
humano (conforme modelo antropométrico). 
Avaliações quantitativas e/ou qualitativas; da técnica de 
movimentos selecionados; de posturas e posições para 
análise e correção do movimento; comparativa entre 
situações propostas. 
Áreas de Estudos da Biomecânica 
 Dinamometria 
Sistemas orientados para a obtenção das forças que 
irão influenciar no movimento (forças internas e 
externas). 
Os principais sistemas usados são: a) avaliação das 
forças de reação do solo (FRS) – plataformas de 
forças, células de cargas, atenuadores e transdutores 
de carga; b) avaliação da distribuição da pressão 
plantar; c) dinamometria computadorizada – 
sistemas isocinéticos. 
Considera a análise da técnica de movimento; Análise 
da condição física; O controle da sobrecarga; 
Influência de fatores externos e internos. 
Áreas de Estudos da Biomecânica 
 Eletromiografia 
São medidas as diferenças de potenciais elétricos, na tentativa de avaliar as ações 
musculares, tentando verificar os níveis de participação de cada músculo ou 
parte deste. 
 
Considera avaliação da coordenação e da técnica de movimento; Estabelecimento 
de padrões comparativos entre situações propostas de movimento; 
Determinação dos padrões de recrutamento para grupos musculares 
selecionados; Resposta em situação de fadiga induzida pelo treinamento. 
 
Sistema de coleta de sinais elétricos, através de eletrodos do tipo agulha, fio ou de 
superfície. 
 
Fornecem indicadores para habilidades atléticas, comprometimento motor, níveis 
de contração muscular, período de atividade muscular e sinergias envolvidas em 
um movimento. 
 
 
 
 
AULA 2.pdf
Princípios da Mecânica 
Aplicados ao Movimento 
UNESA 
 
CINEMÁTICA 
 
 
 A FORMA, O PADRÃO OU O 
SEQUENCIAMENTO DO MOVIMENTO 
EM RELAÇÃO AO TEMPO. 
Formas de Movimento 
Translação ou mov. linear 
 
Formas de Movimento 
Rotação ou mov. angular 
Planos e Eixos 
Movimentos Articulares 
(Planos e Eixos) 
 Flexão 
 Extensão 
 Hiperextensão 
 Abdução 
 Adução 
 Rotação Interna/Medial 
 Rotação Externa/Lateral 
 Circundução 
Cadeias de Movimento 
CINÉTICA 
 
 
 RAMO DA MECÂNICA QUE INCORPORA 
OS CONCEITOS DE MASSA, FORÇA E 
ENERGIA. 
Conceitos Básicos 
 
 
 Inércia; Força; Massa; Pressão;Volume; 
Densidade; Impulso; Atrito; Potência; 
Energia; Leis de Newton (lei da inércia, 
lei da aceleração, lei da reação e lei da 
gravitação). 
Natureza dos Fluidos e 
Resistência Dinâmica 
Fluido: substância que flui quando submetida a 
um estresse de cisalhamento. 
 Fluxo Laminar vs Turbilhonar 
Laminar – caracterizado por camadas regulares 
e paralelas de fluido. 
Turbilhonar – caracterizado pela mistura das 
camadas fluídicas adjacentes. 
Flutuabilidade – força de um fluido que atua 
sempre verticalmente para cima. 
Natureza dos Fluidos e 
Resistência Dinâmica 
Princípio de Arquimedes – A força de flutuação 
que atua sobre um corpo é igual ao peso do 
líquido deslocado pelo corpo. 
Flutuação do Corpo Humano: 
O ponto no qual a força de flutuação atua é o centro 
de volume do corpo. 
Observar: 
Densidade dos
ossos e músculos é maior que a da 
gordura. 
A água do mar é mais densa que a água doce. 
 
Natureza dos Fluidos e 
Resistência Dinâmica 
Geralmente a resistência dinâmica é uma força de resistência, ou seja, 
torna mais lento o movimento de um corpo através de um fluido. 
 
Resistência de superfície – deriva do atrito entre camadas adjacentes de 
fluido próximas de um corpo que se movimenta através do fluido. 
 
Resistência de forma – criada por um diferencial de pressão entre a 
superfície anterior e posterior de um corpo que se movimenta através 
de um fluido. 
 
Resistência de onda – criada pela produção de ondas na interface entre 
dois fluidos diferentes, ar e água. 
 
Sustentação – força que atua sobre um corpo em um fluido na direção 
perpendicular ao fluxo do fluido. 
 
Princípio de Bernoulli 
É uma expressão da relação inversa entre 
a velocidade relativa e pressão relativa 
no fluxo de um fluido. 
High velocity low pressure 
Low velocity high pressure 
Formas Ativas e Passivas de 
Movimento 
Forma Ativa: 
É quando existe uma força interna atuando 
diretamente para realização do movimento. 
Ex: força contínua; equilibrado dinâmico; 
dirigido. 
Forma Passiva: 
Ocorre por ação de uma força externa ao 
segmento que se queira deslocar no espaço. 
Ex: gravitacional; inércia ou manipulação. 
Centro de Gravidade; Estabilidade e 
Movimento Humano. 
A síntese da quantidade de massa que constitui um 
corpo em único ponto, sofrendo a ação da gravidade 
é chamado centro de gravidade. 
A ação da gravidade concorre diretamente para que eu 
verifique a estabilidade do movimento realizado. 
A projeção do centro de gravidade dentro da base de 
sustentação aumenta a estabilidade do corpo. 
Determinação do CG: Método direto e indireto 
Fatores que Afetam a Estabilidade: Aprendizado e 
desenvolvimento motor; força e resistência muscular; 
flexibilidade articular. 
Sistemas de Alavancas 
 
Alavanca - Barra rígida também chamada de 
máquina simples. 
Eixo - Ponto ao redor do qual ocorre o 
movimento. Também chamado de fulcro. 
Força Potente – Atua a favor do sentido do 
movimento. 
Força Resistente – Atua contra o sentido do 
movimento. 
Primeiro Gênero, Primeira Classe, 
Interfixa, Interapoio ou Equilíbrio 
 
 
 
O ponto de apoio está entre a força 
potente e a força resistente 
Segundo Gênero, Segunda Classe, 
Interresistente ou Força 
 
 
 
A força resistente está localizada entre o 
apoio e o ponto de aplicação da força 
potente. 
Terceiro Gênero, Terceira Classe, 
Interpotente ou Velocidade 
 
 
 
A força potente está localizada entre a 
força resistente e o ponto de apoio. 
Interpretação de Torque e 
Momento de Força. 
Braço do momento – menor distância perpendicular 
entre a linha de ação da força e um eixo de rotação. 
 
Momento é o efeito rotatório de uma força ao redor de 
um eixo de rotação. É medido como o produto da 
força pela distância perpendicular entre a linha de 
ação da força e o eixo. 
 
A comparação entre os momentos potente e resistente 
é chamada de torque. O torque determina o sentido 
do movimento. 
Vantagens e Desvantagens 
Mecânicas no Movimento 
VANTAGEM MECÂNICA = BMFP÷BMFR; >ou = 1 
 
Sempre que o braço de momento de força 
potente for mais longo que o braço do 
momento de força resistente (a relação da 
vantagem mecânica é reduzida a um número 
que é maior que a unidade), a magnitude da 
força aplicada necessária para deslocar a 
resistência é menor que a magnitude da 
resistência. 
Mecânica dos Materiais Biológicos 
(Biomateriais) 
Cargas mecânicas = forças que atuam sobre as 
estruturas biológicas. 
Considerar: Direção; Duração e Magnitude. 
Axiais (longitudinais). 
- Compressão ou esmagamento. 
- Tensão ou tração. 
Não axiais 
- Cisalhamento ou deslizamento. 
- Torção ou rotação. 
- Inclinação ou curvamento. 
Compression 
Tension 
Deformações Elásticas e 
Plásticas 
Elasticidade - é a habilidade do material em 
retornar seu tamanho e forma original (livre 
de estresse) quando as cargas aplicadas são 
removidas. 
Plasticidade - implica deformações 
permanentes. 
Materiais podem sofrer deformações plásticas 
quando são carregados além dos seus limites 
elásticos. 
 
Deformation 
Plastic 
Region 
Ultimate 
Failure 
Point 
Yield 
Point 
Elastic 
Region 
L
o
a
d
 
AULA 3.pdf
Sistema Neuromuscular 
Aplicado ao Movimento 
UNESA 
 
Introdução 
As propriedades fundamentais do músculo estão relacionadas à 
força, ao comprimento, a freqüência de estimulação e a 
velocidade. 
 
Musculatura estriada esquelética - atividade voluntária. 
 
O movimento que um segmento descreve no espaço depende da 
quantidade de força, união do tendão ao osso e da articulação. 
 
O tendão muscular é responsável pela união do músculo ao osso. 
Transmite aos ossos os esforços que são gerados pela 
musculatura. 
 
De 2 a 3 semanas adaptação da componente neural. 
Após 8 semanas adaptação da componente morfológica. 
 
Organização Estrutural do 
Músculo Esquelético 
 
Estrutura das Fibras Musculares 
Músculo – Fascículo – Fibra muscular – 
Miofibrila - Sârcomero 
Sarcômero - Menor unidade de contração 
muscular. 
O mecanismo de encurtamento e estiramento 
de um músculo - capacidade de elasticidade 
do músculo. 
Epimísio, perimísio e endomísio são tecidos de 
conexão que revestem respectivamente 
músculo, fascículo e fibra muscular. 
Unidade Motora e Recrutamento 
Um único neurônio motor e todas as fibras 
por ele inervadas. 
Espalham-se por uma área grande e são 
entremeadas por fibras de outras unidades 
motoras. 
Pode conter de menos de 100 a aprox. 
2000/2200 fibras. 
Movimentos precisos – unidades motoras 
pequenas. 
Movimentos vigorosos – unidades motoras 
grandes. 
 
Tipos de Fibras Musculares 
Fibras de contração lenta (tipo I) – pico de tensão com 
relativa lentidão. 
Apresentam: Baixa velocidade de contração, alta resistência à 
fadiga, diâmetro pequeno, baixa concentração de ATPase e 
enzimas glicolíticas, alta concentração de mitocôndrias. 
Fibras de contração rápida (tipo IIa; IIb) – pico de tensão 
com relativa rapidez. 
As fibras do tipo IIa apresentam: alta velocidade de contração, 
média resistência à fadiga, diâmetro médio, alta 
concentração de ATPase e de mitocôndrias, média 
concentração de enzimas glicolíticas. 
As fibras do tipo IIb apresentam: alta velocidade de contração, 
pouca resistência à fadiga, diâmetro grande, alta 
concentração de ATPase e enzimas glicolíticas, baixa 
concentração de mitocôndrias. 
T
w
it
c
h
 T
e
n
s
io
n
 
Time 
FT ST 
Skeletal Muscle Fiber 
Characteristics 
 TYPE IIA 
Type I Fast-Twitch
Type IIB 
 Slow-Twitch Oxidative Fast-Twitch 
 Oxidative Glycolytic Glycolytic 
CHARACTERISTIC (SO) (FOG) (FG) 
Contraction Speed slow fast fast 
Fatigue rate slow intermediate fast 
Diameter small intermediate large 
ATPase concentration low high high 
Mitochondrial high high low 
concentration 
Glycolytic enzyme low intermediate high 
concentration 
Arquitetura da Fibra Muscular 
Fibra paralela ou fusiforme 
É aquela em que o sentido das fibras 
acompanha o sentido longitudinal do 
músculo. Exemplo: - bíceps braquial; - 
porção do reto abdominal. 
Fibra penada ou oblíqua 
É aquela que está disposta obliquamente 
ao sentido longitudinal do músculo. 
Exemplo: - semimembranoso; - reto 
femoral. 
Unidade Músculo-Tendínea 
Componente contrátil ou ativo 
Propriedade do músculo que torna 
possível o desenvolvimento de tensão 
nas fibras musculares estimuladas. 
Componente elástico ou passivo 
Propriedade elástica passiva do músculo. 
Dividem-se em Componente elástica em 
série (CES) – tendões e pontes 
cruzadas; Componente elástica em 
paralelo (CEP) – membranas 
musculares. 
Parallel Elastic 
Component 
Series Elastic 
Component 
Contractile 
Component 
Inserção Muscular (Tendão/aponeurose/osso) 
Tendões e ligamentos são tecidos conjuntivos 
densos conhecidos como tecidos colagênicos 
fibro-paralelos. São constituídos de colágeno 
(elastina) e sustância de base 
(proteoglicanos). 
A estrutura das inserções em ossos é 
semelhante em ligamentos e tendões e 
consiste em quatro zonas. 
São estruturas viscoelásticas. 
Sustentam principalmente cargas de tensão, 
Propriedades Comportamentais 
da Unidade Musculotendinosa 
Irritabilidade – capacidade de responder ao estimulo. 
Eletroquímicos ou mecânicos. 
Capacidade de desenvolver tensão – característica 
comportamental especifica do tecido muscular. 
Componente contrátil da função muscular. 
Contratibilidade – capacidade de diminuir de 
comprimento. 
Extensibilidade – capacidade de aumentar de 
comprimento. 
Elasticidade – capacidade de retornar ao seu 
comprimento normal de repouso após um 
estiramento/encurtamento. Torna possível a 
transmissão uniforme de tensão do músculo ao osso. 
Abordagem Mecânica das Ações 
Musculares 
1 - Ação isométrica – desenvolvimento de tensão sem alteração 
no comprimento do músculo. Velocidade = zero. 
2 - Ação Concêntrica – desenvolvimento de tensão com 
encurtamento muscular. Aceleração 
3 - Ação Excêntrica – desenvolvimento de tensão com 
estiramento muscular. Desaceleração. 
A - Ação isotônica – movimentação de um peso especifico por 
uma amplitude de movimento. Peso constante x carga real 
imposta ao músculo varia pela amplitude de movimento. 
B - Ação isocinética – velocidade controlada e constante (0 
graus/s a 600 graus/s); resistência variável e força contínua. 
Necessidade de um dinamômetro isocinético. 
C - Ação isoinercial – Manutenção da inércia ao longo do 
movimento, conseguida através da resistência dinâmica 
variável. 
Funções do Músculo 
Agonista – músculo que atua para causar o movimento. Motor primário. 
Antagonista – músculo que atua para tornar mais lento ou interromper 
um movimento. 
Acessório – ajuda o motor primário a realizar a ação muscular. 
Função sinergista – músculo que atua juntamente com outro ou com 
um grupo de músculos. 
Estabilizador(fixador) – músculo que atua para estabilizar uma parte do 
corpo, para que um outro músculo ativo tenha uma base firme sobre 
a qual possa exercer tração. 
Neutralizador – músculo que atua para eliminar uma ação indesejada 
produzida por um outro músculo que se contrai. 
 
Músculos biarticulares e poliarticulares 
Insuficiência ativa – Menor capacidade de gerar tensão. 
Insuficiência passiva – Maior capacidade de resistir ao estiramento. 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
 
- Área de secção transversal fisiológica 
 
Quanto maior a área de corte maior será a 
força. 
 
 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
 
- Ângulo de inserção do músculo 
 
Ângulo de tração x Aproveitamento da força. 
 
 
 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
- Relação comprimento x tensão 
A tensão total presente em um músculo é a 
soma da tensão ativa e passiva, quando 
esta existir. 
Retardo eletromecânico (REM) – período de 
tempo entre a chegada do estímulo neural 
e o desenvolvimento de tensão pelo 
músculo. 
 
 
 
Comprimento (% do Comp. de Repouso) 
50 100 150 
Active 
Tension 
Passive 
Tension 
Total 
Tension 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
- Relação força x velocidade 
Quando o músculo desenvolve tensão 
concêntrica contra uma carga elevada, a 
velocidade do encurtamento deverá ser 
relativamente baixa. Contra uma carga baixa, 
a velocidade do encurtamento deverá ser 
relativamente alta. 
Quando o músculo desenvolve tensão 
excêntrica contra uma carga elevada, a 
velocidade de estiramento tenderá a 
relativamente alta. Quanto mais alta for a 
carga mais alta tenderá a ser a velocidade. 
 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
- Relação Tempo x Tensão 
Estímulo simples – intervalo suficiente para 
recuperação entre os estímulos. 
Somação ou Somação Incompleta – 
elaboração de uma forma aditiva de 
estímulos. 
Tetania ou Somação Completa – tensão 
máxima sustentada como resultado da 
estimulação repetitiva. 
 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
 
- Pré-estiramento (ciclo excêntrico-
concêntrico) 
 
Ação excêntrica seguida imediatamente de 
ação concêntrica. 
 
FATORES MECÂNICOS QUE 
AFETAM NA FORÇA MUSCULAR 
- Efeitos da fadiga 
As características da fadiga muscular incluem a 
duração na capacidade de produção de força 
muscular, na velocidade de encurtamento, no 
relaxamento prolongado das unidades 
motoras entre os períodos de recrutamento. 
A fadiga absoluta é encontrada quando a fibra 
muscular torna-se incapaz de desenvolver 
tensão ao ser estimulada por seu axônio 
motor, podendo também ocorrer no neurônio 
motor, tornando-o incapaz de gerar um 
potencial de ação. 
AULA 4.pdf
SISTEMA ÓSSEO APLICADO 
AO MOVIMENTO
COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E COMPONENTES
MATERIAIS DO TECIDO ÓSSEO
A forma e o tamanho do esqueleto são determinados por
fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento
ósseo.
Fatores que influenciam no desenvolvimento e crescimento
do osso: Nutrição, Nível de atividade; Hábitos posturais;
Hereditariedade; Estilo de vida e Raça.
39 % - componentes orgânicos - conferem força ao osso. O
colágeno permite uma maleabilidade ao osso.
49% - componentes minerais - conferem rigidez ao osso. O
cálcio e o fosfato conferem
ao osso rigidez, grande
capacidade e assimilação de cargas.
12 % - componentes líquidos (fluídos).
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
Osso Compacto ou cortical: oferece força e dureza ao
esqueleto. Assemelham-se a um sistema de tubos ocos
concentricamente. Suportam altos níveis de apoio de pesos
ou tensão muscular longitudinalmente, antes de falhar ou
fraturar.
Quanto maior for o número de camada (tubos) maior a força e
dureza do osso.
Osso esponjoso ou trabecular: semelhante a uma trelhiça
com uma porosidade maior de 70 %. É mais fraco e menos
rígido que o osso cortical. As trabéculas permitem adaptação
na direção do estresse imposto, permitindo assim uma força
relativamente alta para um osso relativamente leve.
Graças a uma maior porosidade apresenta uma maior
capacidade de absorção de energia (choques) e distribuição
de cargas.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
ÓSSEO
Ossificação dos ossos longos
O equilíbrio entre os osteoclastos e osteoblastos favorecem o
crescimento e desenvolvimento ósseo a partir das demandas de
cargas.
Crescimento longitudinal dos ossos longos
É influenciado pelas cargas compressivas e ocorre ao nível das epífises,
a partir da placa epifisária. Com o desaparecimento da placa
epifisária dizemos que o osso apresenta a maturação, que ocorre
entre 18 e 25 anos.
Crescimento circunferencial dos ossos
Ocorre por toda a vida desde antes da fase adulta. A camada interna
de periósteo produz camadas concêntricas acima das já existentes. O
osso é absorvido ou eliminado ao redor da circunferência da
cavidade medular com o aumento do diâmetro da cavidade.
ESTRESSE = FORÇA ÷ ÁREA DE APLICAÇÃO
DA FORÇA
RESPOSTA ÓSSEA AO ESTRESSE & 
MODELAGEM E REMODELAGEM ÓSSEA
É a distribuição interna das forças das externas que estão sendo
aplicadas sobre o corpo. Estresse = Força ÷ Área de aplicação da força.
O sentido, o tempo e a magnitude da força são importantes para
determinar o estresse.
É a avaliação do comportamento do osso submetido a uma carga (força).
É a resposta dinâmica à presença ou ausência de diferentes forças
como mudanças no tamanho, formato e densidade de um osso.
LEI DE WOLFF (1892) - “As densidades e, num grau muito menor, os
formatos e tamanhos dos ossos e um determinado ser humano
constituem uma função da magnitude e do sentido dos estresses
mecânicos que agem sobre os ossos.”
Característica anisotrópica – São diferentes propriedades mecânicas
em respostas às cargas aplicadas em diferentes sentidos.
Exibem diferentes graus de resistência e rigidez em resposta às forças
aplicadas a partir de diferentes sentidos.
O osso é mais forte para resistir ao estresse compressivo e mais fraco
para resistir ao estresse de cisalhamento.
AÇÃO DO OSTEOBLASTOS X
OSTEOCLASTOS
Podem diminuir, aumentar ou modificar o formato de um osso.
Hipertrofia óssea
São ossos que apresentam maior mineralização, ou seja, são mais
densos que aqueles dos indivíduos sedentários para mesma idade
e sexo.
Quanto maior a força ou carga imposta, mais efetivo será o aumento
da mineralização do osso.
A magnitude de uma carga é mais importante do que a freqüência
de exposição a essa carga para a massa óssea.
Os efeitos são de caráter geral e não só específica.
Atrofia óssea ou hipotrofia óssea
A redução dos estresses mecânicos leva a uma atrofia do osso e
conseqüente remodelagem óssea. Os ossos tornam-se mais leves e
menos resistentes devido principalmente a diminuição da
quantidade de cálcio.
O osso trabecular é mais afetado do que o osso cortical.
MUDANÇAS DEGENERATIVAS NOS OSSOS
ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO.
Osteopenia – É a redução inicial na quantidade de
material mineral do osso. Apresentando menor
capacidade de suportar carga (força).
Osteoporose – É uma doença degenerativa que tem como
principal característica a redução da componente
mineral do osso.
Tipo I – Pós-menopausa – afeta ± 40% das mulheres
após os 50 anos.
Tipo II – Associada a idade – Afeta mulheres e homens
após os 70 anos.
AULA 6.1.pdf
BMC APLICADA AO COMPLEXO SUPERIOR
Prof. MSc. Claudio Peixoto
ESTÁCIO 
COMPLEXO DO OMBRO
A Cintura Escapular (CE) é formada por dois pares ósseos, que são: clavícula e escápula.
Essa cintura confere uma maior condição de livre movimentação para os membros
superiores, fazendo com que os movimentos sejam mais amplos, eficientes e
cadenciados, graças a um conjunto de articulações e segmentos.
A CE é considerada um anel incompleto, o que permite movimentos independentes para
membros superiores direito e esquerdo.
Os membros superiores estão mais capacitados a realizarem habilidades de manipulação,
destreza e coordenação motora fina.
A CE deve ser inicialmente compreendida a partir das articulações esterno-clavicular (EC)
e acrômio-clavicular (AC). O ponto de união da CE e do membro superior com o restante
do esqueleto ocorre na articulação EC.
ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR
É classificada como articulação sinovial deslizante ou esferoidal modificada, com um disco
fibrocartilaginoso, sendo suportada pelos ligamentos interclavicular, esternoclavicular e
costoclavicular (o mais importante).
A integridade postural da CE depende diretamente da tensão residual do sistema
locomotor ativo.
Movimentos da EC:
Plano Frontal - elevação e depressão.
Plano Transverso – protração ou abdução e retração ou adução.
Obs: A clavícula roda aproximadamente 50 graus em torno do seu eixo longo (rotação
anterior e posterior).
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR
É classificada como articulação sinovial deslizante pequena e, possui disco
fibrocartilaginoso. A articulação AC fica sobre o topo da cabeça do úmero e pode
restringir os movimentos do braço. A articulação AC é reforçada por uma cápsula densa e
tensão ligamentar, em especial do ligamento córaco-clavicular. Os movimentos na
articulação esterno clavicular são opostos aos movimentos na articulação AC para
elevação, depressão, protração e retração.
ATENÇÃO - Os movimentos da cintura escapular são caracterizados a partir dos
movimentos da escápula.
MOVIMENTOS DA ESCÁPULA
Plano Transverso – Eixo Longitudinal
Protração ou abdução - Movimento de afastamento da borda medial da escápula da
coluna vertebral.
Retração ou adução – Movimento de aproximação da borda medial da escapula da coluna
vertebral.
Plano Frontal – Eixo Ântero-Posterior
Rotação superior - ângulo inferior da escápula gira para fora ou lateralmente.
Rotação inferior - ângulo inferior da escápula gira para dentro ou medialmente.
Plano Frontal (Translação)
Elevação – A escápula desliza para cima.
Depressão – A escápula desliza para baixo.
Obs: Não existe eixo de movimento.
Observações Importantes:
A clavícula funciona como um “braço móvel” para os movimentos da escápula.
A articulação escapulotorácica é uma articulação fisiológica (funcional). A escápula apoia-
se sobre dois músculos: o serrátil anterior e o subescapular.
ARTICULAÇÃO DO OMBRO OU GLENOUMERAL
É uma articulação sinovial de cabeça e cavidade (esferóide), sendo considerada a
articulação de maior amplitude do corpo humano. Sua constituição estrutural faz com
que esta articulação apresente cápsula frouxa e suporte ligamentos limitados.
A cavidade glenóide envolve somente 25% da cabeça umeral, sendo a participação de
uma estrutura
fibrocartilaginosa, chamada lábio da glenóide, responsável por aumentar
em 75% a área de contato entre a cavidade e a cabeça do úmero.
Juntamente com o lábio da glenóide, os tendões do manguito rotador (infra e supra
espinhoso, subescapular e redondo menor) auxiliam na fixação da cabeça do úmero à
cavidade.
A cápsula articular tem aproximadamente o dobro do volume da cabeça umeral.
A artrocinemática do ombro permite identificar movimentos de rotação e translação.
MOVIMENTAÇÃO DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL)
Plano sagital – Eixo látero-lateral:
Flexão – Deslocamento do segmento braço para frente – Grau de Amplitude de
Movimento (GAM) ±180o.
Extensão – Deslocamento do segmento braço para Posição Anatômica (PA) – GAM
±180o.
Hiperextensão – Deslocamento do segmento braço para além da PA – GAM ±60o.
Plano frontal – Eixo ântero-posterior:
Abdução – Movimento tem início com afastamento do segmento braço da linha média do
corpo – GAM ±180o.
Adução – E o retorno do movimento de abdução – GAM ±180o.
Plano transverso – Eixo longitudinal:
Rotação interna ou medial – Segmento braço gira medialmente ou para dentro. – GAM
±105o.
Rotação externa ou lateral – Segmento braço gira lateralmente ou para fora. – GAM
±45o.
Plano transverso – Eixo longitudinal (Posição inicial = braços paralelos ao solo no plano
frontal médio)
Flexão – adução – horizontal – Segmento braço desloca-se para frente – GAM ±135o.
Extensão – abdução – horizontal – Segmento braço desloca-se para trás – GAM ±45o.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Os movimentos combinados do complexo do ombro estão relacionados aos movimentos
da escápula e da articulação do ombro. Quando ocorrem simultaneamente são
denominados ritmo escapuloumeral.
Nos primeiros 30o de abdução e 45o/60o de flexão da articulação do ombro a escápula
tende a permanecer estática. A partir desta amplitude de movimento a escápula começa
a movimentar-se, permitindo assim, um ajuste da cintura escapular e consequentemente,
a facilitação do movimento para a articulação do ombro. Basicamente o ritmo de ajuste
guarda uma relação de 2:1.
À medida que o ombro abduz acima de 90o, o tubérculo maior na cabeça do úmero
aproxima-se do arco córaco-acromial. A compressão dos tecidos moles começam a
limitar uma abdução adicional e em rotação interna o tubérculo maior do úmero faz
contato com o acrômio.
Se o ombro é girado externamente a abdução torna-se mais fácil, pois o tubérculo maior
é movido para fora do arco.
Dos 180o conseguidos para os movimentos de elevação (flexão e abdução) da articulação
do ombro, 120o ocorrem na articulação do ombro e 60o na escápula (articulação
escapulotorácica).
AÇÕES MUSCULARES NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO
Acima de 90o de elevação da articulação do ombro a força do manguito rotador diminui,
deixando a articulação do ombro mais vulnerável às lesões.
A força adução dos músculos do ombro é o dobro da força do movimento de abdução,
embora o movimento de abdução e seu grupo muscular sejam usados mais
frequentemente em atividades esportivas ou AVDs.
As ações articulares mais fracas da articulação do ombro são os movimentos de rotação.
Sendo a rotação externa mais fraca que a rotação interna.
Os músculos do ombro são fáceis de alongar e de fortalecer, devido a mobilidade da
articulação.
Os músculos que agem na articulação do ombro e cintura escapular geralmente
trabalham combinados, fazendo com que seja difícil isolar um músculo específico em um
exercício.
Um grupo muscular importante, que deve ser enfatizado em uma rotina de alongamento
e de fortalecimento do complexo do ombro é o manguito rotador, já que estes músculos
estabilizam a articulação do ombro e realizam uma ampla variedade de movimentos do
ombro.
Os microtraumas são mais comuns como causa das lesões do complexo do ombro, em
especial, na chamada área de compressão (arco córaco-acromial).
COMPLEXO DO COTOVELO
O complexo do cotovelo envolve dentro da mesma cápsula articular três articulações.
Umerorradial (UR) – Umeroulnar (UU) – Radioulnar Superior (proximal) (RUS).
A articulação UU é considerada a articulação do cotovelo.
Ela está capacitada a suportar cargas tensivas.
A articulação UU é do tipo gínglimo ou dobradiça.
A articulação RUS é do tipo trocóide ou pivô.
A articulação UU é considerada uma articulação muito estável, tendo integridade
estrutural e bom suporte ligamentar e muscular.
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO UU
Plano Sagital – Eixo Látero-lateral:
Flexão – Deslocamento do segmento antebraço para frente – GAM ±150o.
Extensão – É o alinhamento do segmento antebraço e braço – GAM ±150o.
Obs: Na posição de extensão a tróclea assimétrica cria uma angulação da ulna
lateralmente, criando uma posição em valgo. Isto é chamado de ângulo de carregamento
e, varia de 10o a 15o nos homens e 20o a 25o nas mulheres.
Na medida em que o cotovelo é flexionado, essa posição de valgo é reduzida, e pode até
resultar em uma posição em varo com flexão completa.
ARTICULAÇÃO RUS
É a articulação entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.
É onde ocorrem de maneira efetiva os movimentos da articulação RUS.
Movimentos da articulação RS
Plano Transverso – Eixo Longitudinal
Pronação – Rádio cruza sobre a ulna – GAM ±150o.
Supinação – Partindo da posição prono o Rádio retorna à PA – GAM ±150o.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Na posição neutra ou semipronada o rádio e a ulna ficam próximo um do outro, mas em
pronação completa o rádio cruza sobre a ulna diagonalmente.
Observações:
Os epicôndilos medial e lateral são pontos de referência proeminentes nas faces medial e
lateral do cotovelo, e são também, locais de lesão por uso repetitivo.
A flexão da articulação do cotovelo é limitada pelo grau de estiramento do antagonista,
pelo contato nas partes moles do antebraço com o braço e o contato do osso a osso do
processo coronóide com a cavidade coronóide.
A extensão do cotovelo é limitada, primariamente pelo contato do olécrano na fossa do
olecraniana e, ainda pelo grau de estiramento do antagonista.
AÇÕES MUSCULARES
O flexor puro da articulação UU é o músculo braquial – Monoarticular. A ação do braquial
não é influenciada pela pronação e supinação RUS.
A contribuição do bíceps braquial com a flexão do cotovelo depende das posições das
articulações do ombro e radioulnar.
O bíceps braquial é mais efetivo como flexor na posição de supinação da RUS, quando a
inserção no rádio não fica torcida. Sua contribuição pode ser aumentada se o ombro
estiver ligeiramente estendido, na qual a inserção da cabeça curta do bíceps braquial o
torna tensionado.
O posicionamento da articulação RUS, não interfere na participação da musculatura do
tríceps braquial, da extensão do cotovelo.
A porção medial do tríceps é considerada extensora plena do cotovelo. Já a porção longa
depende do posicionamento da articulação do ombro, e é mais efetivo quando o ombro
está flexionado. A porção curta necessita uma maior quantidade de resistência para ser
plenamente ativado.
O grupo muscular flexor é quase duas vezes mais forte do que os extensores, o que nos
torna melhores puxadores do que empurradores.
A posição semi-pronada é a posição na qual a força máxima em flexão pode ser
desenvolvida, seguida pela posição supinada e por último a posição pronada.
As únicas posições que
colocam alguma forma de alongamento sobre os flexores e
extensores precisam incorporar alguma hiperextensão e flexão nas articulações do ombro
(origem da musculatura envolvida).
A ARTICULAÇÃO DO PUNHO E MÃO
A mão é usada primariamente, para atividades de manipulação que requeiram
movimentos muito finos, com amplas variedades de postura entre mãos e dedos. São
possíveis aproximadamente 58 movimentos combinados para as mãos.
A articulação do punho é constituída pela articulação radiocárpica (RC) e intercárpica
(IC). O rádio articula com três ossos da primeira fileira do carpo (escafóide, semilunar e
piramidal). A descrição dos movimentos do punho tem como base a articulação RC, que
é classificada como sinovial, elipsóide, permitindo o movimento de flexão, extensão,
flexão-radial ou abdução e flexão-ulnar ou adução.
MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO DO PUNHO
Plano Sagital – Eixo látero-lateral:
Flexão: segmento mão desloca-se para frente a partir da PA – GAM ±70o a 90o.
Extensão: segmento mão desloca-se para trás a partir da PA – GAM ±70o a 80o.
Plano Frontal – eixo ântero-posterior.
Flexão-radial, Desvio-radial ou abdução: segmento mão desloca-se lateralmente a partir
da PA – GAM ± 30o a 40o.
Flexão-ulnar, Desvio-ulnar ou adução: segmento mão desloca-se medialmente a partir da
PA – GAM ± 45o.
Obs: Quando o punho é flexionado o movimento é iniciado pela articulação intercárpica
(médio-cárpica), representando 60% da amplitude de movimento, os 40% restantes
ficam por conta da articulação RC. Já o movimento de extensão apresenta o
comportamento inverso.
ARTICULAÇÃO CARPO-METACÁRPICA (CMC)
É a articulação entre os ossos do carpo e os cinco metacarpos.
A articulação CMC é a articulação que proporciona a maioria dos movimentos do polegar
e a minoria dos movimentos dos outros quatro dedos.
A articulação CMC do polegar é uma articulação selar entre o trapézio e o primeiro
metacarpo, permitindo o movimento de flexão e extensão (50o a 80o), abdução e adução
(40o a 80o) e rotação externa e interna (10o a 15o).
O polegar pode tocar cada um dos dedos no movimento de oposição e, é muito
importante em tarefas de garra e preensão.
ARTICULAÇÃO METACARPO-FALANGIANA (MCF)/ARTICULAÇÃO 
INTERFALÂNGICAS (IF)
Articulação Metacarpo-falangiana (MCF)
É a articulação entre a parte distal dos metacarpos e as falanges.
As articulações MCF do 2o ao 5o dedo são classificadas como sinovial do tipo condilar,
permitindo o movimento de flexão e extensão - abdução e adução.
Articulação Interfalângicas (IF)
É a articulação entre as falanges.
Subdivide-se em interfalângicas proximais e distais, com exceção do polegar.
Existem três razões principais para as pessoas condicionarem a região da mão, a saber:
Fortalecimento dos dedos para melhorar a garra;
Fortalecimento dos músculos envolvidos na articulação do punho;
Prevenção e redução de lesões.
AULA 5.pdf
SISTEMA ARTICULAR APLICADO 
AO MOVIMENTO 
Prof. MSc. Claudio Peixoto 
ESTÁCIO 
 
 
Arquitetura Articular 
Classificação das articulações relacionadas ao estudo do movimento: 
Articulações SEM cavidade articular: 
1) Sinartrose (imóvel) – Fibrosa – Sutura. Ex: Suturas do crânio. 
Obs: São articulações de menor interesse para biomecânica por serem imóveis. 
ARTICULAÇÕES SEM CAVIDADE ARTICULAR 
Anfiartrose (ligeiramente móvel): 
A – Ligamentar – Sindesmoses. Ex: Art. Radioulnar média. 
B - Cartilaginosa – Sincondroses e Sínfise. 
 Ex: Articulações intervertebrais e sínfise púbica. 
 
ARTICULAÇÕES COM CAVIDADE ARTICULAR 
Diartrose – Sinoviais (Amplamente móveis) 
A) Art. Deslizante; artrose ou plana – NÃO AXIAL. Ex: intertárcicas e 
intercárpicas. 
B) Art. em dobradiça; gínglimo ou charneira – UNIAXIAL – 1 Grau de 
Liberdade (GL). Ex: Art. Cotovelo. 
C) Art. em pivô ou trocóide – UNIAXIAL – 1 GL. Ex: Art. radioulnar proximal. 
D) Art. Elipsóide e art. Condilar – BIAXIAL – 2 GL. Ex: Art. Radiocárpica e Art. 
do Joelho (bicondilar). 
 
 
ARTICULAÇÕES COM CAVIDADE ARTICULAR 
Diartrose – Sinoviais (Amplamente móveis) 
E) Art. Esferoidal; cabeça e cavidade ou enartrose – TRIAXIAL – 3 GL. Ex: 
Art. do Ombro e Quadril. 
F) Art. Selar – TRIAXIAL – 3 GL. Ex: Art. Carpometacárpica do polegar. 
Obs: Cada grau de liberdade (GL) corresponde a um eixo relacionado a 
um plano ortogonal a partir da posição anatômica. Para cada GL existem 
dois movimentos. 
O movimento de circundução só é possível para articulações com pelo 
menos dois GL. 
 
 
 
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPONENTES 
ARTICULARES 
Cápsula articular – Membrana com duas camadas que reveste os ossos nas 
articulações sinoviais. A camada interna ou membrana sinovial é responsável 
por secretar o líquido sinovial. A densidade e resistência da cápsula a 
deformação elástica está relacionada a magnitude e a freqüência da carga a 
qual a cápsula está exposta. 
 
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPONENTES 
ARTICULARES 
Líquido sinovial – responsável pela lubrificação das articulações sinoviais. 
Apresenta característica multiviscosa frente a velocidade de realização e 
temperatura em que é realizado o movimento. 
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPONENTES 
ARTICULARES 
Cartilagem articular ou hialina – Denso tecido de conexão (pode 
chegar a  5mm) que reveste extremos ósseos nas articulações 
sinoviais. Apresenta adaptação mecânica a intensidade, sentido e 
tempo de exposição à carga aplicada. È constituída por três 
camadas sendo a mais interna próxima ao osso cortical a mais 
densa. Permite uma distribuição da carga por uma área mais 
extensa, reduzindo o estresse dentro da articulação e conduz a um 
baixo atrito dos ossos articulados, reduzindo o desgaste. 
 
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPONENTES 
ARTICULARES 
Ligamentos – São passivos tecidos de conexão que conectam os ossos 
entre si. Apresentam como principal função a manutenção da 
integridade estrutural da articulação, deformando-se de maneira 
elástica para permitir o movimento. Pode estar localizado dentro, fora 
ou na própria cápsula articular. Os ligamentos intracapsulares são os 
mais resistentes a deformação. 
 
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS COMPONENTES 
ARTICULARES 
Bolsas ou bursas – São pequenas cápsulas revestidas por membrana 
sinovial e repleta de líquido sinovial, localizadas entre as estruturas 
articulares com a finalidade de preservação de tais estruturas. Localizam-
se principalmente entre o tendão e o osso. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Flexibilidade ou mobilidade articular 
É o grau de amplitude relativa de movimento permitida por uma articulação, 
ou seja, é a passagem da posição anatômica ou uma posição de referencia 
para posição extrema de movimento em um determinado sentido. 
 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Flexibilidade ou mobilidade articular 
Divide-se em: 
Flexibilidade dinâmica – É a que melhor traduz a autonomia articular do 
sujeito, pois considera a movimento realização ativamente, não esperando 
encontrar restrições. 
Flexibilidade estática – Tem como
base o movimento realizado de forma 
passiva. É muito utilizada para diagnóstico do grau relativo de amplitude de 
movimento de uma articulação. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
O goniômetro é o instrumento utilizado para determinar a amplitude de 
movimento, que é medida em graus. 
Estabilidade articular 
– É a resistência apresentada por uma articulação ao movimento anormal dos 
segmentos corporais. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Tem como base duas posições, que são: 
Travada ou coaptação fechada – é aquela em que o encaixe ósseo é máximo 
dentro da articulação. Ao longo de todo o arco de movimento só existe uma 
posição considerada travada. 
Destravada ou coaptação aberta – é qualquer posição diferente da travada. 
Quanto maior a amplitude de movimento, menor o número de elementos 
articulares envolvidos com a estabilidade da articulação e maior a sobrecarga 
suportada mais difícil é estabilizar a articulação. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Fatores que influenciam na flexibilidade: 
1 – Formato e contato dos ossos na articulação. 
2 – Tipo e número de elementos articulares envolvidos. 
3 – Contato das partes moles. 
4 – Sexo. 
5 – Idade. 
6 – Temperatura. 
7 – GRAU DE ESTIRAMENTO DO MÚSCULO ANTAGONISTA. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Tipos de alongamentos: 
1) Ativo – produzido pela ação concêntrica dos músculos antagonistas ao que 
se quer alongar. 
2) Passivo – produzido por uma força externa, ou seja, diferente da ação 
concêntrica dos músculos antagonistas ao que se quer alongar. 
 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Tipos de alongamentos: 
3) Dinâmico ou balístico – São movimentos rápidos, sucessivos e suavemente 
controlados, visando o alongamento muscular, tentando evitar a estimulação 
dos fusos musculares. 
4) Estático – é a manutenção ou sustentação de uma postura por um período 
de tempo. Considera a característica viscoelástica dos tecidos. 
 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
Tipos de alongamentos: 
5) Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) ou 3S – envolve a 
contração concêntrica e o relaxamento alternado do músculo que se queira 
alongar.Tem por finalidade destacar a ação do Órgão Tendinoso de Golgi 
como auxiliar do trabalho de alongamento. 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
AÇÃO DOS RECEPTORES NEUROMUSCULARES NO ALONGAMENTO 
A) Fuso Muscular (FM) – Está localizado entre as fibras musculares sendo 
paralelo a estas. È sempre estimulado com o aumento do comprimento 
muscular. Divide-se em FM1 – que responde a velocidade e ao grau de 
estiramento muscular e, FM2 - que responde somente ao grau de 
estiramento muscular. Inibe o estiramento no músculo que está sendo 
alongado, pois inicia rápida ação concêntrica no mesmo interrompendo a 
tensão gerada pelos antagonistas. 
 
 
 
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS ARTICULAÇÕES 
SINOVIAIS 
AÇÃO DOS RECEPTORES NEUROMUSCULARES NO ALONGAMENTO 
B) Órgão Tendinoso de Golgi (OTG) – Está localizado em série, dentro dos 
tendões, próximo a junção miotendínea. É estimulado sempre que os 
tendões são alongados em função da ação concêntrica dos músculos 
vinculados a esses tendões. Promove então o relaxamento e 
conseqüentemente o estiramento do músculo que se queira alongar. Isto é, 
dá início a elaboração de tensão nos músculos antagonistas e promove o 
relaxamento do músculo que se quer alongar. 
 
DEGENERAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
Ocorre lesão das estruturas de dentro da articulação sinovial durante 
situação com alta carga, por alta freqüência de exposição à carga e/ou por 
cargas suportadas de maneira desigual. 
 
 
DEGENERAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
Estrutura mais afetada – CARTILAGEM ARTICULAR – por 
degradação enzimática, perda de proteoglicanas e remoção de 
matéria propriamente dita pela ação mecânica. 
Resultando em: 
Diminuição nas áreas de contato e erosão da cartilagem. 
Possível desenvolvimento de fissuras 
Maior exposição do osso subcondral. 
Início de doença articular degenerativa ou osteoartrite. 
 
DEGENERAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
Outras estruturas também afetadas: 
Cápsula articular – Formação de mais tecido fibroso e possível alongamento 
da cápsula. 
Lesão de menisco – instabilidade, perda da amplitude de movimento e 
edema dentro da articulação. 
Lesão da membrana sinovial – aumento na vascularidade e fibrose gradual do 
tecido. 
Considerar: Imobilização da articulação – Aderências, perda da amplitude de 
movimento, fibrose e sinovite. 
 
 
 
AULA 6.2.pdf
BMC APLICADA AO COMPLEXO INFERIOR
Prof. MSc. Claudio Peixoto
ESTÁCIO 
BIOMECÂNICA APLICADA AO COMPLEXO INFERIOR
É constituído a partir das articulações da cintura pélvica, quadril, joelho,
tornozelo e pé.
A cintura pélvica incluindo a articulação do quadril exerce um papel integral no
suporte do peso do corpo e ao mesmo tempo, oferece mobilidade,
aumentando a amplitude de movimento dos membros inferiores.
A cintura pélvica é constituída por pares ósseos – íleo, ísquio e púbis – e serve
como local para inserção de vinte e oito músculos do tronco e coxa, e nenhum
deles é posicionado para agir somente sobre a cintura.
BIOMECÂNICA APLICADA AO COMPLEXO INFERIOR
A cintura pélvica e a articulação do quadril fazem
parte de um sistema de cadeia cinética fechada,
no qual as forças sobem pelo quadril e pelve
indo para o tronco ou descem do tronco para
pelve e quadril até joelho, pé e solo.
Finalmente, o movimento da cintura pélvica e do
quadril contribuem significativamente para
manter o equilíbrio e postura em pé empregando
a ação muscular contínua para ajuste finos
assegurando o equilíbrio.
Movimentos da cintura pélvica
Movimento no plano sagital – eixo látero/lateral:
Báscula anterior, inclinação anterior, desvio anterior ou
anteversão – é o deslocamento da pelve para frente a
partir da acentuação da lordose lombar. Grau de amplitude
de movimento: 70o a 75o.
Báscula posterior, inclinação posterior, desvio posterior ou
retroversão – é o movimento da pelve para trás a partir da
retificação da lordose lombar. Grau de amplitude de
movimento: 50o a 55o.
Movimentos da cintura pélvica
Movimento no plano frontal – eixo ântero/posterior:
Inclinação lateral: movimento da pelve tendo como base o
desnivelamento de uma das cristas ilíacas.
O grau de amplitude de movimento não é especificado,
pois esse movimento apresenta como caráter funcional
devido aos pequenos ajustes no movimento de flexão
lateral da coluna vertebral, porção lombar.
Movimentos da cintura pélvica
Movimento no plano transverso – eixo longitudinal:
Rotação pélvica: a pelve gira em torno do eixo longitudinal
da coluna vertebral a partir da coluna lombar.
Embora os músculos facilitem os movimentos da pelve, não
existe um grupo muscular que haja sobre a pelve
especificamente, assim os movimentos pélvicos ocorrem
como conseqüência dos movimentos dos quadris e/ou
coluna vertebral.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
É a articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo.
Classificada como diartrose, esferoidal permitindo o
movimento nos três planos ortogonais.
Aproximadamente 70% da cabeça do fêmur articula-se
com o acetábulo, em comparação com os 20 a 25% da
cabeça do úmero com a cavidade glenóide.
Movimentos na articulação do quadril
Plano sagital – eixo latero/lateral:
Flexão – Aproximação da face anterior da coxa com a face
anterior do tronco. Grau de amplitude de movimento: 70o a
140o.
Extensão – Retorno da flexão. Grau de amplitude de
movimento: 70o a 140o.
“Hiperextensão” – Segmento coxa desloca-se para trás.
Grau de amplitude de movimento: 4o a 15o.
Movimentos na articulação do quadril
O ligamento ílio-femural ou ligamento Y é forte e
suporta a articulação do quadril anteriormente na
postura em pé e resiste aos movimentos de
extensão, rotação interna e alguma rotação
externa.
O movimento de hiperextensão pode ser tão
limitado por esse ligamento que pode deixar de
ocorrer na articulação do quadril, propriamente
dita, mas ocorre como conseqüência da inclinação
pélvica anterior.
Movimentos na articulação do quadril
Plano frontal eixo ântero/posterior:
Abdução – O segmento coxa desloca-se lateralmente ou para fora.
Adução – Movimento contrário ao de abdução.
Grau de amplitude de movimento: ± 30o.
Plano transverso eixo longitudinal:
Rotação interna - Desloca-se o segmento pé medialmente. Grau de
amplitude de movimento: ± 70o.
Rotação externa – Deslocamento do segmento pé lateralmente. Grau
de amplitude de movimento: ± 90o.
Articulação do quadril
A cápsula articular da articulação do quadril é mais densa
da parte da frente e de cima da articulação, em que as
sobrecargas são maiores, e é bem mais fina no lado de trás
e de baixo da articulação.
Os ligamentos pubofemural, ísquifemural e íleofemural não
resistem ao movimento de flexão, ficando todos eles
frouxos durante esse movimento.
Articulação do quadril
Os músculos que cercam a articulação do quadril recebem
alguma forma de condicionamento ao andarmos,
levantarmos ou ao subirmos uma escada, porém, a
musculatura do quadril precisa ser equilibrada para que os
extensores não sobrepujem os flexores, e os abdutores os
adutores; isso irá assegurar controle suficiente sobre a
pelve.
Existem muitos músculos bi-articulares agindo na
articulação do quadril, desse modo, deve ser dada muita
atenção as articulações adjacentes, para maximizar um
exercício de alongamento ou fortalecimento.
COMPLEXO DO JOELHO
São identificadas a partir da região do joelho três
articulações distintas, a saber: patelofemoral,
tibiofibular superior ou proximal e tibiofemoral,
que é a verdadeira articulação do joelho.
A articulação do joelho é classificada por
bicondilar, permitindo os movimentos de flexão,
extensão, rotação interna e externa.
A articulação do joelho é muito vulnerável a lesões
devido às demandas mecânicas, que são colocadas
sobre elas e devido à dependência dos tecidos
moles para seu suporte.
COMPLEXO DO JOELHO
A estabilidade funcional da articulação deriva da restrição
passiva dos ligamentos, da geometria articular, dos
músculos ativos e das forças compressivas que
empurram um osso contra o outro.
A articulação do joelho é caracterizada pela articulação do
côndilo lateral do fêmur com o platô lateral da tíbia e do
côndilo medial do fêmur com o platô medial da tíbia,
sendo que as estruturas mediais encaixam-se
comodamente, já as estruturas laterais não se encaixam,
pois suas superfícies são convexas.
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO
Plano sagital – eixo látero/lateral:
Flexão – Aproximação da face posterior da perna, com a face posterior
da coxa.
Extensão – Retorno da flexão.
Grau de amplitude de movimento: ± 145o.
Plano transverso – eixo longitudinal:
Os movimentos de rotação interna e externa devem ser realizados com
a articulação do joelho fletida a 90o.
Rotação externa – Os artelhos deslocam-se lateralmente ou para fora.
Grau de amplitude de movimento: ± 45o.
Rotação interna – Os artelhos deslocam-se medialmente ou para
dentro. Grau de amplitude de movimento: ± 30o.
Encontram-se no interior da cápsula do joelho duas
estruturas fibrocartilaginosas, chamadas de meniscos, que
tem como função favorecer a estabilidade da articulação
aumentando a superfície de contato, absorver choques
(função amortecedora) e deformam-se para permitir o
movimento.
O movimento de flexão da articulação do joelho é
acompanhado de rotação interna da tíbia sobre o fêmur e o
movimento de extensão é acompanhado pela rotação
externa, que termina na ação de travamento no final da
extensão, denominado mecanismo parafusar.
Centro Instantâneo de Rotação (CIR) ou EVOLUTA:
pequena alteração que ocorre no posicionamento do eixo
de rotação da articulação do joelho durante o movimento
de flexão, permitindo assim, além do movimento de
rotação, o movimento de deslizamento (cisalhamento) dos
côndilos femorais sobre os platôs tibiais.
Patela: protege anteriormente a articulação do joelho,
funciona como um tipo de polia para musculatura do
quadríceps, aumentando o ângulo de inserção do tendão
patelar, aumentando assim o ângulo de tração e
diminuindo a desvantagem mecânica.
ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO
São as articulações tibiofibular inferior ou distal, tibiotalar e
fibulotalar. É uma articulação em dobradiça uniaxial, que
permite o movimento de dorsi flexão e extensão do
tornozelo ou flexão plantar.
Os movimentos são realizados no plano sagital – eixo
látero/lateral. A dorsi flexão é a aproximação do dorso do
pé da face anterior da perna. Grau de amplitude de
movimento: ± 20o.
Movimento de flexão plantar: é a tendência ao alinhamento
do pé com o eixo longo da perna. Grau de amplitude de
movimento: ± 50o.
A estabilidade do tornozelo depende da orientação dos
ligamentos, do tipo de carga e da posição do tornozelo no
momento de sobrecarga.
São necessários no mínimo, 10o de dorsi flexão e 20o a 25o
de flexão plantar para a marcha normal.
Imediatamente a partir da articulação do tornozelo
encontramos a articulação subtalar, que é a articulação
entre o tálus e o calcâneo. Essa articulação sustenta
grande quantidade de carga, altamente capacitada à
absorção de choques.
Os movimentos possíveis da articulação subtalar, em cadeia
fechada, são: supinação ou inversão e pronação ou
eversão.
Os movimentos possíveis da articulação subtalar,
em cadeia fechada, são: supinação ou inversão e
pronação ou eversão.
Em cadeia aberta os movimentos subtalares são
triplanares:
Supinação ou inversão + flexão plantar + adução.
Pronação ou eversão + dorsi flexão + abdução.

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