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Direitos Fundamentais no mundo da inteligência artificial e novas tecnologias

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Direitos Fundamentais no mundo da inteligência artificial e novas tecnologias
 O avanço desenfreado da tecnologia, principalmente dos meios de comunicação, vem acarretando diversas consequências para a estrutura da sociedade. Com isso, a tecnologia muda à relação e o nível de interação das pessoas com a informação digital, além de poder trazer amplas implicações para a vida em sociedade e para as atividades de empresas e negócios. Devido a essa exposição, estamos sujeitos à invasão e violação dos nossos direitos fundamentais e privados, mesmo sem nosso consenso, justificando à carência e falta de amparo jurídico, que ainda percorre um longo processo de estudo e adaptação para tomar as devidas providências. O fluxo de dados pessoais é frequente e em enorme escala, sendo inclusive transformado em um serviço, comercializado nem nenhum tipo de controle e fiscalização.
 É de total interesse de empresas esses dados, pois auxilia na direção do cliente que atende aos requisitos, além de estudar suas necessidades e melhorias. Assim, alavancando seus negócios e aumentando suas produtividades. Dessa forma, a eficácia diante dos variados tipos de exigências de consumidor se tornam mais nítidas e fáceis de se trabalhar, afinal, basta você pesquisar um modelo novo de celular no Google, que perceberá a quantidade de propagandas de celular que vão aparecer em torno do navegador, com diversos descontos e com base no que você procurou. Isso sem falar nos sms, e-mails e outras formas de comunicação que chegarão com o respectivo assunto. 
 Em muitos casos, concedemos essa liberdade sem ter nos dado conta, por meio das famosas “políticas de uso”, que viabilizam grande parte desses interesses privados. Como não paramos para ler os termos e políticas de uso, acaba que colocamos nossos dados e interesses nas mãos de empresas e outros meios. Dessa forma, necessitamos de um novo conceito do direito à privacidade, tendo uma total compreensão dessa fase tecnológica para estabelecer leis e regras voltadas para o mesmo, modificando assim esse paradigma. Outra questão a ser tratada, é a responsabilização das empresas e organizações sobre os dados que são fornecidos as mesmas, pois não há viabilidade em culpar uma inteligência artificial que foi codificada pelos trabalhadores da empresa, ou seja, tudo parte das organizações, seja nos algoritmos implantados até a coleta de dados.
 Outra realidade na qual estamos vivenciando é o “Cyberbullying”. O Cyberbullying é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Essa violência virtual tem ficado cada vez mais extrema devido ao fácil acesso a perfis, fotos e dados de todos os usuários da rede. Pelo fato de ser virtual, facilita o anonimato através de contas e/ou perfis falsos, danificando e agredindo os direitos fundamentais de outros indivíduos com uma maior dificuldade de rastreamento, ainda mais que os recursos já mencionados para combater esse tipo de prática ainda são “embrionários” no Brasil.
 O Cyberbullying acaba se tornando mais cruel que o Bullying por conta de que no espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola, agora é o tempo todo. Além de que os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular e muitas vezes se expõem mais do que devem. Com a tendência dessa globalização tecnológica, tendemos a presenciar mais e mais casos desse tipo de crime, levando as vítimas a situações extremas, como problemas psicológicos, depressão, atitudes antissociais e até o suicídio. 
 Com base nessa crescente dos crimes virtuais e invasões de privacidade, os operadores do Direito precisam se posicionar juridicamente sobre esses temas. Mesmo que ainda que não haja legislação específica, o ordenamento jurídico brasileiro possui condições de punir os ofensores por meio de diversos outros diplomas legais, a exemplo do Código Civil, do Código Penal e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sendo assim, o ofensor poderá ser condenado tanto no aspecto criminal, como também na seara cível, devendo pagar indenização a vítima, que muitas vezes sofrem danos de difícil reparação ou até mesmo irreparáveis. Portanto, é possível compreender que a internet não deve ser uma ‘’terra sem lei’’, onde não haja a violação da dignidade humana, sendo respeitada por ordenamentos jurídicos adequados.
Aluno: Caio Felipe Gomes Maropo.
UNI7 – Direito (noite).
Matrícula: 1615788.

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