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3 CAPS e modelos substitutivos

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UNIVERSIDAEDE ESTÁCIO DE SÁ
2018
ENFERMAGEM
EM 
rof. Alexander Ramalho
e-mail: agaramalho@hotmail.com
CAPS E OUTROS 
MODELOS 
SUBSTITUTIVOS
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS 
Portaria n.º 336/GM Em 19 de fevereiro de 2002. 
Esta portaria acrescenta novos parâmetros para a área ambulatorial, 
ampliando a abrangência de serviços substitutivos de atenção diária, 
estabelecendo portes diferenciados a partir de critérios populacionais, 
e direcionando novos serviços específicos para área de álcool e outras 
drogas, infância e adolescência. 
Serviço comunitário que tem como papel cuidar de pessoas que 
sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e 
persistentes, no seu território de abrangência.
Os CAPS deverão obedecer a alguns princípios básicos: se 
responsabilizar pelo acolhimento de 100% da demanda dos 
portadores de transtornos severos de seu território, garantindo a 
presença de profissional responsável durante todo o período de 
funcionamento da unidade e criar uma ambiência terapêutica 
acolhedora no serviço que possa incluir pacientes muito 
desestruturados que não consigam acompanhar as atividades 
estruturadas da unidade. 
A atenção deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a 
construção dos projetos de inserção social. Devem trabalhar com a idéia de 
gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e 
fora dela e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço. 
Os projetos terapêuticos devem ser singulares, respeitando-se diferenças regionais, 
contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e 
usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. O CAPS deve 
considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos de natureza 
clínica, incluindo medicamentos, de moradia, de trabalho, de lazer, de previdência e 
outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação psicossocial. 
Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos 
mentais severos, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não-intensivo, 
vinculados aos cuidados clínicos e projetos terapêuticos dos pacientes, onde 
inexistem leitos e não funcionam 24 horas.
Intensivo: 25 dias/mês diariamente 
Semi-intensivo: 12 dias/mês 
Não-intensivo: 3 dias no mês- mensal ou quinzenal 
Serviço de atendimento-dia, em que o paciente passa o dia (todos os dias da 
semana) e à noite volta para casa. Oferece atividades terapêuticas diversificadas e 
a constituição de uma equipe multiprofissional. 
O cuidado, em saúde mental deve ser também uma sustentação cotidiana da lida 
diária do paciente, inclusive nas relações sociais. Os CAPS consistem em uma 
ampliação tanto na intensidade dos cuidados (todos os dias, o dia inteiro), quanto 
de sua diversidade (atividades e pessoas diversas). 
Unidades de saúde locais/regionalizadas que 
oferecem atendimento de cuidados intermediários 
entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar, 
em um ou dois turnos de quatro horas, por equipe 
multiprofissional. 
São a porta de entrada da rede de serviços para as ações relativas à saúde mental e 
também atendem a pacientes referenciados de outros serviços de saúde, dos serviços 
de urgências psiquiátricas ou egressos de internações hospitalares. 
Funcionam durante cinco dias úteis da semana, em dois turnos, no período de 08 
às 18 horas e devem contar com leitos para repouso eventual. Assistência 
prestada: 
a) Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, orientação); 
b) Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte 
social); 
c) Atendimento em oficinas terapêuticas; 
d) Visitas domiciliares; 
e) Atendimento à família; 
f) Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e 
sua inserção familiar e social.
CAPS I: 165 pac/mês/APAC (autorização procedimento de alto custo) 
8 h/funcionamento – semi-intensivo: 50 pac/mês; não-intensivo: 90 pac/mês; 
intensivo: 25 pac/mês. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em 
municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes, com as seguintes 
características: 
a - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da 
demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território
CAPS II: 08:00 – 17:00 ou 18:00 ou até 21 h. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em 
municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes, com as seguintes 
características: 
a - responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da 
demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito do seu território; 
CAPS III: SIH/SUD – acolhimento noturno – 24h. 
Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento 
em municípios com população acima de 200.000 habitantes, com as seguintes 
características: 
a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção contínua, durante 24 horas 
diariamente, incluindo feriados e finais de semana;
CAPSi II (infantil) - Serviço de atenção psicossocial para atendimentos a crianças e 
adolescentes, constituindo-se na referência para uma população de cerca de 
200.000 habitantes, ou outro parâmetro populacional a ser definido pelo gestor 
local, atendendo a critérios epidemiológicos, com as seguintes características: 
a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e 
adolescentes com transtornos mentais; 
CAPSad II (álcool e drogas) – Serviço de atenção psicossocial para atendimento 
de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias 
psicoativas, com capacidade operacional para atendimento em municípios com 
população superior a 70.000, com as seguintes características: 
a - constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária, de referência para 
área de abrangência populacional definida pelo gestor local; 
PROPOSTAS SUBSTITUTIVAS DO ASSISTIR 
Hospital-Dia (HD)
- Recurso intermediário entre a internação e o ambulatório, que desenvolve 
programas de atenção e cuidados intensivos por equipe multiprofissional, visando 
substituir a internação integral. Atividades desenvolvidas em até 5 dias da semana 
(de segunda a sexta-feira feira), com carga horária de 8 horas diárias para cada 
paciente. 
- Assiste indivíduos com transtornos mentais graves (psicóticos e neuróticos 
graves) associados a prejuízo no desempenho social e funcional, possibilitando a 
manutenção dos vínculos familiares e com a comunidade que o cerca.
Serviços Residenciais Terapêuticos - Portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000. 
- Moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade, destinadas a 
cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações 
psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços 
familiares e, que viabilizem sua inserção social. 
- São modalidades assistenciais substitutivas da internação psiquiátrica 
prolongada, devendo reduzir ou descredenciar do SUS, o número de leitos a cada 
transferência do Hospital Especializado para essa nova modalidade de serviços 
realocando os recursos para a rede substitutiva de cuidados em saúde mental. 
OFICINAS TERAPÊUTICAS : Buscam unir saúde, convívio social e cultura, 
transformando o conceito de saúde, assim como os conceitos de sanidade, 
qualidade de vida e inclusão, dando condições de uma possível transformação desse 
sujeito, em um sujeito desejante e produtivo, digno de respeito e inclusão social. 
Possibilitam a produçãoe expressões livres e possibilidades que resultam: 
- Valorização de sua fala; 
- Discussão da vida cotidiana de cada um; 
- Reinserção dos pacientes nos seus contextos familiar e social;
- Construção de um espaço coletivo e compartilhado, rompendo o isolamento. 
LARES ABRIGADOS : São modalidades que comportam de vinte a trinta 
pacientes psiquiátricos, com condições de moradia mais individualizadas (quartos 
para duas pessoas), espaço para atividades terapêuticas e de lazer, visando 
reestruturar o modelo de assistência a esses pacientes garantir uma assistência 
integral e eficaz para a reabilitação. 
Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do
uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no
componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de
Atenção Psicossocial.
I - funcionamento nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e nos 7 (sete) dias
da semana; e
II - caráter residencial transitório.
§ 1º A Unidade de Acolhimento tem como objetivo oferecer acolhimento
voluntário e cuidados contínuos para pessoas com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de
vulnerabilidade social e familiar e que demandem acompanhamento
terapêutico e protetivo.
§ 2º A Unidade de Acolhimento deverá garantir os direitos de moradia,
educação e convivência familiar e social.
Art. 3º Os usuários da Unidade de Acolhimento serão acolhidos conforme
definido pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de
referência.
As Unidades de Acolhimento funcionarão em duas modalidades:
I - Unidade de Acolhimento Adulto - destinada às pessoas maiores de 18
(dezoito) anos, de ambos os sexos; e
II - Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil - destinada às crianças e aos
adolescentes, entre 10 (dez) e 18 (dezoito) anos incompletos, de ambos
os sexos.
§ 1º A Unidade de Acolhimento Adulto terá disponibilidade de 10 (dez) a 15
(quinze) vagas.
§ 2º Unidade de Acolhimento de Crianças e Adolescentes terá
disponibilidade de 10 (dez) vagas.
A Unidade de Acolhimento Adulto deverá observar os seguintes
requisitos específicos:
I - ser referência para Municípios ou regiões com população igual ou
superior de 200.000 (duzentos mil) habitantes;
II - contar com equipe técnica mínima, composta por profissionais que
possuam experiência comprovada de dois anos ou pós-graduação lato
sensu (mínimo de 360 horas) ou stricto sensu (mestrado ou doutorado)
na área de cuidados com pessoas com necessidades de saúde
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, na seguinte
proporção:
a) profissionais com nível universitário na área da saúde, com a presença
mínima de 1 (um) profissional de saúde presente em todos os dias da
semana, das 7 às 19 horas; e
b) profissionais com nível médio concluído, com a presença mínima de 4
(quatro) profissionais presentes em todos os dias da semana e nas 24
(vinte e quatro) horas do dia.
Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil deverá observar os seguintes
requisitos específicos:
I - ser referência para Municípios ou região com população igual ou
superior a 100.000 (cem mil) habitantes;
II - contar com equipe técnica mínima, composta por profissionais que
possuam experiência comprovada de dois anos ou pós-graduação lato
sensu (mínimo de 360 horas) ou stricto sensu (mestrado ou doutorado) na
área de cuidados com pessoas com necessidades de saúde decorrentes
do uso de crack, álcool e outras drogas, na seguinte proporção:
a) profissionais com nível universitário na área da saúde, com a presença
mínima de 1 (um) profissional de saúde presente em todos os dias da
semana, das 7 às 19 horas;
b) profissionais com nível médio concluído, com a presença mínima de 4
(quatro) profissionais presentes em todos os dias da semana e nas 24
(vinte e quatro) horas do dia; e
c) profissionais com nível superior na área de educação, com a presença
mínima de 1 (um) profissional em todos os dias da semana, das 7 às 19
horas.
UA e UAi:
Os profissionais de nível universitário na área da saúde
poderão pertencer às seguintes categorias profissionais:
I - assistente social;
II - educador físico;
III - enfermeiro;
IV - psicólogo;
V - terapeuta ocupacional; e
VI - médico.
Consultório na Rua:
Considerando a necessidade de integração intersetorial entre as Políticas
de Saúde e as demais políticas públicas, visando a melhorar a capacidade
de resposta às demandas e necessidades de saúde inerentes à população
em situação de rua, resolve:
As eCR são multiprofissionais e lidam com os diferentes problemas e
necessidades de saúde da população em situação de rua.
As atividades das eCR incluirão a busca ativa e o cuidado aos usuários
de álcool, crack e outras drogas.
As eCR desempenharão suas atividades in loco, de forma itinerante,
desenvolvendo ações compartilhadas e integradas às Unidades Básicas
de Saúde (UBS) e, quando necessário, também com as equipes dos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e
Emergência e de outros pontos de atenção, de acordo com a necessidade
do usuário.
As eCR poderão ser compostas pelos seguintes profissionais de saúde: 
I - enfermeiro; 
II - psicólogo; 
III - assistente social; 
IV - terapeuta ocupacional; 
V - médico;
VI - agente social; 
VII - técnico ou auxiliar de enfermagem; e 
VIII - técnico em saúde bucal. 
INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA EM HOSPITAL GERAL -Recomenda-se, a 
internação em enfermaria especializada no hospital geral, pois facilita o tratamento 
de distúrbios físicos que possam coexistir e, acima de tudo, evita-se que o paciente 
seja discriminado pela sociedade.
INTERNAÇÃO EM HOSPITAL ESPECIALIZADO - É uma internação em longo 
prazo para tratamento específico até que se determine a aptidão para a alta. Em 
algumas situações agudas, especialmente aquelas que apresentam risco para o 
paciente ou para terceiros, serão indicadas a internação. Deve ser a mais curta 
possível.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROPOSTA ATUAL 
DO ATENDIMENTO PSIQUIÁTRICO
Enfermagem Psiquiátrica consiste em um processo interpessoal que se esforça por 
promover e manter o comportamento do paciente, o qual contribui para o 
funcionamento integrado. O sistema do paciente ou cliente pode ser um indivíduo, 
uma família, um grupo, uma organização ou uma comunidade.
A prática contemporânea da enfermagem psiquiátrica ocorre em um contexto 
social e ambiental. 
Ela engloba as dimensões da competência clínica, defesa do paciente e da família, 
responsabilidade fiscal, colaboração interdisciplinar, responsabilidade social e 
parâmetros ético-legais. 
Níveis de atuação: quatro fatores principais ajudam a determinar os níveis de 
função e os tipos de atividades exercidas por uma enfermeira psiquiátrica. São 
eles: 
1 – O ato de prática da enfermeira. 
2 – As qualificações da enfermeira, incluindo o nível de instrução, a experiência de 
trabalho e o grau de certificação. 
3 – O local de prática da enfermeira. 
4 – O grau de competência e iniciativa pessoal da enfermeira. 
Níveis de prevenção: incluem três áreas de atividade: 
1 – Prevenção primária – intervenção nas condições possíveis de formação da 
doença mental, condições etiológicas que podem ser de origem individual e (ou) do 
meio (pelo viés da Saúde Pública); 
- Educação em saúde. 
- Modificações no ambiente. 
- Suporte dos sistemas sociais. 
2 – Prevenção secundária – intervenção que busca a realização de diagnóstico e 
tratamento precoces da doença mental (para instituir rapidamente a terapêutica e 
impedir que a enfermidade se enraíze ou provoque danos que dificultem ou 
impossibilitem a possibilidade de tratamento); 
Crise: distúrbiointerno que resulta de um evento estressante ou de uma ameaça 
percebida a si próprio. É um estado de desequilíbrio e um aumento na ansiedade. 
A crise torna-se o grande momento do desajustamento, a fissura no sistema 
adaptativo do indivíduo (AMARANTE, 1994).
Objetivo de intervenção da crise: fazer com que a pessoa retorne 
ao nível de funcionamento anterior à crise.
A crise não é absolutamente sinônimo de doença mental, mas neste contexto de 
idéias que privilegia a questão do Normal e do Anormal num enfoque adaptativo, a 
crise pode conduzir à enfermidade. Caminha-se para um a enfermidade mental 
bem caracterizada pelo acúmulo de Crises, que deterioram o sistema de 
segurança individual pelo seu desgaste repetitivo (AMARANTE, 1994). 
3 – Prevenção terciária – que se define pela busca da readaptação do paciente à 
vida social, após sua melhoria. 
ÁREA DE ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM: 
instituições psiquiátricas, centros comunitários de saúde, cuidados ambulatoriais, 
unidades psiquiátricas em hospitais gerais, cuidados domiciliares, CAPS, 
residências terapêuticas, UAA e UAi, Consultório na Rua, dentre outros.
AÇÕES DA ENFERMEIRA PSIQUIÁTRICA: 
1 – Fazer avaliações biopsicossociais da saúde que sejam sensíveis à cultura 
(costumes). 
2 – Idealizar e implementar planos de tratamento para pacientes e familiares com 
problemas complexos de saúde e condições patológicas. 
3 – Participar em atividades de gerenciamento de caso (treinamento das 
habilidades sociais), como organização, avaliação, negociação, coordenação e 
integração de serviços e benefícios para os indivíduos e as famílias. 
4 – Fornecer um mapa de cuidados de saúde para indivíduos, famílias e grupos a 
fim de encaminhá-los para os recursos comunitários de saúde mental, incluindo os 
profissionais e sistemas sociais mais adequados. 
5 – Promover a saúde mental e controlar os efeitos da doença mental, através de 
ensino e aconselhamento. 
6 –Fornecer os cuidados para os pacientes fisicamente doentes com problemas 
psicológicos e pacientes psiquiátricos com problemas físicos (administração de 
medicamentos, atividades de autocuidado, intervenção da crise, aconselhamento 
individual, sobre adesão). 
7 – Controlar e coordenar os sistemas de cuidado, integrando as necessidades dos 
pacientes, das famílias e das equipes. 
8 – Avaliar criticamente os resultados das atividades de enfermagem psiquiátrica, 
pois eles são os fatores que afetam o paciente e a família. 
ASSISTÊNCIA EM PSIQUIATRIA EVOLUÇÃO DOS CUIDADOS DE 
ENFERMAGEM 
Relacionamento terapêutico entre enfermeira e paciente - é uma experiência de 
aprendizado mútuo e uma experiência emocional corretiva para o paciente. Nessa 
relação, a enfermeira utiliza a si própria e as técnicas clínicas especificadas no 
trabalho com o paciente para gerar introvisão (integração) e alteração 
comportamental no paciente. A enfermeira utiliza a si própria na prática e a 
auto-análise é aspecto essencial para fornecer os cuidados de enfermagem. È 
necessário a autoconsciência, o esclarecimentos de valores, a exploração de 
sentimentos, capacidade de servir como exemplo, motivações altruísticas e senso 
de ética e responsabilidade. 
Objetivos do relacionamento terapêutico: crescimento do paciente: 
1 – Auto-realização, auto-aceitação e auto-respeito aumentados. 
2 – Senso claro da identidade pessoal e da integração pessoal melhorada. 
3 – Capacidade de formar relacionamentos íntimos, interdependentes e 
interpessoais com capacidade de dar e receber amor. 
4 – Melhoria da função e capacidade aumentada de satisfazer às necessidades e 
alcançar objetivos pessoais realistas.
Comunicação – a comunicação é o veículo utilizado para se estabelecer o 
relacionamento terapêutico, porque leva a condução de informações e a troca de 
pensamentos e sentimentos. 
Também é o meio em que as pessoas influenciam o comportamento de outras. A 
comunicação é o próprio relacionamento.
COMUNICAÇÃO 
Verbal: através das palavras, escritas ou faladas. 
Não-verbal – ocupa os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra 
escrita ou falada: 
- Indícios vocais: ruídos ou sons paralinguísticos ou extrafalada. 
- Indícios de ação – movimentos do corpo, incluindo a expressão facial e a 
postura. 
- Indícios de objeto – uso intencional ou não, de objetos por uma pessoa, como 
roupas e outros pertences. 
- Espaço – distância física entre duas pessoas. 
- Toque – contato físico entre duas pessoas e é a comunicação não-verbal mais 
pessoal.
IMPASSES TERAPÊUTICOS 
São bloqueios na progressão do relacionamento entre enfermeira e o paciente. São 
de três tipos:
Resistência – tentativa do paciente de não perceber os aspectos que geram 
ansiedade nele próprio. 
Resistência natural ou defesa. Má vontade do paciente de aceitar mudanças. 
Ex: Conversa superficial, intensificação dos sintomas, desatenção nas consultas, 
atraso.
Transferência – resposta inconsciente em que o paciente experimenta sentimentos 
e atitudes pela enfermeira que estavam originalmente associados a figuras 
significativas na vida pregressa do paciente. Os dois principais tipos são: reações 
hostis e as reações dependentes. 
Contratransferência – é um impasse terapêutico criado pela enfermeira, e não pelo 
paciente. É a transferência aplicada à enfermeira. Pode se apresentar em 3 tipos: 
reação de amor ou preocupação intensa; reações de hostilidade ou aversão intensa; 
reação de ansiedade intensa, geralmente em resposta a uma resistência do 
paciente. 
Ex: Dificuldade de criar empatia com o paciente em determinados aspectos do 
problema falta de empenho na implementação do acordo, como chegar atrasada, 
sentir raiva ou impaciência com a falta de vontade de mudar do paciente.
O ENFERMEIRO NA EQUIPE DE SAÚDE MENTAL NAS DIVERSAS 
MODALIDADES ASSISTENCIAIS 
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR/INTERDISCIPLINAR 
Experiência de democracia, articulando os diversos saberes e especificidades dos 
diversos profissionais de saúde, colocando-os a serviço da solução de problemas 
pessoais, grupais e sociais, determinantes e determinados por alterações de 
pensamento, afetividade e de comportamento. 
Promove também a saúde mental dos profissionais da assistência, diminuindo a 
rigidez no trabalho e a onipotência do saber específico. 
Deve-se trabalhar as questões objetivas (trabalho, moradia) até a dimensão 
subjetiva (relações interpessoais e vivências subjetivas).
GRUPOS TERAPÊUTICOS CONDUZIDOS PELA ENFERMAGEM 
- Grupos de família – inclui o paciente e seus familiares, ou apenas familiares; 
- Grupo Recreativo – desenvolvem atividades esportivas, jogos de salão, de cartas, 
passeios, festas; 
- Atividades de cuidados pessoais; 
- Demais Grupos – Atividades comunitárias (passeios externos, atividades 
culturais e artísticas, trabalho, festas, celebrações de datas comemorativas); 
- Grupos de Medicação (des-medicalização). 
- Grupos de recepção

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