Aula 04. A formação do sistema internacional moderno

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A formação do sistema internacional moderno
Aula 04
Leituras: MINGST, Karen A. Princípios de Relações Internacionais ,Capítulo 2
Complementar: 
NYE, Joseph S. Cooperação e conflito nas relações internacionais: 
uma leitura essencial para entender as principais questões d
a política 
mundial. São Paulo: Editora Gente, 2009. (Capítulo 2)
1
O Império habsburgo
Século XVI é embrião da constituição dos Estados Modernos.
Dinastia Habsburgo: “ o império onde o sol nunca se põe”
O imperador como o escolhido divino
As ideias renascentistas e as guerras religiosas resultaram em uma nova organização política no continente
Insira um mapa do seu país.
2
O Império habsburgo
A Reforma religiosa
Contestação às práticas de Igreja Católica => o protestantismo possibilita novas formas de ser cristão
Martinho Lutero: 
tradução da Bíblia para alemão 
é acolhido pelo Príncipe Frederico da Saxônia que acaba se convertendo ao luteranismo, inspirando outros príncipes alemães.
Calvino:
- O povo deveria escolher seus líderes religiosos e políticos
- Teoria da Predestinação: cada homem já estaria predestinado ao inferno ou ao céu, todavia, o êxito material poderia ser sinal de salvação => abre caminho para a acumulação de riqueza. 
Os efeitos da reforma na organização política europeia
 Impulso à desintegração europeia, no sentido de criar Estados independentes e e para instituir uma nova organização social no continente.
Diminuição do poder político e religioso da Igreja=> fragmentação religiosa e política na Europa.
Emergência de Estados independentes e livres para prática de religião 
Ausência de um poder supranacional => relações assimétricas de poder. 
As Guerras religiosas (1519 – 1648)
Conflitos entre os Habsburgos e os Estados protestantes. 
Paz de Augsburgos (1555): fim da 1ª fase da guerra 
Princípio Cuius regio, eius religio: o governante determina a religião de seu povo.
 Migrações em massa para territórios protestantes e católicos => confirmação da alegação calvinista de que o povo deve escolher seu líder => maior lealdade dos súditos => fortalecimento dos governantes
Fracasso da tentativa hegemônica dos Habsburgos frente a coalizão contra-hegemônica (França, Países Baixos, principados alemães e apoio turco).
 Consolidação de diferentes Estados e fragmentação do Império.
A PAZ DE VESTFÁLIA (1648)
Os acordos de Vestfália colocam fim às guerras religiosas
Substituição das aspirações medievais à universalidade por uma comunidade de Estados régios soberanos
Separação das unidades políticas em Estados Régios=> o monarca possui autonomia para definir suas políticas => absolutismo
A organização do sistema internacional deixa de ser hierárquica para se tornar anárquica => horizontalização
A PAZ DE VESTFÁLIA (1648)
Os tratados promovem o princípio não hegemônico, contuso não considera as assimetrias de poder
Consolidação do Direito Internacional como um conjunto de regras concebidas para regular as relações entre soberanos => Hugo Grotius (1583-1645) 
Tentativa de estabelecimento de uma ordem em contraposição à anarquia, porém, sem a presença de um Estado hegemônico
Tendências distintas 
A história do continente europeu é uma história de guerras e, sobretudo, uma história de derrotas de tentativas hegeônicas por alianças contra-hegemônicas. 
Hegemonia
Habsburgos e Igreja Católica
Independência
França, Inglaterra, Holanda, principados
Questões para debate
De que modo a Reforma contribuiu para a criação de novas unidades políticas na Europa?
Como a Paz dos Augsburgos (1555) contribuiu para o fortalecimento dos governantes locais, em detrimento do poder imperial dos Habsburgos?
A paz de vestfália é considerada como um dos marcos fundadores das RI. Explique como a paz de vestfália cria as bases para a ideia de sistema internacional e de anarquia.