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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA 
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
 
JAMYLA BARREIRA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ULTRASSOM TERAPÊUTICO DE 3 MHZ NO TRATAMENTO DO 
FIBRO EDEMA GELÓIDE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2013
JAMYLA BARREIRA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ULTRASSOM TERAPÊUTICO DE 3 MHZ NO TRATAMENTO DO 
FIBRO EDEMA GELÓIDE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao curso de Pós Graduação em Dermato 
Funcional pelo Centro de Estudos Avançados e Formação 
Integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade Católica 
de Goiás. 
 
Orientadora: Profa. Ms. Alessandra Noronha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2013 
 
3 
 
 
RESUMO 
 
 
Ultrassom Terapêutico de 3 MHZ no Tratamento do Fibro Edema Gelóide: Revisão 
Bibliográfica. 
 
Introdução: O Fibro Edema Gelóide (FEG) é uma infiltração edematosa do tecido 
conjuntivo subcutâneo, não inflamatório, seguido de polimerização da substância 
fundamental, que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva, ou 
seja, os mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de geleificação. No 
tratamento do FEG utiliza-se o ultrassom, considerado uma modalidade de penetração 
profunda e superficial, capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e 
não térmicos. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o benefício e a efetividade 
do ultrassom para o tratamento do fibro edema gelóide. Métodos: O trabalho é uma revisão 
de literatura realizado com artigos sobre fibro edema gelóide associado ao ultrassom 
publicados nos últimos dez anos, encontrados em bases de dados eletrônicos, além de livros, 
monografias e dissertação de mestrado como resultados das pesquisas. Resultados: 
Verificou-se com clareza que o tratamento do FEG, através do uso do ultrassom de 3MHZ, 
tornou-se de grande importância para a amenização, redução e aparência do mesmo. 
Conclusão: Com o estudo realizado chegou-se a conclusão que o tratamento do FEG com o 
ultrassom terapêutico é muito efetivo. 
 
 
Palavras-chave: Fibro Edema Gelóide, Tratamento, Ultrassom. 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Para descrever ou definir o Fibro Edema Gelóide (FEG) é preciso ficar clara a 
inadequação do termo para se designar esta afecção, a qual não afeta preferencialmente o 
elemento celular. Este erro de conceituação existe ha muitos anos e ainda hoje conduz a várias 
controvérsias e discussões¹. 
O FEG resulta, na maioria dos casos, de um problema circulatório, uma vez que a 
circulação se processa lentamente. Assim, os capilares se enfraquecem, propiciando a perda 
do plasma para o exterior dos vasos sanguíneos e consequentemente levando ao aumento de 
líquido nos espaços intercelulares. O organismo então reage criando uma barreira fibrosa, que 
encarcera as células adiposas desenvolvendo, então, o fibro edema gelóide². 
“Trata-se de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, 
resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas 
transformações no tecido conjuntivo¹”. 
O FEG afeta os tecidos cutâneo e adiposo em diversos graus, portanto ocorre 
comprovadamente nesta disfunção uma série de alterações estruturais na derme (pele), na 
microcirculação e nos adipócitos. Sem dúvida trata-se de uma desordem localizada que afeta 
o tecido dérmico e subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistrofia com resposta 
esclerosante, que resulta no inestético aspecto macroscópico¹. 
A incidência de tecido adiposo é exclusiva na mulher. Sua topografia é de tipo 
ginóide, localizada nos quadris, membros inferiores, e, em menor escala, no abdômen na 
região subumbilical. Sua ocorrência mais frequente é durante a puberdade ou um episódio da 
vida genital; às vezes, como consequência de hormonioterapia maciça demorada, por 
estrógenos ou corticóides³. 
De maneira geral pode-se delinear uma etiologia para o FEG, enumerando e 
subdividindo os fatores que provavelmente desencadeiam o processo em três classes: a) 
Fatores predisponentes: causas genéticas, idade, sexo e desequilíbrio hormonal; b) Fatores 
determinantes: estresse, fumo, sedentarismo; desequilíbrios glandulares; perturbações 
metabólicas; maus hábitos alimentares; disfunção hepática e; c) Fatores condicionantes: 
aumentar a pressão capilar; dificultar a reabsorção linfática; favorecer a transudação linfática 
nos espaços intersticiais³. 
O FEG é uma defesa do organismo às alterações que os adipócitos estão sofrendo. Em 
resposta a essas alterações, o organismo forma tramas de colágeno que irão tentar encapsular 
5 
 
todo esse extravasamento do adipócito, dando sustentação e abrindo passagem para os vasos 
sanguíneos e descomprimindo as células nervosas. Surge assim, o aspecto “casca de laranja”, 
que se evoluir, pode adquirir a aparência de “saco de nozes”, devido ao aumento do número 
das tramas de colágeno. A pele perde a sua forma primitiva e podem surgir distúrbios 
funcionais que evoluem para a doença4. 
Podemos classificar o FEG em quatro estágios: o primeiro é uma fase inicial, onde o 
processo já está se instalando internamente, mas não pode ser visto ou sentido; no segundo, 
inicia-se a evolução do processo, onde as mudanças estruturais vão ficando mais relevantes e 
os primeiros sintomas passam a ser visíveis e podem ser sentidos sob palpação, a pele ganha 
um aspecto acolchoado e com ondulações; o terceiro é a fase em que aparecem os nódulos, os 
sinais são bem visíveis, não necessitando de palpação para serem percebidos, a pele áspera 
aparenta uma casca de laranja e verificou também edema nas pernas e microvarizes, somados 
a flacidez; no quarto, ela é dura e a pele fica “lustrosa”, cheia de depressões, as pernas ficam 
inchadas, pesadas, doloridas e a sensação de cansaço está presente, mesmo sem esforço 
físico5. 
No tratamento do FEG, um dos métodos utilizados e, talvez mais importante, é o uso 
do ultrassom - modalidade de penetração profunda e superficial, capaz de produzir alterações 
nos tecidos, por mecanismos térmicos e não térmicos. Ele tem como efeitos fisiológicos a 
ação tixotrópica sobre géis, despolimerização da substância fundamental, deslocamento de 
íons, aumento da permeabilidade das membranas, melhor reabsorção de líquidos, 
aperfeiçoamento da irrigação sanguínea e linfática, aumenta a produção e melhora a 
orientação das fibras colágenas do tecido conjuntivo. 
 Como pode ser visto, o FEG aparece como umas das mais agressivas formas de 
síndromes dermato-funcionais. O alto grau de insatisfação por parte das pessoas acometidas 
pelo FEG determina além de problemas estéticos, sérias alterações psicológicas e sociais. 
Portanto justifica-se esse estudo pela importância da investigação de formas de tratamento do 
FEG, visando reduzir esse problema que atinge um grande número de mulheres no mundo 
todo, causando nestas um quadro patológico e estético indesejável. 
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre o tratamento do FEG com o ultra-som 
e avaliar os benefícios e a efetividade desse método, fazendo um levantamento dos principais 
trabalhos realizados na área nos últimos dez anos. 
6 
 
CASUÍSTICA E MÉTODOS 
 
 
O estudo foi realizado a partir de uma revisão de literatura. Para tanto, foram 
utilizados artigos científicos em idiomas português, espanhol e inglês publicados. Foram 
consultadas as bases de dados Scielo, Lilacs, Medline, Pubmed, utilizando-se das seguintes 
palavras-chave: Fisioterapia Dermato Funcional,ultrassom, celulite, fibro edema gelóide, 
lipodistrofia Ginóide, tratamento, fonoforese, dermato functional, physiotherapy, ultrasound, 
cellulite, dermatolunctionary, lipodystrofic, treatment, phonophoresis. Foram utilizados ainda, 
livros em idioma português publicados no período dos últimos dez anos. Devido a sua grande 
importância, serão referenciadas monografias realizadas na Universidade do Sul de Santa 
Catarina e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná entre 2002 e 2006. Como critérios de 
inclusão dos artigos que foram selecionados, foram revisados somente, aqueles com descrição 
de fibro edema gelóide, eficácia do ultrassom no fibro edema gelóide, tratamento 
conservador, estudos comparativos do ultrassom em relação a outras técnicas utilizadas para a 
melhora do fibro edema gelóide, utilização do ultrassom associado à fonoforese, à fisioterapia 
dermato-funcional no tratamento do fibro edema gelóide. 
 
 
7 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
O fibro edema gelóide, indevidamente chamado de celulite, pode ser definida como 
uma patologia multifatorial, que resulta na degeneração do tecido adiposo, passando pelas 
fases de alteração da matriz intersticial, estase microcirculatória e hipertrofia dos adipócitos, 
ou seja, as células de gorduras retêm um maior teor de lipídio, diferente e alterado que 
estimula a retenção de líquidos e, consequentemente, o aumento de volume da célula que 
causa a compressão dos vasos e o rompimento das fibras de colágeno e elastina. A partir daí, 
podendo evoluir para fibrose cicatricial, caracterizando-se por um aspecto de pele em “casca 
de laranja”, “acolchoado” ou “capitoné”, mais presente em coxas, abdômen e nádegas6-9 . 
No tratamento do FEG utiliza-se o ultrassom, pois tem como efeitos fisiológicos a 
ação tixotrópica sobre géis, despolimerização da substância fundamental, deslocamento de 
íons, aumento da permeabilidade das membranas, melhor reabsorção de líquidos, 
aperfeiçoamento da irrigação sanguínea e linfática, aumenta a produção e melhora a 
orientação das fibras colágenas do tecido conjuntivo10,11. 
Para obter resultados efetivos do ultrassom no FEG sugeriu a aplicação por contato 
direto, na qual consiste em manter o cabeçote emissor do ultrassom em contato direto com a 
pele que se deseja tratar. A aplicação realizou uma via de agente de acoplamento, sendo que 
este foi o suficientemente viscoso para agir como lubrificante entre o transdutor e a pele, 
estéril para evitar contaminação e não apresentar bolhas de ar no seu interior, o que 
favoreceria a atenuação do feixe¹. 
O ultrassom é uma modalidade de penetração profunda e superficial, capaz de 
produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não térmicos. Desta forma, 
existem dois regimes de pulso comumente empregados na prática clínica do ultrassom 
terapêutico, o contínuo e o pulsado12. O modo contínuo se caracteriza por ondas sônicas 
contínuas, sem modulação, com efeitos térmicos, alteração da pressão e micromassagem. Já o 
modo pulsado apresenta características como ondas sônicas pulsadas, modulação em 
amplitude com frequências de 16 Hz a 100 Hz, efeitos térmicos minimizados e alteração da 
pressão, deste modo, uma ação analgésica, anti-inflamatória e anti-edematosa13. 
 O ultrassom possui também duas frequências, de 1 MHz e de 3 MHz, porém o 
tratamento com ultrassom de 3,0 MHz é indicado para tecidos superficiais, enquanto que o 
tratamento com ultrassom de 1 MHz é indicado para tecidos mais profundos. Como as 
8 
 
patologias estéticas atingem tecidos superficiais como a pele, predominantemente o tecido 
conjuntivo (derme), produzindo alterações circulatórias e mecânicas do tecido, não necessita, 
portanto de uma penetração muito grande das ondas mecânicas. Sendo assim, o ultrassom de 
3 MHz é o mais indicado para o tratamento dessas patologias14. 
Desta forma, no tratamento do FEG recomendou o uso do ultrassom em emissão 
contínua, exceto se existir alguma circunstância que contra indique a aplicação de calor. 
Em geral, para o tratamento da mesma recomendou iniciar com doses baixas e 
aumentar a intensidade progressivamente. Porém, estas não devem ultrapassar 2 W/cm², 
sobretudo quando se trabalha em emissão continua. Caso a aplicação seja em emissão pulsada 
a intensidade pode variar de 2 a 3 W/cm². 
Na literatura há divergências de opiniões, entre autores, sobre o tempo de cada 
sessão, pois se estabelece o tempo de dois minutos para áreas próximas de 10 cm²1. 
Importante frisar que a sessão de ultrassom não deve exceder 10 minutos, e que a zona de 
atuação é de 10 x15cm15. Porém, não se aconselha uma aplicação por mais de 15 a 20 minutos 
contínuos em uma mesma sessão de tratamento, pois podem ocorrer vertigens, tonturas, 
estresse, além de outros efeitos colaterais. A utilização do ultrassom pode ser incluída no 
tratamento em dias alternados, de 2 a 3 vezes na semana. Deve-se aplicar, no máximo, 20 
sessões. E após o término destas deve-se aguardar 1 a 2 meses para então reiniciar o 
tratamento16. 
 Realizou-se um estudo com 10 pacientes, aleatoriamente, formando dois grupos, 
onde o primeiro grupo foi submetido à terapia com ultrassom, e o segundo grupo não recebeu 
nenhuma intervenção terapêutica no período. O ultrassom foi utilizado na frequência de 3 
MHz, no modo contínuo, com dose de 1,2 W/cm², e foi aplicado por 7 minutos em cada 
glúteo. O tratamento consistiu de 20 sessões, realizadas 3 vezes por semana, em dias 
alternados. Todas as voluntárias foram submetidas à avaliação inicial, para verificar o tipo e 
grau do fibro edema gelóide apresentado. Com o término do tratamento proposto nova 
avaliação foi realizada e revelou que a utilização do ultrassom mostrou-se eficaz no 
tratamento do fibro edema gelóide, uma vez que diminuiu o grau de acometimento17. 
 Foi estudada uma paciente do sexo feminino, 21 anos de idade, cor branca, 52 quilos, 
1,58 metros, com aparecimento do FEG na adolescência com graus 1 e 2 nas regiões glútea e 
superior da coxa. Foram utilizados ficha de avaliação, registro fotográfico e uma escala de 
opinião. A paciente foi submetida a 20 sessões de aplicação do ultrassom, com dose de 0,6 
w/cm², frequência de 3 MHz, modo contínuo, na região dos glúteos e porção superior das 
9 
 
coxas. Ao final do tratamento, observou-se redução do FEG grau 1 e 2 e a paciente referiu 
estar satisfeita com os resultados18. 
 Em outro trabalho foi realizado um estudo com 10 participantes do sexo feminino, 
com quadro de FEG na região glútea. As participantes foram submetidas a 10 atendimentos, 2 
vezes por semana, com duração média de 30 minutos para as duas técnicas utilizadas na 
pesquisa. Protocolo de tratamento com US utilizada na frequência 3MHZ, com intensidade de 
1,0 w/cm2, modo continuo, o protocolo de tratamento da endermologia-DERMOVAC 
utilizado foi intensidade ajustada de acordo com conforto da participante e cabeçote tamanho 
grande. Observou-se uma melhora visual, significativa no aspecto da pele, entre os estados 
iniciais e após 45 dias, tanto para o tratamento com ultrassom, como para a endermologia, 
entretanto, não apresentou diferenças significativas entre os mesmos³. 
 Realizou-se um estudo experimental, onde a amostra constituiu-se de quinze pessoas 
do sexo feminino, com faixa etária de 20 a 35 anos, raça branca, sedentárias, não fumantes e 
isentas de dietas alimentares e de patologias associadas, com uso de método contraceptivo. As 
pacientes relataram o aparecimento do FEG durante a adolescência, devido à aquisição de 
peso e após uso de anticoncepcionais. No exame físico constatou-se FEG de grau 1, 2 e 3 
principalmente nas regiões glúteas e parte posterior das coxas. As pacientes foram submetida 
a 10 sessões de ultrassom no modo pulsado e contínuo, seguido da aplicação de 
endermologia, 3 vezes por semana, com duração de 50 minutos. A técnica proposta mostrou-se eficaz no tratamento do FEG. Para a autora, com o tratamento em questão, obtiveram-se 
resultados significativos, sendo que, ao reavaliar as pacientes averiguou-se que 40% 
obtiveram redução em todas as medidas, porcentagem esta equivalente ao número de 06 
pacientes; 20% referente a 03 pacientes diminuíram 4 medidas; sendo que 13.33% o que 
equivale a 02 pacientes diminuíram 3 medidas; outras 13.33% diminuíram 2 medidas e outras 
13.33% adquiriram um aumento das mesmas, fator este resultante da aquisição de peso 
corporal19. 
Em nova pesquisa, pode-se afirmar que o uso do ultrassom para FEG pode ser 
indicado tanto pelos seus efeitos já conhecidos, como o aumento da circulação, com 
consequente neovascularização e relaxamento muscular, por seu efeito mecânico com a 
micromassagem, o rearranjo e extensibilidade das fibras colágenas e melhora das 
propriedades mecânicas do tecido, como por seus efeitos de veiculação de substâncias por 
fonoforese. Pode ser utilizado ultrassom terapêutico nas frequências de 1 ou 3 MHz; para 
tratamento do FEG, a mais alta é mais indicada por apresentar maior atenuação, sendo 
portanto mais superficial. Porém, devido à frequência mais elevada, a produção de calor nos 
10 
 
tecidos superficiais também é maior. Para a fonoforese, substâncias que facilitam a penetração 
de outras substâncias devem ser usadas, como, por exemplo, o carbopol, fitossomas ou 
lipossomas. Como princípio ativo, a cafeína e a aminofilina são muito usadas por serem 
estimuladores beta-adrenérgicos e aumentarem a lipólise20. 
A metodologia em outro trabalho pesquisado consistiu do emprego da fonoforese 
com meio de acoplamento à base de hera, centella asiática e castanha da índia em 5 
participantes selecionadas aleatoriamente e divididas em dois grupos, onde o primeiro grupo 
foi submetido à terapia com ultrassom de ERA de 8,5 cm² com dose de 1,1 watts/cm² e o 
segundo grupo foi submetido à terapia com ultrassom de ERA de 4 cm² com dose de 1,5 
watts/ cm2. O ultrassom foi utilizado na frequência de 3 MHz, no modo contínuo e o 
tratamento consistiu de 16 sessões, realizadas 4 vezes por semana. Todas as voluntárias foram 
submetidas à avaliação inicial, para verificar o tipo e o grau de celulite apresentados. Com o 
término do tratamento proposto os resultados revelaram que a fonoforese mostrou-se eficaz 
no tratamento da celulite somente em uma das 5 voluntárias envolvidas na pesquisa21. 
Observou-se em outra pesquisa, que teve como objetivo comparar os resultados 
encontrados em mulheres tratadas com ultrassom terapêutico (UST) associado ao gel com 
princípios ativos e ao gel hidrossolúvel simples para a reversão do FEG, comprovando a 
eficácia deste tipo de recurso, com ou sem a ação da fonoforese. As voluntárias foram 
submetidas a 15 sessões de UST com duração de 12 minutos em cada glúteo, sendo em um 
utilizado gel simples e em outro gel com carbopol e princípios ativos. O estudo revelou 
melhora no FEG, em todas as voluntárias e em ambos os glúteos, sendo possível concluir que 
o tratamento com UST é eficaz, independente da fonoforese22. 
 Em nova linha de pesquisa, onde a amostra foi composta de dois grupos, com três 
indivíduos cada, portadoras do FEG de graus semelhantes. Um dos grupos (experimental) foi 
tratado com ultrassom aliado ao gel Bioestimulante® da Vita Derm, enquanto que o outro 
grupo (controle) utilizou o gel condutor Sonic-Plus gel, sem ação terapêutica. As pacientes de 
ambos os grupos foram submetidas a 10 intervenções de, aproximadamente 1 hora, em regime 
de três sessões semanais no período de julho a outubro de 2008. Antes e após o tratamento 
foram avaliadas alterações de perimetria e peso. A evolução do tratamento também foi 
analisada por meio de registro fotográfico e uma escala de opinião quanto aos resultados 
obtidos no tratamento. Valores significantes de redução de perímetro corporal foram obtidos 
após a conduta terapêutica, e foram observadas também alterações cutâneas visíveis, 
sugerindo que o ultrassom terapêutico de 3 MHz contribui para a redução do fibro edema 
gelóide nos dois grupos23. 
11 
 
Realizou-se uma pesquisa na qual selecionou 10 participantes, do sexo feminino, 
submetidas à avaliação para verificar o grau, o tipo do fibro edema gelóide, o perímetro da 
coxa, circulação sanguínea e análise fotográfica, antes e após a intervenção. O tratamento 
consistiu de 20 sessões, realizadas diariamente, utilizando-se do ultrassom terapêutico em 
uma frequência de 3 MHz, no modo contínuo, com dose de 1,0 W/cm2, em ambos os 
membros inferiores. A fonoforese à base de cafeína foi empregada na região lateral do 
membro inferior esquerdo. Os resultados demonstraram diminuição significativa da 
perimetria entre os membros inferiores, aumento da vascularização em ambos os membros, 
porém mais acentuada no esquerdo, demonstrada através da placa termossensível. De acordo 
com os parâmetros utilizados neste estudo, a técnica da fonoforese associada à cafeína 
exerceu mudanças morfológicas e circulatórias perante a resolução do fibro edema gelóide 
mais efetivas quando comparadas ao ultrassom no modo convencional. Pode-se inferir com 
isso que à ação da cafeína pode ser um importante agente atuante nos mecanismos 
metabólicos da lipólise24. 
O estudo de Pinto et al.25, teve como objetivo comparar os resultados obtidos na 
terapia por ultrassom com gel convencional e a fonoforese com mucopolissacaridase. Para o 
estudo foram selecionados 10 indivíduos, do sexo feminino, entre 20 e 35 anos, sedentários, 
com lipodistrofia ginóide na região glútea, grau II, tipo flácida. Os indivíduos foram divididos 
aleatoriamente em dois grupos, sendo no grupo controle, G1, aplicado ultrassom, e no grupo 
experimental, G2, a fonoforese. O equipamento utilizado na pesquisa possuía frequência de 3 
MHz, modo contínuo e intensidade de 1,5w/cm2. Foram realizadas 10 sessões com cada 
indivíduo de cada grupo. Ao final do experimento, constatou-se, na reavaliação, uma melhora 
significativa em ambos os grupos, embora os resultados de G2 foram mais evidentes. 
Mostrando que o ultrassom e a fonoforese são eficazes no tratamento da lipodistrofia ginóide, 
pois promovem significativas alterações fisiológicas no tecido acometido pela patologia 
citada. 
12 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A Fisioterapia Dermato-Funcional dispõe de diversas técnicas que possuem 
resultados positivos no tratamento do fibro edema gelóide, em especial o uso do ultrassom, 
como constatado no desenvolvimento do presente estudo. 
Devido sua alta prevalência e interferência na qualidade de vida e autoestima dos 
pacientes torna-se importante considerar que o FEG deixe de ser tratado como uma disfunção 
estética, passando a ser considerado e tratado como um problema de saúde. 
 Através do presente estudo, pelos resultados obtidos, concluiu-se que o tratamento do 
FEG com o ultrassom terapêutico foi eficaz na amenização e diminuição do quadro de fibro 
edema gelóide nas regiões das coxas, abdômen e nádegas. E ainda que, quando associado à 
fonoforese, melhorou o aspecto da pele e autoestima dos pacientes. 
A questão estética é muito valorizada na atualidade, porém considerando o FEG 
como um problema de saúde pelos sintomas e transtornos que ocasionam ao paciente, é 
importante ressaltar a necessidade de estudos mais aprofundados buscando alternativas 
sempre mais acessíveis. 
Até o momento não há relatos de efeitos adversos importantes, mas existe a 
necessidade de que estudos futuros, com melhor delineamento, sejam realizados para 
comprovar sua eficácia e ainda, determinar se os resultados obtidos são transitórios ou 
possuem maior duração. 
13 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
1. Guirro E, Guirro R. Fisioterapia Dermato Funcional. 3 ed. São Paulo: Manole, 2002. 
 
 
2. Cardoso E. A Síndrome da Celulite. Up to Date, ano 7, n.45, p.48-49, julho, 2002.3. Dalsasso JC. Fibro edema gelóide: um estudo comparativo dos efeitos terapêuticos, 
utilizando ultrassom e endermologia-DERMOVAC, em mulheres não praticantes de 
exercícios físicos. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Fisioterapia da 
Universidade do Sul de Santa Catarina – CAMPUS TUBARÃO, 2007. 
 
 
4. Corrêa MB. Efeitos obtidos com a aplicação do ultrassom associado à fonoforese no 
tratamento do fibro edema gelóide. Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia da 
Universidade do Sul de Santa Catarina – CAMPUS TUBARÃO, 2005. Disponível em: < 
http://www.fisio-tb.unisul.br> Acesso em: 03-08-2011. 
 
 
5. Miguel LI. Aspectos Clínicos e Terapêuticas Propostas para o Tratamento e Prevenção da 
LDG – Lipodistrofia Ginóide: “Celulite”. n.º 15. Reabilitar, 2002, p.36-39. 
 
 
6. Borges F. Dermato-Funcional: modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São 
Paulo: Phorte, 2006. 
 
 
7. Kede MPV, Sabatovich O. Dermatologia Estética. São Paulo, Atheneu, 2009. 
 
 
8. Fernandes PV. Fisioterapia no Tratamento da Celulite. Disponível em: 
<http://www.interfisio.com.br/index.asp?fid=32&ac=6>. Acesso em: 10 jan. 2013 
 
 
9. Smalls L. Development of quantitative models for the investigation of gynoid lipodystrophy 
(cellulite). PhD, 2005. Disponível em: < 
http://rave.ohiolink.edu/etdc/view?acc_num=ucin1115923913>. Acesso em: 20 nov. 2012. 
 
 
10. Pires de Campos MSM. Fibro edema gelóide subcutâneo. Ciência & Tecnologia. ano 1, n. 
2, p. 77-82, 1992. 
 
 
11. Young S. Terapia por ultrassom. In: Kitchen S, Bazin S. Eletroterapia de Clayton.10. ed. 
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14 
 
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ABSTRACT 
 
 
Therapeutic Ultrasound of 3 MHZ in the Treatment of Edema Fibro Geloid: Literature 
Review. 
 
Introduction: The fibrosis edema geloide (FEG) is an infiltration of the edematous 
subcutaneous tissue, no inflammation, followed by polymerization of the fundamental 
substance, which is infiltrating the frame, produces a reaction consecutive fibrosis, or the 
mucopolysaccharides that have integrated a process gelation. In the treatment of FEG uses 
ultrasound, considered a type of deep penetration, can produce changes in tissues by thermal 
and non-thermal mechanisms. Objective: This research aims to evaluate the benefits and 
efficacy of ultrasound for the treatment of fibro geloide edema. Methods: The work used as a 
study methodology of literature review or synthesis conducted with articles on fibro geloide 
edema associated with ultrasound, published during the last ten years, found in electronic 
databases, and books, monographs and dissertation of Masters as results of research. In the 
study it was concluded that treatment with FEG ultrasound therapy is very effective. Results: 
It was clear that the treatment with EGF, through the use of ultrasound 3MHZ, became of 
great importance for the amelioration, reduction and appearance thereof. Conclusion: After 
observing the results obtained in various studies discussed in this article, we conclude that 
FEG treatment with ultrasound therapy is very effective. 
 
Key words: Fibrosis edema geloide, treatment, ultra-sound. 
 
 
 
Pesquisadores: 
 
Jamyla Barreira Barbosa 
Fisioterapeuta 
 
Alessandra Ferreira de Noronha 
Mestre em ginecologia (UNESP), Pós-graduada em Geriatria (UFMG), Fisioterapeuta, 
orientadora científica CEAFI

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