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Eletroterapia - Bursite em Ombro

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UNIVERDIDADE PAULISTA- UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O EFEITO DA ELETROTERAPIA 
COMO TRATAMENTO DE BURSITE EM OMBROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021 
N405236 
D982GB4 
D997FD0 
D99DCD7 
N503DC8 
D98GJB5 
 
 
 
 
 
DAYANE DA SILVA PEREIRA 
ISABELLY BARBOSA DE SOUZA 
MARIA DIVANILDA ARAÚJO LOPES SANTIAGO 
RAIMUNDO LIMA DA CUNHA JUNIOR 
RENATA AMORIM GOMES 
VIVIANNE DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
O EFEITO DA ELETROTERAPIA 
COMO TRATAMENTO DE BURSITE EM OMBROS 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito avaliativo da 
disciplina de ELETROTERAPIA, do curso de 
FISIOTERAPIA, orientado pela Professora MSc. 
Adria Sadala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2021 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução ...................................................................................................... 03 
2. Objetivo .......................................................................................................... 05 
2.1. Objetivo geral ...................................................................................... 05 
2.2. Objetivo específico .............................................................................. 05 
3. Bursite ............................................................................................................ 06 
3.1. Etiologia .............................................................................................. 06 
3.2. Sinais e sintomas ................................................................................ 07 
3.3. Diagnóstico ......................................................................................... 07 
3.4. Tratamento .......................................................................................... 08 
4. Ultrassom ....................................................................................................... 09 
4.1. Efeitos térmicos ................................................................................... 10 
4.2. Efeitos mecânicos ............................................................................... 11 
4.3. Indicações para uso do ultrassom terapêutico .................................... 12 
4.4. Contraindicações para uso do ultrassom terapêutico .......................... 12 
5. Resultado da pesquisa................................................................................... 13 
6. Conclusão ...................................................................................................... 15 
7. Referências bibliográficas .............................................................................. 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O ombro doloroso pode ser ocasionado por várias etiologias, muitas vezes 
associadas, sendo originadas das estruturas da cintura escapular ou irradiadas de 
outras regiões (BOLLARIN & HOMBRO, 1974). A cintura escapular é composta de 
três articulações verdadeiras (esterno-clavicular, acrômio-clavicular e glenoumeral) e 
duas pseudoarticulações (escapulo-torácica e subacromial). As articulações 
trabalham junto em um ritmo harmônico, o que permite a movimentação global do 
ombro. O ombro é uma juntura móvel, com uma fossa glenóide rasa, com mínimo em 
suporte ósseo e a estabilidade da articulação depende dos tecidos moles como 
músculos, ligamentos e cápsula articular (HOPPENFELD, 1934). 
Segundo Zorzetto (2003), o ombro doloroso é a segunda região do corpo mais 
acometida por distúrbios músculo-esqueléticos ficando atrás somente das lombalgias. 
Reis; Moro; Sobrinho (2003), explicam que o ombro é formado por um conjunto de 
articulações que funciona de forma harmônica com a atuação de diversos tendões e 
músculos, sendo que a contração sincronizada destes músculos proporciona uma alta 
mobilização da articulação glenoumeral, o que pode ocasionar várias lesões, 
principalmente quando o braço, em sua atividade de trabalho for elevado acima do 
nível dos ombros. Reis; Moro; Sobrinho (2003), explicam que os movimentos 
excessivos de abdução acima de 90º graus predispõem o indivíduo ao surgimento da 
bursite subacromial, devido à compressão mantida e repetitiva desta região, 
desencadeando dor e restrição da amplitude de movimento (ADM). 
A Tecnologia Tens é um recurso fisioterapêutico que utiliza correntes elétricas 
de baixa intensidade para aliviar dores e conseguir efeitos específicos, como a 
analgesia, a diminuição de edemas, o relaxamento e o fortalecimento muscular 
(HEALTHCARE, 2021). Esse tratamento é usado como um coadjuvante no processo 
de reabilitação de diversas patologias (HEALTHCARE, 2021). Para realizá-lo, o 
fisioterapeuta posiciona diretamente sobre a pele do paciente eletrodos que emitem e 
viabilizam a passagem de correntes elétricas de baixa intensidade. Esse 
procedimento é realizado em sessões de fisioterapia mediante o uso de um 
equipamento de Tecnologia Tens (HEALTHCARE, 2021). 
O equipamento apresenta vários níveis de intensidade, que pode ser regulada 
conforme a necessidade de cada pessoa e de acordo com a etapa do tratamento em 
4 
 
 
 
que ela se encontra (HEALTHCARE, 2021). A corrente elétrica ocorre por meio de 
um fluxo de elétrons entre as extremidades de um aparelho condutor, que atuam de 
forma ordenada quando essas partículas se submetem a uma diferença de potencial 
(HEALTHCARE, 2021). 
A Tecnologia Tens também atua no impedimento e redução do estímulo 
nervoso, ativando e sintetizando substâncias de caráter endógeno, como é o caso das 
endorfinas, o que proporciona um efeito de analgesia (HEALTHCARE, 2021). 
O tratamento de fisioterapia com ultrassom pode ser feito para tratar inflamação 
das articulações e dor lombar, por exemplo, já que é capaz de estimular a cascata 
inflamatória e diminuir a dor, o inchaço e os espasmos musculares (PINHEIRO, 2020). 
A fisioterapia com ultrassom pode ser usada de duas formas: 
 Ultrassom contínuo, onde as ondas são emitidas sem 
interrupções e que produz efeitos térmicos, alterando o metabolismo e a 
permeabilidade das células, auxiliando na cicatrização das feridas e diminuindo 
o inchaço, sendo também mais eficaz no tratamento de lesões crônicas 
(PINHEIRO, 2020); 
 Ultrassom pulsátil, ondas as ondas são emitidas com pequenas 
interrupções, o que não produz efeitos térmicos, mas também é capaz de 
estimular a cicatrização e diminuir os sinais inflamatórios, sendo mais indicado 
no tratamento de lesões agudas (PINHEIRO, 2020). 
A fisioterapia com ultrassom é feita com o objetivo de aumentar o fluxo 
sanguíneo local e assim favorecer a cascata inflamatória, reduzindo o inchaço e 
estimulando as células inflamatórias, promovendo assim a cicatrização, remodelação 
do tecido e diminuindo o edema, dores e os espasmos musculares (PINHEIRO, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2. OBJETIVO 
 
2.1. Objetivo geral 
Demonstrar a eficiência da Eletroterapia no tratamento da bursite na articulação 
subacromial. 
 
2.2. Objetivo específico 
 Promover analgesia; 
 Favorecer a melhoria na amplitude de movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
3. BURSITE 
 
Bursas são cavidades parecidas com uma pequena bolsa ou cavidades 
potenciais, que contêm líquido e estão em locais onde ocorre fricção (p. ex., onde 
tendões ou músculos passam sobre proeminências ósseas). As bursas minimizam a 
fricção entre as partes que se movem e facilitam o movimento. Algumas se comunicam 
com as articulações. 
A bursite pode ocorrer no ombro (bursite subacromial ou subdeltoideana), 
particularmente em pacientes com tendinite do manguito rotador, que costuma ser a 
lesão primária do ombro. Outras bursas comumente acometidas são a do olécrano 
(cotovelo de minerador), pré-patelar (joelho de empregada doméstica) ou 
suprapatelar, retrocalcânea, iliopectínea (iliopsoas), isquial (fundodo tecelão), 
trocanter maior, pata de ganso e bursa da cabeça do primeiro metatarso (joanete). 
Ocasionalmente, a bursite causa inflamação na articulação com que se comunica. (J. 
BIUNDO, 2018). 
 
3.1. Etiologia 
A bursite pode ser causada por: 
 Lesão; 
 Excesso de uso e/ou pressão crônicos; 
 Artrite inflamatória (p. ex., gota, espondilite ou artrite reumatoideartrite 
psoriática); 
 Infecção aguda ou crônica (p. ex., organismos piogênicos, 
particularmente Staphylococcus aureus). 
Causas idiopáticas e traumáticas são, de longe, as mais comuns. A bursite 
aguda pode acontecer após exercício incomum ou estiramento, e normalmente causa 
derrame da bursa. As bursas olecranianas e pré-patelares são as bursas mais 
frequentemente atingidas quando há infecção. 
A bursite crônica pode ocorrer após crises prévias de bursite ou trauma 
repetitivo. A parede da bursa encontra-se espessada, com proliferação de sua 
membrana sinovial; podem se desenvolver aderências bursais, formação de 
vilosidades e depósitos de cálcio. (J. BIUNDO, 2018). 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/les%C3%A3o-nos-esportes/les%C3%A3o-do-manguito-rotador-bursite-subacromial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/artrite-induzida-por-cristais/gota
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/espondilite-anquilosante
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-reumatoide-ar
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-reumatoide-ar
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-articulares/artrite-psori%C3%A1tica
7 
 
 
 
3.2. Sinais e sintomas 
A bursite aguda causa dor, particularmente quando a bursa é comprimida ou 
alongada com o movimento. Edema, às vezes com outros sinais de inflamação (p. ex., 
eritema), é comum se a bursa for superficial (p. ex., pré-patelar, olecraniana). O edema 
pode ser mais proeminente do que a dor no caso da bursite do olécrano. A bursite 
induzida por cristal ou bactéria costuma ser acompanhada por eritema, edema 
depressível, dor e calor na área acima da bursa. 
A bursite crônica pode durar muitos meses e ter recorrências múltiplas. Os 
episódios podem durar de poucos dias a várias semanas. Se a inflamação persistir 
perto da articulação, a amplitude de movimento pode ficar limitada. Limitação 
prolongada do movimento pode levar à atrofia muscular. (J. BIUNDO, 2018). 
 
3.3. Diagnóstico 
 Avaliação clínica; 
 Ultrassonografia ou RM para bursite profunda; 
 Aspiração se houver suspeita de infecção, hemorragia (devido a trauma ou 
anticoagulantes) ou bursite induzida por depósitos de cristais. 
A bursite superficial deve ser suspeitada em pacientes com edema ou sinais de 
inflamação sobre bolsa. Bursite profunda é suspeita em pacientes com dor 
inexplicável que piora com movimento em um local compatível com bursite. Em geral, 
bursite pode ser diagnosticada clinicamente. Ultrassonografia ou RM pode ajudar a 
confirmar o diagnóstico quando bursas profundas não estão facilmente acessíveis 
para inspeção, palpação ou punção. Esses exames são realizados para confirmar um 
diagnóstico suspeito ou excluir outras possibilidades. Tais técnicas de imagem 
aumentam a precisão da identificação das estruturas envolvidas. 
Se o edema for particularmente doloroso, avermelhado ou quente, ou se a 
bursite envolver olécrano ou bursa pré-patelar, devem ser excluídas infecção 
e doença induzida por cristais, por meio da punção da bursa. Com uso de anestesia 
local, o líquido é retirado da bursa por meio de técnicas estéreis; a análise engloba a 
celularidade, coloração de Gram com cultura e pesquisa microscópica de cristais. A 
coloração de Gram, embora útil, não é específica, e a contagem de leucócitos na 
infecção pode ser mais baixa que nas articulações sépticas. Os cristais de urato são 
facilmente vistos por microscopia de luz polarizada, porém os cristais de apatita típicos 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/artrite-induzida-por-cristais/vis%C3%A3o-geral-de-artrite-induzida-por-cristais
8 
 
 
 
da tendinite calcificada aparecem apenas como porções brilhantes que não são 
birrefringentes. Radiografias devem ser feitas se a bursite for persistente ou se houver 
suspeita de calcificação. 
Bursite aguda deve ser diferenciada de hemorragia em uma bursa, que deve 
ser considerada particularmente quando um paciente que toma varfarina desenvolve 
bursite aguda. Bursite hemorrágica pode causar manifestações similares porque o 
sangue é inflamatório. O líquido sinovial na bursite traumática costuma ser 
serossanguinolento. A celulite pode causar sinais inflamatórios, porém normalmente 
não é a causa do derrame na bursa; a celulite sobre a bursa é uma contraindicação 
relativa à punção da bursa através da celulite, mas se houver forte suspeita de bursite 
séptica, a punção aspirativa pode ser feita. (J. BIUNDO, 2018). 
 
3.4. Tratamento 
 Repouso; 
 Doses altas de AINEs; 
 Tratamento de doença induzida por cristais ou infecção; 
 Ocasionalmente, infiltração com corticoides. 
Em caso de infecção, deve-se administrar inicialmente antibióticos empíricos 
eficazes contra S. aureus (ver tratamento da infecção por estafilococos). A escolha 
subsequente do antibiótico é determinada pelos resultados do exame direto com 
coloração de Gram e cultura. Além da administração de antibióticos, a bursite 
infecciosa requer drenagem ou excisão. 
A bursite aguda asséptica é tratada com repouso temporário ou imobilização, 
doses altas de AINEs e, em alguns casos, com outros analgésicos. O movimento 
voluntário deve aumentar à medida que a dor diminuir. Os exercícios pendulares são 
úteis para a articulação do ombro. (J. BIUNDO, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-da-pele/celulite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/cocos-gram-positivos/infec%C3%A7%C3%B5es-estafiloc%C3%B3cicas#v1005331_pt
9 
 
 
 
4. ULTRASSOM 
 
Ultrassom é definido como uma forma de onda acústica, cujas frequências são 
superiores a 20 KHz (ECRI,1999). 
A primeira aplicação do ultrassom foi na década de 50, desde então vem 
evoluindo rapidamente. Atualmente, a energia ultrassônica é uma das mais utilizadas 
pelos profissionais fisioterapeutas, atuando no tratamento das mais diversas 
patologias (DIONÍSIO, 1999; FUIRINI & LONGO; GUIRRO et al., 1996). 
As ondas ultrassônicas podem ser aplicadas por dois métodos conhecidos 
como contínuo e pulsado (BASSOLI, 2001; GUIRRO & GUIRRO, 2002). 
A diferença nos dois modos está na continuidade da emissão da onda 
ultrassônica que resulta principalmente na geração de calor nos tecidos biológicos 
(BASSOLI, 2001). 
Os efeitos térmicos produzidos pelo ultrassom contínuo ocorrem pela vibração 
mecânica constante dos tecidos incididos. Fato que não ocorre no modo pulsado, pois 
a emissão é interrompida intercalando pausas, proporcionando assim que o calor seja 
dissipado (AGNE, 2004). 
As agitações mecânicas que ocorrem durante a aplicação do ultrassom, acaba 
produzido efeitos denominados térmicos e mecânicos. No entanto, BAKER et al., 
2001, afirma que durante a terapia é improvável que ocorra apenas um efeito, e sim 
que os dois efeitos não podem ser separados, admitindo que efeitos mecânicos 
sempre apresentaram algum aquecimento. 
Quanto às frequências, variam de 0,5 a 5 MHz, sendo que as mais utilizadas 
são asde 1 MHz e 3 MHz (ABNT, 1998). 
Quanto maior a frequência, maior a absorção e menor a profundidade de 
penetração (HAAR, 1999). 
Entre as intensidades, o ultrassom apresenta doses entre 0,125 W/cm² – 5 
W/cm² (LEUNG, 2004). 
Porém, para a aplicação do ultrassom terapêutico, é importante que se respeite 
e tenha conhecimento das contra-indicações: útero na gravidez, áreas de 
tromboflebite, áreas préoperatórias, sistema nervoso central, coração e portadores de 
marcapasso, cérebro e globo ocular, gônadas, infecções agudas, áreas tratadas por 
radioterapia, tumores malignos, epífises de crescimento, estados febris, perda da 
10 
 
 
 
sensibilidade (áreas anestésicas), embora muitas destas contra-indicações tenham 
sido incluídas nesta lista sem que houvesse embasamento sem qualquer evidência 
científica significativa (YOUNG, 1998). 
Diante de tantas incertezas, vários estudos foram desenvolvidos, para tentar 
esclarecer realmente se a utilização de ultrassom é prejudicial em casos de algumas 
contra indicações. Entre as contra indicações as mais investigadas são: Áreas com 
implantes metálicos, útero gravídico e epífises de crescimento (LACERDA, 
CASAROTTO, BALSAN, 2004; OLIVEIRA, 2007; SOUSA et al.,2005), entre vários 
outros. 
 
4.1. Efeitos térmicos 
Os efeitos térmicos, ou de calor, são produzidos pela fricção criada pelas ondas 
que passam através do tecido (ARNOULD-TAYLOR, 1999), ou seja a vibração celular 
e de suas partículas provoca um atrito entre elas, produzindo assim o efeito térmico. 
Segundo Dyson (1987) a produção de calor é maior nas áreas limítrofe músculo/osso. 
O aumento da temperatura induzida pelo Ultrassom terapêutico depende de 
diversos fatores, como frequência, duração do pulso, intensidade e tempo de 
exposição, aliados à propriedades do tecido insonado. De maneira geral, o efeito 
térmico está associado a altas intensidades de onda e ao modo contínuo (DALECKI, 
2004); além desses fatores, Williams (1983), cita outros fatores determinantes para a 
geração de calor, técnica de aplicação (estacionária ou móvel), dimensões do corpo 
aquecido e a presença de superfícies refletoras na frente ou atrás do tecido de 
interesse. Agne (2009), completa dizendo que a dose de aplicação e as interfaces que 
separam os tecidos também interferem no efeito térmico. 
Existe uma relação diretamente proporcional entre a absorção do ultrassom e 
quantidade de proteína no tecido. Ou seja, quanto maior a concentração de proteína, 
maior será a absorção da onda sonora e maior o calor gerado (JOHNS, 2002) , assim 
como quanto maior a intensidade, maior a produção de calor nos tecidos (AMÂNCIO, 
2003). Tecidos com alto conteúdo de proteína absorvem o ultrassom mais 
prontamente do que aqueles com conteúdo de gordura mais alto, e quanto maior a 
frequência maior a absorção (KITCHEN, 2003). 
Para que ocorra o efeito exclusivamente térmico é necessário o aumento da 
temperatura entre 40º a 45º, por no mínimo cinco minutos, acima de 45º, o efeito se 
11 
 
 
 
torna lesivo ao tecido, podendo causar queimaduras (LOW & REED, 2001). Starkey 
(2001), relata que, um ultrassom de 3Mhz aquece três a quatro vezes mais rápido que 
um aparelho de 1MHz, embora os efeitos do US de baixa frequência possam durar 
mais tempo, o tratamento com intensidades de saída menores exige uma duração 
maior para elevar a temperatura do tecido ao nível desejado. 
Os efeitos fisiológicos provenientes do aquecimento tecidual incluem: aumento 
da circulação sanguínea, despolarização das fibras nervosas aferentes, efeitos sobre 
os nervos periféricos, aumento da extensibilidade em tecidos ricos em colágeno como 
tendões, ligamentos e cápsulas articulares, redução de espasmos musculares, alivio 
da dor e a resolução de processos inflamatórios crônicos (FUIRINI & LONGO, 2002; 
ROMANO, 2001; STARKEY, 2001), Campos (2000), acrescenta como efeitos da ação 
térmica o relaxamento, aumento do metabolismo tecidual e da permeabilidade das 
membranas. 
 
4.2. Efeito mecânico 
Os tratamentos com efeitos mecânicos envolvem a produção de baixos níveis 
de calor, que possivelmente sejam convertidos em alterações químicas no interior da 
célula (KITCHEN; PARTRIDGE, 1990; RODRIGUES; GUIMARÃES, 1998). 
A produção de efeitos biofísicos e térmicos ocorre no modo contínuo, enquanto 
que no modo pulsado ocorre a redução dos efeitos térmicos devido à interrupção 
cíclica da emissão da energia, mantendo os efeitos biológicos (FERREIRA et al. 
2006). 
Os autores Baker, Robertson & Duck (2001), no entanto, sugerem ser 
inadequado associar que os efeitos biofísicos térmicos correspondam à exposição à 
onda contínua, e os efeitos mecânicos à onda pulsada, pois estes efeitos ocorrem 
simultaneamente. 
Compartilhando desta mesma linha de idéia Lacerda et al. 2004, define que o 
termo atérmico ou não térmico usado para tratar dos efeitos mecânicos, não são 
termos apropriados, pois independente do uso ser contínuo ou pulsado, sempre 
haverá produção de calor nos tecidos, no entanto no modo pulsado a geração de calor 
é dissipado pelos tecidos 
Os efeitos mecânicos do ultrassom terapêutico incluem: massagem (GARCIA, 
2000; PRENTICE & VOIGHT, 2003), estimulação da regeneração dos tecidos; reparo 
12 
 
 
 
de tecido mole, reparo ósseo, fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos 
(YOUNG, 1998), além desses efeitos Fuirini & Longo (2002), acrescentam: 
regeneração tissular, síntese de proteína, diminuição de espasmos, normalização de 
tônus, ativação do ciclo de cálcio, estimulação das fibras nervosas aferentes. 
 
4.3. Indicações para uso do ultrassom terapêutico 
A lista de indicações para uso do USt é consideravelmente extensa. Entre as 
mais mencionadas podemos citas as seguintes: Traumatismo do tecido ósseo; 
Traumatismo de articulações e músculos; Distensões; Luxações; Fraturas; 
Contraturas; Espasmos musculares; Neuroma; Pontos gatilho; Distúrbios do sistema 
nervoso simpático; Transtornos circulatórios; Processos inflamatórios agudos e 
crônicos; Reparo de lesões; Fibro edema geloide; Cicatrização de feridas. (FUIRINI & 
LONGO 1996; GUIRRO e GUIRRO, 2002; HAYES, 2002; MACHADO, 1991; 
STARKEY, 2001). 
 
4.4. Contraindicações para uso do ultrassom terapêutico 
Dependendo de como é aplicada, a terapia por ultrassom pode apresentar 
riscos ou benefícios ao paciente. De modo geral deve-se estar atento às contra 
indicações que não devem ser expostas às ondas ultrassônicas : Áreas isquêmicas; 
Alterações circulatórias tromboflebites, tromboses, varizes (risco de promover 
embolias); Alterações sensitivas (Risco de queimaduras); Aplicada diretamente em 
endopróteses (Alta absorção do acrílico e seus componentes podem sofrer ações 
devido ao efeito térmico); Aplicada diretamente em implantes metálicos (Pode ocorrer 
aumento no índice de reflexão do feixe ultrassônico); Útero gravídico (possibilidade 
de ocorrer cavitação no líquido amniótico e dano potencial ao feto como; malformação 
devido ao efeito térmico) ; Neoplasias (Aceleramento do crescimento e/ou 
metástases); Processos infecciosos (Podem ser acelerados pelo calor) ; Área 
cardíaca (Possível modificação no potencial de ação e de suas propriedades 
contráteis); Globo ocular (Dano à retina pelo possível efeito da cavitação); Placas 
epifisárias( Bloqueio do crescimento) ; Gônadas (Possível esterilidade); Sistema 
nervoso (FUIRINI & LONGO 2002; GUIRRO & GUIRRO, 2002; HAYES, 2002; 
KITCHEN, BAZIN & 2001; LOW, REED, 2001; STARKEY, 2001; YOUNG, 1998). 
 
13 
 
 
 
5. RESULTADO DA PESQUISA 
 
O estudo foi realizado com paciente do sexo masculino, 71 anos de idade, com 
diagnóstico de bursite. Foram realizadas dez sessões, cinco vezes por 
semana, as sessões tiveram duração de cinquenta minutos, sendo realizado os 
acompanhamentos entre os meses de março e abril de dois mil e dezessete. O 
paciente foi submetido a uma avaliação inicial e uma ao final das sessões. Assessões 
eram compostas inicialmente pela aferição da pressão arterial e a quantificação da 
dor relatada pela paciente de acordo com a escala visual analógica de dor (EVA), 
em seguida era realizada a aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea 
com frequência de 10 Hz intensidade de 100 μA por 20 minutos e ao final eram 
realizados os exercícios cinesioterapêuticos por 30 minutos. 
 
 
A figura mostra os resultados obtidos em relação à evolução da diminuição da 
dor apresentada pelo paciente durante o tratamento, utilizando a escala visual de dor. 
(EVA). Observa-se que o paciente teve uma diminuição significativa da dor, reduzindo 
a zero ao final das dez sessões, em consequência da aplicação do TENS juntamente 
com a realização da cinesioterapia. 
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A dor apresentada pelo paciente na primeira avaliação era de grau 8, mantendo 
essa graduação na segunda sessão, nessas primeiras sessões foram utilizados 
recursos para analgesia e ganho de ADM. 
Na terceira sessão apresentou grau 3, nesta sessão foram mantidos os 
recursos utilizados e foram acrescentados exercícios para fortalecimento, porém na 
quarta sessão o paciente chegou queixando-se de dor, apresentando grau 7, o 
exercício de fortalecimento foi suspenso, sendo realizado somente TENS para 
analgesia. 
A partir da quinta sessão até a nona sessão o paciente apresentou grau 2, no 
qual foram realizados os recursos analgésicos, alongamentos e fortalecimentos. Na 
última sessão apresentou grau 0, significando a ausência da dor. 
A dor é considerada segundo colaboradores (2008), um sinal vital muito 
importante tal como os outros sinais vitais, e deve ser empregada no ambiente clínico, 
para a realização de um tratamento ou conduta terapêutica. Esses dados condizem 
com o estudo de Paula e Moraes (2006) que as dores e limitações dos movimentos 
são as principais características apresentadas pelos pacientes com bursite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONCLUSÃO 
 
O ultrassom é provavelmente um dos recursos físicos mais utilizados entre os 
profissionais de fisioterapia, no entanto pouco se conhece dele, quando nos referimos 
sobre suas contraindicações. Muitos autores referem à necessidade de mais estudos 
sobre o ultrassom terapêutico devido este aparelho ser extremamente aplicado na 
prática da fisioterapia. 
Foi possível através desse trabalho de revisão bibliográfica perceber que diante 
de estudos realizados sobre o ultrassom terapêutico, ainda permanecem dúvidas 
durante os tratamentos referentes principalmente aos parâmetros que devem ser 
utilizados, resultando muitas vezes em um tratamento ineficaz. Da mesma forma que 
precisamos conhecer as patologias em que nos deparamos durante a prática clínica, 
é necessário tal empenho para conhecermos os recursos que nos são disponíveis 
para o programa de reabilitação. Observa-se que esse desconhecimento não se 
restringe simplesmente ao equipamento, mas aos efeitos produzidos pela interação 
do ultrassom com os tecidos biológicos. 
Os próprios autores dos trabalhos desenvolvidos confirmam a complicada 
compreensão exata do mecanismo envolvido na interação do ultrassom terapêutico 
com os tecidos biológicos. Tais efeitos produzidos pela aplicação do ultrassom 
dependem do modo utilizado (pulsado X contínuo), da intensidade, frequência, 
duração de aplicação e estado fisiológico do tecido. Outras pesquisas confirmaram 
que não existem parâmetros estabelecidos referentes a dosimetrias nas terapias com 
US e que seus efeitos vêm sendo investigados baseando-se na experiência de cada 
terapeuta. Ao se revisar os principais estudos do ultrassom terapêutico e seus efeitos 
térmicos sobre regiões com implantes metálicos, encontraram-se posições distintas 
em relação ao tema. Esse assunto se mostra tão controverso entre os profissionais 
da fisioterapia, principalmente, devido a essa discordância: se a estimulação 
ultrassônica pode causar ou não danos ao tecidos próximos a implantes metálicos. 
O tratamento de bursite no ombro é realizado primeiramente com a onda TENS 
para a analgesia, o tratamento segue com cinesioterapia e finalizado com o uso de 
ULTRASSOM, pois como foi visto, esse tipo de onda atua diretamente no processo 
anti-inflamatório da bursa. 
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Ponto importante é o relato de diferentes posições quanto ao uso do UST nas 
principais contraindicações: áreas com implantes metálicos, útero na gravidez e 
epífises de crescimento, ocasionando várias controvérsias entre os profissionais 
atuantes na fisioterapia. A variedade de resultados encontrados referente as 
contraindicações, talvez seja esclarecida pelas diferentes metodologias 
desenvolvidas nas pesquisas, nem sempre compatíveis com a clínica. 
Diante dos achados, ressalta-se a necessidade de um consenso quanto aos 
parâmetros para o desenvolvimento de pesquisas, para que assim possa se confirmar 
ou excluir se a utilização de ultrassom é capaz de provocar alterações ou produzir 
lesões aos pacientes, pois somente quando realizarem estudos com metodologias 
iguais poderemos saber realmente quais efeitos são produzidos aos tecidos 
considerados contraindicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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