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3 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Módulo 01 - Fundamentos da Eletricidade Estrutura do átomo: Toda a matéria que conhecemos é formada por moléculas. Esta, por sua vez, é formada de átomos, que são compostos por três tipos de partículas elementares: prótons, nêutrons e elétrons. Os átomos são formados por um núcleo, onde ficam os prótons e nêutrons e uma eletrosfera, onde os elétrons permanecem, em órbita. Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais, embora tenham sinais opostos. O valor da carga de um próton ou um elétron é chamado carga elétrica elementar e simbolizado por e. A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas elétricas é o coulomb (C). Todos os corpos são formados por cargas elétricas, porém, não é fácil perceber suas propriedades, pois a maioria dos corpos, quando estão eletricamente neutros, possui mesma quantidade de prótons e elétrons. Um corpo pode ser eletrizado de duas formas: Positivamente: possui excesso de prótons, ou seja, perdeu elétrons; Negativamente: possui excesso elétrons, ou seja, ganhou elétrons. 4 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 A carga elementar: A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga que pode ser encontrada na natureza. Seu valor é igual a 1,6x10-19 C e é atribuído a carga do elétron (com sinal negativo) e a do próton (com sinal positivo). Princípios da eletrostática: A eletrostática é a parte da Física que estuda fenômenos associados as cargas elétricas em repouso. Ela é regida pelos seguintes princípios: Princípio da conservação da carga elétrica: a somatória da carga elétrica de um sistema eletricamente isolado é constante; Quantização da carga elétrica: de acordo com esse princípio, a carga elétrica é quantizada, ou seja, sempre um múltiplo do valor da carga elétrica elementar. A carga de um corpo é dada pela equação: Q = n.e Sendo: Q - a carga elétrica total de um corpo; n - o número de elétrons perdidos ou recebidos; e - a carga elementar (1,6x10-19 C). A unidade coulomb é definida partindo-se do conhecimento de densidades de corrente elétrica, medida em ampère (A), já que suas unidades são interdependentes. Um coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em um segundo, a secção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a um ampère. Princípio da atração e repulsão das cargas elétricas: cargas elétricas de mesmo sinal repelem-se, e cargas de sinais contrários atraem-se. 5 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Grandezas Elétricas: Na eletricidade existem várias grandezas, porém neste curso estudaremos as fundamentais para o nosso entendimento que são as seguintes: Tensão, Corrente, Resistência e potência Elétrica. Tensão Elétrica: A tensão elétrica ou DDP é uma espécie de “força” que desloca as cargas elétricas em um circuito fechado. Sua unidade é o Volt e pode ser representada pelas letras E, U ou V. Instrumento de Medição: Voltímetro Múltiplos: Kilovolt (kV), Megavolt (MV) ... Submúltiplos: milivolt (mV) ... Corrente Elétrica: A corrente elétrica consiste no movimento de portadores de cargas elétricas em um sentido predominante. Este movimento sempre é devido à existência de uma tensão. Sua unidade é o Ampère (A) e pode representada pela letra I. Instrumento de Medição: Amperímetro: Múltiplos: Kiloampére (kA) ... Submúltiplos: miliampère (mA) ... De acordo com seu comportamento em relação ao tempo, as Tensões e Correntes podem ser classificadas em dois tipos: Contínua (CC): quando mantém constantes seu módulo e sua polaridade. Uma pilha e a bateria de um automóvel são exemplos de tais fontes. Alternada (CA): quando é do tipo senoidal, como aquela fornecida pelas tomadas residenciais. 6 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Resistência Elétrica: A resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se opor à passagem de corrente elétrica mesmo quando existe uma diferença de potencial aplicada. Sua unidade é o Ohm (Ω) e pode representada pela letra R. Instrumento de Medição: Omímetro Múltiplos: Kilohm (kΩ)... Submúltiplos: miliohm (mΩ)... Potência Elétrica: Energia Elétrica, o conceito de energia é intuitivo. Em Eletrotécnica, diz-se que é uma grandeza capaz de alterar o comportamento das cargas elétricas de um circuito. Sua unidade no SI é o joule (símbolo J), cujo uso em aplicações elétricas geralmente produz números muito grandes, de modo que usualmente trabalha-se com uma unidade “derivada”, chamada Kilowat-hora (kWh). A potência elétrica pode ser definida como a quantidade de energia liberada em certo intervalo de tempo. Sua unidade de medida é o Watt (W), e é representada pela letra P. Instrumento de medição: Wattímetro Múltiplos: Kilowatt (kW), Megawatt (MW) ... Submúltiplos: miliwatt (mW). Considerações: Outras unidades do SI: Cavalo-Vapor (Cv) = 736 W Horse-Power (Hp) = 746 W No caso de aplicações em Circuitos de corrente contínua (CC) sua unidade de medida e o Watt (W), porém nas Instalações Elétricas as quais temos um circuito de corrente alternada (CA), temos as seguintes potências: Potência Ativa (W), potência que realiza trabalho: Potência Reativa (Var), potência usada para a magnetização dos circuitos: Potência Aparente (VA), potência na qual seu valor é a soma da (PA) + (PR). 7 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Aparelhos de medição: Multímetro: Um multímetro é um aparelho destinado a medir e avaliar grandezas elétricas. Existem modelos com mostrador analógico (de ponteiro) e modelos com mostrador digital. Utilizado na bancada de trabalho (laboratório) ou em serviços de campo, incorpora diversos instrumentos de medidas elétricas num único aparelho como voltímetro, amperímetro, ohmímetro entre outros, como opcionais conforme o fabricante do instrumento disponibilizar. Tem ampla utilização entre os técnicos em eletrônica e eletrotécnica, pois são os instrumentos mais usados na pesquisa de defeitos em aparelhos eletroeletrônicos devido à sua simplicidade de uso e, normalmente, portabilidade. Diferentes fabricantes oferecem inúmeras variações de modelos. 8 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Alicate Amperímetro: A principal característica do alicate de amperímetro é sua capacidade de medir o campo induzido através da corrente que passa em suas pinças, sem ter contato direto com o circuito. É uma ferramenta ideal para medição de tensões moderadas (menores que 750V) e para aplicações de correntes. 9 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Lei de Ohm: George Simon Ohm foi um físico alemão que deu origem à Lei de Ohm, ele viveu entre os anos de 1789 e 1854 e verificou experimentalmente que existem resistores nos quais a variação da corrente elétrica é proporcional à variação da diferença de potencial (DDP). Simon realizou inúmeras experiências com diversos tipos de condutores, aplicando sobre eles várias intensidades de tensões, contudo, percebeu que nos metais, principalmente, a relação entre a corrente elétrica e a diferença de potencial se mantinha sempre constante. Dessa forma, elaborou uma relação matemática que diz que a tensão aplicada nos terminais de um condutor é proporcional à corrente elétrica que o percorre, matematicamente fica escrita do seguinte modo: Nesse experimento ele usou apenas três dasquatro grandezas fundamentais estudadas anteriormente (tensão, resistência e corrente), vejamos como fica relacionando as quatro, incluindo a potência: 10 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Circuitos elétricos: Circuito elétrico é um conjunto formado por um gerador elétrico, um condutor em circuito fechado e um elemento capaz de utilizar a energia produzida pelo gerador. Gerador elétrico: É o aparelho capaz de transformar qualquer tipo de energia em energia elétrica. Sua principal função é fornecer energia para as cargas que o atravessam, como, por exemplo, pilhas, baterias e usinas hidrelétricas. Segue sua representação: Representação do Gerador Elétrico Resistor: Elemento responsável por consumir energia elétrica, e convertê-la em calor, ou seja, energia térmica. Esse fenômeno é chamado efeito Joule. Ex.: chuveiro elétrico, lâmpadas comuns, fios condutores, ferro elétrico. Representação de resistores Dispositivos de Manobra: São os responsáveis por desligar ou acionar o funcionamento do circuito elétrico, como, por exemplo, os interruptores e as chaves. Esquema do Interruptor 11 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Dispositivos de segurança: Responsáveis pela interrupção da passagem da corrente elétrica, quando uma grande intensidade elétrica, maior que o suportável pelo aparelho, é atravessada. Os mais comuns são os fusíveis e os disjuntores. Fusível Dispositivos de controle: Medem ou identificam a corrente elétrica ou a diferença de potencial entre dois pontos. Ex.: Amperímetro: Mede a intensidade da corrente elétrica. Voltímetro: Mede a DDP entre dois pontos. Galvanômetro: Identifica a passagem de corrente elétrica ou a existência de DDP. Dispositivos de Controle: Amperímetro, voltímetro e galvanômetro 12 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Tipos de circuitos: Circuito elétrico em Série: Circuito Elétrico em série é aquele em que existe uma associação na qual os componentes ligam-se entre si na mesma sequência, um após o outro. Nesse circuito a tensão se divide proporcionalmente de acordo com os valores de suas resistências. Como exemplo, podemos citar as lâmpadas usadas na decoração das árvores de Natal. O circuito feito por elas é simples e o fato de uma lâmpada queimar prejudica as restantes. Circuito elétrico em Paralelo: Circuito Elétrico em paralelo é aquele em que existe uma associação na qual a corrente elétrica se divide ao longo do circuito. Isso acontece para que haja tensão elétrica constante em todos os pontos. Como exemplo temos o circuito elétrico residencial, no qual todas as tomadas existentes nele possuem a mesma tensão de alimentação. 13 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Módulo 02 – Energia, seus Arranjos e Formas de Geração Onde é gerada a Energia Elétrica no brasil? As maiores fontes se concentram na região Sudeste, próximo aos centros consumidores, energia renovável responde por 75,7% da capacidade total do país (Dados de 2016). 14 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Energia hidrelétrica: A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso. A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica. Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais distantes dos centros consumidores, esse fato eleva os valores do transporte de energia, que é transmitida por fios até as cidades. A eficiência energética das hidrelétricas é muito alta, em torno de 65,2% (em 2014). O investimento inicial e os custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo. Hidrelétrica (ARRANJO) Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de energia elétrica no mundo. Esses dados só não são maiores pelo fato de poucos países apresentarem as condições naturais para a instalação de usinas hidrelétricas. 15 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Módulo 03 – Instalações Elétricas Definições: Instalação elétrica: A instalação elétrica é um conjunto formado por fios, cabos e outros acessórios com características coordenadas entre si e essenciais para o funcionamento de um sistema elétrico. Projetar uma instalação elétrica qualquer é tarefa que exige conhecimentos e, sobretudo aplicação de normas que regulamentam o exercício correto da função. O responsável (profissional encarregado pelo dimensionamento adequado dos fios (cabos) e demais componentes que integram o abastecimento interno de energia pelos ambientes da instalação, seja ela residencial, comercial ou predial), deve ter domínio sobre técnicas a serem consideradas quando torna-se necessário definir quais elementos utilizar e de que forma eles contribuirão para que alimentem os dispositivos e equipamentos adequadamente. Etapas: 01- Levantamento de cargas; 02- Dimensionamento de condutores, elétrodutos, caixas e acessórios; 03- Dimensionamento dos dispositivos de proteção e segurança; 04- Instalação e montagem dos dispositivos (proteção e segurança) e dos equipamentos. 01- Levantamento de Cargas (NBR-5410): O levantamento das cargas é feito prevendo potências mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas. Além disso a previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410, item 4.2.1.2. Quantidade mínima de pontos de luz: Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede. Arandelas no banheiro devem estar distantes, pelo menos, 60 cm do limite do box. 16 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Potência mínima de iluminação: A carga da iluminação é feita em função da área do cômodo da residência. Para área igual ou inferior a 6 m² - mínimo de 100 VA. Para área superior a 6 m² - mínimo de 100 VA para os primeiros 6 m², e acrescentar 60 VA para cada amento de 4 m² metros inteiros. A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação em áreas externas de residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente. Quantidade mínima de tomadas de uso geral (TUG's): Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m² - no mínimo uma tomada. Cômodos ou dependências com mais de 6 m² - uma tomada para cada 5m e uma para a fração restante. Espaçadas tão uniformemente quanto possível. Cozinhas e copas-cozinhas - uma tomada para cada 3,5m e uma para a fração restante, independentemente da área. Subsolos, varandas, garagens ou sótãos - pelo menos uma tomada. Banheiros - no mínimo uma tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de 60 cm do box. É recomendável prever uma quantidade maior de tomadas de uso geral, para evitar o uso de benjamis (tês), que desperdiçam energia além de comprometer a segurança da instalação. Potência mínima para tomadasde uso geral: Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais semelhantes, atribuir um mínimo de 600 VA por tomada, até 3 tomadas e atribuir 100 VA para as excedentes. Demais cômodos ou dependências => mínimo de 100 VA por tomada. Quantidade de tomadas de uso específico (TUE's): A quantidade é definida de acordo com o número de aparelhos de utilização. São destinadas a ligação de equipamentos fixos e estacionários, como chuveiro, torneira elétrica, secadora, etc. Quando o termo "tomada" de uso específico é citado aqui, não necessariamente quer dizer que a ligação do equipamento será por meio de uma tomada. Em alguns casos a ligação poderá ser feita por ligação direta (emenda) de fios ou por uso de conectores. 17 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Potência de tomadas de uso específico: Atribuir a potência do equipamento a ser alimentado Levantamento da potência total: Para obter a potência total de uma instalação, será necessário calcular as potências ativas e somá-las. Para as tomadas de uso específico não será necessário realizar este cálculo, pois o equipamento já vem mostrando a potência ativa (W). Tabelas importantes: Fatores de demanda para iluminação e pontos de tomadas de uso geral (PTUG’s): Fatores de demanda para tomadas de uso específico (PTUE’s): 18 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Planta Baixa com cotas: A potência ativa total determina o tipo de fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada. 19 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Tipos de fornecimento (Eletrobrás-PI): Padrão de Entrada: A Critério da Concessionária de distribuidora de energia do estado no qual o curso está sendo ministrado. 20 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 02- Dimensionamento de condutores, Eletrodutos, caixas e acessórios (NBR-5410): Dimensionamento de condutores: Condutores Elétricos: Denomina-se condutor elétrico, todo corpo que é capaz de conduzir ou transmitir a eletricidade. Os materiais mais usados para a fabricação de condutores elétricos são o cobre e o alumínio. Os condutores elétricos podem ser sólidos (fios), ou flexíveis, formados por vários fios finos encordoados. Os condutores elétricos são compostos de três partes diferenciadas: - A alma ou elemento condutor - A isolação - As coberturas Onde: Alma: é fabricada em cobre e seu objetivo é servir de caminho para a energia elétrica desde suas centrais geradoras para os centros de distribuição (subestações e redes de distribuição), para alimentar aos diferentes centros de consumo (instalações industriais, comerciais, residenciais, etc.). Isolação: O objetivo do material isolante em um condutor é evitar que a energia elétrica que circula nele entre em contato com as pessoas ou com objetos. Os diferentes tipos de isolações dos condutores se diferenciam por seu comportamento técnico e mecânico, considerando o meio ambiente, a linha elétrica que se usará, a resistência aos agentes químicos, aos raios solares, à umidade, à alta temperatura, chamas, etc. Entre os materiais empregados para a isolação dos condutores, podemos mencionar o cloreto de polivinila (PVC), o polietileno (PE), a borracha EPR, o neoprene e o náilon. 21 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Cobertura: O objetivo fundamental das coberturas é proteger a integridade da isolação e da alma condutora contra danos mecânicos, tais como atritos, golpes, etc. Normalmente, as coberturas são feitas em material polimérico. No entanto, quando as proteções mecânicas são de aço, latão ou outro material resistente, estas se denominam armaduras. A armadura pode ser de fita, fio ou malha. Classificação dos condutores quanto ao grau de dureza: De cobre de têmpera dura: Tem as seguintes características: Condutividade de 97% em relação ao de cobre puro. Fio (sólido): A alma condutora está formada por um só elemento ou fio condutor. De cobre de têmpera mole: Tem as seguintes características: Condutividade de 100% em relação ao de cobre puro. Cabo: A alma condutora está formada por uma série de fios condutores; isto faz com que seja flexível. Padrão de cores para condutores elétricos: Condutor neutro: azul; Condutor de proteção (PE): verde ou verde tracejado de amarelo; Condutores de fase e retorno: cores distintas do condutor neutro e do condutor de proteção. 22 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Dimensionamento da seção nominal de condutores: Existem dois métodos de cálculo para se determinar à seção nominal dos condutores que alimentam os circuitos das instalações elétricas. Os métodos utilizados são: Limite de queda de tensão - leva em consideração valores máximos permissíveis de queda de tensão, em função do comprimento do circuito; Capacidade de condução de corrente - considera a máxima corrente que passará pelos condutores que alimentam o circuito, sem aquecimento excessivo. Quando necessário, os dois métodos devem ser utilizados, adotando-se para o condutor, a maior seção nominal encontrada. Para projetos residenciais e comerciais de pequeno e médio porte, geralmente, o método da capacidade de condução de corrente é suficiente, sendo, portanto, o mais utilizado. Método da capacidade de condução de corrente: Para a determinação da seção nominal dos condutores através desse método, deve-se conhecer os seguintes parâmetros do circuito: A corrente de projeto (circuito); O método de instalação dos condutores; O número de condutores carregados. Passo a passo para dimensionamento de um Circuito elétrico: Primeiro passo: Cálculo da corrente elétrica nominal do Circuito (Ic): É determinada em função do tipo de alimentação do circuito, devendo-se conhecer sua potência nominal. Para tanto se utiliza a equação abaixo: Para Circuitos Monofásicos (F+N): Para Circuitos Trifásicos (3F+N): Onde: In - Corrente nominal do Circuito: FP/cos Ø - Fator de Potência: P - Potência nominal do Circuito: √3 - Fator do sistema trifásico. 23 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Segundo Passo: Identificar o método de instalação dos condutores, no caso de Instalações residenciais, comerciais e prediais usaremos o método de instalação número 7 e referência B1 de acordo com a NBR-5410: Terceiro Passo: Saber o número de condutores carregados do circuito e verificar a seguinte tabela: 24 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Seção mínima do condutor Neutro: A NBR 5410 estabelece os critérios básicos para o dimensionamento da seção mínima do condutor neutro. Em nenhuma circunstância o condutor neutro poderá ser comum a vários circuitos. O condutor Neutro deverá possuir a mesma seção do condutor fase em circuitos monofásicos. Em circuitos trifásicos, a seção do condutor neutro pode ser inferior à do condutor fase de acordo com a tabela abaixo: Seção mínima do condutor de proteção (PE): Para se determinar a seção nominal e as condições de uso de um condutor de proteção, adotar os seguintes princípios, definidos na NBR 5410: Um condutor de proteção pode ser comum a vários circuitos de distribuição quando estes estiverem contidos em um mesmo conduto. A seção mínima do condutor de proteção pode ser dada em função da seção dos condutores fase do circuito, de acordo com abaixo: 25Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Eletrodutos, caixas de derivação e acessórios: O eletroduto é o elemento que protege os condutores elétricos contra influências externas, como choques mecânicos e agentes químicos. Têm, ainda, a função de controle de chamas em caso de incêndio provocado por curto-circuito. Tipos: Eletroduto Rígido: Eletroduto Flexível: Acessórios: Curvas: 26 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Caixas de derivação e de passagem: Dimensionamento: É feito em função do número de condutores do circuito e a seção nominal do maior condutor, de acordo com a tabela abaixo: 27 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 03- Dimensionamento dos dispositivos de proteção e segurança (NBR-5410): Disjuntores: O disjuntor é um dispositivo mecânico com a função de um interruptor com desarme automático, que é acionado quando o mesmo recebe uma corrente de sobrecarga ou curto-circuito. O disjuntor foi desenvolvido com o intuito de proteger os elementos existentes no circuito caso ocorra uma corrente de pico maior que o limite suportado pelo mesmo. Disjuntor Termomagnético: O disjuntor termomagnético conhecido também como magnetotérmico, é uma junção do disjuntor térmico e magnético. Este tipo de dispositivo é muito utilizado em instalações comerciais e residenciais e suas principais funções são: Manobra: Abertura e fechamento voluntário do circuito. Proteção contra sobrecarga: atua como disjuntor térmico. Proteção contra curto-circuito: atua como disjuntor magnético. Curvas de ruptura: As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de corrente que o dispositivo suporta. Características curva B: Usado em circuitos de cargas resistivas em geral. Ex.: chuveiros, aquecedores elétricos, circuitos TUG (Tomada de uso geral). Corrente de ruptura 3 a 5 vezes maior que a corrente nominal. Ex.: IN = 10 A, curva entre 30 e 50 A. Características curva C: Usado em circuitos de cargas indutivas em geral. Ex.: Ar condicionado, bombas, circuitos de iluminação, sistemas de comando e controle. Corrente de ruptura 5 a 10 vezes maior que a corrente nominal. Ex.: IN = 10 A, curva entre 50 e 100 A. Características curva D: Usado em circuitos industriais. Ex.: motores de grande porte, grandes transformadores, máquinas de solda. Corrente de ruptura 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal. Ex.: IN = 10 A, curva entre 100 e 200 A. 28 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Categorias para tipos de disjuntores: A diferença entre os tipos de disjuntores está na quantidade de polos. Existem os disjuntores Unipolares, bipolares e tripolares que tem 1, 2 ou 3 polos, respectivamente. Vamos comentar abaixo sobre esses tipos de disjuntores: Disjuntores unipolares ou monopolares: Esses disjuntores devem ser utilizados em circuitos de 220 V, também chamados de monofásicos. Não é recomendado instalar disjuntores unipolares em circuitos 380 V, pois qualquer problema na instalação ou no aparelho elétrico, pode ocasionar o desligamento de apenas um disjuntor e manter uma fase ligada diretamente no aparelho, isso pode trazer riscos de choques elétricos além de danificar o aparelho. Disjuntores bipolares: Esse tipo de disjuntor deve ser utilizado em circuitos de duas fases de 380 V. Esse modelo e pouco utilizado pela nossa região. 29 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Disjuntores tripolares: Esse modelo é indicado para circuitos com três fases, como por exemplo: Sistemas trifásicos com 220/380 V. A configuração desses circuitos depende da disponibilidade do projeto de instalação e também da rede elétrica. Dimensionamento de Disjuntores: O item 5.3.4 da NBR-5410, estabelece que proteção deve satisfazer as seguintes condições: Onde: Ic – Corrente nominal do circuito; In – Corrente nominal do Disjuntor; Ifio – Corrente nominal do Condutor. Exercício 01- Dimensionar os condutores e o disjuntor para um chuveiro: 5400 W, ligado em 220 V. 30 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Dispositivo a Corrente Diferencial Residual (DR): Princípio de funcionamento: um dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma corrente de fuga à terra. O circuito protegido por este dispositivo necessita ainda de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito que pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o Dispositivo DR. De acordo com a NBR-5410 os dispositivos DR de corrente nominal residual até 30mA, são destinados fundamentalmente à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou ainda superiores a estas, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios. Importância do uso: Uso obrigatório em todo território nacional conforme Lei – 8078/90, art. 14 e obrigatoriamente exigido pela NBR-5410. 31 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Funções: Esse dispositivo oferece proteção contra: choques elétricos, incêndios e é um indicador de qualidade da instalação elétrica na qual está inserido. Obs.: O DR não oferece proteção contra curto circuitos e sobrecargas, portanto uso desse dispositivo não dispensa o disjuntor. Tipos: Monopolar: Tetrapolar: 32 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Dimensionamento: O dimensionamento do DR é feito em função do disjuntor de proteção do circuito a ser instalado. Corrente nominal do disjuntor (A) Corrente nominal mínima do DDR (A) 10, 15, 20, 25 25 30, 40 40 50, 60 63 70 80 90, 100 100 Dispositivo de proteção contra surtos (DPS): São equipamentos desenvolvidos com o objetivo de detectar sobretensões transitórias na rede elétrica e desviar as correntes de surto. Estes distúrbios, são mais comuns do que muitos imaginam, ocorrendo diariamente em ambientes residenciais, comerciais e industriais. 33 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Surto elétrico: Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de tempo. Ele se propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos eletroeletrônicos. De onde vem os surtos elétricos? Os surtos elétricos são normalmente causados por descargas atmosféricas, manobras de rede e liga/desliga de grandes máquinas. Descargas Atmosféricas: Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo à uma instalação / rede elétrica, são gerados surtos. Eles podem chegar até os aparelhos conectados às redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a Cabo e linhas telefônicas. A grande maioria dos surtos gerados por raios são ocasionados por descargas indiretas. Ou seja, mesmo que o raio caia a quilômetros de distância, essa incidência gera um campo eletromagnético que se irradia pelo ambiente e transfere uma parcela do raio ao encontrar condutores metálicos. 34 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Manobras de Rede: Outra origem bastante comum do surto elétrico se dáquando companhias energéticas fazem chaveamentos ou manobras de redes, causando a interrupção na distribuição de energia em determinados bairros ou ruas. Não apenas os blecautes, conhecidos popularmente como apagões, mas também as tentativas de religamento são grandes fontes de distúrbios eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico. Liga/Desliga de Máquinas: O que a grande maioria das pessoas não sabe, é que os surtos elétricos acontecem de maneira cotidiana devido também ao ligar e desligar de grandes motores. Os surtos podem ser gerados tanto por elevadores em prédios comerciais e residenciais; quanto por equipamentos ainda mais comuns, como aparelhos ar- condicionado ou máquinas de lavar. Todas as vezes que são ligados e desligados, estes motores geram sobretensões transitórias que podem causar danos imediatos, à médio e longo prazo aos equipamentos conectados à mesma rede de energia. Utilização: Os Dispositivos de Proteção contra Surtos podem ser utilizados em diversas aplicações: em redes de distribuição de energia elétrica, para proteção de transformadores e luminárias urbanas; linhas de telecomunicações; tubulações de companhias de óleo e gás; painéis de energia solar fotovoltaica; quadros de distribuição de edificações comerciais/residenciais e até mesmo conectados às tomadas, acoplados aos equipamentos que desejamos proteger. Classes: Existem três classes de DPS: Classe I: Dispositivos com capacidade de corrente suficiente para drenar correntes parciais de um raio. É a proteção primária, utilizada em ambientes expostos a descargas atmosféricas diretas, como áreas urbanas periféricas ou áreas rurais. Esse componente é externo a instalação (residencial, comercial, predial, etc.), trabalha em conjunto com o SPDA da instalação. Classe II: Dispositivos com capacidade para drenar correntes induzidas que penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos de uma descarga atmosférica. Esse componente e interno a instalação (residencial, comercial, predial, etc.), utilizados em áreas urbanas e instalados nos quadros de distribuição (QDC) das instalações. 35 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Classe III Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos, instalados próximos aos equipamentos. São utilizados para proteção de equipamentos ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas telefônicas. A instalação desses dispositivos é feita entre (fase e terra), geralmente essa tensão é um pouco maior do que a tensão de fase do circuito. Portanto varia de acordo com o tipo de fornecimento e os condutores de fase do circuito da instalação: Monofásico: Feito a dois condutores (F+N), devemos ter no mínimo um DPS. Trifásico: Feito a 4 condutores (3F+N), devemos ter no mínimo três DPS. O condutor neutro deve ser protegido também, porém quando o mesmo não for aterrado. Padrão de Instalação: Dimensionamento: Para o dimensionamento do DPS consideram-se três parâmetros: Classe, Tensão de funcionamento (trabalho) e a Corrente máxima de descarga: A Classe mais utilizada nos circuitos de instalações (residenciais, comerciais, prediais, etc.) é a II. Tensões máximas de funcionamento dos DPS: 175 VCA – Usado para sistemas de 127 V. 275 VCA – Usado para sistemas de 220 V. 460 VCA – Usado para sistemas de 380 V. 36 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Obs.: Alguns fabricantes disponibilizam outras tensões específicas para outros sistemas de alimentação. Correntes máximas de descargas: 13 kA, 20 kA, 30 kA, 45 kA, 50 kA, 60 kA, 75 kA ... Exemplos de aplicações: Caso 1: Instalação em área urbana populosa com vários prédios e possíveis para raios: Ex.: Salas comerciais, lojas e apartamentos. Para esses casos considerar as seguintes correntes: Entre 8 e 20 kA, a depender de cada caso, sempre dar preferência aos de maior valor. Caso 2: Periferias de zona urbana com poucos prédios: Ex.: Casas e apartamentos em prédios baixos sem para raios: Para esses casos considerar as seguintes correntes: 40 kA ou superior. 37 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Caso 3: Zona rural e instalações afastadas e isoladas: Ex.: Sítios, fazendas e casas em bairros bem afastadas do centro. Para esses casos considerar as seguintes correntes: 65 kA ou superior. 04- Instalação e montagem dos dispositivos (proteção e segurança) e dos equipamentos (NBR-5410). Nesta etapa devemos conhecer algumas ferramentas e como devemos usá-las: Chave de fenda: A chave de fenda é fundamental para quem quer trabalhar com instalações e manutenções elétricas. Temos dois tipos Normal e Cruzada: 38 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Alicate de corte: Ferramenta fundamental, visto que é com ela que o eletricista vai cortar os condutores. É importante que o eletricista tenha um bom alicate e com o cabo isolado: Alicate de ponta fina (bico): Esta ferramenta é importante para dobrar ou puxar pontas de condutores, além de servir para segurar partes de algum componente em uma determinada posição: Desencapador de fios: Ferramenta fundamental para desencapamento de condutores, ele contém duas lâminas que prende a capa do fio, facilitando a sua remoção quando puxamos: 39 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Estilete: Uma ferramenta que pode servir para diversas finalidades, mas a principal é cortar partes não metálicas de alguns componentes da instalação: Furadeira: Esta ferramenta é muito importante, assim como um bom jogo de brocas para metal e cimento. Atualmente você encontra diversas furadeiras elétricas que dão uma praticidade incrível para a atividade que será realizada: Arco de serra: Esta pode ser usada para serrar condutos de fios de metal e também pode ser importante caso seja necessário serrar partes de metal. 40 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Multímetro ou Alicate amperímetro: Estes são os instrumentos mais indicados para realizar medições de grandezas elétricas e algumas técnicas de detecção de alguns componentes. Seus funcionamentos foram explicados no Módulo 01 – Fundamentos da eletricidade. Lanterna: Ter uma boa lanterna pode te ajudar em situações adversas. Alguns trabalhos precisam ser realizados em ambientes com baixa claridade ou até mesmo na escuridão total. Fita isolante: Existem diversos tipos no mercado, com várias cores e etc. Indiferente de qual seja, elas têm a mesma função. É importante avaliar as marcas, visto que algumas possuem a colagem muito ruim e isso pode prejudicar o isolamento: Nível de bolha: É um instrumento utilizado para indicar ou medir inclinações naquele plano ou objeto trabalhado. Esta é uma ferramenta muito comum entre os pedreiros, mas tem uma grande utilidade para os eletricistas que trabalham com instalações. 41 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Ferro de solda: É uma ferramenta elétrica que transforma corrente elétrica em calor, o qual é transferido para uma ponta metálica. O calor é utilizado para fundir uma liga metálica de estanho e chumbo, realizando a junção de partes metálicas, principalmente de cobre: Simbologia para Instalações elétricas: Dutos e distribuição: 42 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Quadros de distribuição: Interruptores: Luminárias: Tomadas:43 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diagramas elétricos Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é essencial para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma linguagem comum a qualquer profissional da área, pois o desenho é uma representação visual padrão. Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem as instalações, mas não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler e interpretar diagrama elétricos. Existem quatro tipos de diagrama elétricos a se conhecer? Diagrama funcional: O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação elétrica, ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico, permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo. Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas de cabos ou percurso real destes. Os condutores são representados por retas sem inclinação e de preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o funcionamento dos componentes. 44 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diagrama Multifilar: O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação elétrica, assim como no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes. Mas, além disso ele tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta. Desenhando em plano tridimensional ele representa detalhes de componentes e conexões. Devido sua complexidade este diagrama é pouco usado, sua interpretação para grandes circuitos é demasiadamente complexa. 45 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diagrama Unifilar: O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é desenhando sobre a planta baixa (planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos condutores rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação bidimensional. Uma diferença aos dois outros modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço os outros condutores. Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não permite visualizar com clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o tempo na leitura deste tipo de diagrama proporciona ao eletricista saber interpretar com facilidade uma instalação elétrica e sem o auxílio de outros diagramas. O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores passarão em determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo. 46 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diagrama trifilar: Amplamente usado em sistemas de comandos elétricos e maquinas trifásicas. O diagrama trifilar representa cada uma das três fases de um sistema elétrico e suas respectivas derivações, tendo características muito parecidas com o diagrama unifilar. Divisão de circuitos elétricos na instalação Possuir uma correta divisão de circuito garante que sua instalação seja segura e não haja desperdício de energia elétrica, além de facilitar futuras manutenção e diminuir as ocorrências das mesmas. A norma NBR-5410 Instalações elétricas de baixa tensão, é clara com relação as regras que devem ser seguidas para uma correta distribuição de circuitos, vejamos o que diz a norma conforme os itens: 9.5.3 - Divisão da instalação 9.5.3.1 - Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente. Podemos ainda concluir considerando este item que os circuitos mistos ou não dedicados não devem ultrapassar potências de 1200W em tensão de 127V e 2200W em tensão de 220V. 47 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Definições: Interruptores: O interruptor é um dispositivo que, ligado a um circuito elétrico, tem como função comanda-lo a partir da modificação da sua posição de comutação (fechar ou abrir). É utilizado para comandar cargas (lâmpadas ou circuitos de lâmpadas, ventiladores de teto dentre outras aplicações). Sua capacidade de corrente normalmente limita-se a 10A / 250V. Tipos: Interruptor de uma seção: é um interruptor simples, isto é, composto de uma tecla destinada a comandar lâmpadas de um local especifico. Geralmente instalado próximo da porta a uma altura média que varia de 1,20m a 1.40m do piso. Interruptor de duas seções: é um interruptor duplo, isto é, composto por duas teclas destinadas a comandar duas ou mais lâmpadas separadamente, porém de um mesmo ponto. Interruptor de três seções: é um interruptor triplo, composto por três teclas destinadas a comandar lâmpadas separadamente, porém de um mesmo ponto. 48 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Interruptor paralelo: mais conhecido como Three Way. São interruptores destinados a comandar cargas (lâmpadas ou circuitos de lâmpadas, ventiladores de teto dentre outras aplicações), de dois locais diferentes, como escadas, quartos e recinto com dois acessos. São parecidos com os interruptores de uma seção, porém possuem três pontos de conexão para os condutores. Interruptor intermediário: mais conhecido como Four Way (quatro vias), são interruptores associados aos paralelos que permitem o controle de cargas ((lâmpadas ou circuitos de lâmpadas, ventiladores de teto dentre outras aplicações) de três (ou mais) locais diferentes, em um corredor muito longo por exemplo, ou numa empresa com vários cômodos e quarto de casal. É de grande utilidade para o acionamento da iluminação externa do local de qualquer setor da mesma. Sempre são instalados entre os paralelos. Interruptor bipolar: os interruptores bipolares são empregados em circuitos alimentados com dois condutores fase/fase ou fase/neutro que alimentam cargas (lâmpadas, ventiladores de teto, chuveiros elétricos dentre outras aplicações). Este procedimento torna-se necessário por questão de segurança, pois no caso de manutenção, o interruptor deve seccionar os dois condutores para evitar o risco de choque elétrico. Tomadas: Dispositivo elétrico, cujos contatos estão permanentemente ligados a uma fonte de energia elétrica, destinada a energizar aparelhos elétricos através da conexão de um plugue. São especificadas para vários tipos de tensão, para nosso estudo será limitado a 220/380V e corrente de 10 ou 20A. Assim como os interruptores existem nos modelos simples de uma seção, duas seções (dupla) e de três seções (tripla). Lâmpadas: São cinco os principais tipos de lâmpadas para uso doméstico: 01- Lâmpadas fluorescentes compactas; 02- Lâmpadas fluorescentes tubulares; 03- Díodos emissores de luz (LED); 04- Lâmpadas de halogéneo; 05- Lâmpadas incandescentes. 49 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 01- Lâmpadas fluorescentes: As lâmpadas fluorescentes compactas apresentam as mesmas vantagens das tubulares e têm uma instalação compatível com os casquilhos tradicionais usados para as lâmpadas incandescentes. São especialmenterecomendadas quando se necessita de utilização contínua por períodos de tempo superiores a pelo menos 1 hora. Existem lâmpadas indicadas para zonas de descanso (branco quente) e outras adequadas para zonas de atividade (branco frio). Estas lâmpadas têm um número elevado de horas de utilização, de 6 a 15 mil horas, e já estão preparadas para um número elevado de ciclos de ligar e desligar. Lâmpadas fluorescentes tubulares: Estas lâmpadas são muito utilizadas pois proporcionam uma boa iluminação com pouca potência e baixo consumo energético, sendo as mais adequadas para locais com necessidades de longa iluminação. Estas lâmpadas têm uma elevada eficácia e um período de vida muito elevado (cerca de 12 000 horas), permitindo economizar energia até 85 por cento, dependendo do modelo e da potência. 50 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Díodos Emissores de Luz (LEDs): A redução do consumo de energia elétrica na iluminação passa indiscutivelmente pela utilização de LEDs. Atualmente já existem LEDs com lumens equivalentes às lâmpadas incandescentes e de halogéneo. Estas lâmpadas têm um preço mais elevado que as lâmpadas fluorescentes compactas, mas têm um período de vida muito superior (20 a 45 mil horas em oposição a 6 a 15 mil horas). Lâmpadas de halogéneo: As lâmpadas de halogéneo têm estado a ter uma melhoria na sua eficiência energética. Atualmente já existem lâmpadas 20 a 60% mais eficientes que as tradicionais, e com um tempo de vida útil também superior que pode atingir as 5000 horas de utilização. Estas lâmpadas têm um funcionamento semelhante ao das lâmpadas incandescentes. No entanto, apresentam a vantagem de conseguirem recuperar o calor libertado pela lâmpada, reduzindo a necessidade de eletricidade para manter a sua iluminação. Estas lâmpadas emitem uma claridade constante. 51 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Lâmpadas incandescentes: Este tipo de lâmpada está ainda presente nas habitações. Este é, no entanto, o tipo de iluminação com menos eficiência luminosa (15 lm/W) e com o menor tempo de vida média (cerca de 1 000 horas). A sua baixa eficiência em relação aos restantes tipos de lâmpadas deve-se ao fato de converterem a maior parte da eletricidade (90 a 95%) em calor e apenas uma percentagem muito reduzida (5 a 10%) em luz. Isso fez com que a União Europeia aprovasse uma diretiva com o objetivo de retirar estas lâmpadas do mercado. Este processo decorreu entre 2009 e 2012, com o seguinte calendário de proibição de venda: Lâmpadas acima de 80W proibidas a partir de 1° de Setembro de 2009, lâmpadas acima de 65W proibidas a partir de 1° de Setembro de 2010, lâmpadas acima de 45W proibidas a partir de 1° de Setembro de 2011, lâmpadas acima de 7W proibidas a partir de 1° de Setembro de 2012. 52 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Relé foto elétrico: O relé fotoelétrico é um relé destinado ao acionamento de lâmpadas elétricas em sistemas em geral. Este aparelho é utilizado com muita frequência em sistemas de iluminação pública, placas luminosas e também automóveis que tenham controle automático de acionamento dos faróis. Existem basicamente dois tipos: Tipo NF acionam a carga a noite e NA acionam a carga durante o dia. Potência máxima em 220V: 1300 Watts Incandescente/500Watts Fluorescente. Sensor de presença: Esses dispositivos servem especialmente para detectar possíveis invasões em ambientes, o que pode ser feito a partir do reconhecimento de movimento ou de temperatura corporal dos intrusos. Lembrando que o funcionamento depende diretamente do tipo do aparelho e do sistema de automação escolhido. Potência máxima: 1000VA Área de detecção: Frontal 110º e lateral 70º. 53 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Campainha e Porteiro eletrônico: Campainha: Uma campainha elétrica é um dispositivo constituído por um interruptor, um eletroímã, uma armadura, um martelo e uma bobina de corrente alternada. Porteiro eletrônico: O porteiro eletrônico é um sistema que facilita a vida do morador a fim de que não precise sair de dentro de casa para saber quem está no portão. Com o uso de um interfone é possível manter uma comunicação com a pessoa do lado de fora, bastando tirar o interfone do gancho. 54 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Esquemas fundamentais de ligações: Ponto de luz comandado por interruptor de uma seção: Ponto de luz, interruptor de uma seção e tomada baixa: Dois pontos de luz comandados por um interruptor de uma seção: 55 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Dois pontos de luz comandados por um interruptor de duas seções: Ponto de luz comandado por interruptor paralelo (three-way): Ponto de luz comandado por three-way e four-way: 56 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Instalação de lâmpada fluorescente com reator eletrônico: Instalação de lâmpada fluorescente com reator convencional e Starter: Instalação de relé fotoelétrico: 57 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Instalação de sensor de presença: Instalação de campainha: 58 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Instalação de porteiro eletrônico: Informações importantes: A instalação com dois fios, independentemente da marca ou modelo, não garante a inviabilidade do sistema quando a fechadura elétrica é utilizada. 59 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Noções de acomodações, Instalações de dispositivos (de proteção e segurança) e componentes elétricos: Quadro de distribuição: O quadro de distribuição ou quadro de luz é o local onde se concentra toda a instalação elétrica, ou seja: Onde se instalam os dispositivos de proteção e segurança dos circuitos; Onde se recebe os condutores de alimentação que vem do relógio padrão; De onde partem os circuitos terminais que irão alimentar as diversas cargas da instalação (lâmpadas, tomadas, chuveiros, condicionadores de ar, etc.) 60 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Módulo 04 – Máquinas e Acionamentos Elétricos (básico) Maquinas elétricas: Em eletricidade, máquinas elétricas são máquinas eletromecânicas cujo funcionamento baseia-se no fenómeno da indução eletromagnética. Neste módulo serão estudados os conceitos básicos em relação aos assuntos tratados. Tipos: Dentre os tipos de máquinas elétricas podemos separá-las em dois tipos a se entender, máquinas elétricas rotativas e máquinas elétricas estacionárias ou em repouso. Máquinas elétricas rotativas são os motores e os geradores, são denominadas rotativas por possuírem uma parte girante em relação a uma parte em repouso (rotor e estator respectivamente). Máquinas elétricas estacionárias ou em repouso são os transformadores pois não possuem partes móveis. As duas máquinas elétricas acima têm em comum transformar um tipo de energia em outro tipo, mas o que principalmente as diferem são quais os tipos de energias e as transformações que elas promovem: 61 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Motores elétricos: É qualquer dispositivo que transforma energiaelétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. Tipos: Monofásicos: Características: Possui apenas um conjunto de bobinas; São alimentados por apenas uma fase (+ neutro); São construídos para acionar cargas de pequena potência; São divididos em dois tipos: Motor Universal CA ou CC: Inversão de rotação: é só inverter a alimentação das bobinas; Possui auto conjugado de partida; A variação da velocidade varia de acordo com a variação da tensão; Potência de até 500 W ou 0,75 CV; Velocidades de 1500 a 15000 rpm; Utilização: motores de uso doméstico (liquidificadores, furadeiras, batedeiras, etc). 62 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Motor de indução: Tipos: Motor de indução de fase auxiliar com capacitor: Motor de indução monofásico com um enrolamento principal conectado diretamente à rede de alimentação e um enrolamento auxiliar defasado, geralmente, em 90º elétricos do enrolamento principal. 63 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diferença dos motores de acordo com o número de pontas (pólos): Motor de 2 terminais: Única tensão: 127 ou 220 V; 1 sentido de rotação. Motor de 4 terminais: Única tensão: 127 ou 220 V; 2 sentidos de rotação; Troca de rotação: Inverte os terminais do enrolamento auxiliar. Motor de 6 terminais: Duas tensões: 127 e 220 V; 2 sentidos de rotação; Troca de rotação: Inverte os terminais do enrolamento auxiliar. 64 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Motor de indução trifásico assíncrono: Motores assíncronos ou de indução, sendo robustos e mais baratos, são os motores mais utilizados na indústria. Nestes motores, o campo rotativo tem a sincronia de velocidade de acordo com a frequência da linha de alimentação. O motor assíncrono é o tipo de motor elétrico mais comum. Especificamente, o motor assíncrono trifásico é o tipo de motor mais utilizado na indústria. Esse sucesso deve-se principalmente às seguintes razões: Comparado com os outros motores elétricos da mesma potência, seu custo é menor. Estes são motores muito simples com grande facilidade de manutenção. 65 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Fechamentos dos motores trifásicos: Na maioria dos casos os motores possuem 6 pontas de cabos em sua caixa de ligação que podem ser fechados (conectados) de duas maneiras: Triângulo ou ∆: O fechamento em triângulo proporciona o fechamento na menor tensão suportada, por exemplo: um motor que suporte 380V e 220V o fechamento em triângulo será para a tensão de 220V. Será possível entender na ilustração abaixo como realizar o fechamento em triângulo do motor elétrico trifásico, observe que os terminais 1 - 6, 2 - 4 e 3 - 5 são interligados entre sí e estas pontas são interligadas com a rede de alimentação trifásica. Veja a seguir uma ilustração deste fechamento: 66 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Estrela ou Y: O fechamento em estrela proporciona o fechamento na maior tensão suportada, por exemplo: um motor que suporte 380V/220V o fechamento em estrela será para a tensão de 380V. Este fechamento é basicamente o mais simples de ser desenvolvido, observe que o fechamento se dá com a realização do curto circuito dos terminais 4 - 5 - 6 e realiza-se a alimentação trifásica utilizando os terminais 1, 2 e 3. Veja a seguir uma ilustração deste fechamento: 67 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Transformadores elétricos: São equipamentos utilizados na transformação de valores de tensão e corrente, além de serem usados na modificação de impedâncias em circuitos elétricos. O princípio de funcionamento de um transformador é baseado nas leis de Faraday e Lenz, as leis do eletromagnetismo e da indução eletromagnética, respectivamente. Neste módulo veremos conceitos básicos de transformadores de destruição. Esses equipamentos são constituídos de dois enrolamentos, sendo um primário (entrada) e um secundário (saída). Tipos: Monofásico: As redes de distribuição Monofilares com Retorno por Terra (MRT) são sistemas monofásicos (fase + terra), notadamente construídos com transformadores que possuem apenas um cabo na parte de média tensão (primário), com retorno efetuado através de haste aterrada e geralmente dois ou três cabos na parte da baixa tensão (secundário). Sabemos que nas zonas rurais as cargas são geralmente pequenas que raramente são necessários três condutores para atender a necessidades de energia elétrica, dos consumidores rurais. Esses consumidores geralmente possuem demandas médias de 2 kVA. 68 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Bifásico: As redes de distribuição bifásicas são sistemas (fase + fase), notadamente construídos com transformadores que possuem dois cabos na parte de média tensão (Primária), e geralmente dois ou três cabos na parte da baixa tensão (secundária): 69 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Trifásico: As redes de distribuição trifásicas são sistemas (3F), notadamente construídos com transformadores que possuem três cabos na parte de média tensão (Primária), e quatro cabos na parte da baixa tensão (secundária): Assim como nos motores esses equipamentos poder ser fechados em delta e estrela, com uma diferença, eles possuem dois enrolamentos, sendo um primário e um secundário. Geralmente são fechados (conectados) em triângulo no primário e estrela com neutro aterrado no secundário. 70 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Acionamento e controle (comandos elétricos) O conhecimento sobre acionamentos (comandos) elétricos é bastante importante, pois em qualquer sistema elétrico industrial e/ou residencial, há sempre algum tipo de máquina ou equipamento acionado de alguma forma, por exemplo, através de um motor elétrico, que é a forma mais utilizada para obtenção de energia mecânica. Dispositivos de acionamento e controle: Componentes que auxiliam na composição das lógicas de acionamento do circuito. Chave auxiliar tipo Botoeiras: As chaves auxiliares, ou botões de comando, são chaves de comando manual que interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. Podem ser montadas em painéis ou em sobreposição. Abaixo é possível observar uma botoeira e seu respectivo símbolo. 71 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Sinalizadores luminosos: Em comandos elétricos sinalização é a forma visual de se chamar a atenção do operador para uma situação Determinada em um circuito, máquina ou conjunto de máquinas. Ela é realizada por meio de sinalizadores luminosos com cores determinadas por normas. A utilização de sinalizadores luminosos em comandos elétricos baseiam-se em aplicações específicas, estas aplicações são baseadas em cores que representam cada situação. Observem abaixo na tabela a seguir, as cores que determinam a utilização dos sinalizadores luminosose suas respectivas aplicações: 72 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Contatores: Em comandos elétricos contatores são dispositivos de manobra mecânica acionados eletromagneticamente, construídos para uma elevada frequência de operação (manobras). De acordo com uma potência (carga). Tipos de contatores: Basicamente, existem dois tipos de contatores: Contatores para motores (de potência): Contatores auxiliares: Esses dois tipos de contatores são semelhantes. O que os diferencia são algumas características mecânicas e elétricas, assim, os contatores para motores caracterizam-se por apresentar: Dois tipos de contatos com capacidade de carga diferentes chamados principais e auxiliares; Maior robustez de construção; Possibilidade de receberem relés de proteção; Tamanho físico de acordo com uma potência a ser comandada; Veja a seguir a representação dos contatores de potência: 73 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Contatores auxiliares: São usados para aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores de motores. Relé térmico: Esse tipo de relê, atua como dispositivo de proteção, controle ou comando do circuito elétrico, atua por efeito térmico provocado pela corrente elétrica. O elemento básico dos reles térmicos é o Bimetálico. O bimetal é um conjunto formado por duas lâminas de metais diferentes Ferro (normalmente e níquel), sobrepostas e soldadas, estes dois metais de coeficientes de dilatação diferentes, formam um par metálico. Por causa da diferença de coeficiente de dilatação, se o par metálico submetido a uma temperatura elevada, um dos metais irá se dilatar mais que o outro, por estarem unidos fortemente, o metal de menor coeficiente de dilatação provoca o encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um determinado ponto. Causando assim o desarme do mesmo. 74 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Partida direta de motor elétrico monofásico e trifásico: A tradicional partida direta de motores elétricos trifásicos pode ser considerada como recurso ideal quando deseja-se usufruir do desempenho máximo nominais de um motor elétrico trifásico, como por exemplo o torque de partida (uma das principais características do motor elétrico). No entanto, este sistema de partida é recomendado para motores que possuam no máximo 7,5/10cv de potência. Diagrama de potência ou de força: Como podemos observar, o diagrama de potência da partida direta expressa o motor elétrico como sendo a carga que será acionada e o acionamento é realizado através do componente contator. Funcionamento: a finalidade deste diagrama de potência de uma partida direta é acionar o motor elétrico disponibilizando a ele 100% da tensão de alimentação fornecida pelo sistema de alimentação. Para isto se faz necessário que seja acionado o contator K1 para que este disponibilize a alimentação ao motor elétrico, no entanto é importante observar que os fusíveis ou disjuntores devem estar íntegros permitindo a circulação da corrente e o relé térmico também deverá estar em seu estado normal de trabalho (não acionado). Veja na imagem abaixo: 75 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Diagrama de comando: O diagrama de comando desta partida direta representa a lógica de contatos que será responsável por acionar os componentes que serão responsáveis por comandar as cargas presentes no diagrama de potência: Veja na imagem abaixo: 76 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Partidas: Partida direta para motor monofásico (220 V): Diagrama de Força: Diagrama de Comando: 77 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Partida direta para motor trifásico (380 V): Diagrama de Força: Diagrama de Comando: 78 Prof.: Alexandre Medeiros – CREA/RN 211374777-4 Bibliografia Web site Steck Indústria Elétrica Ltda; Web site Schneider Electric; Web site Tramontina; Web site Skil LA; Web site Vonder; Web site Weg S.A.; Web site Sala da Elétrica (Eng. Everton Morais); Web site Siemens A.G.; Norma Brasileira Registrada 5410, ABNT; Norma Regulamentadora 10, MTE;
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