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Portaria 453

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"Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico 
Médico e Odontológico“ 
 
 Estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica 
em radiodiagnóstico; 
 Disciplina a prática com os raios-x para fins diagnósticos 
e intervencionistas; 
Visa a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais 
envolvidos e do público em geral. 
1 
Motivo principal: 
 
Há uma expansão do uso das radiações ionizantes na 
medicina e odontologia no País; 
 
Riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e por isso 
há uma necessidade de uma política nacional de proteção 
radiológica. 
Outros Motivos 
 
Exposições radiológicas para fins de saúde constituem a 
principal fonte de exposição da população a fontes 
artificiais de radiação ionizante; 
 
 É necessário de garantir a qualidade dos serviços de 
radiodiagnóstico prestados à população, e de assegurar os 
requisitos mínimos de proteção radiológica aos pacientes, 
aos profissionais e ao público em geral; 
 
 Padronização, a nível nacional, dos requisitos de 
proteção radiológica para o funcionamento dos 
estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos. 2 
SISTEMA DE PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
 
1. Justificação da prática e das exposições 
médicas individuais. 
2. Otimização da proteção radiológica. 
3. Limitação de doses individuais 
Justificação: 
 
 A Justificação estabelece que nenhuma prática deve ser 
autorizada a menos que se produza suficiente benefício 
para o indivíduo exposto, de modo a compensar o 
detrimento que possa ser causado pela radiação. 
3 
Otimização 
 
As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas 
ao valor mínimo necessário para obtenção do objetivo 
radiológico compatível com os padrões aceitáveis de 
qualidade de imagem. 
 
 No processo de otimização de exposições médicas deve-se 
considerar: 
a) A seleção adequada do equipamento e acessórios. 
b) Os procedimentos de trabalho. 
c) A garantia da qualidade. 
d) Os níveis de referência de radiodiagnóstico para 
pacientes. 
LIMITAÇÃO DE DOSES INDIVIDUAIS 
 
As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do 
público não devem exceder os limites anuais de dose 
equivalente estabelecidos na Norma CNEN-NE 3.01. 
 
Não se aplicam às exposições médicas. 
 
4 
Disposições Complementares 
 
•Para mulheres grávidas devem ser observados os seguintes 
requisitos adicionais, de modo a proteger o embrião ou feto: 
 
I. a gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo 
seja constatada; 
II. A dose acumulada no feto não deve exceder 1 mSv 
III. Para mulheres com capacidade reprodutiva a dose no 
abdômen não deve exceder 10 mSv em qualquer período de 
3 meses consecutivos; 
Limites Primários Anuais de Dose Equivalente 
 
 
Dose Equivalente Trabalhador Público 
Dose Equivalente efetiva 50 mSv (5 rem) 1 mSv (0,1 rem) 
Dose Equivalente para a pele 50 mSv (5 rem) 50 mSv (5 rem) 
Dose Equivalente para cristalino 50 mSv (5 rem) 50 mSv (5 rem) 
Dose Equivalente p/ extremidades 500 mSv (50 rem) 50 mSv (5 rem) 
5 
REQUISITOS OPERACIONAIS 
 
REGISTRO 
 
Todos os equipamentos de radiodiagnóstico médico ou 
odontológico comercializados devem ter registro no 
Ministério de Saúde 
REQUISITOS OPERACIONAIS 
 
LICENCIAMENTO 
 
Nenhum serviço de radiodiagnóstico pode funcionar sem estar 
devidamente licenciado pela autoridade sanitária local; 
 
O licenciamento de um serviço de radiodiagnóstico segue o 
seguinte processo: 
a) Aprovação, sob os aspectos de proteção radiológica, do 
projeto básico e construção das instalações. 
b) Emissão de alvará de funcionamento. 
6 
... Licenciamento 
 
Projeto básico de arquitetura das instalações e áreas adjacentes, 
conforme portaria 1884/94 do Ministério da Saúde incluindo: 
 
I. planta baixa e cortes relevantes; 
II. classificação das áreas do serviço; 
III. descrição técnica das blindagens (porta, paredes) 
IV. Relação dos equipamentos de raios-x; 
V. Relação dos exames a serem praticados, com estimativa da 
carga de trabalho semanal máxima; 
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Nenhum indivíduo pode administrar, intencionalmente, 
radiações ionizantes em seres humanos a menos que: 
 
a) Seja médico ou odontólogo qualificado para a prática, ou 
que seja um técnico, enfermeiro ou outro profissional de saúde 
treinado e que esteja sob a supervisão de um médico ou 
odontólogo. 
b) Possua certificação de qualificação que inclua os aspectos 
proteção radiológica, exceto para indivíduos que estejam 
realizando treinamentos autorizados. 
7 
TREINAMENTOS PERIÓDICOS 
 
Os titulares de serviços devem implementar um programa de 
treinamento anual, com pelo menos, os seguintes tópicos: 
 
a) Procedimentos de operação dos equipamentos, uso das 
tabelas de exposição e procedimentos em caso de acidentes. 
b) Uso de vestimenta de proteção individual para pacientes, 
equipe e eventuais acompanhantes. 
c) Procedimentos para minimizaras exposições médicas e 
ocupacionais. 
d) Uso de dosímetros individuais. 
CONTROLE DE ÁREAS DO SERVIÇO 
 
Os ambientes de serviço devem ser delimitados e classificados 
em áreas livres ou em áreas controladas; 
 
As salas onde se realizam os procedimentos radiológicos e a 
sala de comando devem ser classificadas como áreas 
controladas; 
 
NÍVEIS QUE DEVEM SER ADOTADOS: 
a) 5 mSv/ano em áreas controladas, 
b) 0,5 mSv/ano em áreas livres. 
8 
Levantamento Radiométrico 
 
É um programa de monitoração de área que deve ser 
implantado para: 
 
1-comprovar os níveis de radiação; 
2-verificar as blindagens, e 
3-assegurar o funcionamento dos 
dispositivos de segurança; 
 
Como? Medidas em cada 4 anos 
Levantamento Radiométrico 
Pontos críticos 
Sinalização de área 
Luz Vermelha 
9 
Equipamentos para os Levantamentos Radiométricos 
 
Câmara de Ionização 
 
Medidor de Quilovoltagem 
 
Fantoma de água 
Fuga de Cabeçote 
 Adequação da blindagem do cabeçote 
 
 
 
 
 
 
 
A Fuga do cabeçote visa determinar zonas onde os níveis de 
radiação em torno do cabeçote sejam maiores que 100 mR/h 
a 1 m de distância. 
10 
Monitoração Individual 
 
Os titulares devem estabelecer um programa rotineiro de 
monitoração individual para: 
 
I. obter uma estimativa de dose efetiva 
II. em caso de exposição acidental envolvendo altas doses, 
fornecer informações para investigação e suporte para 
acompanhamento médico e tratamento. 
III. Todo indivíduo que trabalha com raios-x diagnóstico deve 
usar, durante sua jornada de trabalho e enquanto permanecer 
em área controlada, dosímetro individual, trocado 
mensalmente. 
Dosímetros Termoluminescentes 
 
Alta sensibilidade ~ 0,2 mSv a 20 Sv 
 
Pouca dependência da Energia 
 
Baixo desvanecimento da dose 
 
Num. Atômico próximo do corpo humano 
 
Diversos modos de uso 
 
Dosímetro de Pulso 
 
Dosímetro de Anel 
11 
Uso do Dosímetro 
 
O dosímetro individual é de uso exclusivo do usuário do 
dosímetro no serviço para o qual foi designado. 
 
O dosímetro deverá ser usado na altura do tórax durante o 
trabalho próximo a uma fonte de radiação ionizante. 
 
O dosímetro deverá ser guardado em local livre de radiação 
sempre que o usuário não estiver trabalhando. 
Guarda dos Dosímetros 
 
􀂄 Durante a ausência do usuário, os 
dosímetros individuais devem ser 
mantidos em local seguro, com 
temperatura amena, umidade baixa 
e afastadosde fontes de radiação 
ionizante, junto ao dosímetro 
padrão. 
 
Se houver suspeita de exposição 
acidental, o dosímetro individual 
deve ser enviado para leitura de 
urgência. 
12 
Laudo de Doses 
Controle de Qualidade – CQ 
 
Todo equipamento de raios-x diagnósticos deve ser mantido 
em condições adequadas de funcionamento e submetido 
regularmente a verificações de desempenho. 
 
Atenção particular deve ser dada aos equipamentos antigos. 
 
Qualquer deterioração na qualidade das radiografias deve ser 
imediatamente investigada e o problema corrigido. 
 
O Programa de Qualidade inclui: Testes bianuais, anuais, 
testes semestrais, e semanais. 
13 
Alguns motivos para o CQ 
 
1. Imagens de baixa qualidade podem induzir diagnósticos errados; 
2. Imagens de baixa qualidade dificultam o diagnóstico; 
3. Imagens de baixa qualidade muitas vezes são rejeitadas, 
implicando em repetição do procedimento, desta forma elevando 
os custos do serviço; 
4. Em muitos casos a imagem inadequada implica em maior 
exposição ao paciente, técnicos e médicos à radiação, bem como a 
uma redução da vida média dos tubos de raios-x. 
CQ – Testes Bianuais 
 
I. valores representativos de dose dada aos pacientes em 
radiografia e TC realizadas no serviço; 
II. valores representativos de taxa de dose dada ao paciente 
em fluoroscopia e do tempo de exame, ou do produto 
dose-área. 
 
 
 Tomógrafo 
 Computadorizado 
14 
CQ – Testes Anuais 
 
1. exatidão do indicador de tensão do tubo (kVp); 
2. exatidão do tempo de exposição, quando aplicável; 
3. camada semi-redutora; 
4. alinhamento do eixo central do feixe de raios-x; 
5. rendimento do tubo (mGy / mA min m2); 
6. linearidade da taxa de kerma no ar com o mAs; 
7. reprodutibilidade da taxa de kerma no ar; 
8. reprodutibilidade do sistema automático de exposição; 
9. tamanho do ponto focal; 
10.integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual; 
CQ – Testes Semestrais 
 
1. exatidão do sistema de colimação; 
2. resolução de baixo e alto contraste em fluoroscopia; 
3. contato tela-filme; 
4. alinhamento de grade; 
5. integridade das telas e chassis; 
6. condições dos negatoscópios; 
7. índice de rejeição de radiografias (com coleta de dados 
durante, pelo menos, dois meses). 
15 
Testes Mensais 
 
Mamografia: Em cada equipamento de 
mamografia deve ser realizada, 
mensalmente uma avaliação da qualidade 
de imagem com um fantoma mamográfico 
equivalente ao adotado pela ACR 
(American College of Radiology). 
Testes para Mamografia 
 
Alinhamento do campo de radiação - item 4.13 
Operação do controle automático de exposição 
– item 3.52 
Força de compressão – item 3.18 
Imagem de simulador de mama – item 4.19 
Padrão de qualidade de imagem – item 3.55 
Qualidade de imagem com o simulador – 
item 4.48 
Padrão de desempenho da imagem em mamografia – item 4.49 
Operação da câmara escura – item 4.9 
Qualidade do processamento – item 4.43 
Sensitometria e limpeza dos chassis – item 4.47 
16 
Fantoma Mamográfico 
CQ – Testes Semanais 
 
1. calibração, constância e uniformidade dos números de CT; 
2. temperatura do sistema de processamento; 
3. sensitometria do sistema de processamento. 
OBSERVAÇÃO: 
Testes relevantes devem ser realizados sempre que 
houver indícios de problemas ou quando houver 
mudanças, reparos ou ajustes no equipamento de 
raios-x. 17 
“Não é permitida a permanência de 
acompanhantes na sala durante o exame 
radiológico, salvo quando estritamente 
necessário"; 
 
“Acompanhante, quando houver necessidade 
de contenção de 
paciente, exija e use corretamente vestimenta 
plumbífera para 
sua proteção durante exame radiológico". 
Condições dos Ambientes 
a) Sinalização visível nas portas de acesso, 
contendo o símbolo internacional da 
radiação ionizante acompanhado da 
inscrição: "raios x, entrada estrita" ou 
"raios-x, entrada proibida a pessoas não 
autorizadas"; 
 Paciente, exija e use corretamente 
vestimenta plumbífera para sua 
proteção 
durante exame radiográfico; 
 Não é permitida a permanência de 
acompanhantes na sala durante o 
exame 
radiológico salvo quando estritamente 
necessário; 
 Acompanhante, quando houver 
necessidade de contenção de 
paciente, exija e use corretamente 
vestimenta plumbífera para sua 
proteção durante exame radiológico; 
Mulheres grávidas ou com suspeitas 
de gravidez: favor informarem ao 
médico, dentista e/ou técnico antes 
do exame 
b) Quadro com as seguintes orientações de 
proteção radiológica, em lugar visível: 
“Paciente, exija e use corretamente vestimenta 
plumbífera para sua proteção durante exame 
radiográfico"; 
18 
 
Níveis de Referência - Raios X 
Exames Dose (mGY) 
Coluna Lombar AP 10 
Coluna Lombar Lat 30 
Abdomem, urografia e colecistografia AP 10 
Torax PA 0,4 
Torax LAT 1,5 
Coluna torácica AP 7 
Coluna torácica LAT 2 
Mama CC (grande) 10 
CT para paciente adulto Dose (mGY) 
Cabeça 50 
Coluna lombar 35 
Abdômen 25 
Níveis de referencia - Tomo 
19 
Conclusão – 1 
 
Todo profissional , Técnicos e Tecnólogos em Radiologia estão 
sujeitos a um código de ética que inclui responsabilidade pelo 
controle e limitação da exposição à radiação dos pacientes 
sob seus cuidados. 
 
Sempre usar um dosímetro. Embora o dosímetro não diminua a 
exposição do usuário, a existência de registros precisos a longo 
prazo do dosímetro ajuda na avaliação de um programa de 
segurança radiológica. 
Conclusão – 2 
 
Para reduzir a exposição do paciente: 
1. Repetição mínima de radiografias 
2. Filtração correta 
3. Colimação precisa 
4. Proteção de área especifica (proteção das gônadas) 
5. Proteção para gestantes 
6. Uso de fatores de exposição ótimos e combinações 
écran-filme de alta velocidade. 20 
Conclusões – Portaria 
 
Entre os aspectos mais importantes estabelecidos pela Portaria 
453/98 está a diminuição da dose de radiação recebida pelos 
pacientes, a limitação das doses ocupacionais, e a prevenção de 
acidentes. 
 
A Portaria estabelece parâmetros e regulamenta ações para o 
controle das exposições médicas, das exposições ocupacionais e 
das exposições do público, decorrentes das práticas com raios-x 
diagnósticos. 
 
A Portaria estabelece requisitos para o licenciamento e a 
fiscalização dos serviços que realizam procedimentos 
radiológicos médicos e odontológicos no Brasil. 
Conclusões – Proteção Radiológica 
 
“A Proteção Radiológica tem por objetivo a proteção do homem 
e de seu meio ambiente contra os possíveis efeitos deletérios 
causados pelas radiações ionizantes provenientes de fontes 
produzidas pelo homem, e de fontes naturais modificadas 
tecnologicamente.” 
 
Diretrizes Básicas de Radioproteção - CNEN NE-3.01 
de Julho de 1988 21

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