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Direito na Idade Média 
ALUNOS: 
Jaeder Saddan
Franquylly Thimoteo
Rafael Ferreira
Grasielia Machado
Rafael Ravagna
Murilo Reis
Willian
Wenner Ferreira
Rafaela
O medo na Idade Média
Segundo Jean Delumeau: "O distante, a novidade e a alteridade provocavam medo. Mas temia-se do mesmo modo o próximo, isto é, o vizinho." (DELUMEAU, 2009. p. 82). O medo era cotidiano, era algo que permanecia na mente de cada um, desde a hora do despertar a hora de dormir. O medo estava ao lado ou estava à frente, estava no vizinho, no forasteiro, nas estrelas, no desconhecido, no vento... O medo estava engendrado em cada ser, o medo de si próprio. Medo de se tornar um agente do Diabo, o medo da ira de Deus, o medo do pecado, e o medo do Fogo Inferno.
O medo da bruxaria
O crime de bruxaria era considerado de extrema gravidade contra a lei de Deus, e o individuo suspeito desse tipo de crime devia ser torturado para que pudesse confessar. E sendo assim morria queimado.
Deis do feito de um medicamento, um exercio de um estudo ou ciência, ou uma mulher que era atraente eram tidos esses como buxaria. 
Medo dos Demônios sexuais: Íncubus & Súcubus
Esses demônios, cuja existência profundamente defendida pela Igreja, eram comparados aos Sátiros e a divindade grega Pan, e eram conhecidos pelo hábito de invadir o quarto de um indivíduo a noite (no caso de um Íncubus e o quarto de um mulher no caso de um Súcubus o quarto de uma homem) deitar-se com ela para que seu peso ficasse bem evidente sobre seu peito, forçando o indivíduo a fazer sexo com ele. A experiência podia varia de extremo prazer ao absoluto terror. 
Medo de vampiro e o lobisomem
O vampirismo no medievo tem sua história entrelaçada com a das bruxas. Aparecem primeiramente entre os seres demoníacos das religiões politeístas pagãs. Por exemplo, tomaremos a deidade strega da Roma Antiga, primeiramente conhecida como Strix, tinha o poder de transformação para forma de animais e era conhecida por seu voou noturno e ataque a recém-nascidos matando-os pelo ato de sugar-lhes o sangue.
Medo da Peste Negra
Quando uma pessoa adoecia, a porta de sua casa era cerrada e uma cruz preta era pintada para designar a presença da Peste que havia ali. Grandes fogueiras eram acesas para purificar o ar, a quem sentisse os bulbões nas axilas, o melhor a fazer era encomendar a alma a Deus. Homens devotos eram encarregados de carregar e de sepultar os cadáveres enegrecidos dos que pereciam ao mal, eram amontoados em carroças e enterrados em valas comuns. Todos os seguimentos da sociedade, seja médico ou carregador de corpos morriam feito moscas. E as carroças percorriam as ruas junto com um sino gritando "Quem tem Mortos?".
O medo da morte
A peste, a guerra, a caça as bruxas, a perseguição aos Judeus, a degradação da sociedade em que tudo isso culminava, serviu como base para sustentar o medo, que já era latente na época, do fogo do Inferno, que se principiava no medo da morte.
O imaginário criado em torno da morte é observado na literatura, na pintura, e em quase todos os seguimentos da sociedade. 
Medo de tudo
Medo de fazer novas descobertas, pois para a Igreja, novas invenções eram vistas como inspirações do Diabo e os inventores muitas vezes foram parar na Inquisição, foram mortos no fogo para serem "purificados". 
Medo de fazer remédios caseiros. Para a Igreja Católica, todo remédio que envolvia plantas, ervas, eram sinais de misticismo e bruxaria e muitas também foram levadas para a Inquisição por praticarem " bruxaria” e queimados. 
A tortura e inquisição
Papa Gregório IX, em 20 de abril de 1233 editou duas bulas que marcam o início da Inquisição;
A bula "Licet ad capiendos", a qual verdadeiramente marca o início da Inquisição, era dirigida aos dominicanos, inquisidores, e era do seguinte teor: "Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a priva-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis" 
Em 1252, o Papa Inocêncio IV editou a bula "Ad extirpanda", a qual instucionalizou o Tribunal da Inquisição e 
autorizava o uso da tortura. O poder secular era obrigado a contribuir com a atividade do tribunal da igreja. 
Papa Gregório IX Inocêncio IV
Processo de 
Julgamento, Condenação e Execução?
3 Processos podiam acontecer: acusação, denúncia, investigação.
Nos processos da inquisição a denúncia era prova de culpabilidade, cabendo ao acusado a prova de sua inocência. 
O acusado era mantido incomunicável; ninguém, a não ser os agentes da Inquisição, tinha permissão de falar com ele; nenhum parente podia visitá-lo. Geralmente ficava acorrentado. O acusado era o responsável pelo custeio de sua prisão. 
O julgamento era secreto e particular, e o acusado tinha de jurar nunca revelar qualquer fato a respeito dele no “caso” de ser solto 
A tortura só era aplicada depois que uma maioria do tribunal e votava sob pretexto de que o crime tornara-se provável, embora não certo, pelas provas. 
Nas temidas cortes da Inquisição, a acusação era sinônimo de condenação de morte das mais variadas; flageladas e mutiladas pelos torturadores, as vítimas confessavam coisas absurdas. 
Não havia limites de idade para a tortura, meninas de 13 anos e mulheres de 80 anos estavam sujeitas a qualquer dos martírios. 
Métodos de Tortura
Mesa de Evisceração
l Sobre a mesa de evisceração, ou "esquartejamento manual", o condenado era colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco. A tortura era executada do seguinte modo: o carrasco abria o estômago com uma lâmina. Então prendia com pequenos ganchos as vísceras e, com uma roda, lentamente puxava os ganchos e as partes presas saíam do corpo até que, após muitas horas, chegasse a morte.
Dama de Ferro
Instrumento consiste em uma cápsula de ferro com uma fronte esculpida, suficientemente alta para enclausurar um ser humano. Possui dobradiças e abre como um ataúde. Usualmente, existem pequenas aberturas por onde o suposto torturado ou condenado pudesse responder ao interrogador ou sofrer ferimentos através de facas ou pregos. No interior da cápsula havia cravos de ferro que perfuravam o corpo do aprisionado mas não atingiam órgãos vitais. Este perderia sangue ou mesmo agonizaria por asfixia.
As infames Máscaras da Infâmia (com o perdão do trocadilho), de 1500 a 1600, eram utilizadas em mulheres insatisfeitas com a rotina doméstica ou com gravidez sucessivas. Nestes casos, elas eram obrigadas a utilizar as máscaras em locais públicos, sendo assim hostilizadas.
Forquilha do Herege
l Era encaixada abaixo do queixo e sobre a parte alta do tórax, e presa com um colar no pescoço.Esta tortura era muito comum de 1200 - 1600. Não era usada para obter confissões, mas era considerada uma penitência antes da morte, à qual o herege, sem escapatória, era destinado.
Objetivo da tortura
Ela tinha um objetivo de alcançar a confissão levando a pessoa assumir a acusação.
Gerar uma punição pelo erro e pecado .
É visto também como um ato que purifica o pecador herege.

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