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HIDRÁULICA II Ressalto Hidráulico Prof. M.Sc. Uirá Piá-Uaçu Oliveira Deák RESSALTO HIDRÁULICO Ressalto Hidráulico Força específica Canais retangulares Perda de carga no ressalto e eficiência Comprimento do ressalto Relação entre força específica e energia específica Canais não retangulares Exercício de fixação HIDRÁULICA I I 2Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO O ressalto hidráulico ou salto hidráulico é o fenômeno que ocorre na transição de um escoamento torrencial ou supercrítico para um escoamento fluvial ou subcrítico Caracterizado por uma elevação brusca no nível d'água, sobre uma distância curta. Instabilidade na superfície com ondulações e entrada de ar do ambiente Perda de energia em forma de grande turbulência HIDRÁULICA I I 4Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO Fenômeno local ocorre freqüentemente nas proximidades de uma comporta de regularização ou ao pé de um vertedor de barragem. Utilizado como dissipador de energia cinética de uma lâmina líquida que desce pelo paramento de um vertedor Evita o aparecimento de um processo erosivo no leito do canal de restituição O ressalto também pode ser encontrado na entrada de uma estação de tratamento de água, na calha Parshall HIDRÁULICA I I 5Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO Ocorre uma diminuição da velocidade média do escoamento, na direção do escoamento Presença de uma acentuada turbulência. Observa-se sobre a superfície criada na parte ascensional do ressalto a formação de rolos d'água de forma mais ou menos regular e posição relativamente estável. A agitação da massa d'água favorece a penetração de ar no escoamento com o aparecimento de bolhas de ar. A turbulência criada no interior do ressalto e o movimento dos rolos d'água produzem uma importante dissipação de energia. HIDRÁULICA I I 6Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO O ressalto estacionário fica confinado entre duas seções Montante, onde o escoamento é torrencial, e outra a Jusante, onde o escoamento é fluvial, Distribuição de pressão é hidrostática. HIDRÁULICA I I 7Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO As alturas d'água destas seções, y1e y2, são as alturas ou profundidades conjugadas do ressalto. A diferença, y2-y1, chama-se altura do ressalto Parâmetro importante na caracterização do ressalto como dissipador de energia. A diferença de cotas na linha de energia ΔE chama-se perda de carga no ressalto HIDRÁULICA I I 8Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 9Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 10Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto hidráulico. (Laboratório de Hidráulica – EESC) RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 11Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto hidráulico. (Laboratório de Hidráulica – EESC) RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 12Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto hidráulico. (Laboratório de Hidráulica – EESC) RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 13Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto hidráulico. (Laboratório de Hidráulica – EESC) RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 14Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Ressalto hidráulico com Fr1 = 14,27. Fonte: Gualtieri e Chanson (2007). RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 15Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Fr1 = 2,93 Fr1 = 4,16 Fr1 = 12,14 Fr1 = 6,72 RESSALTO HIDRÁULICO HIDRÁULICA I I 16Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO Ressalto ondulado: transição aproximadamente gradual entre os escoamentos torrencial e fluvial, com y1 e y2 aproximadamente iguais, baixa perda de carga. Ressalto fraco: aspecto ondulatório, zonas de separação, perda de carga baixa. Ressalto oscilante: pode se deslocar para jusante, deve ser evitado como dissipador de energia. HIDRÁULICA I I 17Tópico 5 – Ressalto Hidráulico RESSALTO HIDRÁULICO Ressalto estacionário: utilizado como dissipador de energia em estruturas hidráulicas. A dissipação de energia varia de 45% a 70% da energia a montante. Ressalto forte: em geral não é utilizado em obras hidráulicas devido ao possível efeito abrasivo e ocorrência de cavitação. HIDRÁULICA I I 18Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Força específica FORÇA ESPECÍFICA Um problema importante no estudo do ressalto é relativo ao relacionamento das alturas conjugadas, para uma dada geometria do canal e uma dada vazão. Por ser o escoamento bruscamente variado, acompanhado de uma brusca mudança na força hidrostática, seu estudo deverá ser feito a partir do teorema da quantidade de movimento, aplicado ao líquido confinado ao volume de controle limitado pelas seções nas quais ocorrem as alturas conjugadas. HIDRÁULICA I I 20Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA Para um escoamento permanente, o teorema da quantidade de movimento mostra que a resultante de todas as forças que atuam sobre o volume de controle é igual ao fluxo da quantidade de movimento através da superfície de controle. Supondo um canal de fraca declividade e observando que a componente do peso e a força tangencial nas paredes e fundo são opostas e de pequenas magnitudes, pode-se desprezá-las com o intuito de obter uma expressão simples. Sobre o volume de controle atuarão as forças de distribuição de pressão nas seções 1 e 2 HIDRÁULICA I I 21Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA Desta forma, para escoamento unidimensional: 𝑭𝒙 = න 𝑺𝑪 𝑽𝒙 𝝆𝑽. ⅆ𝑨 𝑭𝟏 − 𝑭𝟐 = 𝑽𝟏 −𝝆𝑽𝟏𝑨𝟏 + 𝑽𝟐 𝝆𝑽𝟐𝑨𝟐 𝑭𝟏 − 𝑭𝟐 = 𝝆𝑸 𝑽𝟐 − 𝑽𝟏 = 𝝆𝑸 𝟏 𝑨𝟐 − 𝟏 𝑨𝟏 HIDRÁULICA I I 22Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA Da Estática dos Fluidos, a força de pressão sobre uma área plana é dada por: 𝐹 = 𝛾ത𝑦𝐴, em que, ത𝑦 é a distância vertical desde a superfície livre até o centro de gravidade da seção molhada. 𝜸𝒚𝟏𝑨𝟏 − 𝜸𝒚𝟐𝑨𝟐 = 𝝆𝑸 𝟏 𝑨𝟐 − 𝟏 𝑨𝟏 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟏 + 𝒚𝟏𝑨𝟏 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟐 + 𝒚𝟐𝑨𝟐 Equação em que, para um dado valor de Q, os demais termos são função da altura d’água y. HIDRÁULICA I I 23Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA Definindo como força específica ou, segundo outros autores, como impulsão total a função: 𝑭 𝒚 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨 + ഥ𝒚𝑨 Para ressalto estacionário essa função assume o mesmo valor a montante e a jusante: 𝑭 𝒚𝟏 = 𝑭(𝒚𝟐) HIDRÁULICA I I 24Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA Se 𝑦 → 0 ∴ 𝐹 → ∞ e a curva é assintótica ao eixo das abscissas; Se 𝑦 → ∞ ∴ 𝐹 → ∞ e a curva estende-se indefinidamente para a direita; Se y = yc , F passa por um mínimo, qualquer que seja a forma do canal; Para um dado valor da força específica F, a curva apresenta duas alturas y1 e y2, que são as alturas conjugadas do ressalto. 𝑭 𝒚 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨 + ഥ𝒚𝑨 HIDRÁULICA I I 25Tópico 5 – Ressalto Hidráulico FORÇA ESPECÍFICA HIDRÁULICA I I 26Tópico 5 – Ressalto Hidráulico 𝑭 𝒚 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨 + ഥ𝒚𝑨 FORÇA ESPECÍFICA A terceira propriedade da curva da força específica pode ser facilmente deduzida observando curva da força específica, diferenciando a equação da força específica e igualando a zero ⅆ𝑭 𝒚 ⅆ𝒚 = − 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟐 ⅆ𝑨 ⅆ𝒚 + ⅆ ⅆ𝒚 ഥ𝒚𝑨 = − 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟐 ⅆ𝑨 ⅆ𝒚 + 𝑨 = 𝟎 ∴ 𝑸𝟐𝑩 𝒈𝑨𝟑 = 𝟏 Equação cuja raiz é y = yc, portanto no regime critico de escoamento a força específica é mínima, para uma dada vazão, qualquer que seja a forma do canal. HIDRÁULICA I I 27Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Canais retangulares CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 29Tópico 5 – Ressalto Hidráulico 𝑨𝟏 = 𝒃𝒚𝟏; 𝑨𝟐 = 𝒃𝒚𝟐; 𝒚𝟏 = 𝒚𝟏 𝟐 ; 𝒚𝟐 = 𝒚𝟐 𝟐Substituindo na equação da força específica 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟏 + 𝒚𝟏𝑨𝟏 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟐 + 𝒚𝟐𝑨𝟐 ⇒ 𝑸𝟐 𝒈𝒃𝒚𝟏 + 𝒚𝟏 𝟐 𝒃𝒚𝟏 = 𝑸𝟐 𝒈𝒃𝒚𝟐 + 𝒚𝟐 𝟐 𝒃𝒚𝟐 Dividindo por b 𝒒𝟐 𝒈𝒚𝟏 + 𝒚𝟏 𝟐 𝟐 = 𝒒𝟐 𝒈𝒚𝟐 + 𝒚𝟐 𝟐 𝟐 ⇒ 𝒚𝟏 𝟐 − 𝒚𝟐 𝟐 = 𝟐𝒒𝟐 𝒈 𝟏 𝒚𝟐 − 𝟏 𝒚𝟏 ⇒ 𝒚𝟏 − 𝒚𝟐 𝒚𝟏 + 𝒚𝟐 = 𝟐𝒒𝟐 𝒈 𝒚𝟏−𝒚𝟐 𝒚𝟐𝒚𝟏 CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 30Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Como y1≠y2 𝒚𝟏 + 𝒚𝟐 = 𝟐𝒒𝟐 𝒈 𝟏 𝒚𝟐𝒚𝟏 ⇒ 𝒚𝟐𝒚𝟏 𝟐 + 𝒚𝟐 𝟐𝒚𝟏 = 𝟐𝒒𝟐 𝒈 Dividindo por 𝑦1 3 𝒚𝟐 𝒚𝟏 𝟐 + 𝒚𝟐 𝒚𝟏 = 𝟐𝒒𝟐 𝒈𝒚𝟏 𝟑 ⇒ 𝒚𝟐 𝒚𝟏 𝟐 + 𝒚𝟐 𝒚𝟏 − 𝟐𝑭𝒓𝟏 𝟐 ⇒ 𝒚𝟐 𝒚𝟏 = −𝟏 ± 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 𝟐 𝟐 CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 31Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Como para haver ressalto y2/y1>1 𝒚𝟐 𝒚𝟏 = 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 𝟐 − 𝟏 Equação que fornece a relação entre as alturas conjugadas em função do número de Froude na seção de montante, em canais retangulares. Se somente as condições de jusante, forem conhecidas, um desenvolvimento análogo leva a: 𝒚𝟏 𝒚𝟐 = 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟐 𝟐 − 𝟏 CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 32Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Para que o ressalto ocorra y2>y1 𝒚𝟐 𝒚𝟏 > 𝟏 ⇒ 𝟏 𝟐 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 𝟐 − 𝟏 > 𝟏 ⇒ 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 𝟐 > 𝟑 Logo: 𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟏 𝟐 > 𝟗 ⇒ 𝑭𝒓𝟏 𝟐 > 𝟏 ⇒ 𝑭𝒓𝟏 > 𝟏 Só haverá ressalto se o escoamento a montante da singularidade for torrencial. CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 33Tópico 5 – Ressalto Hidráulico É importante observar que esta condição não é necessária e suficiente, é só necessária. Se o escoamento for torrencial e a singularidade produzir a altura requerida y2 no regime fluvial, o ressalto se forma; Se não, o escoamento continua torrencial, sem a formação do ressalto. Isto é válido qualquer que seja a forma da seção. CANAIS RETANGULARES HIDRÁULICA I I 34Tópico 5 – Ressalto Hidráulico y 2/ y 1 Comparação com dados experimentais EXEMPLO 1 HIDRÁULICA I I 35Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Um vertedor de uma barragem descarrega em um canal retangular, suficientemente longo, uma vazão unitária q = 4,0 m3/(sm). O canal tem declividade de fundo Io=0,0001 m/m, revestimento de concreto em condições regulares e pode ser considerado largo. Ocorrendo um ressalto hidráulico neste canal, determine suas alturas conjugadas. EXEMPLO 2 HIDRÁULICA I I 36Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Um canal retangular de 3 m de largura transporta uma vazão de 14 m3/s com altura d'água uniforme e igual a 0,60 m. Em uma determinada seção, a largura é reduzida para produzir um ressalto hidráulico. Calcular a largura da constrição para que o ressalto se forme exatamente a montante da garganta. Despreze as perdas após o ressalto Perda de carga no ressalto e eficiência PERDA DE CARGA NO RESSALTO HIDRÁULICA I I 38Tópico 5 – Ressalto Hidráulico A perda de carga no ressalto é igual à diferença de energia antes e depois do salto ∆𝑬 = 𝑬𝟏 − 𝑬𝟐 = 𝒚𝟏 + 𝑽𝟏 𝟐 𝟐𝒈 − 𝒚𝟐 + 𝑽𝟐 𝟐 𝟐𝒈 No caso particular de canal retangular ∆𝑬 = 𝒚𝟐 − 𝒚𝟏 𝟑 𝟒𝒚𝟐𝒚𝟏 Equação que mostra que a perda de carga aumenta consideravelmente com a altura do ressalto (y2-y1). EFICIÊNCIA DO RESSALTO HIDRÁULICA I I 39Tópico 5 – Ressalto Hidráulico A eficiência do ressalto é medida pela sua capacidade de dissipação da energia mecânica do escoamento torrencial e é definida por: 𝜼 = ∆𝑬 𝑬𝟏 Onde: Δ E é a perda de carga; E1 é a energia específica na seção a montante do ressalto. Comprimento do ressalto COMPRIMENTO DO RESSALTO HIDRÁULICA I I 41Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Se a perda de carga no ressal-to pode ser calculada a partir de uma expressão deduzida analiticamente, o mesmo não se dá com o comprimento do ressalto Distância entre as seções em que ocorrem as alturas conjugadas. A experiência tem mostrado que, para canais retangulares, o comprimento Lj de um ressalto estacionário é bem definido e se situa normalmente entre 5 e 7 vezes o valor de sua altura (y2-y1), ou, segundo certos autores, o comprimento é da ordem de 6y2. COMPRIMENTO DO RESSALTO HIDRÁULICA I I 42Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Fonte: USBR (1955) por Chow (1959, p.398), Porto (2006, p.345) EXEMPLO 3 HIDRÁULICA I I 43Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Um canal retangular bem longo, de 2,0 m de largura, em concreto em boas condições, possui uma comporta plana e vertical de mesma largura. Sendo a perda de carga na comporta igual a 5% da energia disponível à montante, determine qual deve ser a declividade do canal para que a altura conjugada no regime torrencial, do ressalto que se forma a jusante da comporta, seja igual a 0,30 m. Determine também a perda de carga no ressalto, a eficiência e seu comprimento. A altura de água na seção contraída da lâmina vale 0,25 m. EXEMPLO 3 HIDRÁULICA I I 44Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Relação entre força específica e energia específica RELAÇÃO ENTRE FORÇA ESPECÍFICA E ENERGIA ESPECÍFICA HIDRÁULICA I I 46Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Observar que alturas alternadas (curva y(E)) não são alturas conjugadas (curva F(y)). Devido a ΔE, y2 é sempre menor do que seria a altura alternada de y1 se não houvesse ressalto O regime crítico (e consequentemente a altura crítica) corresponde ao ponto de mínimo das duas curvas RELAÇÃO ENTRE FORÇA ESPECÍFICA E ENERGIA ESPECÍFICA HIDRÁULICA I I 47Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Canais não retangulares CANAIS NÃO RETANGULARES HIDRÁULICA I I 49Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Para canais trapezoidais, circulares, triangulares ou parabólicos, podem ser desenvolvidas, a partir da aplicação do teorema da quantidade de movimento, expressões adimensionais que relacionam as alturas conjugadas com o número de Froude na seção em que o escoamento é torrencial. 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟏 + 𝒚𝟏𝑨𝟏 = 𝑸𝟐 𝒈𝑨𝟐 + 𝒚𝟐𝑨𝟐 CANAIS NÃO RETANGULARES HIDRÁULICA I I 50Tópico 5 – Ressalto Hidráulico y y ഥ𝒚 = 𝒚𝟐 𝟔𝑨 𝟐𝒚𝒁 + 𝟑𝒃 Seção trapezoidal simétrica ഥ𝒚 𝑫 = 𝟐𝒔𝒆𝒏𝟑 𝜽/𝟐 𝟑 𝜽 − 𝒔𝒆𝒏𝜽 − 𝐜𝐨𝐬 𝜽/𝟐 𝟐 Seção circular CANAIS NÃO RETANGULARES HIDRÁULICA I I 51Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Y = y 2 /y 1 𝑴 = 𝒁𝒚𝟏 𝒃 𝑭𝒓𝟏 = 𝑽𝟏 𝒈𝑯𝒎𝟏 𝒀 = 𝒚𝟐 𝒚𝟏 EXEMPLO 4 HIDRÁULICA I I 52Tópico 5 – Ressalto Hidráulico A altura d'água no regime torrencial em um canal trapezoidal com largura de fundo igual a 3,0 m, inclinação dos taludes Z = 1,5 e vazão de 20 m3/s vale h1 = 0,50 m. Determine a altura conjugada no regime fluvial. Exercícios de fixação EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1 Um canal retangular de 3 m de largura transporta uma vazão de 15 m3/s com altura d'água uniforme e igual a 0,50 m. Em uma determinada seção, a largura é reduzida para produzir um ressalto hidráulico. Despreze as perdas após o ressalto. Determine: A) a largura da constrição para que o ressalto se forme exatamente a montante da garganta B) Perda de carga no ressalto hidráulico C) Eficiência D) Comprimento do ressalto hidráulico HIDRÁULICA I I 54Tópico 5 – Ressalto Hidráulico EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 2 Em um canal trapezoidal de 1,20 m de largura de fundo, inclinação dos taludes 1V:2H, esta ocorrendo um ressalto hidráulico com alturas conjugadas y1 = 0,48 m e y2 = 1,44 m. Estime a vazão HIDRÁULICA I I 55Tópico 5 – Ressalto Hidráulico Bibliografia BIBLIOGRAFIA BÁSICA AZEVEDO NETO, J. M.; ALVAREZ, G. A. Manual de Hidráulica. 8.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. PORTO, R.M. Hidráulica Básica. 4º Edição, SãoCarlos: EESC-USP, 2006. 540p. DELMÉE, G. J. Manual de Medição de Vazão. 3.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2009. 804p. HIDRÁULICA II 57Tópico 5 – Ressalto Hidráulico BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PIMENTA, C. F. Curso de Hidráulica Geral. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981. MACINTYRE, A. J. Bombas e Instalações de Bombeamento. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1997. 782 p. GARCEZ, L. N., Elementos de Engenharia Hidráulica e Sanitária. São Paulo: Edgard Blücher, 2004. 372p. HIDRÁULICA II 58Tópico 5 – Ressalto Hidráulico BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SILVESTRE, Paschoal. Hidráulica geral. Rio de Janeiro: LTC, 1979- 1982. 316p. GILES, R.V., Mecânica dos Fluidos e Hidráulica. São Paulo: McGraw Hill, 1975. TOMAZ, Plínio . Aproveitamento de água de chuva: para áreas urbanas e fins não potáveis. 2.ed. São Paulo: Navegar, 2003 HIDRÁULICA II 59Tópico 5 – Ressalto Hidráulico
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