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DANO AMBIENTAL

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25/05/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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3. DANO AMBIENTAL 
 
3.1. Qualidade ambiental:
 
 Qualidade ambiental pode ser conceituada como o “estado do meio
ambiente ecologicamente equilibrado que proporciona uma sadia qualidade de
vida”. Desta forma, todos têm direito a viver com qualidade ambiental, situação
que se relaciona com a atividade contínua e ininterrupta das funções essenciais do
meio ambiente, adequada para as presentes e as futuras gerações. 
 
3.2. Degradação ambiental:
 
 A degradação da qualidade ambiental está definida no art. 3°, II, da Lei
6.938/81: degradação da qualidade ambiental é a alteração adversa das
características do meio ambiente. Desta forma, haverá degradação da qualidade
ambiental toda vez que houver alteração adversa das características dos recursos
ambientais (ar atmosférico, águas superficiais e subterrâneas, estuários, mar,
solo, subsolo, elementos da biosfera, fauna e flora – art. 3°, V, da Lei 6.938/81).
Na forma do que dispõe o decreto 97.632, de 10 de abril de 1989, que
regulamentou o art. 2°, VIII, da Lei 6938/81, “... são considerados como
degradação os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou
capacidade produtiva dos recursos ambientais”. 
 
3.3. Poluição:
 
 Primeiramente, é preciso deixar claro que poluição não se confunde com
degradação da qualidade ambiental. Embora ambos os termos possuam uma
correspondência direta, eles definem situações diferentes, eis que a poluição exige
a atuação humana, o que não ocorre com a degradação. A definição legal de
poluição está no inciso III, do art. 3°, da Lei n° 6.938/81: 
 
III – poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente: 
 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos; 
 
 Poluição tem correspondência direta com a degradação da qualidade
ambiental, posto que a lei “vincula, de modo indissociável, poluição e degradação
ambiental, pois, conforme visto, salienta expressamente que a poluição resulta da
degradação”. Anotamos, no entanto, que poluição não é a simples degradação
ambiental, mas uma degradação ambiental qualificada por uma atividade
humana. Destarte, verificamos que o termo degradação tem um sentido mais
amplo do que poluição: o conceito de poluição está contido no conceito de
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degradação. Toda poluição contém uma degradação ambiental, mas nem toda
degradação ambiental será considerada poluição. Poluição, assim, é a degradação
ambiental intolerável causada de uma atividade humana. 
 
3.4. Dano ambiental:
 
 Dano ambiental é a lesão a um bem ambiental. Ele decorre de uma
atividade humana que causa uma degradação da qualidade ambiental, acima do
limite do tolerável. O dano ambiental é fator indispensável para que surja a
responsabilidade ambiental. Não haverá obrigação de indenizar se não houver
dano. Por isso mesmo é necessário indagar-se se qualquer dano ambiental será
passível de indenização. 
 Toda atividade humana, de uma forma ou de outra, causa um dano ao
meio ambiente. A interação do homem com a natureza, através dos tempos,
sempre ocasionou algum tipo de dano ambiental. Desde as mais remotas eras, o
ser humano subjugou a natureza, utilizando-a em seu benefício próprio e isso, de
uma forma ou de outra, implicava numa alteração da qualidade ambiental.
Tolerada pela sociedade, dentro daquele determinando contexto histórico, social e
econômico, aquela alteração não se constituía num dano indenizável. É certo que
com a Revolução Industrial essa interação homem-natureza intensificou-se,
tornando-se assustadoramente danosa ao meio ambiente, o que despertou na
sociedade a preocupação com a situação ambiental no planeta, exigindo
preservação, proteção e, especialmente, reparação do dano. Mas não menos certo
é que isso também decorre de um contexto social, cultural, econômico e histórico.
Assim colocado, veremos que a reparação do dano ambiental decorrerá da
valoração desse dano, e do grau de intolerabilidade que ele irá gerar. O dano
tolerado não será indenizado. Dano ambiental indenizável é aquele que desborda
do limite da tolerabilidade aceitável. 
 
3.5. Dano ambiental x crime ambiental:
 
 Necessário, então, estabelecer a diferença entre dano ambiental e crime
ambiental. Já vimos que poluição é a alteração da qualidade ambiental decorrente
de uma atividade humana. Em sentido lato, a poluição abrange a poluição strictu
sensu, o dano ambiental e o crime ambiental. 
 
 A poluição em sentido estrito é a alteração da qualidade ambiental que
não é capaz de alterar a ordem ambiental vigente, eis que “suas repercussões
sobre a normalidade do ambiente são desprezíveis e, por isto, não são capazes de
transtorná-las”. É que, embora haja uma alteração da qualidade ambiental
qualificada por uma ação humana, essa alteração não é intolerável, conforme o
paradigma se esteja adotando, de modo que “a poluição, em sentido estrito, é,
portanto, um acontecimento irrelevante”. Logo, ela não será punível. Quando essa
alteração ultrapassa os limites do desprezível e causa alterações adversas no
ambiente, teremos o dano ambiental, que será objeto da responsabilidade civil,
conforme vimos acima. E quando o dano ambiental for de tal monta que dele
resulte ou possa resultar danos à saúde humana, ou provoque a mortandade de
animais ou a destruição da flora, estaremos diante de um crime ambiental, cuja
previsão legal encontra-se no art. 54 da Lei 9605/98: 
 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de
animais ou a destruição significativa da flora. 
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 Por isso mesmo que não é qualquer atividade poluidora que será punível
como crime ambiental, mas apenas aquela que, produzida em níveis tais, resulte
ou possa resultar em danos à saúde humana ou provoque a mortandade de
animais ou a destruição significativa da flora. A criminalização de condutas lesivas
ao meio ambiente demonstra a intenção do legislador de considerar o meio
ambiente como um bem jurídico próprio e relevante.
 
 
Exercício 1:
O intenso desmatamento que vem ocorrendo atualmente no espaço mundial traz, como
consequência,
 
 
A)
o assoreamento dos rios e lagos, resultante da diminuição de sedimentos, que provoca
desequilíbrios no sistema aquático.
 
B)
a diminuição das chuvas e a elevação das temperaturas, provocando o agravamento do
processo de desertificação.
 
C)
a redução do processo erosivo e o empobrecimento do solo, por meio da diminuição da
velocidade do escoamento superficial.
 
D)
o rebaixamento do lençol freático, provocado pela menor infiltração da água das chuvas e
pela intensificação da evapotranspiração.
 
E)
NDA
 
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Exercício 2:
"Se cada umadas seis bilhões de pessoas da Terra tivesse computador, celular e carro,
consumisse a mesma quantidade de água, de cereais e de energia que os americanos, seria
preciso quatro planetas para dar conta do recado." ("Isto É", n. 1719, 11 set. 2002. p. 75.).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a apropriação de bens de consumo e
recursos no mundo atual, é correto afirmar:
 
 
A)
O padrão de consumo norte-americano é sustentável pelo fato de os Estados Unidos
possuírem recursos próprios em quantidade suficiente para atender sua demanda.
 
B)
As bases do padrão de consumo norte-americano são a sustentabilidade, o
conservacionismo e o preservacionismo ambiental.
 
C)
Para atingir uma economia sustentável, o padrão de consumo norte-americano deve ser
disseminado entre os diferentes povos.
 
D)
O padrão de consumo norte-americano evidencia uma relação socioambiental predatória e
insustentável.
 
E)
O acesso a bens de consumo nos países subdesenvolvidos pode alcançar o atual padrão
norte-americano sem prejuízo ao meio ambiente.
 
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Exercício 3:
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em
1992 no Rio de Janeiro, propôs as seguintes medidas, exceto:
 
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A)
a implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável para o século XXI para não
comprometer as necessidades das gerações futuras.
 
B)
uma série de medidas que visam diminuir a emissão de poluentes pelas fábricas, com o
objetivo de impedir a destruição da camada de ozônio.
 
C)
um enérgico controle de natalidade para os países subdesenvolvidos par eliminar a pobreza
no próximo século.
 
D)
uma convenção para frear a destruição da flora e da fauna para preservar a biodiversidade
especialmente nas florestas tropicais
 
E)
resoluções visando alterar o modelo consumista de desenvolvimento vigente no mundo para
minimizar os impactos ambientais no planeta.
 
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Exercício 4:
Poluição não pode ser definida como sendo a degradação da qualidade ambiental resultante
de atividades que direta ou indiretamente:
 
A)
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 
B)
criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
 
C)
afetem desfavoravelmente a biota;
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D)
afetem as condições estéticas do ser humano;
 
E)
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
 
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Exercício 5:
Assinale a alternativa correta:
 
A)
Poluição em sentido estrito é a alteração da qualidade ambiental que não é capaz de alterar a
ordem ambiental vigente.
 
B)
Poluição em sentido estrito é a alteração da qualidade ambiental que é capaz de alterar a ordem
ambiental vigente
 
C)
A poluição em sentido estrito é sempre punível na esfera cível.
 
D)
A poluição em sentido estrito enseja indenização por danos materiais e morais.
 
E)
Qualquer atividade poluidora será punível como crime ambiental.
 
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