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Relatório sobre LINDB (art. 1º ao 6º)

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A Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro é considerada uma norma sobre normas, pois disciplina a aplicação das normas jurídicas brasileiras de uma forma geral. 
De acordo com o art. 1º, a lei entra em vigor 45 dias depois de sua publicação no diário oficial, salvo disposição contrária. Ou seja, toda lei tem um vacatio legis pré-determinado pela LINDB, mas pode ocorrer de que a própria lei traga uma data para começar a vigorar. Já nos estados estrangeiros a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia depois de 3 meses da sua promulgação. 
Os parágrafos 3º e 4º tratam de alteração no texto da lei. Se uma lei que ainda está em vacatio legis sofrer uma alteração em seu texto, é reiniciado seu vacatio legis a partir da publicação de alteração. Se uma lei já em vigor sofrer alteração, então considera-se uma nova lei. 
O art. 2º dispõe que uma lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, a menos que seja uma lei temporária. Leis temporária são aquelas criadas para uma determinada situação, seu fim se dá quando cessam as circunstâncias que a determinaram. 
O parágrafo 1º traz os casos em que a lei posterior revoga a anterior; quando expressamente declarada, ou seja, a lei traz em seu texto que está revogando uma anterior; quando houver incompatibilidade entre as leis; ou quando regular inteiramente a matéria tratada pela anterior. 
O parágrafo 2º prevê que uma lei nova, que estabeleça disposições gerais, não revoga nem modifica a lei anterior. E, por fim, o parágrafo 3º dispõe que salvo disposição contrária, uma lei revogada não volta a vigor pela lei revogadora ter perdido a vigência, ou seja, a lei não repristina. 
De acordo com o art. 3º, ”ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”, isto é, ninguém pode dizer que não cumpriu a lei porque não a conhecia. 
O art. 4º trata da lei omissa, isto é, quando não houver uma lei o juiz decidirá de acordo com analogia, costumes e princípios gerais do Direito, respectivamente. 
Um artigo destinado especialmente ao juiz, art. 5º, prevê que ele deverá atender aos fins sociais a que a lei se dirige e às exigências do bem comum. 
Por fim, o art. 6º dispõe que a lei em vigor terá efeito imediato e geral, não podendo desrespeitar o ato jurídico perfeito (algo feito antes da revogação da lei), o direito adquirido (direito que já é exercido) e a coisa julgada (que não possibilidade de alteração na sentença).

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