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Direito Penal – P2 Art. 146. Constrangimento Ilegal. Objeto: capacidade de autodeterminação/escolha. / o agente retira da vítima a capacidade de autodeterminação. Meios de execução: a) Violência b) Grave ameaça. Pode ser tipo subsidiário de outro crime. Ex.: crime de extorsão. Busca fazer com que a vítima adote uma postura qualquer. Consumação: quando a vítima faz o que o agente quer. Assume tentativa. Aumento da pena: § 1º. Emprego de armas (qualquer instrumento de potencial lesivo). § 2º. Lesão corporal. § 3º. Causas da exclusão da tipicidade (o comportamento não será ilegal): I. Obrigação do médico – com propósito de garantir a vida/ não será ilícito. Ex.: não aceitar transfusão de sangue em favor de religião. Art. 147. Ameaça. (crime formal) Injusto Grave Meios: palavras, gestos, qualquer forma para incutir medo a vítima / meio simbólico. Pode ser uma das formas do 146. Diferença entre constrangimento ilegal e ameaça: ameaça (objetivo de deixar a vítima amedrontada); constrangimento (o agente espera uma postura da vítima). Para que haja ameaça o agente precisa prometer um MAL INJUSTO; prenúncio do mal que não tenha anteparo legal – MAL FUTURO. A ameaça deve refletir um ânimo calmo do agente em produzir medo a vítima. Art. 148. Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado. Comportamento proibido: privar a liberdade. Formas: sequestro / cárcere privado. A diferença entre ambos é a forma como será implementado. A diferença está no grau de clausura, onde a forma de privação pode ser mais ou menos grave. Cárcere privado – mais grave. Tempo juridicamente relevante. Consumação: quando houve estabilidade da privação da liberdade. Sequestro – sem que se possa estabelecer um ponto final; se a privação de liberdade for transitória, será constrangimento ilegal. Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga a de escravo. (analisar o caso concreto). Trabalho exaustivo.* Condição degradante. STF – o agente precisa limitar a locomoção da vítima, com a permissão da mesma (diferente do sequestro). Art. 155. Furto simples “caput”. Subtrair, para si, ou para outrem, coisa alheia móvel. Núcleo – subtrair. A intenção é se tornar senhor da coisa. Coisa – valor econômico. Subtração percebida depois. § 1º. Furto noturno – coisa menos vigiada. § 2º. Furto privilegiado: a) Valor da coisa – pouco valor/ acima do ínfimo. b) Agente primário. **as duas coisas precisam coexistir.** **substituir por detenção ou multa.** § 3º. Furto de energia. Furto de uso – usa e devolve; não aceito no CP. Observações: Não se pode ter como objeto material de furto: a) Res Nulius – coisa de ninguém. b) Res derelicta – coisa abandonada. Ex.: Sujeito que pega objetos, como relógio / cordão, de um cadáver, em um túmulo comum, que os objetos foram deixados para perecer, então abandonados. Se a coisa não possuir valor econômico expressivo, o fato é atípico, levando em consideração o princípio da insignificância. Uma parte da doutrina leva em consideração o valor sentimental da coisa, podendo o fato ser considerado como furto. Art. 17. Tentativa inidônea. Consuma quando houver lesão ao patrimônio / sair da vigilância do dono. Art. 155, § 3º - norma de equiparação. §§ 3º e 4º - Qualificadora. I. Rompimento – roubar acessório de um carro não se enquadra neste inciso. II. Abuso de confiança: - Fraude – induzir erro. - Transposição anormal de algum obstáculo/ não destrói / ex: escadas, etc. - Destreza – habilidade do agente de furtar e não ser percebido, segundo a doutrina. Tentativa de furto qualificado pela destreza – o agente não pode ser notado por quem está no contexto da situação. III. Chave falsa – qualquer instrumento que faça girar a fechadura ou ligar um motor. IV. Concurso de duas ou mais pessoas – coautoria / participação. § 4º - A. Lei 13.654/2018. Art. 157. Roubo “caput”. Núcleo: subtrair. Diferença para o furto: meio de execução. Arrebatamento inopino – tomada de surpresa de algo que estava preso ao corpo da vítima. Crime complexo – várias figuras em um só tipo. Grave ameaça – violência própria. Roubo próprio: a) Violência própria b) Violência imprópria – reduzir a vítima à impossibilidade de resistência. § 1º. Roubo impróprio – violência própria. Primeiro pega, depois usa. Violência/ameaça. Furto mal sucedido. § 2º. Roubo circunstancial – não é circunstância qualificadora. I. Revogado – Lei 13.654/2018. § 2º A. A pena é aumentada em 2/3. § 3º Roubo qualificado – nova pena mínima/máxima. Latrocínio – quando a morte deriva de ato de violência. Meio de execução: Grave ameaça ou violência. Admite culpa e dolo (morte). Motivação: desejo primário bem patrimonial (ainda que mate com intenção). Consumação do latrocínio – Ver Sum. 610 STF / Lei 8072; Subtração consumada + hom. Consumado = latrocínio consumado. Sub. Tentada + hom. Cons. = latrocínio consumado. Sub. Cons. + hom. Tentado = latrocínio tentado. Sub. Tentada + hom. Tentado = latrocínio tentado. Art. 158. Extorsão. Crime formal - se consuma antes do resultado. Fim especial de agir. Constrangimento: a) Violência b) Grave ameaça Diferença para o roubo: observar o comportamento da vítima, que é indispensável e não pode ser superado pelo comportamento do agente. O comportamento da vítima é imprescindível; Tradição da coisa por meio de violência ou grave ameaça. Art. 159. Extorsão mediante sequestro. Sequestro relâmpago. Núcleo: sequestrar (privar alguém de sua liberdade). Crime hediondo, Lei 8072/90. Consumação: crime formal, consumação antecipada – consuma-se com a privação da liberdade. Admite tentativa. Art. 168. Apropriação Indébita. Abuso de confiança. Apropriar ≠ subtrair (vigilância da coisa). Para se caracterizar apropriação indébita, a coisa deve estar desvigiada. Apropriação: a) Atos de disposição da coisa b) Negativa de restituição – negar devolver quando solicitado. Inverte o ânimo da posse Posse descuidada Dispor da coisa / em regra, quem pratica atos de disposição é dono da coisa. Princípio da insignificância torna o fato atípico, portanto, não tem crime. § 1º Aumento da Pena. I. Depósito decorrente de calamidade/anormalidade pública; ex: enchente. II. Qualidades. III. Em razão de atividade laborativa. Art. 168-A. Apropriação indébita previdenciária. Norma penal em branco. Ex.: O empresário que deixa de pagar a previdência para pagar os credores e manter seu negócio. Crime = fato típico + ilícito + culpa (falta de exigibilidade da conduta diversa). Verificar elementos da culpa. Art. 171. Estelionato. Erro – fraude (artifício para fazer a vítima incidir em erro – perceber mal a realidade). A vítima que entrega a coisa em virtude da má percepção da realidade. Objeto – patrimônio. Consiste em induzir ou manter alguém em erro / meio fraudulento. Crime material. § 2º Subtipos do estelionato. II. “silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias” – infração. III. Ex.: contrato bancário / ficar sob a posse daquilo que deu como garantia em empréstimo. IV. Fraude na entrega da coisa/ ex.: posto que coloca outras substâncias na gasolina para aumentar a quantidade, os sujeitos passivos não podem ser determinados, então não se enquadraneste inciso. V. O comportamento incriminado é o fato d o sujeito se lesionar para obter valor / o bem lesionada é o da seguradora, por exemplo. VI. Comportamento: frustrar / emitir; a) Frustrar: inviabilizar sem justa causa; ex.: contra ordem de pagamento indevida. b) Consumação: quando colocar o título para circular, por exemplo. c) Arrependimento posterior – Sum. 554 STF – gera extinção da punibilidade; d) Sum. 521 STF – competência: agência onde de situa o correntista.
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