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PROTEÇÃO PENAL AO PATRIMÔNIO (dto penal) PROF. JULIANO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Crimes contra o patrimônio (art 155 a 183) Crimes contra a dignidade sexual (art 213 a 234-B) Crimes contra a família (art 235 a 249) Crimes contra a saúde pública (art 267 a 285) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CP para concursos – Rogério Sanches Cunha Rogério Greco – Curso de direito Penal (I e II) César Roberto Bittencourt – Curso de Direito Penal Cleber Masson, Guilherme Nucci, Luiz Regis Prado, André Stefan... DICAS DE ESTUDO Sistema “push” informativo STF site do STFJurisprudenciaInformativo Sistema “push” informativo STJ Site do STJJurisprudenciaInformativo Canal Youtube Jurídico - Cleber Masson - Guilherme Nucci - Rogério Sanches Cunha Podcast Guilherme Nucci – Pacote anticrime Legislação atualizada SISTEMA DE AVALIAÇÕES 1- NP1 – 0 a 10 + trabalho (0 a 1 ponto) Tema do trabalho: Inovações Anticrime (Lei n° 13.964/19) Modo do trabalho: individual, manuscrito, mínimo de 5 folhas frente e verso ou 10 páginas. Data da entrega: dia da prova Conteúdo: mudanças no CP (Pacote Anti-crime), o que era antes e o que é agora. 26/03 a 04/04. 2- NP2 – 0 a 10 + Trabalho (0 a 1 ponto) Tema do trabalho: Crimes contra saúde pública. Modo do trabalho: Individual, manuscrito, mínimo de 5 folhas frente e verso ou 10 páginas. Data da entrega: dia da prova. 21/05 a 30/05. 3- Substitutiva – 3 questões abertas (difíceis) 4- Exame – Matéria acumulativa (04/02) CRIMES CONTRA A HONRA A honra é um direito fundamental da pessoa nos termos do Art. 5°, X da CF, sendo cláusula pétrea (art 60, §4°, IV) Cláusula PétreaConjunto de normas que não podem ser retiradas da CF, só é substituída com uma nova Constituição. Os crimes contra honra são: - Calúnia - Difamação Lei - Injúria Geral Também são previstos: - Código de Processo Militar (art 214 a 221) - Código Eleitoral (art 324 a 326) Leis - Lei de segurança Nacional (Lei 7.170/83) Especiais └ quando a vítima é o Pres da Rep; Pres da Câmara dos Dep; Pres do Senado Federal; Pres do STF (art 26 da lei). CONCEITO Calúnia: Artigo 138. É a imputação falsa (somente) de fato definido como crime (fulano roubou; fulano estuprou ciclana). Não contravenção, é crime! Difamação: Artigo 139. É a imputação falsa ou verdadeira de fato não criminoso ofensivo a reputação de alguém (fulano tem banco de jogo do bicho na praça). Injúria: Artigo 140. É a atribuição de qualidade negativa (não precisa de imputação de fato) a alguém, ou seja, os xingamentos em geral (fulano é idiota; fulano é ladrão). OBJETO JURÍDICO Calúnia e Difamação: É a forma objetiva, trata-se do que a sociedade ou terceiros pensam em relação à pessoa. Injúria: É a honra subjetiva, trata-se do que o indivíduo pensa de si próprio. SUJEITO ATIVO É qualquer pessoa, pois se trata de crime comum. Há as exceções; quando se trata de pessoas que gozam de imunidade. São essas pessoas: Dep Estadual (art 27, §1°/CF) Dep Federal (art 53/CF) Senadores Federais (art 53/CF) Vereadores (art 29, VIII/CF) Advogados no desempenho da função Membros do MP Os parlamentares gozam de imunidade material, ou seja, não respondem civil e criminalmente por suas palavras, opiniões e votos A imunidade não é absoluta, somente existindo no exercício de função ou em razão dela. SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa, crime comum. Quando há um morto: Calúnia (art 138, §2°), é possível pois afetou os familiares do morto. Difamação e injúria não pode contra morto. Quando é uma pessoa jurídica: Calúnia: não pode sofrer este crime, pois ela não pratica crime em regra. A exceção é caso ela cometa um crime ambiental, podendo ser vítima da calúnia em relação a este crime. Difamação: pode sofrer, pois é um fato não criminoso. Injúria: não pode sofrer este crime, pois ela não pensa nada sobre si mesma, por ser um ente abstrato. CONSUMAÇÃO Calúnia e difamação: Quando o terceiro toma conhecimento da imputação. Injúria: Quando a própria vítima toma conhecimento da atribuição. Todos os crime são FORMAIS, pois basta praticar a conduta, dispensando o resultado. TENTATIVA Somente admitida na forma escrita, pois na forma verbal o crime é unissubsistente (a conduta é composta apernas por um ato, não sendo possível o seu fracionamento). (11/02) Exceção da verdade (quadro comparativo) É uma questão prejudicial homogênea. Isto é, a faculdade conferida ao sujeito ativo de provar a veracidade da alegação (o caluniador, provar que o fato contra o caluniado é verdade). Exceção pode-se entender no sentido amplo como DEFESA, posta ao réu para provar sua não culpabilidade. Na calúnia (138): Em regra é cabível. Mas tenho 3 exceções: §3°. Ação Penal Privada (§3°, I): onde somente a vítima pode entrar com queixa-crime. Contra Presidente da República ou Chefe do governo Estrangeiro (§3°, II): não cabe exceção da verdade. É uma vedação que a Constituição impõe. Aqui se preserva a coisa julgada (§3°,III): já tem uma sentença que absolveu ela, você não pode passar por cima dela. É cabível a retratação apenas se a ação penal for Privada, e a retratação ocorrer antes da sentença Na difamação (139): Em regra não cabe. Salvo, quando o fato é imputado à Funcionário Público relacionado à sua função. É o oposto da calúnia. Existe o crime da difamação, ainda que o fato seja verdadeiro. Em razão do interesse público se ele está no exercício de suas funções. É cabível a retratação apenas se a ação penal for Privada, e a retratação ocorrer antes da sentença Injúria (140): Não cabe exceção da verdade. Não cabe retratação. Você vai provar que fulano é corno? Que ele é idiota? Não. Retratação do agente (143): É uma causa extintiva da punibilidade (art 107, VI). Nos casos em que a lei admite: crimes contra a honra e falso testemunho. Ação Penal Privada Queixa crimi - Réu= querelado - Autor= querelante Na ação penal privada você extingue a punibilidade com o Art 143 fazendo a retratação (nos casos de calúnia e difamação apenas). Natureza da ação penal (145) VALE PROS 3 CRIMES: Ação penal Privada (a vitima que precisa contratar o adv, devendo-se iniciar com o prazo de 6 meses). Termo inicial= data em que a vítima SABE quem é o AUTOR do fato. Natureza do prazo: (prazo penal art 10 CP -> incluo o dia inicial e excluo o dia final), (prazo processual penal art 798, §1°, CPP -> excluo o dia inicial e incluo dia final) · Descobri dia 11 quem é o réu 11/02/2020: · Prazo penal art 10: 10/08/2020 -inclui dia do começo, e exclui o dia final · Prazo processual penal art 798: Prazo para oferecer queixa é prazo Penal (art 10) Efeito jurídico em caso de encerramento/transcurso do caso: Decadência, causa extintiva da punibilidade. *PERGUNTA PROVA sobre prazos* Exceções: 1°Quando a vítima é o Pres da república ou chefe de Governo estrangeiro=ação penal pública condicionada à requisição (art 145, p.u). 2°Quando a vítima for Funcionário Público e a ofensa estiver ligada à função = ação penal público condicionada à representação da vítima, ou Ação penal Privada=legitimidade concorrente=súmula 714 STF. 3°Injúria racial= Ação penal Pública condicionada à representação da vítima. Qual a diferença entre injúria racial e racismo? R: Na injúria racial o agente se vale de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, idade, deficiência para atribuir qualidade negativa à alguém. Já no racismo, pressupõe a segregação, ou apartheid em razão da raça, cor, etnia, origem, religião ou preferência sexual (STF A.D.O 26). Em regra significa impedir o acesso da pessoa. Na injúria racial a vítima é determinada, dirigida a X pessoa. Já no racismo, ele atinge um grupo ou número indeterminado de pessoas. Chamar de viado=injúria (simples, sem qualificadora). (14/02) CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO Introdução: A propriedade é direito fundamental da pessoa humana (Art 5°, caput c/c Inc XXII, CF). No plano infraconstitucional (abaixo da const.) o Código Civil reserva o livro III da parte especial para disciplinar a propriedade, a posse e a detenção.No plano penal o título II da parte especial elenca os crimes contra o patrimônio. Crimes em espécie: FURTO ART 155, CP Objeto Jurídico: É a propriedade, a posse e a detenção legítima da coisa móvel. Ladrão que furta ladrão, responde por furto, porém, a vítima é o real dono da coisa. Objeto material: Significa a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. É a coisa alheia móvel. As presunções do direito civil acerca do conceito de bem imóvel (art 81 CC) não se aplicam ao direito penal. Para o direito penal coisa móvel é tudo aquilo que pode ser transportado de um lugar para outro, com ou sem força própria desde que sem destruição. É possível furto de casa (casas montáveis, pré fabricada), bem como de árvore, desde que possam ser arrancadas do solo e transportadas para outro lugar sem destruição. É possível furto de embarcação e aeronave, apesar de serem objetos de hipoteca. Bens semoventes (que tem vida própria/animais) podem ser objeto de furto. O furto de semovente é qualificadora do furto nos termos do artigo 155, §6°. Abigeato: furto de gado A pessoa humana pode ser objeto de furto? Não, no entanto é possível os crimes de Sequestro, extorsão mediante sequestro, ou subtração de incapazes. As partes artificiais da pessoa podem ser objeto de furto? Sim, perna mecânica, olho de vidro, dentadura. As partes naturais da pessoa podem ser furtadas? Depende. As partes internas configura crime na Lei de transplante de órgãos e tecidos (Lei 9.434/97). As partes externas (cabelo) é possível furto, dependendo do dolo do agente. Cadáver pode ser objeto de furto? Depende, se integrar o patrimônio de alguém haverá furto (cadáver da faculdade), caso contrário, haverá crime de subtração de cadáver (art 211, cp) crime contra respeito aos mortos. Então, se o cadáver fizer parte de patrimônio (facul) é furto, caso esteja debaixo da terra art 211. PESQUISAR: Subtração de dente de ouro do cadáver enterrado configura qual crime? Coisa abandonada (res derelicta) pode ser objeto de furto? Não, porque não é de ninguém. Se a pessoa abrir mão da coisa e outra pegar, não consiste crime. Coisa perdida (res desperdita) pode ser objeto de furto? Não pode ser objeto de furto, mas configura o crime de apropriação indébita de coisa achada (art 169). Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica, ou qualquer outra que tenha valor econômico. Energia mecânica, genética, radioativa, atômica, hidráulica, etc. Crime permanente, se prolonga no tempo. PESQUISAR: Subtração de sinal de TV a cabo configura crime? Qual? R: Há controvérsia, STF: fato atípico eis que sinal de TV a cabo não é energia sob pena de analogia in malam partem. STJ: configura furto, equipara-se a energia elétrica. Não há uma resposta definitiva. PESQUISAR: Subtração de Wi-Fi configura crime? Qual? R: Há divergência. 1°: Art 154-A CP, invasão de dispositivo informático. 2°: Art 183 da Lei 9.472/97. 3°: Art 10 da Lei 9.296/96. 4°: Fato atípico. (18/02) Sujeito ativo Qualquer pessoa, crime comum (salvo o proprietário). Proprietário que subtrai a própria coisa pode responder por algum crime? Sim, artigo 346 do CP. Ex: penhor. E se o agente for funcionário público e subrai a coisa valendo-se da facilidade que sua carga lhe proporciona? R: Peculato-furto Art 312, §1°. Bem público ou particular que esteja resguardado pelo Estado. Sujeito passivo Qualquer pessoa, inclusive a Pessoa Jurídica. Núcleo do tipo A conduta incriminada: Subtrair/pegar a coisa alheia móvel Em regra o furto é crime comissivo. Excepcionalmente o furto é crime omissivo impróprio. PESQUISAR O QUE É CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO. R: Uma omissão do agente que dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o dever jurídico de evitá-lo. Elemento subjetivo do tipo É o dolo. Dolo interno: dentro da mente (consciência) + Dolo externo (vontade). Não há furto culposo. A culpa sempre tem que vir de forma expressa. O Dolo é a regra, a culpa é a exceção. Por qual crime responde o agente que subtrai coisa alheia supondo própria? Não há crime, pois o agente agiu em erro do tipo (art 20 cp, CAPUT). *ERRO DE TIPO ESSENCIALESCUSÁVEL: sempre exclui o dolo e culpa INESCUSÁVEL: sempre exclui o dolo mas permite punição por crime culposo se previsto em lei. Colocar o “homem-médio” no fato. O homem-médio faria o mesmo? Se sim, escusável/desculpável. Se não, inescusável. Ex: homem que atira em uma pessoa pensando ser um animal na floresta. Elemento subjetivo Exige-se ainda a finalidade especial de apoderamento definitivo da coisa “para si ou outrem”. “Animus rem sibi habendi”. O furto de uso é crime? Não, desde que preenchidos certos requisitos (coisa infungível ou inconsumível; uso momentâneo; devolução integral da coisa. Consumação e tentativa Caminho do crime “iter criminis”: cogitação, preparação... e consumação A consumação se dá com a posse de fato da coisa ainda que, por breve espaço de tempo, e seguida de perseguição ao agente. É dispensável a posse mansa e pacífica, ou desvigiada. Trata-se de crime material, ou seja, que exija o resultado naturalístico. Tentativa admitida, pois o crime é plurissubsistente (conduta composta por vários atos). Inicia-se a execução e não termina a consumação. (06/03) ESTRUTURA DO FURTO NO CP O furto pode ser simples, privilegiado ou qualificado. Furto Simples O furto simples está previsto no Art 155, CAPUT. Composto por elementares, sempre. Dados essenciais do crime. Furto Privilegiado O furto privilegiado está previsto no Art 155, §2°. O privilégio é composto por circunstâncias, que beneficiam o agente. No furto privilegiado os requisitos são: -Primariedade do agente: Conceito de reincidente é art 63: quem comete crime depois de outro já transitado em julgado. -Pequeno valor da coisa subtraída: até um salário mínimo. Consequência do privilégio: 1-substituição da pena de reclusão por detenção. 2-Diminuição da pena de 1/3 a 2/3. Ou 3-aplicação apenas da pena de multa. O furto privilegiado não se confunde com o furto de coisa insignificante. A aplicação do princípio da insignificância exclui a tipicidade material e por consequência o crime. Há requisitos para a incidência do princípio da bagatela. Analisar o caso concreto. Pesquisar: quais o requisitos do princípio da insignificância? Furto Qualificado Previsto no Art 155, §4° a 7° Pluralidade de qualificadoras? Pega a mais grave. Escolhe-se a qualificadora mais grave para fins de dosimetria da pena. O furto qualificado é crime hediondo? Em regra, não. Salvo o furto qualificado pelo emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum. Art 155, §4°-A. É com emprego de explosivo, não o furto de explosivo. Qualificadoras em espécie §4° I - Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa Destruir = danificar totalmente Romper = danificação parcial Obstáculo = qualquer óbice externo à coisa subtraída Quebra o vidro pra roubar o carro: Quebra o vidro do carro para roubar uma bolsa: 4° OBS: O crime de dano é absorvido pela qualificadora em razão do princípio da subsidiariedade tácita. OBS: O CPP impõe o exame de corpo de delito para fins da caracterização da qualificadora. II - Abuso de confiança Pressupõe a existência de uma relação de confiança entre a vítima e o agente. Em regra, está presente no famulato, ou seja, no crime cometido pelo empregado contra o empregador. OBS: a agravante do Art 61, II, F. Não pode ser aplicada sob pena de bis in idem. II – Fraude A fraude é o artifício ou ardil utilizado pelo agente para enganar a vítima, fazendo com que a vigilância sobre o bem seja diminuída. Qual a diferença entre furto qualificado pela fraude e estelionato? No furto a fraude é uma circunstância, pode ou não existir. No estelionato a fraude é uma elementar, não há estelionato sem fraude. No furto o agente subtrai o bem da vítima. No estelionato a vítima entrega o bem para o agente II – Escalada É a entrada por via anormal valendo-se de esforço incomum, seja por meios físicos ou artificiais. Escalar muro, túnel. II - Destreza Habilidadedo agente de subtrair coisa sem que a vítima perceba. Chamado pungista, ou batedor de carteira. Habilidade incomum, excepcional. III – Emprego de chave falsa Qualquer instrumento que tenha ou não o formato de chave, apto a abrir fechaduras. Grampo, arame, cartão de crédito. O emprego de chave verdadeira configura furto simples, sob pena de analogia in malam partem (em prejuízo do réu). Se a vítima entrega a chave, configura-se abuso de confiança. IV- Emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum Foi inserido pela lei 13.654/18 e se tornou crime hediondo com o advento do pacote anticrime Lei 13.964/19. §5° - Subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro estado ou para o exterior. Transporte para o DF= Predomina o entendimento de que a subtração de carro para o DF não qualifica o furto sob pena de analogia in malam partem. OBS: o legislador leva em conta os autos índices de criminalidade para fins da criação da qualificadora. Automotor: carro, moto. §6° - Subtração de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. OBS: o abigeato é o furto de gado, que configura a qualificadora. Da mesma forma foi criada a qualificadora no crime de receptação Art 180-A. - Fabricação de explosivo Concurso de duas ou mais pessoas Participação e coautoria Mesmo se um dos agentes for desconhecido incide a qualificadora ------------ Furto Noturno – Art 155 §1° Natureza jurídica: causa de aumento de pena no percentual de 1/3. Entra na 3ª fase Incidência: vale tanto para o furto simples quanto para o furto qualificado Conceito de repouso noturno: é um elemento normativo do tipo, que exige um juízo de valor por parte do intérprete. O conceito varia no tempo e no espaço, e corresponde ao período da noite em que as pessoas descansam. A majorante (causa de aumento de pena) incide em casas ou comércio, com ou sem moradores, estejam ou não dormindo. Incide ainda em carros estacionados. Basta que seja “a noite”, no repouso noturno, onde a vigilância está menor. OBS: dosimetria da pena: critério trifásico. O CP adota o critério trifásico para a aplicação da pena Art 68 CP. 1ª Fase= circunstâncias judiciais (art 59), aqui fixa-se a pena base, pena inicial (antecedentes, circunstâncias, culpabilidade, motivos, vontade do agente) 2ª Fase= circunstâncias agravantes (art 61) e atenuantes (art 65). 3ª Fase= causas de aumento e diminuição da pena (estão espalhadas tanto na parte geral quando na especial). OBS: Na 1ª e na 2ª fase o juiz não pode extrapolar os limites legais (1 a 4 anos= não pode ir além, nem aquém). Na 3ª o juiz pode romper os limites legais. (10/03) FURTO DE COISA COMUM - Art 156 Objeto material Coisa comum Sujeito ativo Condômino, coerdeiro ou sócio. Trata-se de crime próprio O crime próprio admite concurso de pessoas? Sim, por força da parte final do art 30 do CP. As elementares do crime se comunicam em caso de concurso de pessoas. Elementares são os dados do crime. Infanticídio é uma circunstância, não elementar do homicídio. É ainda, subjetivo. Não se comunicam circunstâncias de caráter pessoal. Sujeito passivo Os demais condôminos, coerdeiros ou sócios. Crime bipróprio. Tanto no sujeito ativo quanto no passivo. Dos dois lados. Natureza jurídica da ação penal Ação penal pública condicionada a representação da vítima. Natureza jurídica da representação: condição de procedibilidade da ação penal. Prazo para representação: 6 meses Termo inicial: data em que a vítima descobre quem é o autor do fato. Natureza do prazo: prazo penal, computa-se o dia inicial e exclui-se o dia final, diferente do prazo processual penal Consequência jurídica pelo transcurso do prazo: decadência. Natureza jurídica da decadência: extingue a punibilidade art 107, IV. Causa excludente da ilicitude 155, §2° Requisitos: 1° Coisa comum fungível. 2° valor não exceder a quota a que tem direito o agente. Procedimento Sumaríssimo (JECRIM-Juizado especial Criminal – Lei 9.099/95) Principal característica do JECRIM – Transação ROUBO – Art 157 Elementar do roubo: violência ou grave ameaça. Objeto jurídico Primordialmente, a propriedade e a posse. Em segundo plano, a integridade física, psíquica, a saúde, a liberdade pessoal e a vida humana. Trata-se de crime pluriofensivo. O que é o crime complexo? É um formato pela fusão de dois ou mais crimes. Art 157= art 155 + 129, 147, 146 ou 121. Princípio da subsidiariedade tácita, responde só pelo crime que cometeu (155) os demais são absorvidos. Não cabe o princípio da insignificância, pois no roubo tem a periculosidade, a reprovabilidade. Objeto material Coisa alheia móvel e pessoa humana. Sujeito ativo Comum, qualquer pessoa Se houver concurso de pessoas, incide causa de aumento de pena, de 1/3 a metade. No furto o concurso de pessoas é qualificadora, aqui é causa de aumento de pena Sujeito passivo Qualquer pessoa: proprietário, possuidor ou apenas a pessoa que sofre a violência. Estrutura do roubo no CP 1-Roubo simples, que se divide em próprio (caput) e impróprio (§1°) 2-Roubo majorado, ou qualificado em sentido amplo (§2°. §2°-A e §2°-B) 3-Roubo qualificado, em sentido estrito (§3°) Diferenças entre roubo próprio e impróprio 1° diferença quanto ao momento do emprego da violência: -Próprio= violência + subtração -Impróprio= subtração + violência 2° diferença, quanto aos tipos de violência -Próprio= violência física, grave ameaça ou reduzir a vítima à impossibilidade de resistência por qualquer outro meio (hipnose, embriaguez, sonífero). -Impróprio= apenas violência física ou grave ameaça. Não há a previsão de reduzir a vítima à impossibilidade de resistência, não existe. (13/03) DIFERENÇAS ENTRE ROUBO PRÓPRIO E IMPRÓPRIO Momento da violência Próprio: Primeiro vem a violência depois a subtração Impróprio: Primeiro a subtração, depois a violência Violências Impróprio: não existe a violência imprópria (reduzir a impossibilidade de violência, sonífero, boa noite cinderela, etc). Próprio: admite-se a violência imprópria *se eu subtraio sem a vítima perceber e depois dou o boa noite cinderela, é FURTO* *se a própria vítima que se coloca em uma condição (bêbada) é furto. Pois no roubo, é o agente que tem que colocar a vítima em uma condição que ela não possa resistir* Quanto a finalidade da violência Próprio: visa assegurar a subtração do bem Impróprio: visa assegurar a subtração ou a impunidade do crime Quanto ao momento consumativo Próprio: ocorre com a subtração do bem, súmula 582 STJ (dispensa-se a posse mansa e pacífica, basta que haja a inversão da posse). Impróprio: com o emprego da violência Quanto ao cabimento da tentativa Próprio: admite-se a conatus (tentativa), é possível. Inicia-se a execução e não atinge a consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente. Impróprio: não cabe tentativa (ou é furto consumado, ou roubo consumado). *Caminho do crime* 1-Cogita 2-Prepara 3-Executa 4-Consuma Execução - Consumação Tentativa - V circunstâncias alheias à vontade do agente X Des. Volunt. V por vontade do próprio agente X Arrep. Eficaz V por vontade do próprio agente, após esgotar os atos X executados, pratica nova conduta que impede a consum Arrep. Post. V 3 requisitos (estudar) V Crime impos. V X Art 14 Tentativa 1/3 a 2/3 Art 15 Des voluntária somente responde pelos atos anteriores, se criminosos Art 15 Arrep eficaz somente responde pelos atos anteriores, se criminosos Art 16 Arrep posterior 1/3 a 2/3 Art 17 Crime impossível fato atípico Roubo majorado Causas de aumento de pena, que incidem na terceira fase da dosimetria da pena 1º MajoranteConcurso de pessoas, vide furto. No furto é qualificadora, no roubo é aumento de pena. 2º Majorante Vítima está em serviço de transporte de valores, e o agente conhece tal circunstância. É indispensável que a vítima não seja o proprietário dos valores transportados, já que quem está à serviço está por conta de outrem. Por fim, o agente tem que conhecer tal circunstância (ex: carro forte) 3º Majorante Subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro estado, ou para o exterior vide furto. 4º Majorante Agente mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdade 5° Majorante Subtração de substância explosiva, ou acessório que conjunta ou isoladamente possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. Vide furto. 6º Majorante Emprego de arma branca (sinônimo de arma imprópria). 7º Majorante Emprego de arma de fogom (2/3). É crime hediondo (novidade do pacote anticrime). Simular emprego de arma de fogo incide a majorante? Não. Empregar arma de brinquedo incide a majorante? Não. Portar arma de fogo incide a majorante? Não. Tem que empregar, usar. Apenas portar não incide. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ (30/03) Dicas: Baixar APP OAB de bolso Jurisprudência em Tese STJ Se cadastrar no site do STJ e STF para ler informativos semanais, manter informado sobre os sistemas superiores Referências bibliográficas -Rogerio Sanchez Cunha: Codigo penal para concursos. -Rogério Grecco REVISÃO ONLINE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO FURTO Art 155 >Vontade: Animus furandi + Animus rem sibi habendi >Consumação: Amotio >O privilégio é incompatível com a qualificadora do abuso de confiança, e da fraude, porque são qualificadoras subjetivas. Súmula 511. >O privilégio só incide em crimes OBJETIVOS. >Quando houver mais de uma qualificadora, o juiz DEVE escolher a mais GRAVE, as outras circunstâncias serão usadas na dosimetria da pena (circunstância judicial). >Não existe furto de uso FURTO DE COISA COMUM Art 156 >Sujeito ativo: Condômino, co-herdeiro ou sóciocrime próprio >Admite concurso de pessoas >Sujeito passivo: condômino, co-herdeiro ou sócio. >Ação penal pública (MP) condicionada a representação (condição de procedibilidade da ação penal, o prazo da representação é 6 meses. Termo inicial do prazo: data em que a vítima descobre quem é o autor do fato) (a natureza do prazo é PENAL Art 10 CP, onde inclui-se o dia do começo e exclui-se o dia final, é o oposto do prazo processual penal). Esse prazo não se sujeita à suspensão ou prorrogação. Decadência: causa extintiva de punibilidade. >Conto o prazo de 30 em 30 dias, independente se o mês tem 29 ou 31 dias. >A excludente é caso seja o bem fungível (substituível) e o agente se limitar à sua quota parte (agente e vítima tem 1 tonelada de arroz juntamente. 500kg de sua parte). ROUBO Art 157 >Não cabe princípio da insignificância >Roubo de uso é crime >Simples: caput (próprio) e §1º (impróprio) >Majorado: §2º a 2ºB >Qualificado em sentido estrio >No roubo impróprio inexiste a violência imprópria (droga-la, embebedá-la) >Consumação roubo próprio: quando o agente subtrai, tira a coisa de disponibilidade da esfera da vítima. Não precisa de posse mansa e pacífica >Consumação roubo impróprio: quando o agente emprega a violência >Cabe tentativa no próprio, não cabe tentativa no impróprio (14/04) ROUBO MAJORADO Majorante é caso de aumento de pena que entra na terceira fase da dosimetria da pena. O legislador estabelece um percentual que pode ser fixo ou variável 1/3 a metade. Qualificadora, os limites mínimos e máximos. A dosimetria parte daqui. Base da pena. §2° I-Arma de fogo - Não é portar, é empregar. Tem que exercer com a arma, não apenas portar. Arma de brinquedo também não configura. Arma quebrada ou com defeito: se é absoluto e não dispararia em caso algum, não majora. Relativo, caso ela poderia estar funcionando aí majora. Dependerá da perícia, e a prova pericial é dispensável. Arma desmuniciada caracteriza majorante. É crime hediondo no roubo, no furto não. Não há bis in idem entre a majorante de arma do roubo e o Art 288 CP. Responderá pelo roubo majorado, em concurso material com o Art 288. II-Explosivo – não é crime hediondo no roubo, mas é crime hediondo no furto. §2° B – arma de fogo de uso restrito/proibido: é crime hediondo. Heterogênea, norma penal em branco. Precisa ser complementado por outra norma, ato administrativo, no caso o Decreto do pres. Da república dizendo quais armas são restritas ou proibidas. Lei de armas. ROUBO QUALIFICADO Sempre é crime hediondo. §3° - Se da violência resulta: I-Lesão Corporal grave: art 129. No caso da gravíssima também qualifica, interpretação extensiva, e não in malam partem. II-Morte: roubo qualificado pela morte ou latrocínio. Latrocínio é crime contra o patrimônio, súmula 603 STF diz que o crime de latrocínio não vai a júri. Latrocínio = violência física + morte. Qualificado pelo resultado. O latrocínio não é necessariamente praeter doloso, por que a morte pode vim com dolo ou culpa. Praeter doloso: dolo + culpa. (dolo de agredir, culpa da morte), o agente mata a vítima sem querer. Dolo=intencional Culpa=não intencional Subtração Morte Latrocínio Tentado + Tentada = Tentado Consumado + Consumada = Consumado Tentado + Consumada = Consumado Consumado + Tentada = Tentado Ver súmula 610 STF PERGUNTAS: 1)Como o juiz deve proceder no caso de pluralidade de majorantes? Deve aplicar só uma ou todas? 2)Havendo pluralidade de vítimas numa só subtração, existe apenas um crime de latrocínio? Há quantos latrocínios, um ou mais de um? 3)Roubo cometido contra mais de uma pessoa no mesmo contexto fático configura quantos crimes? EXTORSÃO Art 158: mesma pena do crime de roubo. Diferença entre Roubo e Extorsão Feito na base do comportamento da vítima. Se o comportamento da vítima for irrelevante, secundário, acessório o crime é de roubo. Se o comportamento da vítima for primordial, essencial, sua colaboração for imprescindível o crime será de extorsão. Ex: fulano é vítima de sequestro relâmpago, o agente aponta arma de fogo manda entrar no carro e solicita dinheiro, a vítima diz não ter e leva ela ao banco, a vítima sob grave ameaça da arma de fogo digita a senha da conta corrente, saca o dinheiro e entrega pro agente. É extorsão. Ex2: Agente entra na casa da vítima e manda ela colocar a senha no cofre. Extorsão. Ex3: Agente aponta arma de fogo pra vítima mandando ela entregar a bolsa. Roubo. Objeto jurídico: Crime pluriofensivo (mais de um bem jurídico, patrimônio em primeiro lugar) Crime complexo: Reunião de crimes. Crime de lesão corporal + ameaça + constrangimento ilegal + sequestro e homicídio Sujeito ativo: Comum, qualquer pessoa. Funcionário público também. Sujeito passivo: Qualquer pessoa. A pessoa jurídica também se o patrimônio dela for atingido. (28/04) Favorecimento Pessoal CADI, escusa absolutória Art 348, §2º Já estudamos extorsão (158), extorsão mediante sequestro (159) EXTORSÃO INDIRETA – Art 160 Bem jurídico Pluriofensivo: Patrimônio e liberdade individual. Ler item 57 da Exposição de motivos da parte especial do Código Penal. A exposição de motivos é interpretação doutrinária. Objeto material Documento criminalmente intimidador (duplicata simulada, contrato falso de depósito, confissão de crime, etc). Sujeito ativo Qualquer pessoa, crime comum. Em regra, é o credor da dívida. Sujeito passivo É o devedor, ou a pessoa que possa ser prejudicada pela entrega do documento. Núcleos do tipo Exigir Receber = aceitar, obter Elemento subjetivo do tipo Dolo + finalidade especial de garantia da dívida Abusando da situação de alguém Consumação e tentativa No exigir o crime é formal, na hora que se exige consumou. No receber o crime é material, quando o credor obtém o documentocomprometedor, consuma. Tentativa: na forma exigir cabe apenas por escrito. : na forma receber cabe tentativa DANO – Art 163 Objeto jurídico O patrimônio móvel ou imóvel. Crime subsidiário, ou seja, somente se configura se não houver um crime mais grave. Ex: sujeito danifica a janela para furtar: o furto qualificado pelo rompimento de obstáculo/ destruição se sobrepõe ao dano. Objeto material Coisa alheia móvel ou imóvel. Sujeito ativo Qualquer pessoa, salvo o proprietário. Crime comum. Sujeito passivo Proprietário da coisa Núcleos do tipo Plurinuclear, crime de conduta múltipla, tipo penal misto alternativo ou tipo composto. Não precisa praticar as 3 condutas, apenas 1 conduta já configura o crime. Destruir = danificação total do bem Deteriorar = danificação parcial Inutilizar = tornar imprestável a coisa Fazer desaparecer configura crime de dano? Não, sob pena de analogia in malam partem. Elemento subjetivo do tipo Dolo (consciência + vontade). Não há dano culposo, se configura a responsabilidade civil, não penal. Tenho crime de dano culposo em leis especiais: no Código Penal Militar art 216 e nos Crimes Ambientais (12/05) APS – Tópicos para pesquisar 1)Conflito aparente de normas (estudar nas férias, Manual de Direito Penal Geral) -Princípio da especialidade -Princípio da subsidiariedade (expressa ou tácita) -Princípio da consunção -Princípio da alternatividade -Princípio da cronologia (cronológico) 2)Tipicidade penal -Art 272 CP c/c Art 285 CP c/c 258 CP -ART 7º, IX, da Lei 8.137/90 -Crime contra economia popular Lei 1521/51, Art. 2º, III. 3)Responsabilidade penal da pessoa jurídica 4)Nexo causal -Suposta morte pelo produto 5)Natureza do crime -É um crime de perigo abstrato ou concreto. 6)Necessidade da prova pericial -Indispensável para configuração do crime ou dispensável? JURISPRUDÊNCIA STJ Última aula revisou a Edição 47 REVISÃO TESE 51 https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp 2) Majorantes/aumento de pena (Súmula 443 STJ): o agente cometendo mais de uma majorante, o juiz no caso concreto tem que fundamentar a porcentagem mínima da pena, não basta a pluralidade de majorantes. 3) Concurso material do roubo com extorsão: penas se somam. 4) Continuidade delitiva: crime continuado, só quando for crimes da mesma espécie. Paramos no 8 (15/05) Artigo 168-A – Apropriação indébita previdenciária (19/05) ESTELIONATO – Art 171 Objeto material Vantagem ilícita Predomina o entendimento de que a natureza da vantagem deve ser econômica, patrimonial, financeira. Se a vantagem for lícita pode se configurar o crime de exercício arbitrário das próprias razões Sujeito ativo Crime comum, qualquer pessoa Sujeito passivo A pessoa determinada e com capacidade de discernimento PROVA: se a vítima for indeterminada poderá haver o crime contra a economia popular. Lei 1521/51 - ex: alteração de taxímetro/ balança/ bomba de gasolina, pois a vítima é indeterminada Se a vítima não tiver discernimento (incapaz) haverá o crime de abuso de incapazes (Art 173 CP). Vítima idosa = incide casa de aumento de pena (aplicada em dobro; art 171 §4°) A torpeza bilateral (vítima e autor de má-fé) afasta o estelionato? - Não se exige a boa-fé da vítima, havendo sim o estelionato. Núcleo do tipo Verbo OBTER, RECEBER Em regra o crime é comissivo (fazer), excepcionalmente o crime pode ser omissivo próprio (ex: o agente mantém a vítima em erro, ficando em silêncio). Meios de execução É indispensável o emprego do artifício (aparato material utilizado para enganar a vítima), exemplo = bilhete premiado, relógio falsificado, ardil (aparato intelectual) ou qualquer outro meio fraudulento Ardil = conversa enganosa Artifício e ardil são espécies de fraude Não há estelionato sem fraude. Elemento subjetivo do tipo É o dolo premeditado Apropriação indébita = dolo posterior Consumação Em regra é crime material, exige duplo resultado = vantagem ilícita e prejuízo alheio Tentativa Admissível Estelionato privilegiado Artigo 171, §1º Vide furto privilegiado são os mesmos requisitos e os mesmos efeitos jurídicos Igual do furto privilegiado Natureza da ação penal Regra: ação penal pública condicionada à representação da vítima Pode retroagir à crimes praticados antes do pacote anticrime Exceções: a ação penal é pública incondicionada se a vítima for = -Administração pública direta ou indireta. -Se a vítima for menor -Pessoa com deficiência mental Estelionato e concurso de crimes Falsa identidade e estelionato = maior de 70 anos -O estelionato absorve o de falsa identidade, responde só pelo crime fim estelionato Falsificação de documento e estelionato -Aplica-se a súmula 17 do STJ: quando o falso se exaure no estelionato sem mais potencialidade lesiva é por este que é absorvido. Charlatanismo e Estelionato Figuras equiparadas ao estelionato Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro (Art 171, §5º). Crime bipróprio. Crime formal
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