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1 SOCIEDADE PORVIR CIENTIFICO COLÉGIO AGRÍCOLA LA SALLE – XANXERÊ WELLINGTON RODRIGO CORONADO FEITOSA RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE OVINOCULTURA: MANEJO DE CORDEIROS NA ENGORDA. XANXERÊ – 2017 2 WELLINGTON RODRIGO CORONADO FEITOSA RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE OVINOCULTURA: MANEJO DE CORDEIRO NA EMGORDA. Orientador: Prof. Anderson Bianchi Corientador: Prof. Mauro Portocole XANXERÊ, 2017 Relatório de Estágio de ovinocultura, apresentado ao Curso Técnico de Agropecuária como requisito parcial para a obtenção do título de Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola La Salle – Xanxerê. 3 Dedico este trabalho a todos que me ajudaram diretamente ou indiretamente durante o período de estágio. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a minha família pelo apoio que me foi dado durante os estudos realizados, ao Orientador Prof. Anderson Bianchi pelo empenho em construir e lapidar esse trabalho ao Tec. Leonardo Seraglio por acompanhar meu trabalho de campo e me auxiliar e explicar sobre o que eu não possuía conhecimento, para eu ter um conhecimento a mais sobre esta aria, as reponsabilidades que foram postas. 5 RESUMO A ovinocultura no Brasil está passando por uma constante evolução, principalmente a produção de carne que está começando a ser fornecido as prateleiras dos comércios, porem os consumidores estão começando a exigir mais, desta forma é feito melhoramentos de manejo desde nutricional até manejos relacionado ao bem-estar animal, para que consiga suprir esta exigência e também conseguir exportar, gerando assim uma agregação de valor encima do produto comercializado. O trabalho estará apresentando sobre um estágio realizado na Escola Agrícola La Salle, localizado na linha Santa Teresinha em Xanxerê – SC, o período foi de três messes no setor de ovinos dando ênfase em manejo de cordeiros na engorda, estará apresentando também sobre manejos de borregas na recria, manejos nutricionais das matrizes, como era realizado os testes de Famacha e Escoria de Condição Corporal para acompanhar o rebanho observando-se não teria que ser realizado vermifugação dos animais , os cordeiros após o desmame foi destinado para três baias para ficarem confinados recebendo dietas diferentes em relação a quantidade de grão de soja e farelo de soja. Palavras-Chaves: Ovinocultura de corte. Exigência. Manejos. 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Ilustração esquemática de avaliação de ECC. ................................................ 13 Figura 2 - Avaliação da Famacha ................................................................................... 14 Figura 3 - Formula do Concentrado ............................................................................... 24 Figura 4 - Embalagem Ripercol ..................................................................................... 25 Figura 5 -Acumulação de liquido ................................................................................... 25 Figura 6 - Cordeiro com urudiese ................................................................................... 27 7 LISTA DE TABELS Tabela 1 - Sugestão de categorias de produção para o manejo alimentar de caprinos e ovinos. ............................................................................................................................ 16 Tabela 2 - Volume de solução ........................................................................................ 25 Tabela 3 - Formula do concentrado dos Tratamentos .................................................... 27 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ECC – Escoria de Condição Corporal Kg – Quilograma GMD – Ganho de Peso Médio Diário PB – Proteína Bruta 9 Sumário 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ........................................................................................ 12 2.1 Sistema de produção ........................................................................................................... 12 2.1.1 Sistema extensivo – Simples ............................................................................................... 12 2.1.2 Sistema semi – intensivo ..................................................................................................... 12 2.1.3 Sistema intensivo ................................................................................................................ 12 2.2 Avaliação de Escoria Corporal e Famacha ....................................................................... 13 2.2.1 Escoria Corporal ............................................................................................................... 13 2.2.2 Famacha ............................................................................................................................. 14 2.3 Manejo Nutricional ............................................................................................................. 16 2.4Manejo de Piquetes .............................................................................................................. 17 2.5 Manejo Sanitário ................................................................................................................. 18 2.5.1 Verminose ........................................................................................................................... 18 2.5.2 Miíasse ............................................................................................................................... 18 2.5.3 Podridão dos cascos........................................................................................................... 18 2.5.4 Urolitíase Obstrutiva (Cálculo renal) ................................................................................ 18 2.6 Manejo de Borregas na Recria ........................................................................................... 19 2.7 Sincronização e indução de cio ........................................................................................... 19 2.8 Diagnostico de Gestação ..................................................................................................... 20 2.9 Manejo de Cordeiros na Engorda ...................................................................................... 20 3.0 APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTAGIO .............................................................. 22 3.1 Dados de identificação do local de estagio......................................................................... 22 3.2 Característica do local de estagio ....................................................................................... 22 4.0 DESENVOVIMENTO DO ESTAGIO .............................................................................. 23 4.1 Avaliação de Escoria Corporal e Famacha .......................................................................23 4.2 Manejo Nutricional ............................................................................................................. 23 10 4.4 Manejo de Piquetes ............................................................................................................. 24 4.5 Manejo Sanitário ................................................................................................................. 24 4.6 Manejo de Borregas na Recria ........................................................................................... 25 4.7 Sincronização e indução de cio ........................................................................................... 26 4.8 Manejo de Diagnostico de Gestação .................................................................................. 26 4.9 Manejo de cordeiros na engorda ........................................................................................ 26 5 CONCIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 29 6 REFERENCIAS ..................................................................................................................... 30 11 1 INTRODUÇÃO Segundo Bôas (2003) a ovinocultura moderna tem se direcionado para a produção de carne que começa a ser mais aceita pelos grandes mercados consumidores do Brasil, sendo que a valorização crescente da pecuária nacional gera investimentos em genética, incremento de produção, perspectiva atraente de rentabilidade e aumento no consumo mundial de carnes de qualidade, sendo que segundo Bezerra (2004) o Brasil é o oitavo produtor mundial de ovinos. A carne ovina é um produto com grande potencial, precisando e podendo ser melhor explorada, sendo o mercado bastante promissor sendo que ainda a um amplo mercado a ser conquistado o que dependerá fundamentalmente da organização e gestão da cadeia produtiva (SIMPLÍCIO, 2001). Segundo (Pereira, 2009) o manejo nutricional de rebanhos ovinos tem papel essencial nos sistemas de produção, permitindo modificações simples como quantidade de alimentos, composição da dieta, manejo das pastagens e a divisão de tratos, que apresentam impactos imediatos e positivos se bem manejados, influenciando os índices reprodutivos, produtivos e resistência a parasitas e doenças, sendo o fator que apresenta maior porcentagem no custo de produção, podendo representar de 50 a 85% dos gastos, dependendo do tipo do animal e do sistema de produção adotado pelo produtor. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 2.1 Sistema de produção O sistema de produção é definido de acordo com o tipo de exploração que pretende realizar e a disponibilidade de recursos (CODEVASF, 2011). 2.1.1 Sistema extensivo – Simples Sistema extensivo – simples, rústicos e de menor custo. Os animais são criados soltos e alimentação basicamente a pasto, o desenvolvimento depende apenas da qualidade do pasto, que é influenciado diretamente pelo clima (BRAGA,2009). A lotação das pastagens é continua sem realizar períodos de descanso para recuperação vegetal e a criação ocupa grandes áreas. Não há controle dos animais, são criados sem separação de categorias permanecendo todos juntos. As instalações para esse sistema são mínimas, com baixas tecnologias e as práticas de manejo sanitário são raramente utilizadas (GOUVEIA; ARAÚJO; ULHOA, 2007). 2.1.2 Sistema semi – intensivo Possui alguma tecnologia comparado ao sistema extensivo, neste sistema os animais são criados a pasto mas recebem suplementação em cochos, podendo essa suplementação ser realizada no pasto ou no aprisco. Os animais são recolhidos ao aprisco no final do dia, e há separação dos animais por categoria. Neste sistema o controle zootécnico e o manejo sanitário do rebanho podem ocorrer de melhor forma, apresentando assim melhores índices produtivos (CODEVASF, 2011). 2.1.3 Sistema intensivo Possui maiores custos e tecnologias, esse sistema consiste no confinamento dos animais em determinados períodos (GOUVEIA; ARAÚJO; ULHOA, 2007). A alimentação é fornecida no cocho, com dietas balanceadas e suplementação mineral, alimentação é diferenciada para cada categoria animal. As pastagens são adubadas, com manejos adequados e divisão de piquetes (BRAGA, 2009). 13 2.2 Avaliação de Escoria Corporal e Famacha 2.2.1 Escoria Corporal Ao longo do ano os animais passam por diferentes fazes que ocasionam alterações em suas exigências nutricionais, e da mesma forma a disponibilidade de alimento vai variando conforme o decorrer do ano e suas variações climáticas. Com isso as perdas e ganhos de peso são comuns e afetam a produtividade, essas mudanças na condição corporal devem ser controladas. A avaliação do peso é um bom parâmetro do estado nutricional, porém, há uma larga variação em função do tamanho variado dos indivíduos e entre as raças, por isso, nem sempre um animal pesado possui um bom escore (OLIVEIRA, 2009). O ECC é realizado por uma avaliação visual e táctil do animal, avaliando a cobertura muscular e a massa de gordura, mostrando a energia armazenada, dando ideia do grau de armazenamento de energia do animal. As escalas de escore corporal variam de 1 a 5, se baseando na sensibilidade da palpação à deposição de gordura e a musculatura nas vertebras (Figura 01), sendo que escore 1 representa condição corporal pobre e escore 5 há deposição excessiva de gordura. Figura 1- Ilustração esquemática de avaliação de ECC. Fonte: http://wm.agripoint.com.br/imagens/banco/18218.gif 14 2.2.2 Famacha Um dos maiores entraves na criação comercial de ovinos é a verminose gastrointestinal. Isso tem uma alta ocorrência principalmente devido ao avançado grau de resistência dos parasitas aos princípios ativos de anti-helmínticos (SOTOMAIOR et al., 2009). Visando uma maneira rápida e fácil de se identificar os ovinos que necessitam de tratamento anti-helmíntico, foi criado na África do Sul o método Famacha. Este método baseia-se na comparação da coloração da mucosa ocular dos ovinos com uma escala de cinco tonalidades apresentado na (Figura 02. Sendo a coloração da mucosa relacionada ao valor de hemácias do animal, cada categoria no cartão representa uma estimativa do grau de anemia. Este método é muito eficaz em regiões em que o principal parasita a acometer os rebanhos é o Haemonchus contortus, pois este helminto é altamente hematófago, (SOTOMAIOR et al., 2009). Sendo que os primeiros ensaios de validação deste método no Brasil, foi no Sul do país por (SOTOMAIOR et al., 2003). Embora o método Famacha seja a ferramenta de identificação e tratamento mais utilizada, podem ser utilizados outros indicadores, como diarreia e emagrecimento (MOLENTO, 2009). Figura 2 - Avaliação da Famacha Fonte: Manual de Criação de Caprinos e Ovinos 15 Somente os animais acima de 30 dias de idade devem ser vermifugados conforme o esquema proposto; Os animais devem ser pesados e divididos em lotes. Utilizar vermífugos de aplicação oral com indicação para ovinos e caprinos, observando rigorosamente as instruções quanto à dosagem; Manter o animal em jejum por 12 horas antes da aplicação. Após a aplicação o animal deve ficar 6 horas apenas com água; Evitar superlotação das pastagens e trocar os animais de pasto a cada 45 dias; Vermifugar o rebanho ao trocar de área; Realizar a troca do princípio ativo anualmente; Não proceder vermifugações desnecessárias, para evitar o aparecimento de resistência dos parasitos aos vermífugos; Nos rebanhos onde se realiza controle das coberturas, recomenda-se fazer uma vermifugação 30 dias antes do parto; Na medida do possível, soltar os animais para pastoreio somente após o término do orvalho, visando evitar a infestação de verminoses, já que possíveis ovos de parasitas estarão na base da forragem. Proceder ao acompanhamento da eficiência do vermífugo, por meio da análise laboratorial das fezes, pela contagem do número de ovos por grama de fezes (OPG). 16 2.3 Manejo Nutricional Em um sistema de produção o manejo nutricional deve ser dividido em categorias de produção, já que os animais dependendo da idade, sexo e do estádio de desenvolvimento em que se encontram apresentam diferentes exigências e hábitos alimentares, assim pode-se utilizar as categorias apresentadas na tabela 01 (PEREIRA et. al., 2009). Tabela 1 - Sugestão de categorias de produção para o manejo alimentar de caprinos e ovinos. Categoria Descrição e cuidados especiais Animais na fase de cria Animais recém-nascidos até a desmama. Geralmente é a fase mais crítica e demanda cuidados com o manejo de colostro (assegurar que os animais ingiram de 0,5 a 1,0 litro de colostro nas primeiras 18 horas de vida) e cura do umbigo. O manejo varia de acordo com o objetivo do sistema de produção. Animais de recria Categoria que oferece a melhor qualidade de carne. Caracterizada pelo rápido ganho de peso e elevada exigência nutricional. Ovelhas solteiras Animais de menor exigência. Alimentação com volumosos de média qualidade geralmente são suficientes para que estes animais não ganhem e nem perdam peso. Ovelhas antes da estação de montas Níveis nutricionais elevados, três semanas antes e três depois da estação de monta, podem aumentar o número de animais nascidos (flushing). Ovelhas não lactantes e nas primeiras 15 semanas de gestação Possuem exigências pouco acima da mantença, mas necessitam ganhar peso, pois vão emagrecer durante a lactação. Ração a base de forrageiras de boa qualidade atendem as exigências desta categoria. Ovelhas em terço final de gestação Possuem exigências elevadas, já que 70% do crescimento fetal ocorre neste período. Recomenda- 17 se melhorar o plano nutricional, com utilização de forrageira de boa qualidade e concentrado. Ovelhas em lactação Apresentam elevada exigência em nutrientes. Nesta fase, geralmente os animais utilizam as reservas corporais (gordura) e perdem peso. Matrizes que pariram dois ou mais filhotes devem receber alimentação diferenciada. A divisão dos animais desta categoria em quatro lotes é recomendada, seja ela baseada na produção de leite, no caso de caprinos leiteiros, ou de acordo com a ordem de parição e o número de crias, para caprinos e ovinos de corte. Fêmeas para reposição Representam o futuro produtivo e o manejo nutricional deve permitir bons índices produtivos. Deficiências nutricionais podem retardar a idade ao primeiro cio e reduzir o peso à primeira cobertura. O peso excessivo desses animais também não é desejável, pois podem interferir negativamente na produção de leite e nos índices reprodutivos. Reprodutores em manutenção e reprodução A nutrição deve ser suficiente para garantir a produção de sêmen de boa qualidade, permitindo eficiência na capacidade de monta. Fornecer dietas enriquecidas com proteína e energia durante a estação de monta. O excesso de fósforo pode causar urolitíase. Fonte: adaptado de Pereira, 2009. De maneira geral, utiliza-se o método fatorial para a determinação das exigências nutricionais, o qual fraciona as exigências líquidas dos animais em seus diversos componentes como mantença, crescimento, gestação, lactação e produção de fibra ou lã. Por exemplo, para a energia, a exigência de energia liquida total compreenderá a somatória da energia para a mantença, ganho de peso, produtos da gestação, produção de leite e produção de pelo ou lã. 2.4 Manejo de Piquetes O manejo de rotação e alternação das pastagens com bovinos adultos proporcionou redução do grau de infecção parasitária das ovelhas. Assim ocorrendo descontaminação da pastagem de ovinos. Resultados positivos foram observados no Rio Grande do Sul, após a permanência de bovinos em piquetes por 90 dias (Borba, 1995), 56 e 112 dias (Pinheiro, 1983). 18 2.5 Manejo Sanitário A saúde do rebanho necessita do bom manejo para que a produtividade não venha a ser afetada por enfermidades, sendo que as ações preventivas podem ser classificadas em dois níveis, controle e erradicação, sendo que o controle visa a diminuição da frequência da doença já presente, enquanto a erradicação busca eliminar totalmente a doença (CÔRTES, 1993). 2.5.1 Verminose As verminoses causam os maiores prejuízos, os tricostrongilídeos são os maiores responsáveis pela gastrenterite crônica, caracterizada por diarreia, perda de apetite, anemia, emagrecimento e a morte. Os ovinos contaminados disseminam os ovos pelas fezes, sendo que o método mais usado para identificação e o método Famacha (TEIXEIRA, 2010). 2.5.2 Miíasse Miíase é a infecção por larvas da mosca Oestrus ovis, conhecido popularmente como bicheira, seu tratamento pode ser manualmente, retirando as larvas da cavidade, porém é bastante difícil, pode-se usar químicos (larvicidas) para o tratamento assim que identificado a infecção, porém para sua erradicação deve-se combater a mosca causadora da enfermidade (TEIXEIRA, 2010). 2.5.3 Podridão dos cascos Podridão dos cascos ou foot-rot é causado por várias bactérias encontradas no solo ou pelo manejo nutricional dos animais, os casos encontrados devem ser casqueados, tratados e isolados. Preferencialmente tratar todo o rebanho com sulfato de cobre a 10%, ou formol a 10%. 2.5.4 Urolitíase Obstrutiva (Cálculo renal) Está associada ao fornecimento de dietas ricas em fósforo e sal mineral não específico para a espécie. Os animais apresentam inflamação da glande, pênis e prepúcio, dor ao urinar, muitas vezes urinam em gotas, sinais de cólica abdominal, apatia e param 19 de se alimentar. A prevenção é feita pela adequação da dieta. Caso o problema já exista no rebanho, poderão ser utilizadas substâncias que promovam a acidificação da urina. 2.6 Manejo de Borregas na Recria O aleitamento é a primeira fase da criação, e é fundamental para o futuro dos animais independente do sistema de criação adotado, o objetivo é fazer com que os animais cheguem ao ponto de desaleita mento o quanto antes. O sucesso na fase de criação depende de que os cordeiros nasçam com um peso adequado, recebam colostro suficiente e todos os cuidados iniciais necessários, melhorando as condições para que os animais expressem todo o seu potencial de crescimento. A alimentação sólida é importante para um desaleita mento precoce sem prejuízos no desempenho do animal, Entre as segundas e terceiras semanas de vida, as borregas devem ter acesso a agua limpa, mistura mineral completa, feno de boa qualidade e concentrado. O acesso à suplementação é importante para o desenvolvimento do rúmen, mesmo que seja em pequenas quantidades. O concentrado deve ser de boa composição e palatável (SUSIN,1996). 2.7 Sincronização e indução de cio A sincronização e/ou indução de estro são justificadas. Cabra e ovelhas são poliéstricas estacionais de dias curtos ou contínuos. Os estros estarão concentrados em um período durante o ano, onde o foto período, que é número de horas de luz por dia, é menor a estação de acasalamentonatural. A duração é definida pela latitude e pela raça (FONSECA, 2005). Para entender a aplicabilidade, é necessário considerar o sistema de produção. É necessário saber a diferença de sincronização e indução de cio. A sincronização é a concentração de animais em estro em um intervalo de tempo que varia de 24 a 72 horas, durante a estação de acasalamento. O estro pode ser manifestado por manipulação de hormônios, programas de luz artificial e efeito macho, que consiste em retirar o macho do rebanho e colocar de volta depois de 60 dias, sabendo que o ciclo estral varia de 17 a 21 dias (FONSECA, 2006). O estimulo para manifestar fenômeno reprodutivo é o decréscimo no número de horas de luz por dia, denominado foto período. De forma geral a reprodução o corre no 20 outono. A atividade reprodutiva nos machos também é afetada pela foto período (ROMANO, 1999). A sincronização de estro em ovinos é uma biotecnia reprodutiva que permite a concentração da inseminação e da parição em épocas desejáveis. É uma técnica que está sendo utilizada em pequenos ruminantes, por meio do uso de esponjas intravaginais empregadas com progesterona tais como acetato de flurogestona (FGA) e acetato de medroxiprogesterona (MAP), prostaglandina F2alfa (PGF2alfa), gonadotrofina coriônica equina (eCG), Implante intravaginal de progesterona (P4;CIDR),(DIAS,2001). 2.8 Diagnostico de Gestação A eficiência reprodutiva em ovinos e avaliada pela taxa de desmame de cordeiros. O alto número de índices depende dos fatores, sendo eles precocidade, longevidade reprodutiva, frequência de parições, prolificidade e taxa de sobrevivência dos cordeiros. Esses fatores podem ser melhorados através da genética, mas dependem de fatores ambientais (SILVA, 1992). O diagnóstico precoce de gestação tem papel fundamental para adoção de biotecnologias, como inseminação artificial e transferência de embrião. Tendo objetivo de controlar os índices de fertilidade, reduzir o intervalo entre partos e manejar adequadamente matrizes, resultando em maior eficiência reprodutiva. A avaliação da ultrassonografia transcretal e detector de prenhes para pequenos ruminantes existem no mercado, e podem ser utilizados par diagnosticar a gestação precoce (SALLES, 1997). O diagnóstico de gestação em ovelhas é considerado de valor econômico para produtores. O diagnóstico e a habilidade de quantificar os fetos são indispensáveis para um bom manejo nutricional e para fins comerciais, descartando animais vazios. O diagnóstico tem que ser rápido prático e confiável (AIUMLAMAI, 1992). 2.9 Manejo de Cordeiros na Engorda Os cordeiros têm grande capacidade de desenvolvimento nas primeiras semanas de vida, e esse potencial deve ser aproveitado. A desmama precoce tem objetivo de colocar o cordeiro na engorda no sistema de alimentação intensivo, porem impõe uma fase de recria a pasto. As técnicas de produção vigentes dirigem os recursos para 21 terminação do cordeiro, mas desprezam cordeiros lactentes, ou cordeiros que ainda não formaram a primeira dentição (NCR, 1985). A produção de carne ovina supre apenas uma parte do consumo interno, onde o cordeiro é a categoria mais demandada. Essa categoria fornece carne de melhor qualidade e apresenta maiores rendimentos de carcaça e eficiência de produção, causada pelo seu rápido crescimento sabe-se que além da idade, raça, peso de abate e a alimentação influenciam no produto final (SIQUEIRA, 1996). O ganho de peso varia conforme o desempenho produtivo do animal, associado à faixa etária que ocorre maior taxa de crescimento, indicado para abate. 22 3.0 APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTAGIO 3.1 Dados de identificação do local de estagio O estágio foi realizado na Escola Agrícola La Salle, sob CNPJ: 92.741.990/0014- 51; Endereço: Linha Santa Terezinha, S/N; Bairro: São Cristóvão; Cidade: Xanxerê, SC; CEP: 89820-000; Diretor: Ir. Aníbal Thiele e Supervisor de estágio: Zootecnista. Anderson Elias Bianchi 3.2 Característica do local de estagio A Escola Agrícola La Salle possui 40 anos de história de educação, possui ensino médio em conjunto com o curso Técnico em Agropecuária, oferece um espaço seguro, amplo. O colégio apresenta vários setores de produção, onde seu funcionamento depende dos alunos que estão em contato com setor diariamente. O setor de ovinocultura diferente de outros setores do colégio ainda não apresenta uma produção com alto índices para ser considerada comercia, os borregos e borregas obtido das matrizes é vendido muitas vezes, para matriz ou reprodutor pois a ovinocultura ainda é uma atividade nova, sendo assim mais para que os alunos tenham um aperfeiçoamento melhor dos manejos feitos na aria de ovinos. 23 4.0 DESENVOVIMENTO DO ESTAGIO O estágio de prática profissional foi realizado no período de 15 de maio a 25 de agosto de 2017, coordenado pelo supervisor de estágio Zootecnista Anderson Elias Bianchi, responsável pela área de Ovinocultura na Escola Agrícola La Salle. As atividades foram realizadas segundo o plano de atividades proposto: a) Manejo nutricional; b) Manejo sanitário; c) Manejo de cordeiros na engorda; d) Manejo de borregas na recria. 4.1 Avaliação de Escoria Corporal e Famacha Nas terças feiras era realizado o manejo da famacha e avaliação de condição corpora, sendo desta forma realizado a cada sete dias, para conseguir acompanhar bem o rebanho, observando se o manejo nutricional esta sento realizado corretamente e o manejo de piquetes, pois um grande fator que prejudica a ovinocultura é a verminose, que pode ser acompanhado sua incidência pelo meto da famacha, que é observa o globo ocular dos animais. 4.2 Manejo Nutricional As ovelhas durante o período que não estava tendo muita pastagem recebiam um trato na parte da manhã e as 16:30 quando era recolhidas, na parte da manhã quando as pastagens estava escasseia elas eram soltas no piquete com acesso ao aprisco, desta forma no período da manhã era fornecido entorno de 40 kg de silagem e 10kg de concentrado, os animais recebia por vota de 1,17kg de silagem/cabeça e 300g/cabeça de concentrado na parte da manhã, por volta das 16:30 elas eram recolhidas e cada uma recebia 2,35kg de silagem 300g de concentrado, avia épocas que foi feito o fornecimento de feno quando tinha pouca pastagem como fonte de fibra. Quando a pastagem começou a se desenvolver a dieta foi alterada e os animais começou a receber trato somente as 16:30 que era o momento que era fechada, a dieta foi alterada pois estava sobrando muito alimento e acabava fermentando no cocho, por este motivo realizado a mudança e fornecido somente a parte da tarde que é 2,35kg de silagem e 300g de concentrado/cabeça, a utilização do concentrado era de mesma formulação em todos os períodos, lactação, gestação e no período que elas estavam secas, formulação do concentrado segue a figura abaixo. 24 Figura 3 - Formula do Concentrado Fonte: Fabrica - LA SALLE AGRO 4.4 Manejo de Piquetes Este manejo era realizado para evitar o principal fator que prejudica a ovinocultura no Estado de Santa Catariana, chamado de Haemonchus contortus mais conhecido popularmente de verminose, com a realização do manejo de piquetes era realizado uma rotação que acabava quebrado o ciclo deste parasita, pois a larva vive entorno de dias somentemais os ovos podem fazer invernarão e ficar no solo até conseguir uma condição adequada para o seu desenvolvimento que é temperatura e humidade. Este manejo também era feito para que não se esgota as pastagens tornando as improdutivas, conforme estava o tamanho da pastagem era feito a retirada dos animais, ficavam por volta de três a quatro dias nos piquetes. Para as ovelhas tem nove piquetes, um embaixo do quadro, um no gado, o campo, entre o gado e as ovelhas, o aprisco de chão de concreto, embaixo das aves, o aprisco com o aprisco secundário e dois piquetes no lado dos suínos, esses dois últimos piquetes não era solta as ovelhas devido à falta de pastagem era mais uma aria de descanso onde nas tardes muito quente elas eram transferidas para eles. 4.5 Manejo Sanitário As matrizes foi devermifugadas com o produto de nome comercial Ripercol como visto na (Figura 05),com ingrediente ativo antelmíntico que possui o , a dose do produto é de acordo com o peso do animal como visto na (Tabela 02), teve um caso de uma ovelha com estado agravante que apresentou papeira, uma acumulação de liquido como é visto na (Figura 04). Nos locais mais que ficava mais úmido no aprisco era aplicado cal virgem, 25 todos os dias era realizado a limpeza do aprisco, uma vez por semana tirado as fezes que ficava debaixo do ripado para amenizar a produção de amônia e destinado para adubação dos solos utilizado para produção na Escola Agrícola La Salle. Com a entrada do verão as ovelhas foram tosadas e casqueadas. Nas primeiras semanas avia várias matrizes que estavam mancando pois estava com problema de casco, pois animais da raça Ilhe de Frances possui o casco mais frágil, um caso mais complicado foi uma ovelha que possuía miasse no meio do casco, foi tratado com cooper que possui o ingrediente ativo DICLORFENTION, retirávamos as larvas do ferimento para a cura ser mais rápido. Tabela 2 - Volume de solução Peso do animal Volume de Ripercol solução Peso do animal Volume de Ripercol solução 10 a 15 kg 1 a 1,5 ml 101 a 150 kg 10 a 15 ml 16 a 20 kg 1,5 a 2 ml 151 a 200 kg 15 a 20 ml 21 a 30 kg 2 a 3 ml 201 a 250 kg 20 a 25 ml 31 a 40 kg 3 a 4 ml 251 a 300 kg 25 a 30 ml 41 a 50 kg 4 a 5 ml Acima de 300 kg 1 ml/10kg de PV 51 a 100 kg 5 a 10 ml Fonte: Embalagem do Produto Figura 5 -Acumulação de liquido Fonte: Arquivo pessoal 4.6 Manejo de Borregas na Recria Foi realizado um projeto desta forma as borregas foram destinadas para confinamento permanecendo em média 63 dias pois alguns tratamentos tiveram o termino mais sedo e outros demoro mais para os lotes ficarem mais uniformes para ser analisados, , as borregas apresentava um peso inicial de 30 kg e no final do tratamento obteve um Fonte: Arquivo pessoal Figura 4 - Embalagem Ripercol 26 peso médio final de 43 kg, no confinamento as femias ficaram juntas com os machos não ouve a presença de complicações pois as borregas não avia atingido a puberdade, após o termino do projeto elas foram remanejadas e deixadas junto com as matrizes. 4.7 Sincronização e indução de cio Por ter passado do período de fazer indução de cio acabo não sendo realizado este processo, com o passar do inverno começou amentar as temperaturas durante os dias, e como a lã já apresentava grande, foi realizado a tosa das ovelhas, além do foto período a tosa também acaba estimulando um pouco ovelha a entra em cio, após duas semanas foi colocado o reprodutor junto as matrizes, todos os dias era pintado o peito dele com graxa misturada com o produto conhecido como xadrez, cada 15 dias era trocada a cor do peito que era utilizado para marca as femias que foram cobertas, durante 15 dias permanecia a mesma cor pois as ovelhas tem o ciclo estral de 17 dias desta forma dava para saber se ela entro em cio novamente, as cores utilizadas foram respectivamente amarelo, laranja, verde e preto. 4.8 Manejo de Diagnostico de Gestação Como era utilizado o macho com o peito pintado e as cores eram mudado a cada 15 dias, era possível saber se os animais tinha entrado em gestação, pois as matrizes que entrava em gestação não apresentava cio novamente, desta forma era observado as matrizes não gestantes. 4.9 Manejo de cordeiros na engorda Os cordeiros desmamados foram direcionados para baias, sendo chamadas de tratamento um, tratamento dois e tratamento três, em cada baia foi colocado seis animais totalizando 18 animais confinados, sendo 12 machos e cinco femeas, tratamento um avia quatro machos e duas femeas, tratamento dois cinco machos e uma femea, tratamento três avia quatro machos e duas femeas. Durante um período que foi de uma semana, eles recebia a dieta somente para se acostumar a nova dieta, após este período, começou a fazer os ajustes da dieta conforme o peso dos animais de cada tratamento, todas as quartas os animais eram pesados e feitas várias medidas (Circunferência Escrotal, Escoria de Condição Corporal, Famacha, Altura posterior e Inferior, Circunferência e comprimento dos animais), cada baia foi colocado maravalha, todos os dias era limpado os cochos de 27 água e retirado as sobras e pesadas, A formula do concentrado fornecido segue a tabela 03. Tabela 3 - Formula do concentrado dos Tratamentos Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Milho moído 72 70 67 Farelo de soja 23 12,5 0 Soja grão 0 12,5 28 Nucleo Ovinos 3 3 3 Calcáreo Calcítico 1 1 1 Cloreto de Amônio 0,5 0,5 0,5 Bicarbonato de sódio 0,5 0,5 0,5 Total 100 100 100 PB (%) 17,06 16,93 16,95 Fonte: Arquivo pessoal Devido uma concentração excessiva das dietas dos animais, o cordeiro de numero 1183 teve problema de urudiese conforme visto na (Figura 6), sendo assim retirado do lote e destinado ao abate pois se ele permanecesse afetaria nos dados do lote. Os lotes tiveram seus términos com diferentes quantidades de dias de terminação, o tratamento 01 teve uma duração de 63 dias confinamento, esse tratamento foi considerado como uma testemunha, o lote entrou com um peso médio de 24,377 kg e no final obteve um peso médio de 44,620 kg com isso obteve GMD de 0,285 kg, o tratamento 2 foi o que apresentou melhor resultado com os animas entrou com um peso inicial de 24,218 kg e saíram com um peso médio 43,317 kg, ficaram 56 dias confinados e obteve um GMD0,307 kg, tratamento 3 os animais apresentava um peso médio inicial de23,907 kg e após 70 dias de confinamento obteve um peso médio final de 39,683 kg, obteve um GMD de 0,198 kg durante a terminação. O tratamento três conseguiu obter resultados Fonte: Arquivo pessoal Figura 6 - Cordeiro com urudiese 28 menores que a testemunha pois foi utilizado 100% grão de soja na dieta, como o grão de soja apresenta um grande teor de óleo afetou que as bactérias chegassem ao alimento com isso a absorção foi prejudicada. Conforme foi ocorrendo o termino da terminação dos cordeiros eles eram soltos ao pasto e recebia silagem e concentrado no período da tarde, nos primeiros 15 dias ouve uma perda de peso, pois eles estavam acostumados com outra fonte de alimento e teve uma mudança meio que brusca, os animais eram para ser destinados para o abate, porém como tinha vários produtores em busca de reprodutor o colégio seguro os animais para vender e as femeas deixo para vender como matriz. 29 5 CONCIDERAÇÕES FINAIS A ovinocultura é uma atividade lucrativa para pequenas propriedades e para propriedades com um grande potencial tecnológico, para conseguir resultados deve ter um bom planejamentoe manejos para tentar melhorar os índices zootécnicos do rebanho, deve ser trabalhar também manejos de sincronização de cio, trabalhando assim para que tenha cordeiros nas épocas que o mercado precisa, bom estudo de mercado para oferecer o produto no momento que possui mais valorização. Pode ser usado outros insumos que possui na propriedade para alimentação do rebanho, onde muitas vezes acaba sendo mais lucrativo e no final terá um melhor resultado. 30 6 REFERENCIAS BRAGA, R. M. Informações Básicas para Criação de Ovinos em Roraima. Roraima: Embrapa Roraima, 2009. CODEVASF - COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Manual de Criação de Caprinos e Ovinos. Brasília, 2011. 71 p. FONSECA, J. F. Biotecnologias da Reprodução em Ovinos e Caprinos. Documentos 64. Sobral: Embrapa Caprinos, 30 p., 2006. FONSECA, J. F.; BRUSCHI, J. H. Reprodução Assistida em Pequenos Ruminantes. Rev. Ciênc. Agrár. Belém, n° 43, jun. / jul. 2005. Suplemento. PINHEIRO, A.C.; ECHEVARRIA, F.A.M; ALVES-BRANCO, F.P.J. Descontaminação parasitária das pastagens de ovinos pelo pastoreio alternado com bovinos. Bagé: EMBRAPA/CNPO, 1983. 3p. (Documentos, 3). SIMPLÍCIO, A. A. A caprino-ovinocultura na visão do agronegócio. Revista Conselho Federal de Medicina Veterinária. Brasília/DF, n. 24, ano VII, p. 15-18, set/out/dez 2001. TEIXEIRA S. Ovinos em Confinamento – Principais Enfermidades. www.cpt.com.br, 2010. 31
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