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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
BRUNA LUANA PEREIRA HERCULANO 
 
 
 
 
 
A VIOLENCIA DOMESTICA CONTRA MULHERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pimenta Bueno - RO 
2017 
 
2 
 
BRUNA LUANA PEREIRA HERCULANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A VIOLENCIA DOMESTICA CONTRA MULHERES 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado à UNOPAR 
- Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial 
para obtenção do Título de Bacharel em Serviço Social. 
 
Tutora Orientadora: Rosane Malvezzi 
Professora Supervisora: Vanete Messias dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
PIMENTA BUENO 
2017 
3 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
______________________________________________ 
 
 
 
_______________________________________________ 
 
 
 
 
_______________________________________________ 
 
 
 
4 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
 
______________________________________________ 
Bruna Luana Pereira Herculano 
 
 
 
_______________________________________________ 
 
 
 
 
_______________________________________________ 
NOTA / CONCEITO 
 
 
 
 
 
 
5 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha mãe Maria do 
Carmo Pereira Herculano e meu pai José Carlos 
Herculano. 
 
 
 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 Agradeço mais uma vez a Deus que me concedeu forças físicas e emocionais 
para chegar até aqui. A minha mãe Maria do Carmo Pereira Herculano e meu pai José 
Carlos Herculano pelas palavras de incentivo que me fizeram prosseguir nessa 
caminhada, às vezes árdua, mas acreditando sempre que o sucesso virá. As minhas 
orientadoras e supervisoras de todas as etapas do estágio, considerando que sem 
elas seria impossível aliar teoria e prática, pois suas experiências e conhecimento 
demonstraram como é possível ser um profissional de sucesso. Aos tutores, 
professores e orientadores da Universidade Unopar pela contribuição técnica e 
teórica. Aos meus colegas de classe pelos momentos que passamos junta, muito 
obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epigrafe. 
 
 
 
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos 
liberará”. (João 8: 32) 
 
. 
 
 
 
 
 
 
HERCULANO, Bruna Luana Pereira. VIOLENCIA DOMESTICA CONTRA 
MULHERES. 2017. 56.p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço 
Social) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, 
Pimenta Bueno, 2017. 
8 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
O presente trabalho monográfico constitui em evidenciar a violência doméstica que é 
cometida contra a mulher. O tema abordado é de extrema relevância para a sociedade 
analisar e tomar uma iniciativa em combater esse crime que é praticado todos os dias, 
muitas vezes em silêncio. Por meio de um breve estudo bibliográfico, extraímos dados 
que constam as diversas formas de violência contra a mulher, que atualmente vem 
sofrendo na sociedade e os agressores muitas vezes ficam impunes. O trabalho tem 
como objetivo: mostrar através de pesquisas como nos dias atuais a mulher sofre 
violência e é desrespeitada principalmente em casa e compreender o papel do 
assistente social frente à essa violência; destacar algumas formas de violência; 
detectar as principais causas da violência doméstica e por que ainda é tão praticada; 
verificar se a lei Maria da Penha realmente garante proteção as mulheres vítimas de 
violência; identificar se há medidas de punição ao agressor e apontar algumas 
contribuições pertinentes ao assistente social no combate a violência doméstica, 
intervindo para que esse problema seja solucionado. 
 
 
 
Palavras-chave: crime, violência doméstica, agressores, proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HERCULANO, Bruna Luana Pereira. DOMESTIC VIOLENCE AGAINST WOMEN. 
2017. 56p. Completion of course work (Graduation in Social Work) – Connected Online 
Teaching System, University of North Paraná, Pimenta Bueno, 2017. 
 
 
9 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
This monograph constitutes evidence that domestic violence is committed against 
women. The issue is of utmost importance to analyze society and to take action to fight 
this crime that is practiced every day, often in silence. Through a brief bibliographic 
study, we extracted data in various forms of violence against women, which is currently 
suffering in society and the perpetrators often go unpunished. The study aims: to show 
through research as nowadays the woman suffers violence and is disrespected mainly 
at home and understand the role of the social worker opposite such violence; highlight 
some forms of violence; detect the main causes of domestic violence and why is still 
so practiced; verify that the Maria da Penha law actually provides protection to women 
victims of violence; identify whether there are measures to punish the offender and to 
point out some relevant social worker in combating domestic violence contributions, 
intervening to that problem is solved. 
 
 
Keywords: crime, domestic violence, perpetrators, protection. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CODEPPS - Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde 
CLADEM - Comitê Latino-Americano do Caribe para defesa dos Direitos da Mulher 
DDM - Delegacias da Mulher 
DEAM - Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher 
11 
 
SUMARIO 
 
INTRODUÇÃO…………………………………………………...………..........13 
CAPITULO I 
1. A VIOLÊNCIA NA HISTÓRIA................................................................15 
1.1. A presença da violência contra a mulher.............................................16 
1.2. O que é violência .................................................................................18 
1.3. Tipos de violência contra a mulher ......................................................20 
1.3.1. Violência física...................................................................................20 
1.3.2. Violência psicológica.........................................................................22 
1.3.3. Violência moral..................................................................................23 
1.3.4. Violências sexuais ..........................................................................24 
1.3.5. Violência patrimonial.........................................................................25 
1.3.6. Violência verbal.................................................................................26 
1.3.7. Violência institucional........................................................................27 
1.3.8. Violência nos serviços de saúde.......................................................28 
1.4. Como definir violência doméstica........................................................28 
CAPÍTULO II 
2. CAUSAS E CONSEQUENCIAS DA VIOLENCIA DOMESTICA..........31 
2.1. Como é o agressor...............................................................................34 
2. 2.Tipos de punições.................................................................................37 
2.3. Formas de denúncia.............................................................................392.4. Como se prevenir..................................................................................40 
CAPÍTULO III 
3. PORQUE O NOME MARIA DA PENHA NA LEI...................................42 
3.1. Os mecanismos da lei..........................................................................44 
12 
 
CAPÍTULO IV 
4. O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL...............................................45 
4.1. Iniciativas públicas...........................................................................47 
4.2. Considerações finais.........................................................................49 
13 
 
INTRODUÇÃO 
 Com tanta facilidade a modernidade hoje em dia, é impossível aceitarmos que 
mulheres são violentadas em suas próprias casas todos os dias, em silêncio, e que 
seus agressores ficam impunes na sociedade como se fosse correto espancar uma 
mulher. 
 Com esse pensamento o presente trabalho monográfico constitui em evidenciar 
a violência doméstica que é cometida contra a mulher todos os dias, e que causa um 
transtorno, a todos envolvidos direta ou indiretamente na situação, pois quando 
acontece uma agressão não é só a mulher agredida que sofre mais também as 
pessoas que auxiliaram essa mulher tanto do lado físico como psicológico, tornando 
esse tema de extrema relevância para a sociedade analisar e tomar uma iniciativa em 
combater esse crime que é praticado todos os dias. Por meio de um breve estudo 
bibliográfico, pudemos observar os tipos de violência contra a mulher, identificar como 
são os agressores que muitas vezes ficam impunes. mostrar através de pesquisas 
como nos dias atuais a mulher sofre violência e é desrespeitada principalmente em 
casa e compreender o papel do assistente social frente à essa violência; destacar 
algumas formas de violência; que são muitas vezes ignoradas pelos agressores, 
detectar as principais causas da violência doméstica e por que ainda é tão praticada, 
embora tenha programas de ajuda a mulher agredida e verificar se a lei Maria da 
Penha realmente garante proteção as mulheres vítimas de violência; mostrar as 
medidas de punição ao agressor e apontar algumas contribuições pertinentes ao 
assistente social no combate a violência doméstica contra a mulher, intervindo para 
que esse problema seja solucionado de forma mais amena possível. 
 Para isso esse trabalho teve de ser dividido em quatro capítulos onde cada um 
abordou assuntos referentes à violência doméstica de forma concisa. 
 No capítulo primeiro destacamos assuntos sobre a violência desde os tempos 
de Cristo, até os dias atuais, mostrando a presença da violência doméstica contra a 
mulher tanto em seu lar como nos lugares onde frequenta, como seu trabalho, 
hospitais e instituições onde se encontra algumas mulheres presas, porque violência 
doméstica é apenas para falar que a agressão está no ambiente onde a mulher 
convive. 
 E no capítulo segundo, comentamos sobre as causas e consequências que a 
14 
 
violência traz para as mulheres, como é o agressor que muitas vezes é portador de 
alguma doença psicológica, provinda de traumas quando ainda criança, ou que usa 
drogas ou bebida alcoólica, além da sociedade machista ajudar muito na formação 
desse agressor, que usa o que está escrito na Bíblia sobre como foi que Deus criou a 
mulher e imagina ser dono dela, criando uma possessividade que muitas vezes chega 
à morte da mulher. 
 O capítulo segundo ainda apresenta como a lei puni, esses agressores e como 
a mulher pode se prevenir e denunciar o seu agressor. 
 No capítulo terceiro, comentamos sobre a Lei Maria da Penha e porque esse 
nome, e destacamos alguns mecanismos da lei que auxiliam a mulher nesse momento 
difícil da vida dela, o capítulo quarto finalizando evidenciando a importância do 
assistente social perante esse problema de saúde pública, onde é preciso ter um 
senso de humanidade apurada para trabalhar com essa realidade. 
 Conseguimos finalizar esse trabalho entendendo que o serviço social é um dos 
meios mais utilizados pela população carente, pois as pessoas se verem perdidas e 
sem um profissional que as oriente de forma que não a constranjam, esses problemas 
como é a violência doméstica contra a mulher não vai diminuir em nossa sociedade, 
gerando cada vez mais famílias destruídas e mulheres psicologicamente abaladas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CAPITULO I 
 
 
1. A VIOLÊNCIA NA HISTÓRIA 
 
 
 A humanidade vem sendo marcada pelas expressões de violência durante 
toda a sua história, se manifestando das mais diversas maneiras e contra os mais 
variados grupos e classes sociais. 
 Segundo Mattos (2008): 
 
A violência é uma realidade milenar. Ao longo dos milênios, circula 
amplamente pela sociedade, abrangendo todas as Idades :Antiga, a 
Idade Média, Moderna e Contemporânea. Em todas elas, houve 
barbáries de alguma forma e sob vários aspectos e segmentos.Ela não 
se limita a uma só classe social, no entanto é mais evidenciada nas 
camadas populares onde o poder aquisitivo é muito baixo e as 
condições de vida são precárias (Mattos, 2008). 
 
 A vida do ser humano sempre foi posta à prova, maltrato e humilhações de 
quem tinha o poder nas mãos, mandando e a única solução era obedecer, porque não 
tinha como se defender, como fala Mattos (2008): 
 
As revoluções armamentistas do mundo capitalista, os holocaustos 
sofridos pelos judeus e pelos negros, as duas grandes guerras 
mundiais, as colonizações de exploração, as cruzadas etc. (Mattos, 
2008). 
 
 Os dias atuais, a violência está presente de forma mais moderna, inteligente 
mais não menos agressiva, porque temos várias formas de violência hoje que continua 
fazendo vítimas mortais ou deixando o psicológico abalado, com traumas para o resto 
da vida. 
 Segundo Mattos (2008): 
 
A violência branca caracterizada pela fome e pela miséria, pela falta de 
oportunidades para o mercado de trabalho e pela baixa escolaridade, 
assola os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, (periféricos) 
que vivem atrelados aos países de primeiro mundo (centrais) numa 
violenta relação de poder e desigualdade. Em consequência, a 
educação para os países pobres é com base na diferenciação de 
classes sociais, onde o ensino não e igual, para todos, nem tampouco 
16 
 
todos têm as mesmas oportunidades. As novas tecnologias quase não 
são utilizadas no contexto escolar e, os alunos, oriundos das diferentes 
camadas sociais, levam para as escolas, as angústias, frustrações e 
desesperanças promovidas também pela desestruturação da base 
familiar. (Mattos, 2008). 
 
 A violência nunca acabou no mundo, ela só se manifesta de outras maneiras, 
por causa dos costumes do lugar, por meios mais práticos como a internet, por redes 
sociais, onde presenciamos casos de estupro e morte de mulheres que marcaram 
encontro com uma pessoa que nem conheciam e acreditaram nas palavras desta, 
indo ao encontro sem nenhuma prevenção. Segundo ainda Mattos (2008), comenta: 
Fica comprovado que a violência existe desde os tempos primordiais da 
Terra e que ainda hoje, na família, na escola, na sociedade como um 
todo, ela figura de todas as formas, mudam-se os meios, os 
instrumentos, mas ela, a violência, parece ser algo inerente a natureza 
humana. O que fazer? Desarmar os homens? O Brasil até que tentou, 
mas a população disse não ao referendo do dia 10 de outubro, com 
receio de ficar refém dos bandidos e de policiais corruptos que 
violentam a Constituição Federal e se aliam ao crime organizado. 
(Mattos, 2008). 
 
Se antes podíamos sair nas ruas e perguntaruma informação para um policial, 
hoje temos que pensar para fazer isso, homens revoltados estão agredindo as 
pessoas sem motivo algum. A sociedade está ficando moderna mais em relação a 
violência não mudou nada. 
 
 
1.1 A Presença da violência contra a mulher 
 
 Na história da humanidade as mulheres tinham que ficar caladas, não tinha voz 
ativa e era um desrespeito para com o marido se falassem algo se intrometendo nas 
conversas dos homens, o que acontece até hoje em alguns países tem esse costume 
onde a mulher continua submissa, se apanha ninguém fica sabendo, o homem 
dominava e era o chefe da casa, dando ordem e impondo sua autoridade. 
 Vemos essa manifestação de violência nos tempos de Cristo, onde a Bíblia fala 
sobre Madalena, pecadora que por ter praticado adultério pela lei de Moisés, mandava 
ser apedrejada por todos da comunidade, e não se falava em fazer o mesmo ao 
homem, como se só a mulher tivesse pecado. (JOÃO, 1989, p.1366). Aos poucos 
elas foram se unindo e exigindo direitos, mesmo sofrendo punições como as mulheres 
trabalhadoras de uma fábrica que foram queimadas vivas, as mulheres não pararam 
17 
 
de tentar mudar seu destino, e aos poucos foram conseguindo um espaço na 
sociedade, embora a violência ainda continue acontecendo todos os dias. 
 Neste aspecto, podemos perceber que a nossa história sempre teve a violência 
marcando a mulher antes não era ouvida e não podia reclamar. 
 Quando olhamos para o passado, percebemos que não mudou muita coisa em 
relação a gestos de violência contra a mulher, só a diferença é que agora ela é 
cometida na maioria das vezes no lar e está mais aberta, o agressor não tem medo 
de deixar manchas roxas na mulher e espancar para os vizinhos ouvirem, o vício do 
álcool, é um dos grandes vilões para que essa violência aconteça, a pessoa chega 
bêbada e não sabe o que está fazendo. 
Percebemos que a violência contra mulher que o foco deste trabalho, vem ao 
longo da história sendo tratada com displicência pela sociedade, onde em pleno 
século XXI, mulheres sofrem as mais diversas formas de agressão principalmente 
doméstica e não é oferecida uma segurança eficaz para que isso não aconteça. 
 Segundo o Decreto nº 1.973 de 1º de Agosto de 1996, promulgado a Convenção 
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a mulher, concluída 
em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994, em seu artigo 1 explica: 
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por violência contra a 
mulher qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, 
dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na 
esfera pública como na esfera privada. (Decreto,1996). 
 
 Também em seu artigo 2, o Decreto (1996), declara: 
 
 
Entende-se que a violência contra a mulher abrange a violência física, 
sexual e psicológica: a) ocorrido no âmbito da família ou unidade 
domestica ou em qualquer relação interpessoal, quer o agressor 
compartilhe, tenha compartilhado ou não a sua residência, incluindo- se, 
entre outras formas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual; ocorrida na 
comunidade e comedida por qualquer pessoa, incluindo, entre outras 
formas, o estupro, abuso sexual, tortura, tráfego de mulheres, 
prostituição forçada, sequestro e assédio sexual no local de trabalho, 
bem como em instituições educacionais, serviços de saúde ou qualquer 
outro local; e c) perpetra ou tolerada pelo Estado ou seus agente, onde 
quer que ocorra. (Decreto, 1996). 
 
 
 Em relação a direitos protegidos pelo Decreto (1996), se reconhece a mulher: 
Toda mulher tem direito ao reconhecimento, desfrute, exercício e 
proteção de todos os direitos humanos e liberdades consagradas em 
18 
 
todos os instrumentos regionais e internacionais relativos aos direitos 
humanos. Estes direitos abrangem, entre outros: a) direitos a que se 
respeite sua vida; b) direitos a que se respeite sua integridade física, 
mental e moral; c) direitos à liberdade e a segurança pessoais) direito a 
não ser submetida a tortura; e) direito a que se respeite a dignidade 
inerente à sua pessoa e a que se proteja sua família) direito a igual 
proteção perante a lei e da lei; g) direito a recurso simples e rápido 
perante tribunal competente que a proteja contra atos que violem seus 
direitos; h) direito de livre associação; i) direito à liberdade de professar 
a própria religião e as próprias crenças, de acordo com a lei; e j) direito 
a ter igualdade de acesso às funções públicas de seu próprio país e a 
participar nos assuntos públicos, inclusive na tomada de 
decisões.(Decreto, 1996). 
 
 Segundo o Decreto nº 1.973 de 1º de Agosto de 1996, promulgado a 
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
mulher, concluída em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994, ficou claro que a mulher 
precisa ser protegida contra maus tratos e ser livre de violência, para que isso 
aconteça, como fala no artigo 6 desse Decreto(1996): 
O direito de toda mulher a ser livre de violência abrange, entre outros: 
a) o direito da mulher a ser livre de todas as formas de discriminação; e 
b) o direito da mulher a ser valorizada e educada livre de padrões 
estereotipados de comportamento de comportamento e costumes 
sócias e culturais baseados em conceitos de inferioridade ou 
subordinação. (Decreto, 1996). 
 
Isso significa que a mulher precisa e deve viver sem agressão de nenhuma 
forma, para que possa ter uma estrutura psicológica que a faça mudar de ideia as 
quais tinham as mulheres dos seus antepassados que o homem manda e a mulher 
obedece, como um ser submisso, mais que tem os mesmos direitos do homem 
perante a sociedade. 
 
 
1.2 O que é violência 
 
Violência segundo o dicionário Aurélio (1975): 
Estado daquilo que é violento; ato violento; ato de violentar; ato 
veemência; irascibilidade; abuso da força; tirania; opressão; 
constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer 
um ato qualquer; coação. (Aurélio, 1975). 
19 
 
 
A cada ano que passa, a história da violência leva a vida de milhares de seres 
humanos em todo o planeta, todos os dias ao ligarmos a televisão, assistimos a morte 
de pessoas inocentes vitimados por uma guerra que não tem fim, em vários lugares 
no planeta as pessoas se matam e lutam por algo sem sentido, porque o maior sentido 
seria proteger a vida em todos os aspectos, tanto humana como animal. Desrespeito 
a vida e ao direito dos outros é algo que se vê constantemente e parece que não tem 
fim. 
 O significado da palavra violência acaba gerando uma contradição por muitos 
acreditarem que violência é sinal de força, vigor, buscam ao maltratar o próximo 
mostrar sua força perante o outro. 
 Segundo Stela Valéria: 
Estes termos devem ser referidos a vis, que mais profundamente, 
significa dizer a força em ação, o recurso de um corpo para exercer 
a sua força e, portanto, a potência, valor, a força vital. (Stela, 2008). 
 
 Ainda sobre o tema, Stela Valéria (2008) comenta: 
 
É um ato de brutalidade, abuso, constrangimento, desrespeito, 
discriminação, impedimento, imposição, invasão, ofensa, proibição, 
sevícia, agressão física, psíquica, moral ou patrimonial contra 
alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas 
pela ofensa e intimidação pelo medo e terror. Segundo o dicionário 
Aurélio violência seria ato violento, qualidade de violento ou até 
mesmo ato de violentar. (Stela Valéria, 2008). 
 
Comparando a violência com os aspectos sociais, podemos notar que as 
pessoas que mais sofrem agressão ou agridem, são as de baixa renda, que sofrem 
com problemas de moradia, alimentação, saúde precária, desemprego na família,ocasionando uma revolta interna que quando jogada para fora, vai de encontro a 
pessoa mais próxima que acaba sendo agredido muitas vezes sem merecer. 
 Vale ressaltar que essa violência causa um problema de saúde pública, que 
afeta a toda a sociedade que sofre com essa situação a muitos anos e cada vez mais 
está piorando, exigindo atitudes para que solucionem o mais rápido possível esse 
problema público, pois a violência está inserida tanto no âmbito público quanto no 
âmbito privado. 
A anos dentro do âmbito vida das famílias a violência tem sido tratada de forma 
como se fosse normalmente, os castigos físicos aplicados aos filhos para se 
20 
 
comportarem sempre foi levado como uma forma de respeito e da educação dentro 
de casa. 
Já aos negros a violência foi um crime de falta de respeito para com o ser 
humano, como se a cor da pele mostrasse quem valia mais ou quem podia mandar 
no outro. 
A violência contra os índios também fizeram história dentro da humanidade, 
principalmente aqui no Brasil, que acabou com milhares de tribos na época de 
descoberta do continente. 
Em toda parte do planeta, a violência veio para destruir e acabar com sonhos 
e planos das pessoas, que tentar se proteger e proteger sua família para que consiga 
escapar, o que muitas vezes não é possível, como vê nas guerras onde matar parece 
brincadeira, não se importando se a pessoa tem direito ou não a vida. 
Os jovens hoje estão crescendo aprendendo com jogos como machucar e ferir 
o próximo, isso se não for bem trabalhado, vai gerar uma sociedade agressiva, sem 
respeitar os direitos dos outros. 
 
 
1.3 Tipos de violência contra a mulher 
 
A violência doméstica tem várias formas de ser apresentada no lar, pode ser 
de maneiras diferentes mais todas causam um transtorno a mulher que precisa viver 
e conviver com o agressor na maioria das vezes omitindo esse sofrimento. 
 
 
 1.3.1 Violência física 
 
As formas de violência, especialmente agressão física causam danos materiais 
ou fisiológicos, ou se caracterizam pela intensidade, de murros, e tapas, agressões 
com diversos objeto e queimaduras, quando não á uma compreensão do parceiro, a 
uma situação conflitante no lar, a mesma pode perpetuar-se mediante ameaças de 
“ser pior” se a vítima reclamar há autoridades ou parentes, é uma questão em que as 
autoridades se omitem ou tornam complicadas as intervenções por na maioria das 
vezes ser dentro do lar onde a polícia não pode entrar sem consentimento. 
21 
 
Segundo Ballone (2008): 
O abuso do álcool é um forte agravante da violência doméstica física. 
A Embriagues Patológica é um estado onde a pessoa que bebe 
torna-se extremamente agressiva, às vezes nem lembrando com 
detalhes o que tenha feito durante essas crises de furor e ira. Nesse 
caso, além das dificuldades práticas de coibir a violência, geralmente 
por omissão das autoridades, ou porque o agressor quando não bebe 
"é excelente pessoa", segundo as próprias esposas, ou porque é o 
esteio da família e se for detido todos passarão necessidade, a 
situação vai persistindo. (Ballone, 2008). 
 
 Violência física é tudo que envolva o corpo onde um agressor aproveita de sua 
força e da fragilidade da vítima e agride de todas as formas possíveis acabando por 
machucar, humilhar ou matar a pessoa injustamente. São atos impensados mais que 
ofende a integridade física e a saúde corporal da mulher. 
Segundo a Lei nº 11.340 de 07 de Agosto de 2006, Maria da Penha em seu 
artigo 7º relata: 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
entre outras:I- a violência física, entendida como qualquer conduta que 
ofenda sua integridade ou saúde corporal.(Maria da Penha, 2006). 
 
 Segundo SANTINON (2012), 
Primeiramente, de acordo com o Ministério da Saúde, a violência contra a mulher pode 
ser definida como qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou 
coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause danos, morte, 
constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou 
econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos 
como domésticos (Santinon, 2012). 
 A violência física é uma das maiores agressão contra a mulher na atualidade, 
porque o homem acredita que manda na mulher ou que ela não pode deixar ele, e 
com isso gera maus tratos, muitas vezes chegando a morte da mulher. 
 Segundo Santinon (2012), a agressão doméstica é toda agressão praticada em 
casa: 
A violência ocorrida em casa, no âmbito doméstico ou em uma relação 
de familiaridade, afetividade ou coabitação, ou seja, nas relações entre 
os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de 
parentesco natural (pai, mãe, filha etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto 
ou outros), por afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou 
afetividade (amigo ou amiga que more na mesma casa), é classificada 
22 
 
como violência doméstica ou intrafamiliar. Estas violências incluem 
abuso físico, sexual, psicológico, negligência e abandono. (Santinon, 
2012). 
 Finalizando o assunto violência física, para Santinon (2012) é: 
A violência física é caracterizada pela ação ou omissão que coloque em 
risco ou cause danos à integridade física de uma pessoa, podendo 
causar lesões internas, externas ou ambas.(Santinon, 2012). 
 Assim, todo mal trato ocasionado dentro do âmbito familiar onde causa algum 
dano corporal a mulher desrespeitando os seus direitos é uma violência que precisa 
ser combatida. 
 
 
 
1.3.2 Violência psicológica 
 
 Segundo Ballone (2008) violência psicológica é: 
Um tipo comum de Agressão Emocional é a que se dá sob a autoria 
dos comportamentos histéricos, cujo objetivo é mobilizar 
emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de atenção, 
carinho e de importância. A intenção do(a) agressor(a) histérico(a) é 
mobilizar outros membros da família, tendo como chamariz alguma 
doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado 
que exija atenção, cuidado, compreensão e tolerância. (Ballone,2008). 
 
 
A violência psicológica segundo Santinon (2012) é: 
 
 
A violência psicológica é ação ou omissão destinada a degradar ou 
controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra, 
pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou 
indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que 
implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação, à 
autoestima ou ao desenvolvimento pessoal. (Santinon, 2012). 
 
 A lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, chamada Maria da Penha, fala sobre 
os tipos de violência contra a mulher, e sobre a violência psicológica é: 
 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe 
cause danos emocional e diminuição da autoestima ou que lhe 
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou 
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante 
23 
 
ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer 
outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação. (Lei MARIA DA PENHA, 2006). 
 
 Tudo que cause desembaraço ou prejudique a autoestima da mulher, deixando-
a sem reação perante o agressor, que pode ofendê-la de várias maneiras ocasionando 
humilhação, é um tipo de violência. 
 
 
 
1.3.3 Violência moral 
 
 Segundo a Lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, Maria da Penha defini: 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure 
calúnia, difamação ou injúria.(Lei Maria da Penha). 
 
 
A violência moral mexe com a autoestima da mulher, com o seu caráter, pois a 
difama perante a sociedade o que pode causar até a morte, como já vimos na 
televisão, uma mentira fez com que uma comunidade sem perceber que não se 
tratada da mesma pessoa, lincharam uma mulher apenas por causa de uma mentira 
onde não tinham prova , sem dar chance de defesa, essa violência é muito perigosa 
nos dias atuais onde as pessoas estão revoltadas com o governo e na maioria das 
vezes querem fazer justiça com as próprias mãos. 
 
 
 
 
1.3.4 Violências sexuais 
 
 
Ninguém pode obrigar uma pessoa a fazer o que não quer principalmente 
relação sexual, onde tem que ter intimidade física com a outra pessoa. 
24 
 
É uma violência contra a mulher obrigá-la a manter contato sexual físico sem 
sua aceitação, usando de ameaças e até agressão física como é o caso do estupro 
onde a vítima não tem nem condições de reagir. 
Muitas das vezes quando um estuprador vem a procura da mulher para agredi-
la, infelizmente na maioria das vezes ele a mata. 
Segundo a lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006. Maria da Penha, sobre 
violência sexual: 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a 
constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual 
não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da 
força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, 
a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método 
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou 
à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou 
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos 
sexuais e reprodutivos. (Maria da Penha, 2006). 
 
 
Sobre a violência sexual, Ballone (2008): 
As transgressões sexuais acabam acarretando culpa, vergonha e 
medo na vítima e mesmo nos possíveis denunciantes solidários à 
vítima. Assim, a ocorrência desses crimes sexuais tende a ser 
ocultada. Temos visto inúmeras mães que negam a ocorrência da 
violência sexual por parte de seus maridos sobre suas filhas porque 
temem suas consequências sociais e policiais, temem as 
consequências intrafamiliar, preferem viver juntas com seus maridos 
a separadas deles, enfim, há uma complacência omissa que pode ser 
tão criminosa quanto à agressão. (Ballone, 2008). 
 Infelizmente ainda vemos em nossa volta casos de mulheres que mesmo 
descobrindo a agressão do marido para com a sua filha ou filho, se omite porque não 
quer se separar do marido, as filhas que sofrem a agressão precisa se calar ou sair 
de casa. 
Outras vezes a agressão vem dos parentes, tios, padrasto e a vergonha e o 
medo de sofrerem algo pior se calam também, deixando esse crime impune. 
Segundo Ballone (2008), pesquisas revelam que: 
No Brasil, de um modo geral, as pesquisas são poucas e, às vezes 
contraditórias. Nos Estados Unidos sabe-se, com maior precisão, 
que o abuso sexual ocorre em um terço das famílias. Mas lá, tanto 
quanto aqui, a pequena vítima não revela seu segredo à mãe, por 
25 
 
temer magoá-la. E quando a mãe toma conhecimento dos fatos, ela 
costuma escolher uma das seguintes atitudes. 1 - Denunciar o 
agressor. A grande maioria das mães que optam por essa 
alternativa não a faz de imediata. Elas costumam levar anos para 
terem coragem para enfrentar o marido e as consequências. 
Quando ocorre a denúncia, em cerca de dois terços dos casos, as 
mães levam a notícia do crime à autoridade policial e se separam 
do companheiro. 2 - Não acreditar que seu companheiro ou marido 
seja capaz de abusar sexualmente da própria filha.3 - Suspeitar que 
possa ser verdade mas não têm certeza de que o marido ou 
companheiro seja um agressor sexual. Essas mães preferem viver 
eternamente na dúvida a investigar a veracidade dos fatos, pois, de 
modo geral, a certeza costuma ser muito ameaçadora. Algumas 
vezes, quando as evidências são incontestáveis, ainda arriscam 
acreditar que a filha foi quem "seduziu" o pai. (Ballone, 2008). 
Na maioria dos casos de violência sexual cometida em casa, a mãe sabe mais 
fica do lado do homem, causando ira a vítima que tem que se afastar do agressor sem 
apoio nem condições psicológicas para enfrentar esse problema. 
Segundo Ballone (2008): 
Entre as três forma mais importantes de violência doméstica, a 
mais complexa delas é a violência sexual. Esta tende a ficar 
escondida dentro das casas devido ao medo de represália, 
vergonha ou temor de que ninguém acreditará na vítima. Aliás, 
não acreditar na filha violentada pelo pai pode interessar a muita 
gente, principalmente à mãe, normalmente, complacente sob a 
máscara de ignorar. (Ballone, 2008). 
 
1.3.5 Violência patrimonial 
 
 
 Segundo a lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, Maria da Penha, sobre 
violência patrimonial, explica: 
 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que 
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus 
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a 
satisfazer suas necessidades. (Lei Maria da Penha, 2006). 
 
 
 
 Hoje com a modernidade nos relacionamentos, onde muitas mulheres usam 
redes sociais para encontrar paqueras acabam sofrendo violência patrimonial 
26 
 
encontrando homens que conduzem a paquera a condição da mulher sempre pagar 
alguma conta dele. 
 
. 
1.3.6 Violência verbal 
 
 Segundo Ballone (2008), violência verbal é: 
A violência verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até em 
pessoas que permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que 
um comentário ou argumento é esperado para o momento, se cala, 
emudece e, evidentemente, esse silêncio machuca mais do que se 
tivesse falado alguma coisa. (Ballone, 2008). 
Esse tipo de agressão é realizada muitas das vezes só para magoar mesmo, 
sabe que a pessoa vai se sentir feliz se houver diálogo, e prefere se calar parecendo 
superior emocionalmente. 
Segundo Ballone(2008), as mulheres violentadas não denunciam muitas vezes 
por medo: 
Em algumas situações, felizmente não a maioria, de franca violência 
doméstica persistem cronicamente porque um dos cônjuges apresenta 
uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar daquele 
ambiente, sejam por razões materiais, sejam emocionais. Para entender 
esse tipo de personalidade persistentemente ligada ao ambiente de 
violência doméstica poderíamos compará-la com a atitude descrita 
como co-dependência, encontrada nos lares de alcoolistas e 
dependentes químicos. (Ballone, 2008). 
Ainda referente a agressão verbal o agressor só reclama e fica num canto, para 
deixar incomodada a mulher ou se sentir culpada pela situação. 
 Para Ballone (2008) a violência verbal: 
 Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação 
da família e do trabalho do outro. Um outro tipo de violência verbal e 
psicológica diz respeito às ofensas morais. Maridos e esposas 
costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem 
amante. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar 
27 
 
emocionalmente o (a) outro (a), fazê-lo(a) sentir diminuído(a). O 
mesmo peso de agressividade pode ser dado aos comentários 
depreciativos sobre o corpo do (a) cônjuge. (Ballone, 2008). 
 
 
 
1.3.7 Violência institucional 
 
É uma violência muitas das vezes escondida, onde a sociedade nem sabe que 
existe, pois as mulheres vítimas dessa violência estão presas, pagando pena por 
algum crime. Segundo a Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas 
de Saúde CODEPPS (2007), explica: 
A violência contra mulheres presas não é um fenômeno local. 
Violações nos presídios americanosforam denunciadas pela 
Anistia Internacional, que reportou casos de estupros e outros 
tipos de abuso sexual, restrições cruéis e degradantes às 
mulheres presas que estão grávidas ou seriamente doentes, 
acesso inadequado às necessidades básicas para se manterem 
física e mentalmente saudáveis, confinamento e isolamento por 
períodos muito prolongados em condições que reduzem os 
estímulos sensoriais. (CODEPPS, 2007). 
 
 Segundo a Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de 
Saúde CODEPPS (2007), essa violência doméstica contra a mulher que está presa 
sem acesso a mídia e nem as instituições para defende-la, é uma agressão que vem 
para deixar a mulher sem ação: 
 
Fruto das desigualdades predominantes em uma determinada 
sociedade, esse tipo de violência se incorpora à cultura 
hegemônica em instituições como os serviços públicos, a mídia 
e as empresas privadas. (CODEPPS, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.8 Violência nos serviços de saúde 
 
 
 Essa forma de violência doméstica contra a mulher tem gerado situações 
vergonhosas, como de algumas mulheres serem humilhadas no seu direito de ter 
28 
 
acesso a um hospital na hora de darem a luz, como vimos nos meios de comunicação 
de todo o país casos assim. 
 Segundo a Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de 
Saúde CODEPPS (2007): 
 
Não são raros os relatos de casos de curetagem sem anestesia, quando 
em situação de aborto; tratamento preconceituoso, negligência e maus-
tratos nas situações de aborto provocado; falta de esclarecimentos e 
orientações adequadas; exames ginecológicos feitos com pouco 
cuidado; falta de privacidade quando examinadas; abuso sexual por 
parte dos profissionais e tratamento preconceituoso em casos de 
violência sexual. (CODEPPS, 2007). 
 
 
 Embora haja leis para proteger o direito da mulher a violência ocorrida no 
serviço de saúde que era para auxiliar, muitas vezes deixa a mulher agredida 
envergonhada de pedir ajuda, como relata a Coordenação de Desenvolvimento de 
Programas e Políticas de Saúde CODEPPS (2007): 
 
As respostas médicas às mulheres espancadas tendem a se limitar ao 
tratamento das lesões físicas causadas pelo espancamento e, em 
muitos casos, a culpar a vítima pela violência. (CODEPPS,2007). 
 
 
1.4 Como definir violência doméstica 
 
 Violência doméstica é tratada da Lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, Maria 
da Penha em seu artigo 5º, como: 
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade 
doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente 
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as 
esporadicamente agregadas; II - no âmbito da família, 
compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são 
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por 
afinidade ou por vontade expressa; III - em qualquer relação íntima 
de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a 
ofendida, independentemente de coabitação. Parágrafo único. As 
relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. Art. 7o São formas de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, entre outras: I - a violência física, entendida 
29 
 
como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal; II - a violência psicológica, entendida como qualquer 
conduta que lhe cause danos emocional e diminuição da 
autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou 
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; III - a violência sexual, entendida como qualquer 
conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de 
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, 
de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar 
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à 
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, 
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus 
direitos sexuais e reprodutivos; IV - a violência patrimonial, 
entendida como qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos 
de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas 
necessidades; V - a violência moral, entendida como qualquer 
conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.(Lei Maria da 
Penha, 2006). 
 
Apesar da lei apresentar o direito que a mulher tem, ainda infelizmente um 
direito que a mulher ainda não conquistou é que sua integridade física seja respeitada, 
mesmo um século que se propaga a igualdade de gênero, muitas vezes o home ainda 
usa da sua força física para agredir sua parceira, seja ela namorada, esposa. 
Segundo Ballone (2008): 
Em algumas situações, felizmente não a maioria, de franca violência 
doméstica persistem cronicamente porque um dos cônjuges 
apresenta uma atitude de aceitação e incapacidade de se desligar 
daquele ambiente, sejam por razões materiais, sejam emocionais. 
Para entender esse tipo de personalidade persistentemente ligada 
ao ambiente de violência doméstica poderíamos compará-la com a 
atitude descrita como co-dependência, encontrada nos lares de 
alcoolistas e dependentes químicos. (Ballone, 2008). 
 
 A violência é baseada no simples fato de atingir a alma, destruir sonhos e 
acabar com a dignidade, a alegria e o estima das mulheres, levando a vítima a se 
retrair e se afastar dos amigos por ter vergonha da sua situação. Existem outros tipos 
30 
 
de violência pouco conhecidas, como psicológica e moral, mas nem tão pouco 
importante. 
 Mulheres que é vítima de agressões verbais repetida pelos agressores sentem 
desprezo por eles, a violência física quase sempre virá acompanhada da violência 
psicológica. Nesta diferenciação faz sentido apenas na abordagem para compreender 
melhor a necessidade da vítima ao buscar ajuda. 
 A constituição Federal de 1988 abriga o estado a tomar medidas necessárias 
para prevenir e punir a violência ocorrida no âmbito da família. Mas nem sempre está 
punição acontece, fica só no papel mais na vida real bem pouca coisa se faz. 
 Em 1995 o Brasil retificou a convenção interamericana para castigar e 
erradicar a violência contra a mulher. É um direito de todas as mulheres terem uma 
vida livre, ou seja, sem agressões físicas ou psicológicas. 
 É grande o número de mulheres agredidas e mortas por parceiros no espaço 
doméstico. As agressões cometidas são em relações conjugais, geralmente os 
processos terminam em arquivamento e as mulheres não encontram uma resposta 
afetiva à violência sofrida. 
 Mesmo numa sociedade tida como pós-moderna, a mulher ainda enfrenta 
várias lutas no dia a dia, para garantir seu espaço. Mulheres que muitas vezes já tem 
seu espaço garantido no mercado de trabalho muitas vezes têm que se dividirem em 
uma jornada dupla de trabalhar fora do lar, além de ter que cuidar da casa da família, 
filhos, uma rotina muitas vezes bastante estressante, isso explica o aumento de 
doenças relacionadas ao estresse em mulheres economicamente ativas. 
 Uns dos benefícios alcançados pelas mulheresfoi à criação da Lei Maria da 
Penha. Lei que será foco do próximo capítulo foi criada no intuito de proteger mulheres 
vítima de agressão e puni seus autores. Essa lei vê m beneficia mulheres que sofrem 
todos os tipos de agressão e precisam de ajuda e de incentivo para denunciar os 
agressores. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
CAPÍTULO II 
 
 
2. CAUSAS E CONSEQUENCIAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 
 Existem diversos tipos de violências consideradas violência doméstica tudo que 
se refere em ferir tanto emocionalmente como fisicamente se dá o nome de violência. 
 Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006 (Maria da Penha) 
são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher: 
 São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre 
outras: - a violência física, entendida como qualquer conduta que 
ofenda sua integridade ou saúde corporal; II - a violência psicológica, 
entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocional e 
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância 
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que 
lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; III - a 
violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a 
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, 
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a 
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a 
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, 
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício 
de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV - a violência patrimonial, 
entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, 
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; V - a violência 
moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, 
difamação ou injúria.(Lei Maria da Penha, 2006). 
 A religião sempre teve um papel fundamental para o pensamento da 
sociedade machista onde a mulher tem que obedecer a seu marido. Até mesmo 
podemos ver no casamento civil, antes a mulher colocava o sobrenome do marido 
num gesto de submissão. Hoje não precisa mais e até vemos homens que colocam o 
sobrenome da esposa, contrariando muito os costumes tradicionais que envolvem 
perante a mulher. A igreja evidentemente teve uma grande influência na ideia de 
submissão da mulher ao homem, que para a religião seria pecado não respeitar o 
32 
 
dono da casa, o chefe. 
 Podemos ler na Bíblia Sagrada (1989) em seu primeiro livro chamado Gênesis, 
como desde muitos anos foi criada a imagem de submissão da mulher: 
 
Então Javé Deus fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu. 
Tomou então uma costela do homem e no lugar fez crescer carne.
 Depois da costela que tinha tirado do homem, Javé Deus 
modelou uma mulher, e apresentou-a para o homem. Então o homem 
exclamou:” Esta sim é o osso dos meus ossos e carne da minha carne! 
Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem!” (Gênesis, 1989, 
p 16). 
 
 Esse relato da Bíblia Sagrada sobre o nascimento da mulher compromete 
toda a estrutura familiar, que machista e religiosa segue à risca o que está escrito, 
como se não bastasse ser orientada pela igreja que o homem é seu dono, a sociedade 
machista ainda incentiva o homem pensar que pode ter algum direito sobre a mulher 
só por ter casado e ter dado seu sobrenome. 
 Hoje nem precisa ter casado para os homens olharem as mulheres como 
propriedade, porque ainda no namoro já presenciamos casos de rapazes que não 
aceitam o termino do namoro e perseguem ou matam a mulher. 
 Uma das maiores causas da violência doméstica é ter em toda a história da 
humanidade essa crença que a mulher foi gerada do homem e por isso tem que ser 
submissa a suas vontades, infelizmente nossa sociedade é machista e para tirar esse 
pensamento do meio familiar é difícil. 
 Segundo Ballone (2008), os jovens estão crescendo já com uma mentalidade 
agressiva: 
Acontece que as crianças aprendem com os adultos, normalmente e 
primeiramente dentro de seus lares, as maneiras de reagirem à vida e 
viverem em sociedade. As noções de direito e respeito aos outros, a 
própria autoestima, as maneiras de resolver conflitos, frustrações ou de 
conquistar objetivos, tolerar perdas, enfim, todas formas de se portar 
diante da existência são profundamente influenciadas durante a idade 
precoce. É assim que muitas crianças abusadas, violentadas ou 
negligenciadas na infância se tornam agressoras na idade adulta. 
(Ballone, 2008). 
 
 Quando uma mulher conhece um homem e resolve namorar com ele hoje em 
33 
 
dia, não segue aqueles costumes de antigamente, que os pais tinham que conhecer 
a família do rapaz e visse versa. 
 Agora só se falam na rede social, mandam fotos, e marcam encontros, e depois 
de saírem algumas vezes resolvem namorar muitas vezes sem nunca conhecer a 
família do rapaz, e sem saber de qual estrutura familiar ele vem muitas vezes 
agressiva e perigosa para a convivência em comunidade, e quando a mulher percebe 
algo estranho, já é tarde, começa as agressões e a possessividade, que segundo 
Ballone(2208), tem seu surgimento ainda na idade precoce: 
 
Alguns indícios de mau desenvolvimento de personalidade podem ser 
observados em idade precoce. Algumas dessas características podem 
ser manifestadas por dificuldades para se alimentar, dormir, concentrar-
se. Essas crianças podem começar a se mostrarem exageradamente 
introspectivas, tímidas, com baixa autoestima e dificuldades de 
relacionamento com os outros, outras vezes mostram-se agressivas, 
rebeldes ou, ao contrário, muito passivas. (Ballone, 2008). 
. 
 No que se refere as causas de violência contra a mulher é importante que se 
faça um a observação, muitas das mulheres que aceitam e não denunciam o agressor 
são de baixa renda. 
 Hoje estudar até terminar o ensino médio e tentar uma bolsa na faculdade é 
muito importante para a mulher ter sua independência e se sofrer maus tratos em 
casa, poder sair porque tem como se sustentar, o que não acontecia com as mulheres 
antigamente, que não tinham estudo e acabam dependendo do homem para tudo. 
 Ainda hoje, com tanta modernidade vemos mulheres que se casam e não 
fazem nada para se manterem economicamente, deixando essa tarefa para o marido, 
muitas vezes ficando grávida logo quando casa e se obrigando a cuidar dos filhos não 
tendo tempo para estudar. 
 A submissão aparece mais nessas mulheres que ficam em casa e 
consequentemente gerando um ambiente propicio para a violência doméstica. 
 
 
 
2.1 Como é o agressor 
 
34 
 
 Quando falamos de agressor estamos mencionando o marido, o pai, o filho ou 
pessoas que convivem com a mulher e podem gerar uma violência doméstica. 
 Segundo Ballone (2008), uma forma de se encontrar o agressor é num tipo de 
violência chamada: emocional: 
 
Outra forma de Violência Emocional é fazer o outro se sentir inferior, 
dependente, culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocionaldissimulada mais terrível. A mais virulenta atitude com esse objetivo é 
quando o agressor faz tudo corretamente, impecavelmente certinho, 
não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho 
de sua incompetência. O agressor com esse perfil tem prazer quando o 
outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente. Normalmente é 
o tipo de agressão dissimulada pelo pai em relação aos filhos, quando 
esses não estão saindo exatamente do jeito idealizado ou do marido em 
relação às esposas. (Ballone, 2008). 
 
 Ainda Ballone (2008), comenta: 
O comportamento de oposição e aversão é mais um tipo de Agressão 
Emocional. As pessoas que pretendem agredir se comportam 
contrariamente àquilo que se espera delas. Demoram no banheiro, 
quando percebem alguém esperando que saiam logo, deixam as coisas 
fora do lugar quando isso é reprovado, etc. Até as pequenas coisinhas 
do dia-a-dia podem servir aos propósitos agressivos, como deixar uma 
torneira pingando, apertar o creme dental no meio do tubo e coisas 
assim. Mas isso não serviria de agressão se não fossem atitudes 
reprováveis por alguém da casa, se não fossem intencionais. Essa 
atitude de oposição e aversão costuma ser encontrada em maridos que 
depreciam a comida da esposa e, por parte da esposa, que, 
normalmente se aborrecendo com algum sucesso ou admiração ao 
marido, ridiculariza e coloca qualquer defeito em tudo que ele faça. 
(Ballone, 2008). 
Agressores assim, muitas vezes acham que estão certos, que não fazem nada 
demais em chatear a mulher em casa. Entretanto, se a pessoa sabe exatamente os 
gostos do outro, içam reclamando de algo que sabe que a pessoa não vai mudar só 
porque está alguém reclamando, é um tipo de agressão, onde o agressor busca mexer 
com o lado emocional da vítima. 
Na maioria das vezes quem agride é o homem, cônjuge, ex-marido, ex-
namorado, padrasto, pai, tio da vítima. 
Segundo Ballone (2008) agressores são divididos em: 
35 
 
Os agressores se dividem entre portadores de: Transtorno 
Antissocial da Personalidade, Transtornos Explosivo da 
Personalidade (Emocionalmente Instável), Dependentes 
químicos e alcoolistas, Embriagues Patológica, Transtornos 
Histéricos (histriônico), Outros transtornos da personalidade, tais 
como, Paranoia e Ciúme Patológico. (Ballone, 2008). 
 A mulher precisa atentar-se para os sintomas do seu agressor e tentar se 
afastar dele ou falar para ele procurar um tratamento dependendo do caso há ajuda, 
como com os alcoólicos anônimos, por exemplo. Segundo Barroso (2002): 
Existem formas múltiplas de viver na violência, pontuada num 
misto de conformismo e resistência. Conformismo verificado nas 
ações de submissão, de vida sob julgo de uma dominação 
masculina e de internalização de uma inferioridade da mulher 
violentada (BARROSO, 2002, p.4). 
 
 
 O medo é fator principal para as mulheres não denunciem seus agressores, 
Tornando uma rotina ser agredida em seu lar e viver com receio que alguém descubra 
o que passa com ela e ao contar para as autoridades venha a ter mais violência para 
ela. 
 Com isso a mulher que é agredida tem sua autoestima abalada e não consegui 
ir adiante com seus planos e projetos para o futuro, porque sempre vai depender do 
pensamento daquele agressor, Barroso aponta que: 
 
As causas da violência são descritas principalmente pelo ciúme e jogo 
de poder. Considerando-se a complexidade do problema, associada à 
questão da construção social dos papéis masculinos e femininos e da 
desigualdade existente nas relações de gênero. (Barroso, 2012, p.2) 
 
 
 Muitas das vezes as mulheres recorrem ao hospital para se tratarem das 
agressões inventando alguma história fantasiosa para serem atendidas mais não 
investigadas, para descobrirem qual o motivo do problema de verdade. Segundo 
Mota (2004): 
É um fenômeno que apresenta várias faces, com complexas causas 
culturais, familiares e individuais. As mulheres sob situação de 
violência familiar do parceiro apresentam complicações na saúde 
física, emocional e sexual e, frequentemente, fazem uso dos serviços 
hospitalares como consequência, direta ou indiretamente, das 
agressões sofridas. (Mota, 2004, p.4). 
 
36 
 
 A violência contra a mulher continua sendo uma das principais violações aos 
direitos humanos. Esta violência aumentou tanto que não se baseia só as pessoas 
agredidas, mas a todas as sociedades. 
 Esta violência contra a mulher ocorre nas ruas, no trabalho e em casa, estas 
agressões físicas, acontecem principalmente por membros da família, são muitas 
mulheres que não denuncia as agressões, e ameaças, por medo, se formos perguntar 
algumas mulheres se ela já foi vítima vão dizer sim, ou conhece alguma que sofrem 
ou que já foram violentadas. 
 Entre vários tipos de agressores podemos perceber que alguns têm cura outros 
infelizmente não vai ser tão fácil, como explica Ballone (2008): 
A Embriagues Patológica é um estado onde a pessoa que bebe 
torna-se extremamente agressiva, às vezes nem lembrando com 
detalhes o que tenha feito durante essas crises de furor e ira. 
Nesse caso, além das dificuldades práticas de coibir a violência, 
geralmente por omissão das autoridades, ou porque o agressor 
quando não bebe "é excelente pessoa", segundo as próprias 
esposas, ou porque é o esteio da família e se for detido todos 
passarão necessidade, a situação vai persistindo. (Ballone, 
2008). 
 Existem alguns transtornos psicológicos que fazem com que homens se tornem 
violentos, como relata Ballone (2008): 
Também portadores de Transtorno Explosivo da 
Personalidade são agressores físicos contumazes. Convém 
lembrar que, tanto a Embriagues Patológica quanto o 
Transtorno Explosivo têm tratamento. A Embriagues 
Patológica pode ser tratado, seja procurando tratar o alcoolismo, 
seja às custas de anticonvulsivantes (carbamazepina). Estes 
últimos também úteis no Transtorno Explosivo. (Ballone, 2008). 
 
2.2 Tipos de punições 
 
 Segundo a Lei nº 11.340 Maria da Penha (2006), há algumas formas de punir o 
agressor, como em seu artigo 8º: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao 
agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas 
protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição 
37 
 
do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos 
da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;II - afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de 
determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de 
seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância 
entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e 
testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de 
determinados lugares a fim de preservar a integridade física e 
psicológica da ofendida; IV - restrição ou suspensão de visitas aos 
dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar 
ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou 
provisórios.(Lei Maria da Penha(2006). 
 Segundo Henrique (2013) a lei alterou o Código penal: 
 
Possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou 
familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva 
decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos 
com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo 
de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê 
medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição 
de sua aproximação da mulher agredida e filhos. (Henrique,2013). 
 
 Assim podemos citar o artigo 5º da Constituição (1988): 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes. (Constituição, 1988). 
 
 Infelizmente, na nossa sociedade é difícil termos segurança como garante a 
Constituição, e em relação a violência doméstica contra a mulher se tem dificuldades 
de se punir os agressores, a própria vítima se sente culpada pela agressão, não 
denúncia, ou quando faz retira a denúncia, pois acaba acreditando na melhora da 
conduta do agressor, em casos onde a vítima também é dependente financeiramente 
do agressor e prefere sofrer calada. 
 Na lei nº 11.340, de 7 de Agosto de 2006, (Maria da Penha), fala sobre uma 
punição contra o agressor que comete violência doméstica contra a mulher: 
38 
 
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, 
caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a 
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da 
autoridade policial. (Lei Maria da Penha, 2006). 
Em seu parágrafo único, a lei Maria da Penha (2006), diz que: 
 
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso 
do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de 
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Lei Maria da 
Penha, 2006). 
Esse parágrafo único, fala sobre a cautela de que a lei tem se caso for falsa a 
denúncia, não deixar preso alguém inocente, como também decretar de novo a prisão 
se tiver alguma prova nova. 
Esse procedimento é notificado a vítima, segundo artigo 21, da lei Maria da 
Penha (2006): 
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos 
ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da 
prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do 
defensor público. (Lei Maria da Penha(2006). 
 Alerta também em seu parágrafo único, que a mulher que sofreu a violência 
doméstica, não pode ter contato com o agressor, entregando em mãos alguma 
intimação, isso é papel da justiça, para que não aumente mais a agressão. Segundo 
a Lei Maria da Penha (2006): 
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou 
notificação ao agressor. (Lei Maria da Penha (2006). 
 Tem outros tipos de punições que a Lei Maria da Penha (2006), relata em seu artigo 
22: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao 
agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas 
protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição 
do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos 
da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; II - afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de 
determinadas condutas, entre a quais: a) aproximação da ofendida, de 
seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância 
entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e 
39 
 
testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de 
determinados lugares a fim de preservar a integridade física e 
psicológica da ofendida; IV - restrição ou suspensão de visitas aos 
dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar 
ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou 
provisórios.(Lei Maria da Penha,2006). 
 
 2.3 Formas de denúncia 
 
 Para denunciar o agressor de uma violência doméstica é preciso que a mulher 
tenha coragem e acredite que não ficará pior se contar seu problema as autoridades, 
Segundo Ballone (2008): 
 
Na maioria dos casos de arquivamento dos processos, ele parte de uma 
intervenção da própria agredida, que chega a mudar seu depoimento, 
quando o processo já está correndo na Justiça. A dependência 
emocional, mais que a econômica, é que faz a mulher suportar 
agressões. Isso acontece mesmo quando uma boa parte desses casos 
tem origem em algo muito mais sério do que pequenas rusgas 
familiares. Em 1988, 85% as denúncias registradas nas primeiras e 
terceira DDM de São Paulo foram de agressão e 4,17% de ameaças. 
Em 1992, nas mesmas delegacias, as denúncias de agressão caíram 
para 68% dos casos, com as ameaças subindo para 21,3%. Essa 
alteração é um indicador de que, em alguns casos, a mera 
apresentação da queixa numa delegacia e uma advertência da 
autoridade policial conseguem cessar a violência. (Ballone, 2008). 
 
 
 As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é 
preferível que elas se dirijam às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher 
(DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços 
que funcionam em hospital e universidade e que oferecem atendimento médico, 
assistência psicossocial e orientação jurídica para a mulher se sentir protegida pela 
lei, buscando meios para se defender de seu agressor. 
 A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda na Defensoria Pública 
e Juizado de Violência Doméstica e Família contra a mulher nos conselhos Estaduais 
contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros 
de referência de atendimento às mulheres. E nas cidades que não existe também as 
delegacias da mulher possam está sendo feita a denúncia na própria delegacia civil. 
40 
 
 Ou seja, tem vários meios para a mulher que sofrer violência doméstica se 
defenda. 
 Se for procurar a justiça para registrar a ocorrência na delegacia, só pode ser 
feita com pelo menos uma testemunha, que conheça o fato que a mulher vai narrar, 
para que seja confirmado o que a vítima falar e se a mulher achar que a sua vida ou 
a de seus familiares (filhos, pais etc.) está correndo algum risco de vida, ela pode 
também procurar ajuda em serviços que mantêm casas de abrigo, que são moradias 
em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor 
enquanto houver risco para a eles. 
 Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado 
para entrar com uma ação judicial. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear 
um advogado ou advogada para defendê-la ou a Defensoria Pública. É de suma 
importância que não haja medo da denúncia para até evitar que de uma agressão haja 
algo fatal. 
 
 
 
2.4 Como se prevenir 
 
 As mulheres precisam saber se prevenir para que esse crime não cresça e se 
alastre por todo o mundo, segundo a lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, Maria da 
Penha, em seu artigo 8º fala: 
Art. 8o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar 
contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações 
não-governamentais, tendo por diretrizes: I - a integração operacional 
do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com 
as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, 
trabalho e habitação; II - a promoção de estudos e pesquisas, 
estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de 
gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências 
e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a 
sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a 
avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; III - o 
respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais 
da pessoa e da família,de forma a coibir os papéis estereotipados que 
legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com 
o estabelecido no[...].(Lei Maria da Penha, 2006). 
41 
 
 A Lei Maria da Penha vem trazendo artigos onde tenta proteger a vida da 
mulher que sofre maus tratos de pessoas próximas, que por algum desvio de conduta 
acaba buscando trazer sofrimento e até a morte para a mulher que não pode se 
defender sozinha. 
 Em seu artigo 9º, a Lei Maria da Penha (2006), vem trazendo algumas 
informações importantes para as mulheres saberem onde recorrerem caso sofram 
alguma violência doméstica: 
Art. 9o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e 
familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as 
diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema 
Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras 
normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando 
for o caso.§ 1o O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher 
em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas 
assistenciais do governo federal, estadual e municipal.§ 2o O juiz 
assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para 
preservar sua integridade física e psicológica: I - acesso prioritário à 
remoção quando servidora pública, integrante da administração direta 
ou indireta; II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o 
afastamento do local de trabalho, por até seis meses. (Lei Maria da 
Penha, 2006). 
 Com essa Lei Maria da Penha (2006), podemos ver nitidamente o cuidado que 
o legislador teve em proteger a mulher contra agressores que não respeitam nada. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 CAPITULO III 
 
 
3. PORQUE O NOME MARIA DA PENHA NA LEI 
 
 Essa lei foi criada para proteger a mulher contra a violência doméstica que 
possa sofrer, em seu artigo 9º, explica: 
Art. 9o A assistência à mulher em situação de violência 
doméstica e familiar será prestada de forma articulada e 
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica 
da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema 
Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas 
públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso.§ 
1o O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em 
situação de violência doméstica e familiar no cadastro de 
programas assistenciais do governo federal, estadual e 
municipal.§ 2o O juiz assegurará à mulher em situação de 
violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade 
física e psicológica: I - acesso prioritário à remoção quando 
servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; 
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o 
afastamento do local de trabalho, por até seis meses.§ 3o A 
assistência à mulher em situação de violência doméstica e 
familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do 
desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços 
de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças 
Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos 
médicos necessários e cabíveis nos casos de violência 
sexual.(Lei Maria da Penha, 2006). 
 O Motivo que levou a lei a ser “batizada” com esse nome, foi devido ao fato 
de violência que sofria a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, nessa época 
com 61 anos de idade, fatos que ocorreram por volta dos anos 80, enquanto dormia 
foi atingido por tiro de espingarda desferido por seu então marido, Marcos Antônio 
Heredia Viveiros. 
Esse tiro atingiu a vítima em sua coluna, que destruiu a terceira e quarta 
vértebras, com lesões que a deixaram paraplégica, as ameaças, agressões contra ela 
e as filhas eram frequentes, utilizava-se de vários meios para a prática de seus crimes, 
outro deles foi uma descarga elétrica que ela recebeu quando se banhava, sofreu 
43 
 
assalto em sua própria casa, tudo pelo marido, sendo que em todos os depoimentos 
negava sua participação. 
 A Senhora Maria da penha, levou suas denúncias ao conhecimento do 
Comitê Latino-Americano e do Caribe para defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). 
Mediante as repercussões que ganhou inclusive no meio internacional, serviu como 
poderoso incentivo para que se restabelecessem as discussões sobre o tema, após 
cinco anos de sua publicação, culminou na lei Maria da Penha. 
 O Brasil ratificou perante a comunidade internacional o compromisso de 
implantar e cumprir os dispositivos constantes desses tratados, nos quais foi solicitada 
que o Brasil procedesse a uma investigação séria e exaustiva para apurar a 
responsabilidade penal do autor do delito, e adoção de medidas para eliminar a 
tolerância do Estado ente a violência doméstica contra mulheres. 
 Foi solicitado que o Brasil, tivesse uma justiça mais eficaz em relação a 
agressão contra a mulher no que cabe a lei, mas infelizmente não conseguimos ainda 
ter um número de agressões baixas, para que possamos acreditar que a violência 
está diminuindo, pelo contrário, a cada dia mais vítimas aparecem. 
 A lei Brasileira que combate a violência doméstica contra a mulher, com 
existência da mesma acumulou efeitos positivos na luta contra este delito. A lei que 
protege ás mulheres foi sancionada em sete de agosto de 2006 em homenagem à 
Maria da Penha Fernandes, biofarmaceutica que ficou paraplégica depois de levar um 
tiro do próprio marido enquanto dormia, e o mesmo conseguiu que ela fosse 
condenada, o agressor tentou encobrir o crime, alegando que sua esposa havia sido 
baleada durante um assalto. 
 Desde 2006 que a Lei prevê para os agressores penas de prisão ao invés das 
multas com que eram castigadas anteriormente, o que nem sempre é cumprida. Fala-
se das conquistas das mulheres, como se a mulher de nossos dias tivesse seus 
direitos reconhecidas e respeitadas por toda a parte. No entanto está bem longe da 
realidade. 
 Desta forma, a Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica 
e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da 
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da 
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e ratificada pela República sobre a 
44 
 
criação dos Juizados a Mulher de outros trata Doméstica e Familiar contra a Mulher; 
e estabelece medidas de prevenção. 
 A Lei em apreço tem a serventia de assegurar às mulheres as condições para 
o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à 
educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, 
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e 
comunitária da população. 
 
3.1 Os mecanismos da lei 
 
 A lei trouxe vários mecanismos para que a mulher se defenda contra a 
agressão doméstica que venha a sofrer, dentre alguns referente a proteção a Lei 
Maria da Penha(2006), fala em seu artigo 18: 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao 
juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: I - conhecer do expediente 
e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; II - 
determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência 
judiciária, quando for o caso; III - comunicar ao Ministério Público para 
que adote as providências cabíveis.(Lei Maria da Penha,2006). 
Também a lei Maria da Penha (2006), explica: 
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo 
juiz, a requerimento

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